sábado, 28 de dezembro de 2013

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

E VIVA O RÁDIO

Atualizado: 23/12/2013 09:39 | Por BBC, BBC Brasil

Contra solidão, moradores de rua ganham rádios no Natal na França



Contra solidão, moradores de rua ganham rádios no Natal na França
"Moradores de rua recebem rádios na França. Foto: Les Enfants du Canal/divulgação"
Moradores de rua na França estão ganhando rádios como presente de Natal. O objetivo, segundo a associação que realiza a iniciativa, é fazer com que essas pessoas se sintam menos sozinhas e mais conectadas com a sociedade.
A associação Les Enfants du Canal, que presta auxílio a moradores de rua, prevê doar 2,5 mil rádios em 35 cidades francesas, como Paris, Lyon, Bordeaux, Toulouse ou Reims.
'Além de poder ouvir música ou uma partida esportiva e se informar sobre acontecimentos em geral, o rádio faz companhia, ele representa uma presença e cria laços com a sociedade', disse à BBC Brasil Christophe Louis, diretor da associação.
'O que as pessoas geralmente fazem pela manhã, quando tomam banho ou café ou estão no carro indo para o trabalho? Elas escutam o rádio. Privar os moradores de rua de ouvir notícias ou programas de divertimento é uma forma de exclusão social', diz ele.
'Além de romper o isolamento dessas pessoas, elas também poderão ter acesso à cultura', diz Louis.
Energia solar
Ele afirma que a ideia de doar os rádios surgiu a partir de pedidos dos próprios moradores de rua.
Como é difícil para essas pessoas conseguirem pilhas, a associação oferece rádios com bateria movida a energia solar.
Até o momento, a associação, com sede em Paris, conseguiu obter recursos, por meio de doações, para financiar a compra de 1,8 mil rádios. O aparelho custa 15 euros (quase R$ 50).
Louis prevê obter nos próximos dias os recursos necessários para atingir a meta de distribuir 2,5 mil rádios nestas festas de fim de ano.
O rádio também permite ter acesso a informações importantes para quem dorme na rua, como as notícias sobre o tempo.
'Agora eu posso saber se vai chover à noite', disse à rádio francesa RTL o morador de rua Hervé, que recebeu o aparelho de presente de Natal.
'Não é porque moro na rua que estou desconectado do mundo. O rádio é uma presença, me permite passar o tempo e me manter informado. Não tenho cachorro para me fazer companhia. Acordo e ligo o rádio', diz ele.
'Oferecer um rádio pode parecer estranho, considerando-se que 140 mil pessoas não têm casa na França. Mas isso permite mudar o olhar em relação à precariedade dessas pessoas e humanizar a questão dos sem-teto', afirma Christophe Robert, diretor-adjunto da Fundação Abbé Pierre, uma das principais associações na França que prestam auxílio a pessoas carentes.
A Fundação Abbé Pierre também participa da coleta de doações para financiar a compra dos aparelhos.
José, outro morador de rua, prefere ouvir música, que o faz lembrar de sua juventude e dos bailes que frequentava, mas também gosta de se manter informado, disse ele à imprensa francesa.
Passeio no Sena
Famílias de baixa renda também poderão, neste Natal, fazer um programa turístico bastante concorrido em Paris: jantar durante um passeio pelo rio Sena.
A associação Socorro Católico organiza, na noite de 24, um 'cruzeiro solidário' pelo Sena: ceia natalina com passeio pelo rio para admirar a cidade. O evento irá reunir 600 pessoas em cinco barcos.
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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O QUE HÁ POR TRÁS DO SUCATEAMENTO DO RÁDIO AM E DA MIGRAÇÃO PARA O FM?
LEIA ESTE TEXTO E TIRE SUAS CONCLUSÕES


PINIÃO
Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2013
Migração e sucateamento do rádio AM
Djacyr de Souza - Professor
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Há muitos defensores do rádio AM em nossa cidade que se entristecem com o que vem sendo feito a este maravilhoso instrumento de comunicação que povoa nossos dias com informação, cidadania e alegrias que os proprietários ( concessionários ) não conseguem imaginar nem medir ,pois seus objetivos para o rádio são exclusivamente financeiros, o que faz com que a prática do arrendamento provoque situações de gravidade nas programações onde os que compram o horário fazem o que querem, chegando até ao absurdo de fazerem programas de suas casas, sabe – se lá se nu ou vestidos o que revela muito desrespeito ao ouvinte.
Recentemente, a presidência do Brasil autorizou a migração da frequência AM para FM e muitos aplaudiram, e é claro que os que aplaudiram tem interesses econômicos forte sque nada tem a ver com a satisfação do usuário da comunicação, que é um consumidor chamado ouvinte. Com essa transformação, haverá lucros para os que venderão as frequências do AM para operadoras de celular e, naturalmente, uma enxurrada de dinheiro virá para alguns e nunca para todos. Mas haverá também limitação da comunicação no rádio pois o alcance do rádio FM é pequeno em relação ao AM e, na maioria dos casos, teremos uma programação que dará mais espaço ao entretenimento do que à cidadania, coisa comum neste tipo de rádio que perpetuou o rádio FM no Brasil. A suposta qualidade de som do FM é uma alegativa falaciosa,  pois o AM também tem qualidade. Basta investimento em termos de transmissão, de melhoria da qualidade e outras atitudes que precisam ser objeto de ação dos que se dizem donos do rádio em nosso país.
A grande questão para isso é verificar que interesses estão por trás de uma medida acertada pela cúpula política e empresarial do país sem debate com o ouvinte que, naturalmente, será o mais prejudicado em relação ao corte de uma programação que envolva cidadania e respeito, coisas essenciais na comunicação que o AM sempre teve em sua história e que foi sendo perdida em função de interesses meramente comerciais em detrimento do papel verdadeiro do rádio. Que interesses estão por trás desta ação? Terão coragem de dizer? Claro que não, mas a mudança certamente não atenderá aos interesses de todos e sabemos que, hoje em dia, a economia sempre vem à frente da cidadania, da Justiça Social e, principalmente, do respeito.