quarta-feira, 30 de novembro de 2011

comunicação e religião.

Igreja Mundial gasta R$220 milhões por mês em aluguéis de horários na TV

28/11/11
Renato Cavallera
A Igreja Mundial do Poder de Deus é hoje a denominação evangélica com mais aparições na TV por dia, em certos estados os cultos da igreja neopentecostal estão sendo exibidos 24 horas por dia, não importa quando o telespectador vai trocar de canal ou qual irá escolher, tem sempre uma emissora em qualquer horário exibindo um programa da igreja do apóstolo que usa chapéu de cowboy. Famoso por conseguir alugar diversos horários em várias emissoras de TV diferentes pagando as vezes valores bem acima dos anteriormente negociados, o Apóstolo Valdemiro Santiago ganhou fama como um dos mais famosos televangelistas do Brasil, mas isso tem uma preço: cerca de R$220 milhões por mês atualmente.
A informação é do jornalista Lauro Jardim na coluna Radar Online da Revista Veja que noticia também que, embora não tenha comprado a emissora em si, o Canal 8 de Cuiabá é agora todo da Igreja Mundial que comprou 24 horas de sua programação diária e irá pagar R$480 mil por mês para usufruir como quiser dele.
Além disso Valdemiro Santiago tem horários em algumas das principais emissoras de tv aberta do Brasil como a Band, Rede TV! e CNT/Gazeta, e continua negociando e procurando em diversas emissoras e retransmissoras alguns novos horários para arrendar. Recentemente fez propostas para ter espaços na Record, do desafeto e ex aliado Edir Macedo, e em uma emissora nos Estados Unidos.
Devido a sua forma feroz de conseguir horários na TV recentemente ele teve uma discussão com o Pastor Silas Malafaia ao pagar mais que o dobro do valor pago pelo líder da Igreja Vitória em Cristo e tira-lo do ar nas madrugadas da Band.
Valdemiro, que já perdeu horários para o Missionário R.R. Soares, hoje supera o líder da Igreja Internacional da Graça de Deus como sendo o televangelista com o maior número de horários no Brasil.
Fonte: Notícias Gospel (Notícia incluída em 28/11/2011 no site a Aesp)
Retirado do site: www.carosouvintes.org.br

UM POUCO DE HISTÓRIA


Como Marconi inventou a TSF


COMO MARCONI INVENTOU A T.S.F.


Um antigo estudante de Boulogne, condiscípulo de Marconi nesta Universidade, em 1894 o doutor d’Asteck-Callery que fazia parte duma Missão Inter-Aliada, tendo sido chamado para ahi dirigir uma serie de experiências delicadas e ensaios práticos importantes na costa mediterrânea, em Antibes, encontrava-se um dia no Cabo do mesmo nome, perto do farol com outros sábios, em vias de proceder á instalação dos seus aparelhos; quando ouviu o velho guarda do farol que, não podendo conter o seu espanto á vista desses aparelhos, exclamava:

“Ah ! mas eu já conheço isso! Sim, senhores já vi esses aparelhos, ou outros parecidos, quando tive em minha casa o senhor Marconi.” Intrigado, o doutor d’Asteck interrogou de parte o homem. O relato que ouviu dos seus lábios foi conservado integralmente por ele e publicado no órgão da imprensa madrilena, “La Libertad” de domingo 25 de Maio de 1924:

”Marconi chegou um belo dia do farol. Vinha recomendado por um amigo de Nice e trazia consigo os seus aparelhos. Disse-me que iria comunicar, por meio de certas ondas, que não eram do mar, com um outro seu camarada que se encontrava na Córsega, junto do Cabo Bonifácio, e que para esse fim tinham sido fixados entre eles, dias e horas precisas para a audição dos sínaes. Passou assim uma curta permanência a fazer experiências, alternando para esse efeito, as suas viagens do cabo d’Antibes a Nice. Uma estrada duns 8 quilómetros era o trajecto da gare d’Antibes ao Cabo.

Marconi, sem dinheiro, percorria-a, a maioria das vezes a pé. Por vezes, fatigado, fazia-se conduzir por um cocheiro, seu compatriota, da gare ao farol.
Um belo dia, produziu-se entre os dois homens, por razões que ficaram misteriosas, uma altercação. Supoz-se que Marconi, não podendo pagar ao seu condutor, lhe teria prometido o pagamento total duma vez só, renumerando-o generosamente, e que o prazo, sempre renovado, tivesse causado a discussão. O que é facto é que n’essa tarde, no instante em que a carruagem chegava á encruxilhada próxima do termo da viagem, o cocheiro, furioso, e talvez embriagado, caiu sobre o seu credor e administrou-lhe uma tal “tareia” que o deixou inanimado, largando imediatamente a sua vitima estendida na estrada e fugindo, a galope apavorado com o seu acto.
Alguns instantes depois, o acaso conduzia ao local do incidente o que mais tarde foi o anjo da guarda do jovem Marconi. Era o ilustre Sir Willan Henry Preece, físico iminente e desde 1877, engenheiro electrotecnico dos telégrafos londrinos.
Preece estava em vilegiatura num hotel visinho, e á vista do desgraçado, estendido na estrada, despertou na sua alma os sentimentos do bom Samaritano. Levantou-o e fê-lo transportar ao Hotel do Cabo d’Antibes, que ocupa a residência construída por Napoleão em favor dos artistas inválidos do Império.
A habitação, situada no meio dum parque maravilhoso, encontrava-se na extremidade dos dois caminhos que, partindo da encruzilhada onde tem lugar a scena que relatamos, acaba á direita com o Cabo, emquanto que a ramificação da esquerda conduz, atravez dum pitoresco pinheiral, ao farol. A clientela do hotel era antes da guerra quasi exclusivamente britânica, e tão rica como discreta e silenciosa.
Tornado a si, Marconi, - então perfeitamente desconhecido, o que explica que esta scena não tivesse causado impressão no hotel onde passou despercebida para os restantes hospedes e até para M. Sella, proprietário há 35 anos já, desse opulento albergue, - contou a sua historia a Preece. Todos sabem que o jovem sábio era filho de mãe inglesa. Isso facilitou singularmente as relações com o sábio engenheiro. Este, não obstante recusava acreditar que Marconi pudesse ouvir sinaes sem fio vindos da Córsega. Mas foi preciso render-se á evidencia quando, convidado pelo seu jovem protegido a assistir ás suas experiências no mesmo farol, ele ouviu, poucos dias depois a crepitação, nas membranas do receptor telefónico, dos primeiros sinaes radiotelegraficos passando sem condutor nessa larga faixa azul do Mar Latino, que separa a pátria de Bonaparte, Terra de Promissão da nossa bela Provença.
Sir W. H. Preece, estava desse dia em deante, conquistado e a fortuna vindo de Marconi não se separou mais da sua. Conduziu-o a Londres, onde o dotou dos meios indispensáveis para se meter á obra, conseguindo-lhe da Administração dos Correios e Telégrafos, um credito de 15.000 shillings que lhe permitiu a continuação das suas experiências e de fazer do seu nome, o nome ilustre que hoje possue.

Nota: Foi preservado o português original