quinta-feira, 4 de agosto de 2011

LEIA E REFLITA

03/08/2011

Música = homogeneização?

Uma lógica surgiu na minha cabeça enquanto tentava dormir de ontem para hoje. E como precisava falar para alguém, aproveito a situação para colocar no blog.

A música perdeu aquele poder que tinha. Ela não faz parte da sua vida mais. Pode ser que com o aumento da tecnologia e a pressão constante por sucesso e reconhecimento na mídia, a música de qualidade é aquela lançada em um dia e que dura alguns poucos meses na memória de quem a escuta.

Não ouvimos música pela qualidade e sim por passatempo. Se a ouvirmos anos depois, lembramos dela, mas não a guardamos para o resto da vida. É difícil imaginar uma pessoa no auge de seus cinquenta anos ouvindo Restart ou Justin Bieber, não é mesmo?

Hoje a música sofre de homogeneização. Está cada vez mais raro ver bandas/artistas que ultrapassam essa barreira da normalidade e atinjam algo novo. Pode ser uma característica da nova geração que ainda está sendo formada, mas gerações anteriores aproveitavam a música de uma forma melhor. Obviamente que o mundo era outro e as músicas eram restritas a CDs e LPs, não tendo esse fluxo absurdo de informação fácil e gratuita.

Infelizmente, essa normalidade musical é deficitária para nós, já que não expande nosso universo musical, ficando restritos às mesmas coisas sempre. Trata-se, portanto, de uma espécie de dominação da informação.
Não estou generalizando, dizendo que todas as músicas lançadas são descartáveis, mas é clara a maior concentração de descartes do que de verdadeiras músicas, que você ouve milhares e milhares de vezes, seja em casa, no quarto, no carro, na escola...

Não sei se estou “viajando” muito, mas foi um pensamento que eu tive e achei necessário comentar.

Por Rodolfo P. Vicentini
fonte: BLOG DO FOLHATEEN

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