domingo, 31 de outubro de 2010

PREFEITO AGRIDE RADIALISTA - POR QUE TEM DE SER ASSIM?

Raimundo Moura disse...
CONSELHEIRO TUTELAR E RADIALISTA RAIMUNDO MOURA É AGREDIDO PELO PREFEITO BOSCO
O prefeito da cidade de Pentecoste João Bosco Pessoa Tabosa (PRB), em mais uma atitude de desequilíbrio, desceu o nível ao abordar o Conselheiro Tutelar e Radialista Raimundo Moura com palavras de baixo calão na presença de várias testemunhas.

O fato aconteceu na manha deste sábado por volta das 9h e 15 mim. quando o Radialista e Conselheiro Tutelar que estava exercendo seu plantão desloca-se até a feira que funciona no centro de abastecimento, e quando se encontrava na Av José de Borba Vasconcelos, nas imediações da igreja Evangélica Assembléia de Deus, o prefeito Bosco em mais um de seus desvairios mentais desceu de seu veículo e abordou o jovem proferindo ameaças e relatando que há mais de um mês estava querendo encontra-lo e que o mesmo estava dobrando caminho, pois queria perguntar por que o anda me "esculhambando" em todo lugar e em uma reunião em Fortaleza, e atualmente na rádio.

O prefeito esquecendo sua condição de homem público, por três vezes chamou o Radialista e Conselheiro Tutelar de "cachorro". Indagado pelo conselheiro Tutelar o porque de sua atitude em agredi-lo verbalmente e que iria registrar um boletim de ocorrencia. Nesse momento entra em cena uma terceira pessoa que trabalha na Secretaria de Meio Ambiente conhecido como Fábio falou que duvidava como o mesmo não conseguia registrar o boletim de ocorrencia por não ter testemunhas o que não corresponde com a verdade já que o fato ocorreu na avenida mais movimentada da cidade, onde vários populares pararam para presenciar a cena.

O prefeito ainda falou que o mesmo poderia registrar o boletim de ocorrência, e que se mesmo não parasse de falar mal dele, ele era bastante homem para responder pelo que dizia e fazia.

O motivo do destempero do prefeito, teria sido algumas críticas feito ao mesmo em um evento em Fortaleza com a presença Governador do Estado onde o Jovem Radialista teria cobrado do Governador Cid Gomes ações efetivas de combate ao crack na cidade de Pentecoste, onde nossos jovens estão matando e morrendo devido a falta de políticas públicas para combater esse terrível problema que é um caso de saúde pública.

Outro motivo foi o fato de em seu programa de rádio ter cobrado providencia em relação ao açude Pereira de Miranda onde apareceu uma grande mancha verde exalando um forte odor e provocando a mortandade de peixes.Segundo os especialistas isso se dá por conta de esgotos domésticos e industrial, lixo, animais pastando as margens do açude e possivelmente por gaiolas de criação de peixe.

Após esse fato o mesmo foi a delegacia onde não havia escrivão para registrar o boletim de ocorrência e foi informado pelos agentes de cidadania que se encontrava na delegacia que a tarde chegaria alguns escrivães para trabalhar no período eleitoral e que o mesmo retornasse nesse horário.

Nós que fazemos o Blog notícias de Pentecoste e todos os que não concordam com o modo ditatorial do prefeito de Pentecoste repudiamos essa atitude covarde de se valer da autoridade conferida pelo povo para tentar intimidar a voz dos que mostram a verdade.

Hoje foi uma ameaça verbal... Amanhã vai ser o que!!!!?? Esperamos que as autoridades ao tomarem conhecimento dessa fato lamentável tome as devidas providencias e "também não se deixe intimidar" por esse aprendiz de ditador que quer implantar a lei do silencio e a cultura do medo.

RAIMUNDO MOURA ESTAMOS COM VOCÊ, NÃO SE DEIXE INTIMIDAR POR ESSES FRACOS QUE ESTÃO NO PODER. VOCÊ ESTÁ ACIMA DE TODOS ELES.

Por Zé da Legnas
31 de outubro de 2010 12:13

Postado no blog gente de mídia.

DOCUMENTOS PARA LICENCIAMENTO DE RÁDIO

Licenciamento de Rádio

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

SHOW DE SENSIBILIDADE

o jornalismo tem momentos que valem a pena. A sensibilidade demonstrada pela repórter Fabiane Kaczan e pelo famoso Alan Neto em relação ao jovem Roney mostra muita competência e sinceridade no jornalismo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

COMENTÁRIO DO BLOG GENTE DE MÍDA - VALE A PENA REFLETIR SOBRE O ASSUNTO

Curso de Comunicação Social da UFC se manifesta a favor da criação do Conselho Estadual de Comunicação Social
Os professores do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará decidiram assinar o "Manifesto em defesa do Conselho de Comunicação Social e da democracia".
Os docentes apoiam a criação do Conselho Estadual de Comunicação Social e compreendem essa iniciativa como fundamental para garantir avanços no processo de democratização da comunicação e na formulação de políticas públicas que versem sobre os meios de comunicação no Ceará e no Brasil.
Os docentes epudiam de forma veemente, as tentativas de setores conservadores da sociedade de desqualificar a decisão da Assembleia Legislativa do Estado de propor ao governador Cid Gomes (PSB) a criação de um órgão que possibilitará a efetiva participação da sociedade cearense na criação de políticas públicas em comunicação do Estado.
Um Conselho tem como finalidade principal servir de instrumento para garantir a participação popular, o controle social e a gestão democrática das políticas e dos serviços públicos, envolvendo o planejamento e o acompanhamento da execução destas políticas e serviços públicos. Hoje, existem conselhos municipais, estaduais e nacionais, nas mais diversas áreas, seja na Educação, na Saúde, na Assistência Social, entre outros. Um Conselho de Comunicação Social é, assim como os demais Conselhos, um espaço para que a sociedade civil, em conjunto com o poder público, tenha o direito a participar ativamente na formulação de políticas públicas e a repensar os modelos que hoje estão instituídos.
Longe de ser uma tentativa de censura ou de cerceamento à liberdade de imprensa, como tenta fazer crer a grande mídia (nada mais que uma dúzia de famílias) e seus prepostos, o Conselho é uma reivindicação histórica dos movimentos sociais, organizações da sociedade civil, jornalistas brasileiros e setores progressistas do empresariado que atuam pela democratização da comunicação no Brasil e não uma construção de partido político A ou B. E mais, falta com a verdade quem diz ser inconstitucional o Conselho de Comunicação, pois este está previsto na Constituição, no Artigo 224, que diz "Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei", com direito a criação de órgãos correlatos nos estados, a exemplo dos demais conselhos nacionais.
Uma das 672 propostas democraticamente aprovadas pelos milhares de delegados e delegadas da sociedade civil empresarial, não-empresarial e do poder público, participantes da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), os Conselhos de Comunicação Social são a possibilidade concreta de a sociedade se manifestar contra arbitrariedades e abusos cometidos pelos veículos, cuja programação é contaminada por interesses comerciais, que muitas vezes violam a legislação vigente e desrespeitam os direitos e a dignidade da pessoa humana.
A desfaçatez com que o baronato da mídia e seus asseclas manipulam a opinião pública, na tentativa de camuflar a defesa de interesses econômicos e políticos que contrariam a responsabilidade social dos meios de comunicação e o interesse público, merece o mais amplo repúdio do povo brasileiro. Eles desrespeitam um princípio básico do jornalismo, que é ouvir diferentes versões dos acontecimentos, além de fugir do debate factual, plantando informação.
É chegada à hora de a sociedade dar um basta à manipulação da informação, se unindo aos trabalhadores, consumidores, produtores e difusores progressistas na defesa da criação, pelo poder público, dos Conselhos de Comunicação Social. Somente assim, o povo cearense evitará que o Governo do Estado sucumba à covarde pressão de radiodifusores e proprietários de veículos impressos que ainda acreditam na chantagem e na distorção da verdade como instrumento de barganha política.
27 de outubro de 2010 22:56

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

MESSIAS ALENCAR E ASSIS FURTADO NA RÁDIO METROPOLITANA AM

Messias Alencar e Assis Furtado estreiam na próxima semana na Rádio Metropolitana. São talvez mais dois profissionais expulsos da nossa antiga Ceará Rádio Clube. Dinheiro na mão é vendaval...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

UMA REFLEXÃO SOBRE O CONSELHO DE COMUNICAÇÃO

REGULAÇÃO EM DEBATE
Só os empresários podem controlar a mídia?
Por Ismar Capistrano Costa Filho em 26/10/2010
Os principais conglomerados midiáticos brasileiros noticiaram a aprovação, na Assembleia Legislativa do Ceará, do projeto de indicação que cria o Conselho Estadual de Comunicação Social (CECS). A proposição foi construída coletivamente na Rede pela Comunicação (RedCom), fundada pelos movimentos sociais cearenses que participaram da mobilização pela Conferência Nacional da Comunicação (Confecom). O Conselho foi uma das 672 propostas aprovadas na Confecom e Conferência Estadual da Comunicação do Ceará. A deputada Rachel Marques (PT) apresentou o projeto, sendo aprovado por unanimidade no dia 19 de outubro.
A proposta prevê o Conselho como integrante da Casa Civil do governo estadual, sendo composto por 25 membros: sete do poder público, oito da sociedade civil empresarial e dez da sociedade civil não empresarial. O Conselho formulará e acompanhará a execução da política estadual de comunicação, exercendo funções consultivas, normativas, fiscalizadoras e deliberativas. O órgão deverá respeitar os dispositivos do Capítulo V da Constituição Federal de 1988, que trata da Comunicação Social e da liberdade de expressão.
A ofensiva dos empresários da comunicação contra a criação do Conselho não tardou. Os portais iG e Terra, a TV Globo, os jornais Folha de S.Paulo, Estado de S. Paulo e O Globo e as revistas IstoÉ Dinheiro e Veja publicaram matérias relacionando o projeto do Conselho ao controle da mídia, como forma de censura. A Associação Cearense de Rádio e Televisão (Acert) e o Sindicato das Empresas de Telecomunicações (Sindatel) lançaram nota repudiando a iniciativa do parlamento cearense.
A censura dos monopóliosDiante de tanto alarde para um projeto que apenas sugere uma lei para o governo acatar ou não, cabe-nos perguntar: por que os empresários temem tanto o controle da mídia pelo público? Querem continuar só para si com o direito de decidir o que vai ou não vai ser publicado? Querem impor somente as versões dos fatos que beneficiam seus interesses? Por que as mídias só podem ser controladas pelos empresários?
Os meios de comunicação exercem papel central na vida social contemporânea. É através do rádio, da TV, da internet e dos impressos que obtemos boa parte das informações para nos ambientamos socialmente e para identificarmos os valores e práticas de nossa cultura. Por isso, possuem uma indispensável responsabilidade para o convívio social.
Desta maneira, a produção de conteúdo, a propriedade dos meios e a recepção necessitam ser avaliadas e planejadas democraticamente. As consequências da informação deturpada, do entretenimento preconceituoso e da publicidade consumista trazem prejuízos inegáveis para a vida social.
A participação social deve nortear a elaboração das políticas públicas de comunicação. A discussão coletiva deve cobrar o acesso plural, promover a educação formal e incentivar a arte local. O Conselho de Comunicação é o espaço adequado para institucionalizar o debate público e a participação democrática nos meios de comunicação. Assim, combateremos a verdadeira censura causada pelos oligopólios midiáticos e pelo monopólio da fala.

VEJA ESTE LIVRO - O RÁDIO COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO

Rádio como instrumento pedagógico.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

opiniões sobre o conselho de comunicação do Ceará - BLOG DE PLÍNIO BORTOLLOTI

Amanda Nogueira 24.10.10 | 23:43
Olá Plínio,
Que bom que a nota da deputada Rachel Marques também foi publicada neste espaço. Precisamos ser plurais no debate sempre!
Quanto ao art. 224, ele abre precedentes…
O artigo não proíbe a ligação do Conselho ao executivo. Apenas cita que, no caso do Conselho Nacional de Comunicação Social, ele será ligado a um órgão legislativo. Somente.
Abraços,
Francisco Hélio Rôla 25.10.10 | 07:47
Arte Mordaça
Nossa história mostra que o poder, à direita ou à esquerda, quando lhe interessa, logo cassa, cala ou exila, ou mesmo mata, quem pensa, escreve ou fala. E, se “necessário” e em decorrência de sua ideologia, ele proíbe que os artistas pintem o mundo em suas próprias cores vivas…Inaceitável a medida mordaça à livre expressão, infeliz idéia da Deputada Raquel Marques (PT) que foi aprovada por unanimidade, não me surpreendo, pelos deputados do Ceará…Salvação?
Agora só falta o Governador se pronunciar e eu, data venia, lhe pergunto: Governador, cada povo merece a mordaça que lhe cala? Saudações
da pARTE do Hélio Rôla
Ismar Capistrano 25.10.10 | 11:40
É uma completa desinformação relacionar o Conselho de Comunicação com censura, restrinção ou mordaça. O órgão é uma forma de democratizar as discussões sobre as políticas do Governo Estadual na área. O papel de fiscalização ou monitoramento (=acompanhamento) é verificar alguma irregularidade nas mídias e levá-la para o Ministério Público Federal e o poder judiciário a quem cabe julgá-la. Por que os grandes conglomerados midiáticos temem essa fiscalização? Só quem pode controlar a mídia são os empresários? Os oligopólios da comunicação e o monopólio da fala não censuram ou restringem o conteúdo publica na mídia? Por que os jornais não estão dando espaço para os movimentos sociais e ongs (Intervozes, Abraço, Sindjorce, Catavento) que defendem o projeto se pronunciar? Sobre os procedimentos do jornal O Povo para contactar a deputada Rachel Marques, só faltou procurar a assessoria de imprensa da parlamentar. O que é básico e não foi feito. Será preconceito contra os assessores de imprensa?
Alexandrina Mesquita Mota Brito 25.10.10 | 12:20
A dep. Rachel Marques não foge do debate. Infelizmente está com problemas de saúde justamente nesse momento de discussão sobre o Conselho de Comunicação. Cabe aos meios de comunicação procurar a assessoria de imprensa como tão bem colocou o jornalista Ismar Capistrano e não sair “queimando” a deputada como estão fazendo.

dignidade que fica

DIGNIDADE NO FUTEBOL


 Os jogadores de futebol muitas vezes tem sido criticados por algumas atitudes que acabam destruindo a arte do futebol muitas vezes provocadas pela falta de preparação, problemas familiares e às vezes pela própria formação nos times a que pertencem. No entanto alguns promovem momentos de rara emoção que certamente não deixarão de emocionar as pessoas e provocar respeito e admiração. Essas atitudes provam que talvez esteja no berço e na formação familiar o futuro de quem adquire êxito como atleta.
  O goleiro do São Paulo Futebol Clube Rogério Ceni é um exemplo que há bons corações no mundo e que algumas vezes o futebol tem um conteúdo de educação para a vida que deve ser enaltecido e valorizado. No jogo contra o Ceará no Estádio do Castelão o jogador entrou em campo levando nas costas um jovem deficiente que certamente já o admirava e que agora o admirará cada vez mais e jamais esquecerá aquele momento de sua vida. Rogério Cenio o levou até a trave e bateu um pênalti para o adolescente que jamais esquecerá desta alegria. Ao final do jogo o atleta demonstrou respeito, consideração e ternura por aqueles que queriam autógrafos ou bater fotos com o jogador que sabe a importância de um gesto de carinho para algum fã.
   Atitudes como estas certamente são notáveis e servem de exemplo para alguns que esquecem que fama é passageira e que o que fica na história são gestos , atos e palavras que exalem humildade, consideração e respeito. Muitos poderiam se espelhar nestas atitudes do jogador sãopaulino e utilizar sua fama para o bem , assumindo posições em busca da dignidade , da vida e do respeito aos seres humanos em todos os setores da vida moderna. Parabéns Rogério Ceni, que seu ato seja objeto de imitações  por muiitos que pensam que fama, dinheiro e poder são as coisas mais importantes da vida.

VEJAM ESTA DECLARAÇÃO DO FNDC

Em defesa da democracia e do controle público sobre a mídia

A propósito do comportamento da maioria dos grandes meios de comunicação social do país, especialmente nas últimas semanas, agendando temas com prioridade e interesse eleitoral, o FNDC vem a público manifestar o seguinte:1) Muitas das práticas editoriais desencadeadas pelos referidos meios ferem a democracia e substituem o necessário embate de ideias políticas por denúncias unilaterais e, de modo geral, sem comprovação informativa.

2) A substituição da luta política democrática pelo ódio de classe e a disseminação de boatos e inverdades revela a face autoritária desses concessionários de emissoras de rádio e de televisão e de proprietários dos meios impressos.

3) Tais concessionários e proprietários de jornais ou revistas demonstram, deste modo, do que são capazes para tentar manter seus propósitos de dirigir a nação brasileira, conforme seus interesses privados.

4) A mais recente manifestação unilateral está muito viva na memória nacional, quando os principais meios de comunicação eletrônicos e impressos conspiraram contra a democracia, contribuindo na preparação do golpe militar de 1964, através de um apoio político decisivo.

5) Confiamos que a democracia brasileira resistirá aos seus inimigos.
Já os vimos. Sabemos quem são. E sabemos que a democracia não se consolidará sem o desenvolvimento de políticas públicas que levem à democratização dos meios de comunicação.

6) Por isso o FNDC apela aos homens e mulheres do Brasil que lutem contra o perigo totalitário que se ergue. Que lutem em suas comunidades, locais de trabalho, entidades e em todos os ambientes possíveis, denunciando o arbítrio e a desfaçatez dos concessionários de emissoras de rádio e de televisão e dos proprietários de jornais e revistas que se v alem dessa condição para defender seus interesses pessoais, em detrimento do interesse público.

7) Por fim, o FNDC reafirma o seu compromisso democrático e sua luta pela criação e consolidação de meios de controle público sobre a comunicação, com a participação do Estado e da sociedade civil organizada.

8) O FNDC considera que o controle público sobre a comunicação é condição indispensável para que a nação brasileira nunca mais volte a sofrer os constrangimentos ora impostos pelos donos da mídia.

9) É hora de cobrar um compromisso, por parte de todos os candidatos a cargos públicos nesta eleição, com a defesa da democratização da comunicação, a partir de regras transparentes, que não deixem a população refém de alguns poucos detentores de veículos que se apresentam como representantes do interesse público.

Assinam este Manifesto a Coordenação Executiva do Fórum e outras entidades, representando as mais de cem organizações nacionais e regionais que integram o FNDC (www.fndc.org.br).

Brasília, 29 de setembro de 2010.

ABRAÇO - Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária
ANEATE - Associação Nacional das Entidades de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões
CFP - Conselho Federal de Psicologia
CUT - Central Única dos Trabalhadores
FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas
FITERT - Federação Interestadual dos Trabalhadores em Radiodifusão e Televisão
ARPUB - Associação das Rádios Públicas do Brasil
CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
FENADADOS - Federação Nacional dos Empregados em Empresas e Órgãos Públicos e Privados de Processamento de Dados
FENAJUFE - Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União
FNPJ - Fórum Nacional de Professores de Jornalismo.

Deputada Rachel Marques - CRUCIFICADA PELA MÍDIA

veja nota publicada pela deputada Rachel Marques sobre o Projeto da criação do CONSELHO DE COMUNICAÇÃO DO CEARÁ



Rachel Marques reafirma importância do Conselho de Comunicação em nota a imprensa

Como comunicado à imprensa, que nos últimos dias vem solicitando depoimentos e entrevistas para os seus veículos, encontro-me atualmente em licença médica. A publicação de que estou me distanciando do debate, é falsa e leviana. Solicito que seja, por isso, divulgado sobre meu estado de saúde. O departamento legislativo da Assembleia recebeu atestado que comprova essa situação.Venho a público reafirmar a importância do projeto de indicação Nº 72/2010, que prevê a criação do Conselho Estadual de Comunicação Social do Ceará. A proposta de Conselho de Comunicação não é um ataque a liberdade de expressão e um mecanismo de censura. Longe disso, os conselhos são mecanismos democráticos, que integram os interesses de determinado setor, a exemplo dos conselhos de educação, saúde e assistência social, que têm como finalidade principal servir de instrumento para garantir a participação popular na construção das políticas e dos serviços públicos, envolvendo o planejamento e o acompanhamento da execução, no caso específico, uma política pública estadual de comunicação.

O projeto foi uma das propostas aprovadas na Conferência Nacional de Comunicação, realizada em 2009, com a participação de empresários, como a ABRA - Associação Brasileira de Radiodifusão, capitaneada pela TV Bandeirantes e a Rede TV e a TELEBRASIL - Associação Brasileira de Telecomunicações e redigido em conjunto com a Rede Cearense pela Comunicação (RedCom), organização composta por 30 entidades estaduais que publicaram manifesto de apoio ao projeto aprovado pela Assembleia.

O Conselho de Comunicação é uma demanda antiga das organizações sociais, movimentos sociais, jornalistas e empresários, para promover a participação social na comunicação no Brasil. Inclusive há a previsão de tal órgão na Constituição, no Artigo 224, que diz "Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei", com direito a constituição de organismos similares nos estados.

Rachel Marques
Deputada Estadual - PT

domingo, 24 de outubro de 2010

deu na coluna do abidoral - JORNAL O POVO

FALA POVÃO
A Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acert) promoverá dia 1º de dezembro o evento Fala Nordeste, congresso regional do setor. Na ocasião, homenageará os radialistas Paulo Oliveira (AM 810) como “Melhor Radialista da Capital”, e Rosálio Daniel (Educadora de Limoeiro do Norte) como “Melhor Radialista do Interior”.

sábado, 23 de outubro de 2010

isso é história

MÍDIA RADIOFÔNICA
A idade de ouro do rádio
Por Ethevaldo Siqueira em 22/10/2010
Reproduzido do Estado de S. Paulo, 20/10/2010
A era de ouro do rádio brasileiro vai dos anos 1930 ao final dos anos 1950. Nesse período, a radiodifusão no Brasil é feita com muito idealismo, paixão e participação na vida brasileira.
O rádio trouxe grandes benefícios culturais, sociais e políticos ao País. Fortaleceu o sentido de nação e consolidou a própria língua portuguesa falada no Brasil, dando-lhe mais homogeneidade na pronúncia, sem lhe destruir as peculiaridades regionais.
Apesar das numerosas dificuldades econômicas enfrentadas pela maioria das emissoras de rádio, naquele período, a comunicação radiofônica cobriu todo o vasto território nacional, contribuindo significativamente para a integração cultural, a formação e uma nova consciência democrática e para o amadurecimento político.
Foi nessas três décadas – dos anos 1930, 1940 e 1950 –que surgiram no Brasil comunicadores como Roquete-Pinto, Cesar Ladeira, Almirante, Ary Barroso, Ademar Casé, Renato Murce, Saint-Clair Lopes, Eneas Machado de Assis, Carlos Schermann, Paulo Machado de Carvalho, Fernando Tude de Souza, Roberto Cancelier, Roberto Marinho, Edgar Proença, Vitoriano Borges, Alvaro Freire, Carlos Lacombe, Carlos Prado Mendonça, Gagliano Neto ou Cândido Fontoura.
Alguns dos mais famosos compositores, humoristas e cantores de nossa música popular começaram naquele rádio heroico dos anos 1930 e criaram um novo mundo para a comunicação no Brasil: Noel Rosa, Francisco Alves, Lamartine Babo, Orestes Barbosa, Grande Otelo, Celso Guimarães, Paulo Gracindo, Radamés Gnatalli e Mario Lago.
A música, a informação, o entretenimento, a cultura geral, o sentimento nacional e a própria unidade linguística do Brasil devem muito a esses homens e tantos outros.
As grandes emissoras Emissoras pioneiras como as que se multiplicaram no final da década de 1920 ou durante os anos 1930 consolidaram o papel que estava reservado à radiodifusão no País. O rádio-jornalismo, os programas humorísticos e musicais, as primeiras novelas e as transmissões esportivas (algumas delas feitas, a princípio, com arrojo, pelos pioneiros, numa época em que as condições técnicas das comunicações nacionais eram as mais precárias possíveis) deram à radiodifusão sonora uma posição de destaque crescente na vida brasileira até seu auge no final dos anos 1940 e primeiros da década dos 1950. Entre outras emissoras desse período áureo, as que mais se destacaram foram a Rádio Bandeirantes (São Paulo), Rádio Record (São Paulo), Rádio Tupi (de São Paulo), Rádio Mairink Veiga (Rio de Janeiro), Rádio Tamoio, Rádio Jornal do Comércio de Recife. O maior sucesso dos anos 1940 e 1950, no entanto, foi, de longe, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro
Nesse período áureo do rádio brasileiro, nossos pais ou avós se entusiasmavam com a velocidade da informação dos jornais falados de longa duração e grande audiência, como o Grande Jornal Falado Tupi, de Corifeu de Azevedo Marques, na Rádio Tupi de São Paulo. Ou com a qualidade de programas da Rádio Nacional do Rio, como Calouros em Desfile, de Ary Barroso. Ou Nada Além de Dois Minutos, Um milhão de melodias, Papel Carbono, da versão pioneira e radiofônica de O Direito de Nascer.
Em minha infância, me deliciava ao ouvir Francisco Alves cantando aos domingos, ao meio-dia. A locutora anunciava com pompa e emoção: "Quando os ponteiros se encontram na metade do dia, os ouvintes da Rádio Nacional se encontram com o Rei da voz"…
Com sua voz poderosa e inconfundível, Francisco Alves lançava, então, o jovem compositor gaúcho, Lupicínio Rodrigues, autor consagrado de Quem Há de dizer, Esses Moços, Nervos de Aço e tantos outros sucessos. Orlando Silva (o Cantor das Multidões), Sílvio Caldas, Carlos Galhardo, Vicente Celestino, Ciro Monteiro, Carmen Miranda, Cândido das Neves, Augusto Calheiros, Nelson Gonçalves, Dircinha e Linda Batista, os conjuntos (de Anjos e Demônios, bandos, duplas e trios, Os Oito Batutas (com Pinxinguinha), dos nacionalistas aos Quitantinhas Serenaders, Carmélia Alves, Ivon Cury, Hervê Cordovil, Marcelo Tupinambá e muitos outros enriquecem dia a dia a música popular.
Transistor dá nova vida Mesmo com a chegada da televisão, o rádio se reinventa, renasce como transístor, ganha as ruas, os estádios, os automóveis, o campo e o sertão. A mobilidade traz uma nova vida ao rádio.
Mas, para cumprir sua missão, o rádio brasileiro tem muitas vezes pago um preço bastante elevado. Criticado pelos abusos de alguns radialistas, mas frequentemente injustiçado nos julgamentos oficiais, o rádio brasileiro chega ao século 21 com mais de 3 mil emissoras, emissoras espalhadas por todos os Estados e Territórios.
Em pequenas empresas deficitárias ou sem qualquer rentabilidade para os investimentos exigidos pela radiodifusão, lançando-se com pertinácia e idealismo à causa pública com extrema dedicação, o homem de rádio – especialmente no interior do País – não pode ser esquecido em qualquer avaliação crítica do progresso nacional.
A face boêmia Paulo Machado de Carvalho, em entrevisa que concedeu, para o Estadão (edição de 5 de maio de 1974), relembrava um pouco de seus 44 anos de atividade no rádio, até então, no rádio paulista. Aliás, a primeira emissora paulista nasceu em 1924. Era a Rádio Educadora Paulista, cujo presidente e fundador era Frederico Steidel. Ainda naquele ano, foi criada no Recife e Rádio Clube de Pernanmbuco.
As gerações mais novas talvez não saibam ou não se lembrem de que Paulo Machado de Carvalho foi o Marechal da Vitória, ao dirigir a delegação brasileira e seleção brasileira de futebol, cujo técnico era Vicente Feola, aquela equipe extraordinária que ganhou, pela primeira vez, na Copa de Mundo, da Suécia, em 1958.
Paulo Machado de Carvalho relembrou-nos o começo de seu trabalho profissional como radialista e radiodifusor: "Quando compramos a Radio Record, em 1931, por 25 contos de réis, a emissora era dirigida por boêmios. Dentro de um piano, que não tocava uma nota sequer, havia centenas de tampinhas de cerveja, impedindo o movimento das cordas. Microfones de carvão eram acionados aos berros. A parte técnica, com todos os seus equipamentos, tinha um espaço de 4 metros quadrados para a gente trabalhar."
Um dos episódios mais interessantes ocorridos em 1932 é narrado por Paulo Machado de Carvalho: "Uma dia, pela primeira vez na história do rádio do País, um grupo de estudantes invadiu a emissora para transmitir uma mensagem subversiva: o pedido de adesão popular à Revolução de 1932, que havia iniciado praticamente em maio. Surge nesta época um dos maiores locutores que o Brasil já conheceu: César Ladeira. Seu boletim, das duas às quatro horas da manhã, diariamente, terminava com um apelo revolucionário dirigido a Getúlio Vargas: Que renuncie o ditador."
A 30 de maio de 1932, nascia a Rádio Cruzeiro do Sul, (chamada depois, Rádio Piratininga), fundada por Alberto Byington Jr., e que foi fechada em 1974, simplesmente por criticar o governo militar. O Ministério das Comunicações simplesmente não lhe renovou a concessão. Fundada a 30 de maio, a Piratininga formou verdadeiros profissionais do rádio, que se tornaram nomes nacionais, como Emílio Carlos, Fauze Carlos e Blota Júnior. Nessa emissora, também trabalhou Cesar Ladeira.
Instrumentalização política O rádio brasileiro tem sido utilizado exaustivamente como instrumento de ação política, quer por partidos, quer pelo governo ao longo dos últimos 87 anos. Em 1935, era criada a Hora do Brasil, programa de uma hora de duração que ia ao ar de segunda-feira a sábado das 20 às 21 horas, com noticiário oficial distribuído pelo famigerado Departamento de Imprensa e Propaganda, depois do golpe de Estado de 1937. Mesmo após a queda de Vargas, em 1945, o programa sobreviveu, passou a chamar-se A Voz do Brasil, sofreu diversas mudanças, mas não morreu.
Redemocratizado o País em 1945, já com o nome de A Voz do Brasil, e, de lá para cá, com o golpe militar de 1964, entra governo, sai governo, com a queda da ditadura, o programa continua, sempre transmitido em rede obrigatória, hoje com mais de 3 mil emissoras em cadeia divulgando o noticiário chapa branca. Antes de mais nada, estamos diante de um imenso desperdício de energia elétrica.
A Voz do Brasil que ainda ouvimos em 2010 é estatal, irritante, anacrônica, jurássica e inútil, sobrevive como o mais antigo lixo autoritário do rádio brasileiro. Programa de rádio típico dos regimes autoritários, irritante e anacrônico. O programa se perpetuou não apenas por interesse dos presidentes e de políticos oriundos dos grotões distantes, que passaram a utilizá-lo como canal de comunicação com suas bases. É o rádio que já foi usado como o "Alô, mamãe" – de parlamentares do baixo clero, seus defensores mais ferrenhos.
Antigamente se dizia que a maior utilidade da Voz do Brasil era levar informações ao habitante da Amazônia, que só conseguia ouvir emissoras estrangeiras. Então, por que não restringir a obrigatoriedade do programa àquela região? E hoje por que não aproveitar as emissoras federais e estaduais e, em especial, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), criada por Lula?
O rádio popular Mas a popularidade do rádio atingiu seu ponto máximo nos anos 50. Os programas de auditório evoluíram e foram responsáveis pela maior parcela desse prestígio. O primeiro deles de grande audiência foi produzido e dirigido por Casé (Ademar Casé), "sob o alto patrocínio" de um purgante do laborátorio Queiroz.
Casé apresentou e contribuiu para a popularidade de artistas como Carmen Miranda, Mario Reis, Francisco Alves, Lamartine Babo, Almirante e Noel Rosa, entre tantos outros. Um jovem maestro foi "lançado" por Casé : Eleazar de Carvalho. O programa tinha uma variedade incrível (ficção, teatro, radiofonização de histórias reais ou contos policiais; dramatização de episódios históricos, humorismo, canto, paródias etc).
E reuniu gente excepcional, como Orestes Barbosa, Luís Peixoto, Henrique Pongetti e Paulo Roberto. Chegou até a realizar o Teatro Imaginário, que, mais do que a novela, era a ópera do rádio, com sonorização de palmas, clima de teatro, vozes e tudo mais que lembrasse uma noite no Municipal.
Foi no rádio que nasceram algumas figuras populares da televisão brasileira (o que explica a fórmula de sucesso e alguns vícios, como o de "fazer rádio com imagem na TV"): Abelardo Chacrinha Barbosa, Flavio Cavalcanti (lançado também por Casé), Silvio Santos, Hebe Camargo, J. Silvestre e outros.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Veja justificativa da Deputada Rachel Marques em relação ao Projeto de Lei que cria CONSELHO ESTADUAL DE COMUNICAÇÃO.

JUSTIFICATIVA


A proposta de criação do Conselho foi uma das 600 sugestões aprovadas na Conferência Nacional de Comunicação realizada em dezembro de 2009 em Brasília. Antes do encontro nacional, cada Estado promoveu sua conferência, além de encontros nos municípios. No Ceará, ocorreram conferências em Fortaleza, Quixadá, Juazeiro do Norte e Fortim; todas abertas ao público.



O mérito desta proposição visa instituir um Órgão que possibilite ao Estado estar presente na defesa do interesse público no que tange ao desenvolvimento e à formulação de políticas estaduais voltadas para a valorização e fiscalização dos princípios constitucionais referentes à comunicação.

Ademais não podemos deixar de considerar que o Estado não pode estar omisso no debate em torno da democratização dos meios de comunicação e, neste sentido, o Conselho Estadual de Comunicação cumprirá um papel estratégico, principalmente no que tange à formulação de políticas voltadas para a cidadania mediante possíveis abusos e arbitrariedades dos meios de comunicação.


Segundo o mestre publicista e advogado Marcio Vieira Santos , "a liberdade de informação, a liberdade de expressão e mesmo a liberdade de imprensa são cânones constitucionais fundamentais, as quais mesmo figurando como cláusulas pétreas não são valores absolutos e, dentro do sistema constitucional normativo, e funcionalmente diante da indispensável garantia dos direitos fundamentais, devem existir harmonicamente com as demais liberdades", daí a "ratio legis" desta proposição, a saber: A possibilidade do exercício fiscal sobre a prática da comunicação.

VEJA AQUI O QUE É O CONSELHO ESTADUAL DE COMUNICAÇÃO

Conselho Estadual de Comunicação do Estado do Ceará

PROJETO DE INDICAÇÃO 72.10 - Cria o Conselho Estadual de Comunicação Social do Estado do Ceará e dá outras providências.
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ decreta e eu promulgo nos termos da Constituição Estadual a seguinte Lei.
Art. 1º. O Conselho Estadual de Comunicação Social (Cecs), órgão colegiado integrante da Secretaria da Casa Civil do Estado do Ceará, com sede nesta capital e jurisdição em todo o território estadual, tem por finalidade formular e acompanhar a execução da política estadual de comunicação, exercendo funções consultivas, normativas, fiscalizadoras e deliberativas, respeitando os dispositivos do Capítulo V da Constituição Federal de 1988.
Art. 2º. Compete ao Conselho Estadual de Comunicação Social definir a política de comunicação do Estado do Ceará; realizar estudos, pareceres, recomendações, acompanhando o desempenho e a atuação dos meios de comunicação locais, particularmente aqueles de caráter público e estatal; e empreender outras ações, conforme solicitações que lhe forem encaminhadas por qualquer órgão dos três poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) ou por qualquer entidade da sociedade, sempre visando à efetivação do direito à comunicação, garantindo a liberdade de manifestação de pensamento, criação, expressão e de livre circulação da informação.
Art. 3º. São objetivos do Conselho Estadual de Comunicação Social:
I – garantir o exercício da mais ampla democracia em todas as suas ações e instâncias da sociedade, buscando sempre a unidade na ação;
II – orientar suas ações por princípios éticos e de igualdade, participação e representação da pluralidade da sociedade, priorizando o debate sobre temas referentes às liberdades de expressão individuais e coletivas, balizado na justiça social e na garantia dos direitos humanos;
III – defender o exercício do direito de livre expressão, de geração de informação e de produção cultural;
IV - formular e apresentar proposições que contribuam para uma melhor aplicação e cumprimento das normas constitucionais contidas no capítulo referente à comunicação social estadual;
V - propor medidas que visem o aperfeiçoamento de uma política estadual de comunicação social, com base nos princípios democráticos e na comunicação como direito humano, estimulando o acesso, a produção e a difusão da informação de interesse coletivo;
VI - participar da elaboração do Plano Estadual de Políticas Públicas de Comunicação Social, aprová-lo e acompanhar a sua execução;
VII - orientar e fiscalizar as atividades dos órgãos de radiodifusão sonora ou de imagem sob jurisdição do Estado, estimulando o fortalecimento da rede pública de comunicação de modo que ela tenha uma participação mais ativa na execução das políticas de comunicação do Estado do Ceará;
VIII - monitorar, receber denúncias e encaminhar parecer aos órgãos competentes sobre abusos e violações de direitos humanos nos veículos de comunicação no estado do Ceará;
IX – fomentar a produção e difusão de conteúdos de iniciativa estadual, observadas as diversidades artísticas, culturais, regionais e sociais do Ceará;
X – aprovar parâmetros normativos que estipulem a melhor distribuição das verbas publicitárias do Estado com base em critérios que garantam a diversidade e pluralidade, não enfatizando apenas a audiência e evitando a concentração de mercado;
XI – fomentar, por todas as suas instâncias e meios, a democratização da comunicação e da informação, estimulando a comunicação comunitária como instrumento potencializador e diversificador da comunicação social no Estado;
XII - promover o debate e o desenvolvimento de projetos e serviços de comunicação comunitária como espaço necessário para a reflexão sobre os assuntos de interesse geral e democratização da produção e acesso à informação, pautado pelas noções de participação da sociedade e de preservação do interesse público;
XIII – implementar políticas de capacitação dos cidadãos para leitura crítica dos meios de comunicação, nas suas diversas modalidades e para o debate da estética, dos conteúdos, da linguagem e das técnicas empregadas na produção das mensagens midiáticas;
XIV – acompanhar o cumprimento das normas relativas à propaganda comercial produzida e/ou veiculada localmente, referentes a tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos, terapias, exploração sexual, jogos de azar e outros, nos meios de comunicação locais;
XV – verificar o cumprimento das normas sobre diversões e espetáculos públicos em âmbito estadual;
XVI – observar e produzir, semestralmente, relatórios sobre a produção e programação das emissoras de rádio e televisão locais no que se refere ao cumprimento de suas finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
XVII – promover a produção independente e a regionalização da produção cultural, artística e jornalística nos meios de comunicação locais;
XVIII – estimular o processo de complementaridade dos sistemas de radiodifusão público, estatal e privado, em âmbito estadual;
XIX – sugerir legislação complementar quanto aos dispositivos constitucionais referentes à comunicação social local, principalmente no que diz respeito à utilização e distribuição dos recursos relativos às verbas publicitárias públicas e suas implicações políticas, estabelecendo critérios para repartição equitativa das dotações orçamentárias destinadas à publicidade oficial, fiscalizar o cumprimento do que prevê a Constituição Federal, em seu Artigo 37, § 1º, que veda o uso do erário para promoção pessoal de autoridades públicas;
XX – efetuar ações em defesa da dignidade da pessoa humana em relação a programas de emissoras de rádio e televisão que contrariem o disposto na Constituição Estadual, Constituição Federal, Declaração Universal dos Direitos Humanos, tratados internacionais e em outras legislações pertinentes à matéria;
XXI – exercer permanente vigilância quanto ao cumprimento da legislação e das normas que regulamentam a radiodifusão e as telecomunicações e sempre que necessário pedir esclarecimentos às Delegacias Regionais do Ministério das Comunicações (Minicom) e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a situação das emissoras locais e os processos de outorga, renovação de concessão e autorização de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens, ao mesmo tempo formalizar denúncia junto a esses órgãos quando alguma emissora de rádio e/ou televisão desrespeitar a legislação pertinente;
XXII – encaminhar e acompanhar junto aos órgãos competentes, denúncias relativas a atitudes preconceituosas de gênero, sexo, raça, credo, classe social e outros, nos meios de comunicação locais;
XXIII – promover intercâmbio científico, cultural e político com outros Conselhos de Comunicação Social, nos âmbitos municipal, estadual e nacional;
XXIV – propor e estimular a celebração de convênios com organismos municipais, estaduais, nacionais e internacionais, públicos ou privados, objetivando a implementação de políticas, programas, objetivos e finalidades do Conselho, obedecendo aos dispositivos legais;
XXV – incentivar medidas de adoção de políticas de adaptação às novas contingências surgidas das inovações tecnológicas, inclusive sugerindo programas de universalização do acesso de qualquer pessoa ou instituição de interesse público aos serviços de telecomunicações, independente de sua localização e condição sócio-econômica, bem como as destinadas a permitir a utilização das telecomunicações em serviços essenciais de interesse público;
XXVI – propor e incentivar a implantação de acessos individuais para prestação de serviço de telecomunicações (inclusive internet) e TVs por assinatura (a cabo e satélite), em condições favoráveis a estabelecimentos públicos de ensino, bibliotecas, instituições de saúde, órgãos de segurança pública; e
XXVII – decidir sobre quaisquer medidas e/ou atividades que visem à execução de suas atribuições, objetivos e finalidades.
Art. 4º. O Conselho Estadual de Comunicação Social é constituído por 25 (vinte e cinco) membros titulares, com respectivos suplentes, a saber:
I) Sete do Poder Público
a) 1 (um) representante da Secretaria da Casa Civil, a ser indicado pelo (a) titular da pasta;
b) 1 (um) representante da Secretaria de Cultura, a ser indicado pelo (a) titular da pasta;
c) 1 (um) representante da Secretaria de Ciência e Tecnologia, a ser indicado pelo (a) titular da pasta;
d) 1 (um) representante da Secretaria da Justiça, a ser indicado pelo (a) titular da pasta;
e) 1 (um) representante da Assembléia Legislativa, a ser indicado pelo (a) presidente do Poder Legislativo Estadual;
f) 1 (um) representante da representante do Ministério Público Federal, a ser indicado pelo (a) procurador(a)-chefe no Estado do Ceará.
g) 1 (um) representante das escolas de comunicação (públicas e particulares), escolhido em eleição entre as faculdades de comunicação previamente cadastradas junto à Secretaria da Casa Civil.
II) Oito da Sociedade Civil – Produtores e Difusores
a) 1 (um) representante das empresas de radiodifusão sonora (rádio), escolhido (a) em eleição entre as empresas de rádio com sede no Ceará previamente cadastradas previamente junto à Secretaria da Casa Civil;
b) 1 (um) representante das empresas de radiodifusão audiovisual (TV), escolhido (a) em eleição entre as empresas de TV com sede no Ceará previamente junto à Secretaria da Casa Civil;
c) 1 (um) representante das empresas de mídia impressa (jornais e revistas), escolhido (a) em eleição entre as empresas de impresso com sede no Ceará previamente cadastradas junto à Secretaria da Casa Civil;
d) 1 (um) representante das empresas de telecomunicação, escolhido (a) em eleição entre as empresas de telecomunicação com sede no Ceará previamente cadastradas junto à Secretaria da Casa Civil;
e) 1 (um) representante dos veículos não-comerciais (jornais, rádios e TVs comunitários ou universitários), escolhido (a) em eleição entre os veículos não-comerciais com sede no Ceará previamente cadastrados previamente junto à Secretaria da Casa Civil;
f) 1 (um) representante das agências de publicidade, escolhido (a) em eleição entre as empresas de publicidade com sede no Ceará previamente cadastradas junto à Secretaria da Casa Civil;
g) 1 (um) representante das empresas de mídia exterior, escolhido (a) em eleição entre as empresas de midia externa previamente cadastradas junto à Secretaria da Casa Civil;
h) 1 (um) representante dos produtores de cinema e audiovisual, escolhido (a) em eleição entre as produtoras de audiovisual previamente cadastradas junto à Secretaria da Casa Civil;
III – Dez da Sociedade Civil - Trabalhadores e Consumidores
a) 1 (um) representante do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará, indicado (a) pela diretoria do Sindjorce;
b) 1 (um) representante do discentes dos cursos de Comunicação Social sediados no Ceará, escolhido (a) em eleição entre as entidades representativas dos estudantes previamente cadastradas junto à Secretaria da Casa Civil;
c) 1 (um) representante da sociedade civil organizada I, escolhido (a) em eleição entre as entidades com atuação na comunicação e na cultura ou em áreas afins previamente cadastradas junto à Secretaria da Casa Civil;
d) 1 (um) representante da sociedade civil organizada II, escolhido (a) em eleição entre as entidades com atuação na comunicação e na cultura ou em áreas afins previamente cadastradas junto à Secretaria da Casa Civil;
e) 1 (um) representante da sociedade civil organizada III, escolhido (a) em eleição entre as entidades com atuação na comunicação e na cultura ou em áreas afins previamente cadastradas junto à Secretaria da Casa Civil;
f) 1 (um) representante do movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), escolhido (a) em eleição pelo primeiro plenário do Conselho a partir de indicações;
g) 1 (uma) representante do movimento de mulheres, escolhida em eleição pelo primeiro plenário do Conselho a partir de indicações recebidas pela Secretaria da Casa Civil;
h) 1 (um) representante do movimento de pessoas com deficiência, escolhido (a) em eleição pelo primeiro plenário do Conselho a partir de indicações recebidas pela Secretaria da Casa Civil;
i) 1 (um) representante do movimento negro ou dos povos indígenas, escolhido (a) em eleição pelo primeiro plenário do Conselho a partir de indicações recebidas pela Secretaria da Casa Civil;
j) 1 (um) representante do movimento de jovens ou de crianças e adolescentes, escolhido (a) em eleição pelo primeiro plenário do Conselho a partir de indicações recebidas pela Secretaria da Casa Civil;
Art. 5º. A função de membro do Conselho Estadual de Comunicação Social do Ceará é considerada de interesse público relevante e não será remunerada.
Art. 6º.A escolha dos representantes da sociedade civil no Conselho será feita por meio de processo eleitoral, a ser realizado a cada três anos, contados a partir da primeira eleição, à exceção das indicações já previstas no Art. 4º.
§ 1º - Cada entidade com representação no Conselho indicará o nome de dois (duas) representantes, sendo um (a) titular e um (a) suplente;
§ 2º -Os membros do Conselho e seus (suas) respectivos (as) suplentes cumprirão mandato de 02 (dois) anos, não sendo permitida recondução;
§ 3º -Os representantes do movimento negro e do movimento de jovens efetuarão rodízio de titularidade, a cada mandato, com os representantes dos povos indígenas e do movimento de criança e adolescente, respectivamente.
§ 4º -Somente poderão participar do processo eleitoral, como eleitor ou candidato, representantes de entidades que tenham, no mínimo, um ano de comprovada existência, independentemente de registro legal (CNPJ).
Art. 7º.O processo eleitoral para a escolha das entidades que indicarão representantes em substituição aos atuais membros do Conselho, será realizado em até noventa dias, contados da publicação da publicação desta Lei, em conformidade com o regimento eleitoral a ser aprovado pelo plenário do Conselho Estadual de Comunicação Social, homologado pelo (a) titular da Secretaria da Casa Civil e publicado no Diário Oficial do Estado do Ceará em forma de resolução.
Parágrafo Único – Concluída a eleição referida no caput e designados os novos representantes do Cecs, caberá ao Secretário (a) da Casa Civil convocar e presidir a reunião em que tomarão posse os conselheiros e em que se realizará a eleição do Presidente do Conselho.
Art. 8º. A escolha da primeira formação do Conselho se dará por regimento formulado exclusivamente pela Secretaria da Casa Civil, publicado no Diário Oficial do Estado do Ceará em forma de resolução.
Art. 9º. O Conselho Estadual de Comunicação Social elaborará o seu regimento interno que deverá ser publicado no Diário Oficial do Estado do Ceará no prazo de 60 dias a partir da posse dos seus membros.
Art. 10º – As despesas com o funcionamento do Conselho Estadual de Comunicação são cobertas por orçamento próprio por ele proposto e cuja dotação consta do orçamento do Estado do Ceará.
Art. 11º. O Poder Executivo regulamentará esta Lei, no que couber.
Art. 12º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões em 07 de julho de 2010.
Deputada Rachel Marques
Partido dos Trabalhadores – PT.
JUSTIFICATIVA
A proposta de criação do Conselho foi uma das 600 sugestões aprovadas na Conferência Nacional de Comunicação realizada em dezembro de 2009 em Brasília.
Antes do encontro nacional, cada Estado promoveu sua conferência, além de encontros nos municípios. No Ceará, ocorreram conferências em Fortaleza, Quixadá, Juazeiro do Norte e Fortim; todas abertas ao público. O mérito desta proposição visa instituir um Órgão que possibilite ao Estado estar presente na defesa do interesse público no que tange ao desenvolvimento e à formulação de políticas estaduais voltadas para a valorização e fiscalização dos princípios constitucionais referentes à comunicação.
Ademais não podemos deixar de considerar que o Estado não pode estar omisso no debate em torno da democratização dos meios de comunicação e, neste sentido, o Conselho Estadual de Comunicação cumprirá um papel estratégico, principalmente no que tange à formulação de políticas voltadas para a cidadania mediante possíveis abusos e arbitrariedades dos meios de comunicação.
Segundo o mestre publicista e advogado Marcio Vieira Santos , "a liberdade de informação, a liberdade de expressão e mesmo a liberdade de imprensa são cânones constitucionais fundamentais, as quais mesmo figurando como cláusulas pétreas não são valores absolutos e, dentro do sistema constitucional normativo, e funcionalmente diante da indispensável garantia dos direitos fundamentais, devem existir harmonicamente com as demais liberdades", daí a "ratio legis" desta proposição, a saber: A possibilidade do exercício fiscal sobre a prática da comunicação.
Ademais a presente iniciativa encontra-se amparada na Emenda Constitucional n.º 65, de 16 de setembro de 2009, in verbis:
Art. 242. ...
§1° Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo, empresa e assessoria de comunicação social, observados os incisos IV, V, X, XIII e XIV, do art. 5º da Constituição Federal.
§2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica ou artística.
Pelo exposto, aguardo o apoio de meus pares na aprovação da presente proposição.
Deputada Rachel Marques - Partido dos Trabalhadores - PT

sobre o conselho de comunicação no Ceará .

Nenhum cidadão devidamente consciente poderia concordar com cerceamento das liberdades, no entando será que a comunicação que temos atende aos interesses populares?Será que a midia cumpre sua função de concessão pública? Sabemos que há repórter , jornalistas e radialistas que se beneficiam com o jornalismo tipo "mundo cão" que utiliza as desgraças humanas para garantir credibilidade e futuro político. Temos problemas gritantes na comunicação e que ninguém toma providência. Há jornais que não publicam crítica ao governo de plantão por este ser grande anunciador, há programas de televisão que fazem críticas apenas para um lado e há programas de rádio que invadem os lares com pornofonia, discriminação e agressões de toda ordem. Por que a comunicação não procura mudar dando cultura e conhecimento ao povo? A mídia é hoje considerada o quarto poder e tem fabricado e destruido mitos em função dos interesses políticos e econômicos que dominam a comunicação. Há problemas sérios na comunicação que não podem ser reduzidos a uma simples criação de um Conselho de Comunicação que hoje alguns criticam em função de seus interesses e na defesa dos que dominam os meios e fazem o que querem com comunicação e procuram  colocar a mídia a serviço da dominação e da perpetuação da ignorância do povo. Acho que é disso que a maioria tem medo.....

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

PARA REFLETIR E AGIR

MÍDIA & ELEIÇÕES
Mídia não debate as contradições
Por Ana Carla Barbosa em 19/10/2010
Confesso que meu ânimo não é dos maiores diante da ideia de escrever mais um artigo. Redigir qualquer coisa que faça uma certa lógica. Podem esculhambar este desânimo, eu deixo. Jornalista tem mais é que dizer mesmo, meter informação em todo lugar onde ela for necessária. Por favor, também não se assombrem com o vocabulário. Simplesmente resolvi fazer jus ao que tenho visto, ouvido, lido por aí.
Tanta incoerência me causa dores terríveis no estômago. Todavia, meu estômago não chega a ser problema. Problema é estarmos presenciando um atentado à democracia da pior espécie. Atentado velado.
Qualquer ser que pense, imploro, seja atento: espalhar correntes na internet satanizando posições favoráveis ao aborto e à união civil estável entre pessoas do mesmo sexo para depois pronunciar-se em rede nacional tão favorável quanto os outros partidos a este mesmo tipo de união, além de omitir a normatização do aborto em casos de estupro e risco à vida da mãe durante a atuação no Ministério da Saúde não é incoerência? Fazer campanha senso comum, taxando brasileiros de palhaços bancadores de bolsas e prometer décimo terceiro para o Bolsa Família não é incoerência? Dizer que o atual governo é censor e ser apoiado por um jornal que demitiu uma funcionária por manifestar sua opinião de forma honesta e aberta não é incoerência?
Nada de pluralidade, nada de respeito, nada de éticaA dúvida é direito de todos e a considero saudável. O que não considero saudável é a conivência. Não podemos ser coniventes com candidato ou partido que faz alianças não assumidas. Que manipula e confunde discussões. Que se aproveita da simplicidade de uma população para rotular seu voto.
Mesmo que os maiores veículos de comunicação se empenhem de forma tamanha em uma campanha que prefiro chamar de golpe, ainda não consigo deixar de dizer o que querem calar. Liberdade de imprensa é diferente de liberdade de expressão e ambas exigem responsabilidade.
Repito, a sensação de nadar contra a corrente faz com que pensemos em nada dizer. Faz a gente desacreditar em um mínimo de análise, um mínimo de crítica. Apesar de ter o fôlego abalado, a fé e a vontade de apresentar os fatos tais como eles são relembram e cobram a verdadeira função do Jornalismo: informar com veracidade.
Neste segundo turno, me apanho numa inquietação. O que seria mais grave? Não explicitar o apoio e a opinião política dos veículos de comunicação fora de seus editoriais ou não debater a contradição da campanha tucana? Parece um jogo de tudo ou nada. As oligarquias têm e vêm com tudo, a democracia fica com o nada. Nada de pluralidade, nada de respeito, nada de ética.

Retirado do site www.observatoriodaimprensa.com.br

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

PLANTÃO DA VERDADE

Não deixe de conferir:

  • PROGRAMA PLANTÃO DA VERDADE.
  • SEGUNDA A SEXTA DAS 4 ÀS 6 HORAS.
  • IRAPUAN MONTEIRO PROMOVE DISCUSSÃO, DEBATE E PARTICIPAÇÃO DO OUVINTE.
  • RÁDIO METROPOLITANA AM 930 kHZ

Tem gente que gosta.

Interessante ver que muitos ouvintes adoram ser chamados de "mala" pelo Senhor Déo Luiz - repórter no Programa Vida do Alvinegro comandado pelo coerente Airton Martins. Infelizmente é assim mesmo. Isso também prova a pobreza de nosso rádio. Quem não sabe o que fazer a frente do microfone inventa essas idéias mirabolantes.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PARA PARTICIPAR E CONHECER

O Nordeste na mídia


15/10/2010
Coletânea de textos sobre a relação mídia e memória, com a participação de 14 pesquisadores, tem lançamento hoje, no Dragão do Mar
O Nordeste "inventado" pela imprensa e as contradições de um discurso que ora discrimina, ora encara a região como portadora de uma "essência nacional".

Temas como esse estão no livro "Nordeste, Memória e Narrativas da Mídia", organizado pelas pesquisadoras Geísa Mattos (UFC), Elisabete Jaguaribe (Unifor) e Ana Quezado (Unifor). O lançamento ocorre hoje, às 19h, no Teatro do Centro Dragão do Mar.

A coletânea de textos foi apresentada em 2008, durante o I Simpósio 200 anos de Mídia no Nordeste, e contém artigos de 14 pesquisadores, incluindo Peter Burke, sobre "O jornalismo na história", e Gilmar de Carvalho a respeito da "Memória da Propaganda no Ceará". Ainda escrevem textos: Ana Paula Goulart, Marialva Barbosa, Marco Morel, Tânia Regina de Luca, Beatriz Kuschnir, Sônia Virgínia Moreira, Adolpho Queiroz, Frederico de Castro Neves, Sheila Schvarzman, Alexandre Figuerôa, Meize Regina Lucas e Aline Maria Grego Lins.

O momento é oportuno devido à realização do II Simpósio Mídia Nordeste, no Dragão do Mar, que acontece até hoje, sobre o tema "Televisão: 60 anos de Brasil, 50 anos de Nordeste". A contribuição da obra fica por conta da reflexão sobre a relação mídia e memória e a necessidade de novas pesquisas sobre a produção dos discursos nos meios de comunicação.

Mídia Nordeste, Memórias e Narrativas da Mídia
Geísa Mattos, Elisabete Jaguaribe e Ana Quezado (orgs)

Expressão Gráfica
2010
266 páginas
R$20,

Lançamento do livro "Nordeste, Memórias e Narrativas da Mídia", hoje, às 19hs, no Teatro do Centro Dragão do Mar


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

BRINCADEIRA SEM GRAÇA

Repórter Déo Luiz e Airton Martins ( CIDADE AM - 860) que se diz coerente criaram uma tal "lista dos malas" onde ouvintes são tratados como malas.A pergunta é : onde está o respeito? Em que isso contribui para a comunicação? O pior de tudo é que tem ouvinte que acha isso maravilhoso, ou seja, ser ridicularizado e achar bonito. A constatação de tudo isso é que isso prova que quando não tem o que mostrar alguns radialistas utilizam - se de galhofas e brincadeiras de mal gosto para supostamente dar audiência...Uma pena que o rádio seja feito desta forma...

MARIANA BRANDÃO

Mariana Brandão.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

homenagem às crianças

Homenagem às crianças

Antonio Paiva RodriguesAntonio Paiva Rodrigues
celpaiva@oi.com.br
paivajornalista.blog.uol.com.br
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Publicado em
2010-10-12
Homenagem às crianças
Antonio Paiva Rodrigues

“A tua bondade, o teu amor, a tua misericórdia estarão comigo por toda minha vida. E eu habitarei na casa do Senhor por dias sem-fim.”

Queria nesta singela matéria homenagear todas as crianças do nosso Ceará e do grandioso Brasil. Infelizmente a atenção dispensada as nossas crianças não corresponde à realidade. Crianças ricas, pobres e de classe média estão sujeitas ao descaso das autoridades brasileiras. As crianças de rua se encontram totalmente abandonadas, delinquindo e os pais por passarem privações incentivam seus filhos a pedir esmolas para aumentar a renda da família. Pelo assédio dos espíritos maus e por força da fraqueza terminam se inserindo nas drogas, na prostituição infantil e até no crime. Lugar de criança é na escola em tempo integral, mas infelizmente vimos muita xaropada em termos de promessas políticas, mas a psicosfera das ruas é a mesma.

Nada mudou. Pela publicidade geênica que assistimos no horário eleitoral deixou transparecer que o Ceará não era um estado pobre do Nordeste, pois não víamos a fome que degenera e mata muitas crianças. Estávamos com certeza em outra psicosfera. A educação infantil de qualidade seria o presente mais alvissareiro para as crianças carentes e estropiadas desse Brasil injusto e desumano. O governo gasta demais com publicidade, dinheiro esse que deveria ser estendido a obras sociais. O que se fala por aí em educação é pura demagogia. Esquecem que os meios de comunicação também mostram o lado negativo dos governos, por se tratar de matérias de interesse da população e não são matérias pagas.

Queria ilustrar esta humilde homenagem citando a figura de um menino, que foi entregue ao templo para sua educação e final desempenho da sua sublime missão. Falo de Jesus Cristo que durante sua ausência, dos 12 aos 30 anos, dezoito anos em que a Bíblia nada relata a seu respeito. Justamente, este tempo omisso dos livros sagrados, estudiosos, exegetas afirmam que ele esteve estudando, se aprofundando na vida através do conhecimento.

Aprendeu matemática, e medicina e com o excelente aprendizado tornou-se professor. Aprendeu com os Essênios, Budistas e com os tibetanos e o maior tempo de sua ausência passou na Índia. Autoridades deste Brasil varonil invista nas crianças carentes que são as mais necessitadas, pois delas e de todas depende o futuro de nossa nação. Deixai vir a mim as criancinhas, já dizia Cristo.

Aos dez de idade e portador de um Q. I acima de 200 (o Q. I médio é de 100), o menino americano Michael Kearney é o mais jovem diplomado do mundo num curso universitário. O fato só se tornou público um mês após ter se formado em Antropologia da Universidade de Alabama Nos Estados Unidos da América. Isto vem corroborar que investir na educação das crianças é uma atribuição obrigatória dos Governos.

Não esqueçam os Estatutos da Criança e do Adolescente. Este é um bom prato para os Direitos Humanos destrinchar. Dos 30 bilhões de neurônios que somos possuidores a fome já execrou mais da metade da mente das criancinhas pobres desse Brasil. Até a massa de 1,4 quilogramas deve ter sido alterada em virtude da fome e dos maus tratos. A sinapse já não é mais a mesma. Parabéns crianças de meu Ceará e do meu Brasil, que Deus ilumine os fracos e oprimidos, vocês pertencem a esta classe. Jesus adorava e continua adorando esses seres tão frágeis e esquecidos.

São espíritos em formação, são espíritos que ainda não se desenvolveram, e isso só se dará com o passar do tempo. A criança até os sete anos de idade poderá ser educada bem, e com consciência. Dos sete, aos quatorzes anos na fase da pré-adolescência já dificulta um pouco. Por isso devemos moldar nossos filhos da melhor maneira possível, conscientizá-lo.

Fazer com que ele saiba distinguir o bem do mal, incentivando-o ao ensino das religiões, como se portar dentro e fora de casa, evangelizando-o, evitando as más companhias. Jamais devemos deixar que eles fiquem sós por muito tempo. Incentivar e incutir em sua memória que respeitar os outros é essencial, não abandonar os estudos e estar sempre voltado para a divindade soberana. O lazer também é importantíssimo, desde que seja saudável e que tenha um bom relacionamento.

Deus na sua bondade nunca se esquece das crianças, mas as autoridades se fingem de cegos para melhor passar. Nos dia das crianças que elas possam ter o tratamento justo e merecido é obrigação e não esmola, aliás, esses seres pequeninos serão o futuro do Brasil. Deus e Jesus abençoe a todas as crianças sem distinção de cor, religião e classe social.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA UBT- DA AVSPE E DA AOUVIRCE Sobre o Autor
Sou Radialista, Jornalista com Curso Superior, Poeta, Escritor, formado em Administração(Gestor de Empresas), Bacharel em Segurança Pública, tenho livros publicados, Espírita praticante, Mestrando em telejornalismo, Coronel PM R/R, Acadêmico de Letras e Membro da Associação Cearense de Imprensa(ACI) e da AOUVIR/CE ( Associação dos Ouvintes de Rádio do Ceará).

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PARA REFLEXÃO

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

domingo, 10 de outubro de 2010

quem não já passou por isso?

Cadeado no telefone

09.10.2010 - COLUNA DAS ANTIGAS - JORNAL O PVO.

 
Por índice de canelice, ou pertença canelau, entenda-se um gesto, costume, modo de ser, vestir-se, falar determinada prosopopeia odoriqueana... Ou qualquer movimento que ouse reinventar, adaptar ou macaquear o cotidiano em seus fazeres, comeres e jeito de se relacionar privadamente ou no meio da rua, em pleno exercício de vizinhança fuxiqueira.

Pois. Por observação, experimentação própria, tempo de idade que me vai e ouvir dizer, anotei algumas artimanhas do cotidiano. Se você se identificar, tudo bem. Somos feito de tempo, heranças e acontecências. E vamos refazendo.

1. Você era dessas ou desses (ou sua mãe) que colocava um cadeado no disco do telefone para que os filhos ou a empregada não gastassem ligações?

2. Botava água no shampoo para render mais?

3. Enrolava bombril na antena da TV para conter o chuvisco ou deixar de passar aquelas listras chatas?

4. Comprou no camelô ou no Romcy aquela tela multicolorida para transformar a televisão preto e branco?

5. Chamava pilha de rádio de “elemento” e a colocava no congelador para que recarregasse?

6. Quarava no quintal, aos domingos, tendo passado Coca-cola ou mel de urucu na pele para se bronzear?

7. Enrolava as bolas de Natal em algodão para o próximo ano e as guardava em caixas de sapato embaixo da cama de casal?

8. Tinha uma radiola (depois som) CCE e ficava com o dedo no REC+PLAY esperando para gravar as dez mais da semana numa fita TDK?

9. Era fã da “Dragão da o Bis, o som maior do sucesso” e de Samanta Marques: “Você liga e participa”.

10. Tinha mania ou toque de colocar papel de presente usado entre o estrado da cama e o colchão?

11. Enganchou a pinta no zíper e passou vergonha na frente da costureira da família?

12. Levou na merendeira da escola um suco quente de limão ou laranja acompanhado de um pão com ovo gelado. E desejava comprar, sem poder, na cantina do colégio?

13. Tinha vergonha dos outros saberem que raramente a família comia carne. Mas toda a rua fuxicava que se comprava fiado na bodega carne de lata, ovos e sardinha?

14. Dava o número do telefone da vizinha para recados. E, geralmente, as pessoas ligavam em horas inconvenientes. No almoço do vizinho, na hora da novela ou quando o pessoal já estava atando as redes pra dormir?

15. Colocou bacia debaixo das redes para aparar o mijo de meninos e meninas que se urinaram até os 12 anos de idade?

16. Teve “dordói” e, de manhazinha, a avó amornou água para tirar a remela dos olhos? Pegou papeira, catapora, sarampo, curuba?

17. Bebeu água de carroça, colocada no pote com pano para coar pregos e micróbios?

18. Viu muitas vezes o avô pagar um bêbim para esgotar a fossa cheia do quintal?

19. Puxou água da cacimba ou na alavanca da bomba d´água da vizinha generosa?

20. Chupou dindim de batata, Nescau, tamarindo, abacate ou coco queimado?

21. Comeu bolo Sol, da Santista, aos domingos assistindo Sílvio Santos ou Chacrinha?

22. Teve de lavar o fusquinha depois de chegar da Praia do Futuro, mesmo com a morrinha do sol quente e o calção cheio de areia salgada?

23. Colocou o biquíni num saco de mercantil, porque estava com preguiça de lavar, e o bicho apodreceu no roupeiro?

24. Atravessou numa canoa lotada, com os pais e a récua de irmãos, para o outro lado da Barra do Ceará?

25. Assistiu umas cem vezes na Sessão da Tarde: Simbad e o olho do tigre, Inimigo Meu, A lagoa Azul, Fúria de Titãs e a A floresta das Esmeraldas”?

26. Encerava o mosaico da casa todos os sábados e quando ganhou uma enceradeira do marido, sonhou com uma casa de chão de taco?

27. Comprou uma residência de conjunto pelo Bradesco e não conseguiu pagar?

28. Tem dois celulares para baratear custos ou porque diz que um é comercial, de trabalho, e o outro é particular?

29. Compra a última novidade tecnológica ou pede alguém que vai aos EUA fazer um contrabandozinho do bem?

30. Não consegue formular opinião sem arrotar citações de filósofos, sociólogos, ou vive dizendo que deu no Le Monde ou na Folha?

31. Foi à festa e quando foi embora pediu para levar um pratinho de canudinhos e um pedaço de bolo para o café da manhã do outro dia?

32. Adorava ir ao aeroporto velho, subir na estátua do vaqueiro e depois se despedir, chorando feito besta, de alguém que ia ao Rio de Janeiro?

33. Quando criança andou, que abusou, de Brasília branca porque o pai era médico e não queria comprar outro carro?

34. Foi a uns 15 anos brega ou a um casamento chato e chegou lá fedendo a gasolina por causa do fusquinha que só pegava no empurrão?

35. Suou, se arrepiou, amargou a boca com uma daquelas dores de barriga fenomenais em lugares inapropriados. E lá, não tendo papel higiênico, foi obrigado a usar a meia Hering, a calcinha DelRio ou a cueca Zorba?

Como falei, se você se identifica com algumas dessas cotidianidades, não se apoquente. O estirão é ainda maior. Somos feitos de travessias, lugares, gente e tempo.

Demitri Túlio
demitritulio@opovo.com.br

sábado, 9 de outubro de 2010

BOATOS E ELEIÇÃO

a boataria e a eleição

PARABÉNS PEDRO SAMPAIO.

Universitária FM divulga vencedores de Festival Imprimir E-mail
08-Oct-2010
A Rádio Universitária FM divulgou na tarde de hoje (8) o nome dos 10 vencedores do I Festival de Música, etapa regional do II Festival de Música das Rádios Públicas do Brasil.
Os vencedores são: Categoria Música Instrumental: 1º Lugar: "Quase era um choro", Música de  David Calandrine; 2º Lugar: "Ciliares" - Música de Marco Leonel Fukuda; 3º Lugar: "Funk Baião" - Música de Carlinhos Crisóstomo; 4º Lugar: "Mudanças" - Música de Adelson Viana; 5º Lugar - "Cadenciado" - Música de Mário Luiz.
Na Categoria Música com Letra: 1º Lugar: "Seu Santo" - Letra e Música de Tom Drummond; 2º Lugar: "A Pancada da Viola" - Letra de Pedro Sampaio - Música de Gilton Della/Marcelo Avatar; 3º Lugar: "A Bala" - Letra e Música de Jefferson Portela; 4º Lugar: "Prece" - Letra de Dalvi Vidal Bernardino - Música de Grupo Musical Desidéria e 5º Lugar: "Retumbante" - Letra e Música de Edinho Vilas Boas.

Os nomes foram anunciados em um programa especial, ao vivo, às 17h, na Universitária FM - 107,9 MHz. A comissão julgadora, composta por Elvis Matos, Elísio Cartaxo, Freire Neto, Liana Maciel e Maura Melo, selecionou 39 músicas, dentre 143 inscritas, para a fase final do festival. Os vencedores (cinco instrumentais e cinco com letra) terão suas músicas gravadas no CD do I Festival de Música da Rádio Universitária FM.

O primeiro lugar da categoria Música com Letra e o primeiro lugar da categoria Música Instrumental serão indicados para a etapa nacional, terão suas músicas veiculadas em todas as rádios públicas participantes, estarão no CD Nacional do Festival. Seus autores terão despesas de passagem e hospedagem custeadas pela ARPUB (Associação das Rádio Públicas do Brasil) para ida à festa de premiação da etapa nacional, em cidade a ser definida, além de concorrerem aos prêmios desta etapa. A proposta do festival é descobrir e divulgar novos talentos, apresentando ao público obras musicais inéditas e dando oportunidade aos artistas da terra.

Fonte: Rádio Universitária FM - (fone: 85 3366 7471)
 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PELA DEMOCRACIA NO RÁDIO

As emissoras tem de aprender que rádio é concessão pública e seus usuários tem direito de participar dos programas para dizerem o que pensam da política , dos problemas de seu povo e da situação em que vivemos. A democracia é vital para um rádio que fale a linguagem do povo. É preciso que os que se dizem donos do rádio invistam urgentemente em interatividade. Nossas rádios tem medo dos ouvintes por que eles tem coragem de dizer o que muitos do nosso meio rádio não dirão nunca devido sua conivência e conformação com a situação em que está aí. Fica provado que o povo que um rádio cidadão , democrático e que seja sua linguagem e sua voz na mudança do estado de coisas que está aí. Rádio não é só para bajular políticos ou encher nossos ouvidos de pornografia , rádio é serviço e cidadania.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

LEIA ESTE TEXTO E REFLITA SOBRE ELE

Quando Tiririca é legião

05/10/2010 |
Muniz Sodré
Observatório da Imprensa
O "caso Tiririca", fartamente discutido na mídia e em rodas de opinião, merece alguma reflexão, não apenas quanto à bizarrice dos comportamentos eleitorais, mas também sobre como raciocinam as elites, repercutidas em última análise pelo senso comum e pela imprensa.
Para começar, um comentário que nos aconteceu fazer em resposta à demanda de um repórter (O Globo, 26/9). É de hábito, nesse tipo de abordagem telefônica, que o entrevistado fale muito, na expectativa de uma plena explicação impressa do que disse. O publicado foi apenas uma pílula explicativa, mas fiel em sua curteza: aventamos a hipótese de um ativo lado estético nessa manifestação de preferência política chamada voto.
A rigor, o fenômeno estético começa desde as táticas propagandísticas dos candidatos a postos eletivos, na medida em que legitimam o seu pleito por marketing ou por interpelações afetivas. Nos dois casos se aciona o emprego racionalista do afeto por meio da retórica, isto é, pela arte da expressão e da persuasão empregada como técnica política, graças a seus efeitos de instrumentalização e controle dos discursos. A retórica serve para convencer, no sentido racionalista do termo, e para agradar ou adular, o que dá a medida de seu escopo afetivo ou irracional. Em linhas gerais, serve para comunicar ideias e emoções, produzindo sensações.
Baixaria e trivialidade
A retórica e, portanto, a estética, sempre esteve presente no âmago do fenômeno político, embora em graus diversos de intensidade. Não raro, a distância temporal permite-nos ver que usuários da retórica política no passado, tidos como sujeitos de "extraordinários" dotes oratórios, parecem-nos hoje simplesmente grotescos. Hitler, por exemplo: nada de realmente excepcional em seus discursos, hoje analisados em filmes e gravações, exceto o fato de que o orador constituía uma espécie de "canal sinergético" para as massas alemãs ávidas por um líder que as resgatasse das históricas humilhações militares e econômicas. Ao modo de um pregador religioso fanático, o führer dizia o que a multidão queria escutar.
Ou então, ao modo (soft) da mídia. É justamente um filósofo alemão, Peter Sloterdijk, quem enxerga na identificação do público alemão com o führer algo semelhante à da audiência com a sua mídia, a tal ponto que um termo entra em curto-circuito com o outro, bloqueando quaisquer funções críticas. Diz ele: "O segredo do führer de antes e dos astros de hoje consiste no fato de que são semelhantes a seus mais apáticos admiradores. (...) Ele possuía, quando desejava, a ordem imperativa da baixaria. Não entrou em campo em função de algo extraordinário, e sim, por sua inequívoca grossura e pela manifestação de sua trivialidade."
É óbvio que a conjuntura histórica da Alemanha hitlerista não tem nada a ver com o funcionamento das tecno-democracias de hoje, seja na Europa ou nas Américas, mesmo nos casos de conhecidas tentações caudilhescas. Mas a baixaria e a trivialidade continuam exercendo papéis centrais na semiose (processo geral de comunicação) midiática, assim como em outros processos de multidão acionados pela retórica, como acontece em campanhas eleitorais.
O desvio da normalização político-eleitoral
Faz-se cada vez mais presente o grotesco, entendido como categoria estética que dá conta do riso nos fenômenos de fronteira entre o que consensualmente se define como o "normalizado" e o desregramento civilizatório, ou então entre o humano e inumano. Ao repórter do Globo, referimo-nos à oposição entre a estética "da cintura para cima" – que caracteriza os comportamentos normalizados e potencialmente sublimes – e a estética "da cintura para baixo", relativa ao humus da terra, portanto, ao humilde, ao popularesco ou ao que se presta ao fácil entendimento.
A principal figura de retórica pertinente a essa estética é o bathos, que implica o rebaixamento de uma estrutura qualquer com vistas à sua maior comunicabilidade. Não se trata de um preconceito culturalista, como se a "alta cultura" estivesse olhando de cima para baixo a cultura popular. O rebaixamento é a figura retórica da facilitação. Cujo exagero constituiu um recurso importante na formação do público de massa da televisão brasileira e continua a funcionar, aqui e no exterior, como fator de aglutinação de audiências. Um público enorme é inequivocamente parceiro desse bathos de duvidosas intenções.
Mas há uma grande dose de hipocrisia no interesse da mídia e de grandes frações de público pela figura do candidato Tiririca. Em princípio, o riso contrafeito resultaria dos tiques grotescos do personagem detectáveis em atitudes e frases (do tipo "Tiririca, pior do que está não fica"). O riso dos "cultos" seria uma espécie de auto-vacina contra o presumido desvio da normalização político-eleitoral.
O riso do grotesco
O grotesco é quase sempre, porém, um "arranhão" na crosta dos protocolos sociais, é uma visão incômoda do abismo das aparências superficiais. De fato, pode ser muito incômodo tomar consciência de que, em zonas de sombra do que vimos chamando de "espaço público", o máximo de "democracia" pode ser aquilatado pelo mínimo de qualificação humana, como tem demonstrado o Big Brother Brasil: o indivíduo sem nenhuma qualidade social é a estrela do show, é como se a palavra boçalidade precisasse de três "bês" (BBB) para ser grafada.
Não raro, a poesia expõe esse tipo de incômodo melhor do que a prosa de argumentos, a exemplo do excelente poeta mineiro Ricardo Aleixo, que indaga: "O que faz de um humano, humano? (...) Os sonhos dos políticos são da mesma matéria de que são feitos os sonhos dos humanos?"
Por isso se observa uma difusa tensão, nada engraçada, decorrente da suspeita, não claramente enunciada, de que se possam contar às centenas os casos tipificados como "grotescos" no panorama eleitoral. Age-se como se Tiririca fosse único, como se fosse um grande "outro". No entanto, à frente (na televisão), nos lados (nos cartazes de rua), no corpo-a-corpo de candidatos, o grotesco espreita, apenas travestido de uma retórica escolarizada, com sujeito, verbo e predicado – equivalentes gramaticais do paletó e gravata.
Aqui, com todo o rigor desse traje, o cara-de-pau ainda embaraçado nas malhas da Justiça anuncia-se como "ficha limpa"; ali, o candidato a deputado expõe o seu programa: "Nós é jeca, mas é jóia"; acolá, a candidata ao governo se atrapalha: "Temos que defender essa corrupção".
O riso do grotesco é sempre nervoso. O risco é nos darmos conta, como agora, de que Tiririca é legião.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

dica aos locutores.

Uma dica: ouça-se!

1/10/10
Tem locutor que não consegue se ouvir. Às vezes, fico pensando ”Meu Deus, se ele mesmo não se gosta, quem vai gostar dele?” Para ser um bom locutor tem que aprender a se curtir. Tem que ser autocrítico. Tem que admitir que é bom nisso e é limitado naquilo. Tem que saber receber críticas. Tem que pedir feedback de especialistas.
Locutor que admite que não gosta da sua própria voz está na profissão errada. Imagine um médico dizendo para você que vai ter que te operar, mas não gosta de operação, e se sente mal ao ver sangue.
Quem abraçou a comunicação oral tem que se ouvir sim. Tente contar uma história de improviso, grave e escute. Você tem uma sensação agradável ou para você é irritante se ouvir? Peça para uma pessoa sincera dar também sua opinião. Mesmo que o resultado, a princípio, não seja de seu agrado, não desista. Treine mais. Quem tem consciência que precisa melhorar está dando um grande passo em busca do sucesso.
Tem uma situação ainda pior do que não gostar de se ouvir: achar que está arrasando, mas não está. Por isso, peça ajuda regularmente, ouça conselhos, grave, escute e treine.

E não se preocupe: se você gosta do que faz, se sente bem e está aberto a críticas, está no caminho certo. Basta aprender a se ouvir e gostar mais de você.

retirado do site www.carosouvintes.org.br
Watson Zucco Weber

CADÊ A DEMOCRACIA?

Estranha e antipática a decisão dos que comandam a rádio cidade de Fortaleza em proibir a participação dos ouvintes dos programas de rádio da emissora. A desculpa do período político soa como uma vontade declarada da emissora em desrespeitar os ouvintes e castrar a opinião do povo. Este tipo de atitude prova que há muita coisa errada no rádio e mostra a falta de respeito que a maioria das emissoras tem para com o ouvinte que sabe talvez bem mais dos que se dizem proprietários de rádio. Lembrando que rádio é uma concessão pública e este tipo de decisão fere a democracia e desrespeita os usuários da comunicação. Uma pena, não....??? e o pior ninguém diz ou faz nada....Como se tudo fosse normal...