quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A DIGITALIZAÇÃO DO RÁDIO EM QUESTÃO.

Digitalização das rádios AM e FM será prioridade

9/02/12
O Ministério das Comunicações prorrogou até abril os testes das tecnologias disponíveis para rádio digital. Segundo o secretário de Comunicação Eletrônica, Genildo Albuquerque, faltou averiguar a performance da tecnologia DRM (de consórcio de empresas europeias) em FM de curto alcance, usado pelas rádios comunitárias. Albuquerque afirmou que não pretende prorrogar mais esse prazo, mesmo que não tenha testado as tecnologias norte-americana e japonesa. A primeira porque os equipamentos para testes não foram entregues e a segunda porque dependeria de adaptações significativa para atender à faixa AM e mesmo alteração da frequência, que não foram feitas. “De qualquer forma, já temos um norte estabelecido que é a prioridade de digitalização do rádio AM e FM. Ondas Curtas e Ondas Tropicais, nós não temos certeza se vale a pena digitalizar porque são muito poucas emissoras e elas estão concentradas basicamente no Amazonas e no Pantanal”, disse o secretário. Para isso, a ideia é de que os novos receptores tenham capacidade de receber transmissões analógicas e digitais, para atender essas emissoras.
Depois de definir se a tecnologia atende às necessidades, o segundo passo será a negociação com a indústria. “Qualquer que seja a tecnologia que optarmos, os receptores e os transmissores terão que ser fabricados no Brasil”, afirmou Albuquerque. Ele lembrou que os transmissores da TV digital fabricados no país concorrem com qualquer equipamento produzido em outros países, em qualidade e preço. Os testes forma iniciados em junho e previam análise das transmissões em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, cidades escolhidas por ter características geográficas diferentes. A expectativa de Albuquerque é de ainda poder testar o sistema Iboc, e está aguardando os aparelhos dos norte-americanos. Ele informou que ainda não teve acesso aos resultados dos testes. (Lúcia Berbert)
fonte: www.carosouvintes.org.br

FUTEBOL OU GUERRA ?

POR QUE AS TORCIDAS BRIGAM NO  CEARÁ ?

                É intrigante e decepcionante as formas de como os chamados clássicos – rei em nosso estado são tratados pelos dirigentes, pela mídia e pelos órgãos de justiça em nosso Estado pois em qualquer destes jogos são criadas milhares de interpretações que acabam por provocar temores, pânico e desespero aos verdadeiros torcedores que não querem brigar com ninguém e apenas querem ver um jogo como espetáculo e não como momento de violência ou brigas geralmente sem sentidos. A dor maior é ver que há um desfilar de vaidades e também transferência de responsabilidades onde ninguém quer assumir a culpa em função do que fazem e nem proporcionar aos torcedores autênticos uma situação de prazer ao ver uma jogada ou emoção em ações meramente futebolística.
                A questão que mais intriga é o entendimento do real sentido das brigas dentro do futebol que todos sabem que estão relacionadas com tráfico de drogas, com insultos diários nas emissoras de rádio pro programas de torcidas e nas próprias declarações de jogadores e muitas vezes de dirigentes que não fazem do futebol um lazer festivo e sim um espetáculo de inimigos prontos a agredirem qualquer que seja o seu adversário. Todos sabem sim onde estão as raízes das brigas no futebol e bastaria um bom planejamento dos setores de segurança e da própria mentora do espetáculo ( A Federação ) para gerar uma amenização e uma possível erradicação do problema que é sério e que vai acabar destruindo um setor que poderia ser rentável do ponto de vista econômico e agradável como uma atividade de lazer.
                O certo de tudo que há uma preocupação meramente econômica e nunca de preocupação com o torcedor que é explorado dentro e fora do estado e tratado com elemento de última categoria e nunca é sequer pensado diante de todo o processo. Como podemos confiar em um Futebol onde os diretores da Federação e do Tribunal de Justiça Desportiva são declaradamente torcedores de times de futebol? A verdade é que nosso futebol é amador , a imprensa esportiva não é preparada para divulgar o espetáculos e os torcedores não se tratam como seres humanos que poderiam ter divergências , mas viverem amigavelmente. Nosso Futebol carece de profissionalismos, sinceridade , respeito ao torcedor e cumprimento das leis reais que regem o Futebol sem revanchismos ou interesses embutidos , mas com o cumprimento real de uma situação legal para este acontecer. A verdade é que para os verdadeiros torcedores fica mais difícil participar do jogo, pois quando a bandidagem toma de conta do espetáculo naturalmente os cidadãos jamais terão prazer em prestigiar um espetáculo que de belo se tornará dantesco e sem atração real.
FRANCISCO DJACYR SILVA DE SOUZA, PROFESSOR

Eles são capazes de tudo

POLÍTICOS NA RADIODIFUSÃO

Rádios de ministro estão em nome de empregados na PB

Por Breno Costa em 07/02/2012 na edição 680
Reproduzido da Folha de S.Paulo, 6/2/2012
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O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que tem posse marcada para hoje como novo ministro das Cidades, é dono de duas emissoras de rádio no interior da Paraíba que foram registradas em nome de empregados.
As emissoras Cariri AM e PB FM estão no nome da empresa AE Comunicações da Paraíba Ltda., sediada no escritório político que Ribeiro mantém em João Pessoa.
Os sócios da empresa, contudo, segundo registro da empresa na Junta Comercial da Paraíba, são um ex-contador e um assessor pessoal do ministro. A firma foi criada em fevereiro de 2010.
Uma das rádios controladas pela AE Comunicações, a Cariri AM, funciona no mesmo endereço, em Campina Grande (a 121 km da capital), da sede da River Comunicações Ltda., criada pelo ministro em setembro de 2009.
Como a Folha revelou ontem, a River é uma das quatro empresas que o ministro omitiu em sua declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral em 2010, quando se elegeu deputado federal.
Rádio de ministro
A transmissão da Cariri deixa claro quem é o verdadeiro dono da emissora.
Na sexta-feira (3/2), logo após a confirmação do nome de Aguinaldo Ribeiro como novo ministro, a rádio dedicou duas horas de homenagem a “Aguinaldinho”, como era chamado pelos locutores.
“Isso aqui é rádio de ministro, rapaz!”, afirmou um dos apresentadores, minutos após ser confirmado que Aguinaldo comandaria a pasta das Cidades.
A deputada estadual Daniella Ribeiro (PP), irmã do ministro e pré-candidata à Prefeitura de Campina Grande, tem um programa próprio na rádio, Mandato Popular.
As ações da AE Comunicações estão divididas igualmente entre Alex Barreto e Givaldo Nunes.
Barreto é uma espécie de braço direito do ministro. Filho de Alexandre Viana Barreto, motorista de Aguinaldo em João Pessoa, ele é um dos três funcionários que dão expediente no escritório de Ribeiro na Paraíba.
Quando a Folha foi ao local, um outro funcionário disse que as questões envolvendo o novo ministro deveriam ser respondidas por Barreto, “assessor do deputado”.
Givaldo Nunes, 71, é contador aposentado. Ele mora em um bairro popular de João Pessoa, o Mangabeira. Trabalha com o deputado Ribeiro desde a década de 90.
Era ele o contador de Ribeiro quando o hoje ministro administrava uma concessionária de veículos da família.
À Folha, Givaldo diz que virou sócio da rádio a pedido de Alex Barreto e que deixou de trabalhar com Aguinaldo Ribeiro porque ficou doente.
“Ele [Barreto] pediu para eu entrar em sociedade com ele e eu entrei. Conversa com o Alex, que ele está mais por dentro”, disse Givaldo, na porta de sua casa.
Na tarde de ontem, Alex atendeu seu celular, mas desligou o aparelho quando a reportagem se identificou.
Deputado e sua assessora não atendem ligações
Procurado desde a manhã de sábado para comentar a reportagem, o deputado Aguinaldo Ribeiro não respondeu às ligações.
Na noite de sábado (4/2), ele atendeu uma ligação, mas, depois que o repórter se identificou, ele disse que estava no elevador e pediu que ligasse de volta em dois minutos.
Assim foi feito, mas desde então e durante todo o domingo o celular do ministro esteve desligado.
Assessora
No domingo (5), a Folhatentou contato com a assessora Márcia Gomes. O celular dela também estava desligado.
A reportagem mandou mensagens de texto via celular para os dois aparelhos, informando o teor da reportagem e pedindo esclarecimentos. Não houve resposta até a conclusão desta edição.
Alex Barreto, que também não atendeu os telefonemas da Folha, disse no Twitter que Aguinaldo Ribeiro é vítima de “preconceito” por parte da “grande mídia”.
“Paraíba, vamos nos unir contra esta campanha maldosa que fazem com nosso ministro, eles não se conformam com a nossa vitória. Força Aguinaldo”, escreveu Alex na manhã de ontem.
Declaração de bens
Na sexta-feira, Aguinaldo Ribeiro disse que informou a Receita sobre a sociedade em empresas que não constam de sua declaração de bens enviada à Justiça Eleitoral.
Afirmou também que irá se desligar delas para chefiar o Ministério das Cidades.
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[Breno Costa, da Folha de S.Paulo]