segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

DE GERALDO ANÉZIO SOBRE LÚCIO SÁTIRO

Gerardo Anésio
A poucas horas fui dar o último ADEUS a um grande profissional da mídia (rádio e jornal), intelectual, profundo conhecedor de política, além do domínio nos conhecimentos gerais do passado e da atualilidade.
O estado do Ceará perdeu um dos melhores jornalista, radialista e advogado.

Que se repita o latim "Sit tibi terra levis" (Que a terra lhe seja leve), meu precioso amigo LÚCIO SÁTIRO.

Realmente mais um grande profissional que se vai. que esteja em paz...
Via Facebook...

Zé Trindade, Costinha e Chico Anysio em "Entrei de Gaiato"

UMA PERDA NO RÁDIO - MAIS UM QUE SE VAI

Tivemos informação hoje pela madrugada do falecimento do Radialista LÚCIO SÁTIRO, radialista e jornalista era o fiel escudeiro de CID CARVALHO no programa ANTENAS E ROTATIVAS na rádio Cidade AM, 860. uma grande perda para o rádio cearense. Vá em paz, grande profissional, você merece a paz...

uma homenagem a Agostinho Gosson

Ao mestre com carinho


Depois de grande, a gente fica meio acabrunhado de assumir que é fã de alguém ou de alguma coisa. Parece moda de quem tem idade pouca e juízo menos ainda recortar retratinho de jornal, gritar na fila do gargarejo, tremer nas bases e ter frio na barriga quando de um encontro casual com o tal do ídolo. Acredito piamente nisso. O fanatismo tem seu tempo. Mesmo assim, a vida prega suas peças. Eu, por exemplo, já graúdo, achei de ser fã de um dentuço, barbicha e falastrão.

Quando botei na cabeça de ser jornalista, jamais pensei que fosse aprender tanto e tanta coisa nos quatro anos de faculdade. Conheci pessoas fabulosas. Inventadas. De alguns deles, fiquei amigo. Tenho verdadeira devoção por Gilmar de Carvalho. Sou alucinado pela extraordinária Júlia Miranda. Nunca escondi uma dorzinha no peito quando tenho que apontar algum defeito na hoje prefeita Luizianne Lins, professora de outrora. Nada, porém, que se compare ao que sinto pelo mestre Agostinho Gósson.

Agostinho me embarga a voz, me deixa sem palavras, fico tenso de imaginar que tenha virado um jornalista que o desaponte. Agostinho foi o professor que me ensinou como se faz jornalismo. A mim, e a toda uma leva de gente que fez notícia nos últimos 28 anos. Pelos meios mais obtusos e uma didática só sua, Agostinho me fez acreditar que, apesar de, nunca iria perder o viço com o jornalismo. Com o jornal, talvez. Com o jornalismo, nunca. Agostinho é uma figura apaixonada, circense, intensa, de gestos largos, de uma inconsequência absolutamente consequente.

Semana passada, tomei um susto ruim ao saber que ele esse semestre se despede da Universidade Federal do Ceará. Eu sei, a aposentadoria é justa e ele merece esse descanso. No entanto, pensei: o que será do jornalismo cearense que virá, sem suas aulas? Espero eu que ele pare, mas não pare. Que sua genialidade possa, agora com o tempo mais livre, florescer em outros espaços. Escreva mais, Agostinho, conte suas histórias, não se afaste do rádio, crie um blog. Prometo acompanhar tudo. Eu e seus outros alunos que tanto lhe admiram.

Magela Lima
magela@opovo.com.br 
Editor Executivo do Núcleo de Cultura & Entretenimento do O POVO

Entrevista com torcedores do Ceará na Bahia