sexta-feira, 1 de maio de 2009

comunicadores populares


Comunicadores populares querem dizer o que a mídia comercial não diz


Adital -
Dizer o que a mídia tradicional não diz sobre os movimentos sociais, a luta pela garantia de direitos humanos e as necessidades locais, regionais e continentais da população. Este é o desafio cotidiano para quem desenvolve experiências que podem representar alternativas à maneira como a grande mídia vê e noticia a sociedade e que está no centro das discussões do Seminário Boas Idéias em Comunicação - Experiências e Sustentabilidades nas Mídias Independentes, realizado desde ontem (2) em Fortaleza.
O evento reúne até amanhã representantes de cerca de 40 organizações no Condomínio Espiritual Uirapuru (CEU) e é promovido pela Adital em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).


O diretor da Adital, Ermanno Allegri, e a jornalista Adriana Santiago, ex-editora da Adital, iniciaram os trabalhos de hoje (3) explorando o tema "Mídia Livre e Movimentos Sociais: o que os outros não dizem". Allegri dividiu com os participantes do evento informações sobre o histórico e a atuação da Adital e provocou reflexões sobre a relação dos movimentos sociais com o poder público no momento histórico atual brasileiro.

Para Allegri, tanto nos momentos em que os movimentos e o Estado estabeleçam laços mais pacíficos, como naqueles em que é caracterizado um choque entre os dois setores, as iniciativas da sociedade civil organizada devem se ater ao objetivo de encontrar soluções para a sociedade, e não de auto-afirmação. Assim, devem estar atentos ao seu potencial criativo dentro dessa realidade.

O diretor da Adital ainda destacou que encontros como o promovido no Seminário Boas Idéias em Comunicação em Fortaleza podem servir de estímulo para o crescimento de suas ações. "Deve ser um ânimo para não esmorecer, para potencializar o nosso trabalho", afirmou.

Adriana Santiago, tomando como referência a sua experiência como editora da Adital e hoje editora de um jornal de grande circulação no Ceará, aponta a excelência na informação produzida como caminho para que os temas prioritários pelos movimentos sociais estejam mais inseridos na mídia comercial e na esfera pública.

Como professora do curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza (Unifor), ela também identifica um certo desânimo nos atuais estudantes universitários, muitas vezes dissociados das reais necessidades por Comunicação nas comunidades. Ainda assim, Adriana acredita que alguns professores e iniciativas universitárias estão indo na contramão da falta de compromisso social.

As questões da comunicação popular nas áreas rurais e de periferia estiveram inseridas nos debates da manhã desta sexta-feira, a partir de experiências em Recife (PE) e em Porteirinha (MG), na região do semi-árido mineiro.

As matérias do projeto "Boas Ideias em Comunicação" são produzidas com o apoio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).


retirado do site www.adital.org.br 03/04/09

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