domingo, 7 de agosto de 2011

A GLOBO DEVERIA REPRISAR...

COISAS DO RÁDIO

03/08/2011 - 15h12

Eu soube da morte do meu pai pelo rádio, lembra Cléber Machado

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MARIANA BOMFIM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Luciana Cavalcanti/Folhapress
ORG XMIT: 100901_0.tif O narrador Cléber Machado, da Rede Globo, na gravação do especial de final de ano do cantor Roberto Carlos, em 8 de dezembro de 2005, no Credicard Hall, em São Paulo (SP). (São Paulo, SP, 08.12.2005. Foto de Luciana Cavalcanti/Folhapress. Negativo SP 11939-2005)

"(...) Tinha esse programete de esporte que a gente ouvia (...) Percebi aquele movimento estranho em casa (...) Todo mundo já sabia, menos eu e meu irmão", conta Cléber Machado, 49, locutor e jornalista, em primeira pessoa, na seção Quando Eu Tinha a Sua Idade, do Folhateen.
*
Eu tinha nove anos quando ouvi, por acaso, o anúncio da morte do meu pai na rádio Bandeirantes, onde ele trabalhava.
Ele estava doente, no hospital, e percebi aquele movimento estranho em casa, de gente indo e voltando do hospital.
Acho que era um sábado, umas dez pras oito da manhã, e tinha esse programete de esporte que a gente gostava de ouvir. Naquele dia, o cara deu a nota de falecimento. "A Bandeirantes acaba de perder..." Todo mundo em casa já sabia, menos eu e meu irmão.
Minha mãe, então, começou a fazer bicos de manicure em casa para reforçar o que recebemos do seguro de vida.
Nunca passamos dificuldade, mas não dava para pagar curso de judô, natação ou inglês. Até por isso, eu e meu irmão Cleiton, dois anos mais novo, passamos a adolescência jogando bola na rua.
Em Pinheiros ou na Vila Madalena, os bairros onde morei por mais tempo, era a rua daqui contra a rua de lá. Quando não era futebol, era futebol de botão. Tinha campeonatos enormes com tabela, placar, narração e tudo.

Arquivo pessoal
Cleber Machado - adolescente (Foto: Arquivo Pessoa)
Cléber Machado adolescente, em foto sem data exata
Na escola, eu sentava no fundo, era falador e bagunceiro, mas nunca tomei pau. Eu costumava pular o muro do colégio Max [Escola Estadual Carlos Maximiliano Pereira dos Santos] para chegar mais tarde ou sair mais cedo.
Apesar de nunca ter sido muito baladeiro, saía à noite, ia ao cinema e aos bailinhos. Teve uma época que eu gostava de brincar de novela.
A galera se reunia e formava cada dia um par romântico diferente. Lembro de ser o personagem que o Marcos Paulo fazia na novela "O Primeiro Amor" [de 1972]. Rolava beijo, igual na televisão.
Nunca fui de ir à zona, esses lugares. Às vezes, quando eu já trabalhava, os caras iam fazer jogo no interior e... Às vezes não, sempre que os caras iam fazer jogo no interior eles iam a esses lugares. Mas eu não me lembro de ter ido. Nunca fui mesmo.
A minha primeira vez foi com uns 18 anos, com minha segunda namorada, que se tornou minha primeira mulher.
Não fui precoce em nada, talvez só na carreira. Como meu pai trabalhava em rádio, passei a infância lá. Quando tinha 16 anos, o Luiz Aguiar, da rádio Tupi, que havia trabalhado com meu pai, me disse para frequentar o plantão esportivo.
No ano seguinte me contrataram --eu fazia o terceiro colegial de manhã e trabalhava à tarde. Aí eu já sabia que era isso mesmo que eu queria e, aos 20, comecei a fazer jornalismo na Fiam [Faculdades Integradas Alcântara Machado]. Quando me formei, em 1985, já era jornalista há um tempo.
Fonte: www.folhaonline.com.br

Tem alguma coisa errada? ou tudo está certo?

Dividindo a opinião: "A sociedade não está preparada para ver um beijo gay, mas está preparada para ver um gay morrer a pontapés em horário nobre. Parabéns, Globo!"
 Essa mensagem está rolando nas redes sociais .... é bom pensar nela... Não sei de quem é, mas suscita questionamentos....

para quem não conhece esta é Letícia Lopes - Produtora do Programa Grande Jornal da O POVO / CBN

LUÍS MIRANDA, LETICIA LOPES E NONATO ALBUQUERQUE

RAUL SEIXAS NO PROGRAMA FLÁVIO CAVALCANTI EM 1973

Programa Flávio Cavalcanti - Tv Rio (1973)

aniversariante de hoje