segunda-feira, 31 de outubro de 2011

UMA BREVE CONSTATAÇÃO

Eu gostaria de passar uma coisa intrigante:Já convidei várias pessoas a visitarem as escolas onde trabalho e nenhuma delas foi .... eram artistas, apresentadoras de TV , cantores, diretores de empresas, grandes políticos e nenhum deles foi ... só me lembro de um que sermpe vai o João Alfredo Telles Melo por que será que tem tanto medo de escola pública.... ou será que estou louco...
É a mesma coisa quando a gente convida algum radialista para visitar nossas reuniões da AOUVIR - CEARÁ... parece que tem medo de pobre....

UMA FOTO INTERESSANTE

Torcedores do Ceará Sporting Club estão fazendo de tudo para que o time não caia  para a Segunda Divisão .... E os jogadores ? o que fazem ou dizem? Parece que o torcedor é um louco  momentâneo e ninguém liga muito para os seus sentimentos, pois os jogadores mudam de clube , mudam de estado ou país e a dor fica com os torcedores... Ah , se todos tivessem amor verdadeiro no futebol e na vida como um todo....

sábado, 29 de outubro de 2011

a magia do rádio...

Digital ou analógico, o rádio ainda é insubstituível

27/10/11
“É um veículo de massa gratuito, incomparável. O rádio é um criador de imagens, ele constrói coisas dentro das pessoas, é o único que faz isso, portanto, continua insubstituível, seja analógico ou digital”. A afirmação, categórica, encerrou a palestra de Eduardo Cappia – “Radiodifusão tradicional: sucesso ainda?”, segunda da tarde de hoje do Mídia Santa Catarina 2011, em Florianópolis. A internet, segundo ele, deve ser vista como aliada do rádio, assim como as diversas outras ferramentas de comunicação digitais, como os celulares e tablets, pois estes meios podem ser usados para difundir e multiplicar o conteúdo das rádios.
De acordo com Cappia, 94% dos domicílios tem algum equipamento de rádio, o que revela a alta credibilidade deste veículo. Mais de 500 milhões destes equipamentos ainda são analógicos. Ele defende que o Brasil mantenha os dois sistemas – digital e analógico – até que o próprio hábito cultural, de gerações, de quem ouve rádio AM, por exemplo, acabe. “Eu escuto rádio AM todo dia, e as pessoas da minha geração fazem isso. Enquanto existir quem ouve AM, mesmo cheio de ruídos, tem que ter os dois sistemas funcionando. Com o tempo, será possível então eliminar o analógico”, disse.
Ele destacou que a digitalização do sistema de rádio permite a multiprogramação, interatividade, acessibilidade e aviso de alerta de emergência. Eduardo criticou o atraso na adoção do sistema digital. “O tempo de testes da rádio digital pode inviabilizar a adoção. Mudou o governo e foi aberto mais prazo para todos testarem. Eu não participo mais de testes”, criticou. Ele defendeu ainda que a migração para o sistema digital deve ser voluntária”. (AcontecendoAqui)
Retirado do site: www.carosouvintes.org.br

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

constatação - ligação entre rádio e internet

‘Rádio e internet nasceram um para o outro’, diz Mariza Tavares, da CBN

Diretora de jornalismo apresenta ‘Manual de Redação CBN’, em Goiânia.
Podcasts dos programas de rádio têm cerca de 100 mil downloads por dia.

Versanna Carvalho Do G1 GO
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A tendência para os próximos é de uma atuação cada vez mais conjunta entre rádio e internet. A opinião é da diretora-executiva Nacional de Jornalismo da Rádio Central Brasileira de Notícias (CBN), Mariza Tavares, que está em Goiânia para fazer o lançamento do Manual de Redação CBN e comemorar os 20 anos da emissora. “Rádio e internet são uma espécie de primos-irmãos, nasceram um para o outro. Hoje, os nossos podcasts têm uma média de 100 mil downloads por dia”, ilustra.
Durante sua passagem pela capital goiana, Mariza fez uma palestra na Organização Jaime Câmara, na qual detalhou o conteúdo da nova publicação. Ela conta que o objetivo do livro é mostrar que, com o tempo, a Rádio CBN se converteu em uma plataforma multimídia. Além do rádio, propriamente dito, os repórteres fazem fotos e filmes. Também podem ser feitos downloads dos programas e comentários pela internet.
“O caminho da mídia é o da convergência. O mundo está cada vez mais móvel e interativo e o rádio, por natureza, sempre foi rápido. Até pelo fato de ser mais simples. O repórter de um site, por exemplo, após uma entrevista tem que escrever e publicar uma matéria. No rádio, a entrevista pode ser transmitida ao vivo pelo celular”, analisa.
Ética
A diretora-executiva comenta que há um capítulo dedicado a ética no manual. Ela destaca que, embora a interatividade e o relacionamento mais próximo com a audiência estejam em evidência, o jornalista não deve se eximir do papel de apurar as informações recebidas.
Segundo Mariza Tavares, antes do Manual de Redação CBN, da Editora Globo, o último manual de uma emissora de rádio publicado no Brasil foi o da Rádio Jovem Pan, em meados da década de 1970. O Manual de Redação CBN (Editora Globo) é organizado por Mariza Tavares e está sendo vendido a R$ 24,90, na Livraria Cultura.
FONTE: www.g1.com.br

Plinico Bortolotti fala sobre Assessores e Jornalistas

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

morre um grande nome do rádio

27/10/2011 11h05 - Atualizado em 27/10/2011 12h47

Morre no Rio o comentarista esportivo Luiz Mendes

Segundo hospital, radialista tinha leucemia linfocítica crônica.
Ele estava internado no CTI desde o dia 18 de outubro.

Do G1 RJ
30 comentários
O comentarista esportivo Luiz Mendes morreu na ma

 morreu na manhã desta quinta-feira (27), aos 87 anos, após complicações decorrentes de uma leucemia linfocítica crônica, como informou a assessoria do Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, onde estava internado desde o  dia 18 de outubro, no Centro de Tratamento Intensivo (CTI).
O radialista narrou fatos marcantes da história do futebol brasileiro, como a final da Copa de 1950, no Rio, quando o Brasil perdeu a final para o Uruguai, no episódio que ficou conhecido por "Maracanazo", e a Copa do Mundo de 1958, a primeira das cinco conquistadas pela seleção brasileira, na Suécia.
A Rádio Globo prestou uma homenagem ao radialista, com uma seleção de áudios de Luiz Mendes, que pode ser ouvida na internet. O site da rádio ressaltou ainda que, em mais de 70 anos de profissão, Luiz Mendes foi o único brasileiro a narrar a final de Copa do Mundo de 1954, na Suíça.
Vida dedicada ao jornalismo esportivo
No livro "Minha gente - Luiz Mendes, o mestre da crônica esportiva do Brasil" (editora 7 Letras), a jornalista Ana Maria Pires narra a trajetória do radialista em 70 anos de carreira, desde o início como locutor de um serviço de auto-falante na cidade de Ijuí (RS), passando pela contratação pela Rádio Globo do Rio, no final de 1944, o casamento com a atriz Daisy Lúcidi, uma estrela das radionovelas nos anos 50, e suas experiências de cobertura 'in loco" de 13 copas do mundo de futebol.
Em depoimento no livro, Mendes descreve sua narração no famoso gol do Uruguai. "Eu próprio fiquei tão perplexo na hora do gol, que dei nove inflexões diferentes ao gol. Eu fui narrando normalmente, “Gol do Uruguai!”. Depois, Gol do Uruguai? Gol do Uruguai, senhores! Gol do Uruguai... Gol do Uruguai... E fui assim, trocando de inflexão, até chegar à nona. Acho que fiz aquilo para despertar a mim mesmo e começar a falar como havia sido o gol, o que tinha acontecido e o que poderia acontecer, pois faltavam poucos minutos para o final da partida. Naquele momento, senti que a Copa do Mundo estava indo embora como água que corre pelos vãos dos dedos, algo que não se consegue segurar. O sentimento era cristalino. (...) Foi uma coisa terrível", diz o radialista em trecho do livro.
Na obra, Mendes descreve também sua maior alegria com o futebol. "A cobertura da conquista da primeira Copa do Mundo pela seleção brasileira, em 1958, na Suécia, foi a emoção mais forte que vivi em minha vida profissional. Tanto que meus olhos se encheram de lágrimas tão logo gritei “Brasil, Campeão do Mundo de 1958.” Como dizem por aí, a primeira vez a gente nunca esquece!"
Além da Rádio Globo, Luiz Mendes trabalhou também na Rádio Farroupilha,TV Rio, TV Globo, Rádio Continental, TV Educativa e TV Tupi e escreveu quatro livros sobre futebol: "As Táticas do Futebol Brasileiro - Da Pelada à Pelé (1963), "As Táticas do Futebol (Antigas e Atuais) (1979),  "Futebol Regras e Táticas (1979) e "Sete (7) Mil Horas de Futebol" (1999).
Fonte: www.g1.com.br

MAIS UM DOS GRANDE SÍMBOLOS DO RÁDIO - LEOVEGILDA BEZERRA DA RÁDIO UNIVERSITÁRIA FM

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

e a censura não acabou?

A barra do ônibus não foi problema para a turma; pior foi ser barrado no terminal 
O aprendizado jornalístico requer atividade extra-sala para o aperfeiçoamento prático dos alunos. Pois no terminal do Papicu, essa noção de metodologia está simplesmente furada, já que a tarefa de coletar informações está simplesmente proibida.
Hoje pela manhã, uma equipe de estudantes da FA7, acompanhada pelo professor Dilson Alexandre, foi de ônibus ao terminal e se viu impedida de ter essa aula de campo. Em outras palavras, deram um baile neles e foram barrados.
Dizendo cumprir ordens superiores, fiscais interceptaram o trânsito dos estudantes pelo local, proibiram que gravassem depoimento dos passageiros, impediram realização de imagens e, para ser mais objetivo, foram convidados a deixar o local.
"Eu já sabia que para reportagens específicas, necessitava de autorização; jamais para um trabalho desse tipo" disse o professor Alexandre, um grande defensor dessas aulas práticas.  A turma, porém, deixou o terminal com a impressão de que essa regra não foi bem apercebida por uma antiga aluna do curso de Comunicação Social a UFC, hoje instalada na cadeira da Prefeitura do município.
Fonte: BLOG GENTE DE MÍDIA.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Cid é convidado desta 3ª feira do “Debates do POVO”

Cid é convidado desta 3ª feira do “Debates do POVO”

lançamento de livro - retirado do site bastidores do rádio

Livro: Nas ondas da magia do Rádio, de Valdir Comegno
20/10/2011 - quinta-feira




"Nas ondas da magia do Rádio", de Valdir Comegno, professor, historiador e estudioso de MPB, em formato 16,0 x 23,0 cm, em off-set, papel 75 g/m2, com 200 páginas de texto e ilustrações, com valor de R$ 30,00 será lançado pela ABR Editora em todo o Brasil em 19 de novembro de 2011.

O livro focaliza fatos e personalidades que marcaram a história do Rádio no Brasil como instituição que entrou no imaginário popular, na arte brasileira acima de tudo, na veia do povo brasileiro, em corações e mentes, na comunicação popularesca sem limites, que desde então tudo se produziu, tudo se criou, vivenciando artes e culturas. O Rádio que serviu até mesmo como ponte para a televisão, pois os maiores e melhores profissionais talentosos da TV brasileira vieram do imenso, respeitado e brilhante mundo radiofônico.

Trabalho de fôlego de Valdir Comegno, traça um calendário específico com datas, nascimentos, mortes, tudo bem feito e com boa base para futuras pesquisas de profissionais do ramo, da área. O livro conta onde nasceram os artistas, locutores, cantores, animadores, músicos, compositores. Como começaram, realizações, envolvimentos afetivos, comerciais, folclóricos, apelidos, origem do nome artístico, histórias engraçadas, casos peculiares e muito mais.

Livro: "Nas ondas da magia do Rádio"
Autor: Valdir Comegno
ABR Editora
Contatos com o autor: valdircomegno1@hotmail.com

sábado, 22 de outubro de 2011

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

será que é assim ?

LEIA ESTE TEXTO SOBRE O RÁDIO NO CEARÁ

“A sua verdade pode ferir. Existe a sua verdade e a do outro. Podem ser diferentes. Mas são “verdades” para cada um. Tenha cuidado ao dizer a sua. Procure compreender, sem impor”. (Lourival Lopes).
O jornal Diário do Nordeste trás em seu bojo uma matéria que tem como titularização “Flashes de emprego na verdinha”, ( grifo nosso) e chama de novo quadro “Ofertas de emprego” uma parceria entre o Diário do Nordeste e a Rádio Verdes Mares. Ressalte-se que tanto o Diário do Nordeste, e Rádio Verdes Mares são empresas midiáticas do mesmo grupo de comunicação. Hoje em dia a inovação é uma das finalidades mais difíceis de acontecer, e pelo andar da carruagem essa parceria é uma nuança velha e muito explorada nos meios de comunicação atualmente.
Pode ser nova entre as mídias, a falada e a escrita do mesmo grupo. A inovação no rádio parece que entrou em estado de catalepsia, em estagnação, ou letargia, pois não vislumbramos nas maiores mídias cearenses, algo de novo que venha chamar a atenção da sociedade, que aprecia o rádio e gosta da televisão. Segundo afirma o jornal em sua edição de 9 de outubro de 2011, nos parece mais um jogo de marketing do que uma novidade do rádio cearense.
É uma parceria do DN e da Rádio Verdes Mares (verdinha 810) que pretende levar mais um serviço de utilidade pública para os ouvintes da rádio. Vai mais além, quando afirma que na última segunda, dia 3 /10, a “novidade” estreou na emissora divulgando diversas vagas de emprego, estágios e cursos. As ofertas de empregos anunciadas por emissoras de rádio são tão velhas e capengas, quanto os horóscopos e as fofocas envolvendo artistas de telenovelas. “De acordo com o diretor-editor do Diário do Nordeste, Idelfonso Rodrigues, esta é mais uma forma de interação que se estabelece com o público”. “Segundo o locutor João Inácio Júnior, o quadro oferece à população oportunidades reais de cursos, estágios e empregos”. O locutor em alusão deveria se preocupar mais em estudar e levar ao seu público ouvinte, uma programação voltada para a cultura cearense e brasileira, visto que em seu programa o ponto alto é a pornofonia e pornografia. Conforme frisa o Código de Ética dos Radialistas, o profissional do rádio deve preservar a língua e a cultura nacional, observando os mais altos padrões na missão de educar e formar opinião pública.
João Inácio e suas companheiras de trabalho, Cláudia Leite e Regina Duarte deveriam se impor valorizando, honrando e dignificando a profissão que exercem. O Sistema verdes Mares de Comunicação estreou um sistema novo de estatística, que calcula o número de ouvintes em minutos, o programa do citado locutor chega a atingir a marca de 81 mil ouvintes por minutos. Achamos que nem Freud e o IBGE, explicariam essa estatística. “A ideia da iniciativa é criar uma convergência de mídias com o intuito de potencializar a produção de notícias”. A matéria cita outros programas da emissora de rádio, e os profissionais responsáveis pela apresentação dos mesmos. Não podemos negar que a rádio em alusão possui locutores de bom quilate técnico, mas poderia normatizar as apresentações com um estilo mais elegante, onde a pornofonia e a pornografia não fosse o “ponto alto” da emissora. Até nas vinhetas nota-se a intenção de jogar ao público ouvinte o que a ética radicalística não permite.
O programa show da manhã tem 48 mil ouvintes por minuto e liderança absoluta na audiência. Seria de bom alvitre que a mídia que elaborou a matéria sobre “Flashes de emprego”, confecciona-se outra mostrando as nuanças da nova modalidade de estatística, e como se processo o cálculo com tanta rapidez. Como chegar ao número de milhares de ouvintes em apenas um minuto. Gostaríamos de saber. A opinião explicitada aqui é do autor desta matéria, que também é profissional do rádio e jornalista profissional.  A Rádio Verdes Mares dantes tinha uma programação mais agradável e mai salutar, e não maltratava o nosso sistema de audição, a orelha. Pois é, o ouvido pela nova nomenclatura médica deu lugar à orelha, que é a mais nova designação do nosso sistema de audição, bem como o AVE (Acidente Vascular Encefálico) que substituiu o AVC (Acidente Vascular Cerebral), e o Sistema digestivo foi substituído por Sistema Digestório. A Ética no rádio é de suma importância que o plágio ou simples imitação de outro profissional de rádio e televisão, é prática condenável. São considerados profissionais de rádio e televisão, somente os detentores de Registro profissional de Radialista, desdobrado nas funções do quadro estabelecido pelo Decreto n°. 84.134, de 30 de outubro de 1979. O radialista tem compromisso indeclinável com a comunidade. Nas relações entre seus colegas, o profissional de Rádio e Televisão pautará sua conduta pela estrita observância da definição, normas e recomendações relativa à Ética da profissão, restringindo sua atividade no setor de sua escolha, assim elevando, pelo respeito mútuo, pela lealdade, pela nobreza de atitude o nível de sua profissão no País. O radialista não deve aceitar oferta de trabalho a preço vil, ser desleal ter prevenção contra companheiros, ser covarde no exercício de sua função, ser submisso à força que distorçam a verdade, o uso do poder de divulgação para atender a interesses escusos e contrários aos da comunidade, pois são atos condenáveis. O radialista deve lutar pela liberdade de pensamento, de expressão e pelo livre exercício da profissão, bem como defender a soberania nacional em seus aspectos político, econômico e social. Pense nisso!
AUTOR: ANTÔNIO PAIVA RODRIGUES no site www.carosouvintes.org.br

O QUE VOCÊ ACHA DESTA ATITUDE?

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

veja esta ideia

REGULAMENTADA A PROFISSÃO DE DJ

Senado aprova profissão de DJ e Produtor DJ

“O senador Armando Monteiro (PTB) conseguiu aprovar, nesta terça-feira (18), na Comissão de Educação (CE), o Projeto de Lei do Senado (PLS 322) que regulamenta as profissões de Disc-Jockey (DJ) e de Produtor DJ. De acordo com os dados apresentados pelo parlamentar, estima-se que atualmente mais de 1 milhão de disc-jockeys atuam à margem da legislação, como autônomos, nos diversos meios de espetáculos de diversão ao público.
Agora, o projeto será analisado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) em caráter terminativo. Caso seja aprovado, os profissionais dessa categoria, também conhecida como Técnico em Espetáculos de Diversões, deverão requerer o registro prévio na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.
Porém, para obter o registro profissional, que terá validade em todo o território nacional, será necessária a apresentação de certificado de curso profissionalizante de DJ. Apenas serão dispensados do registro e de outras exigências previstas na lei nº 6.533 (art. 7º), os profissionais estrangeiros que permanecerem no Brasil, em exercício da profissão, no prazo máximo de 60 dias.
O projeto também fixa a jornada de trabalho desses profissionais em seis horas diárias e 30 horas semanais. Além disso, estabelece que na realização de eventos com a participação de profissionais estrangeiros, obrigatoriamente, deverão ser contratados.”
(Com Agência Câmara)
Retirado do blog do Eliomar

terça-feira, 18 de outubro de 2011

UMA REFLEXÃO SOBRE DEMOCRACIA E COMUNICAÇÃO

Observatório da Imprensa - 15 Anos Apoio: Fundação Ford

COMUNICAÇÃO EM PROCESSO

Sobre a relação entre comunicação e cidadania

Por Ana Carolina Kalume Maranhão e Daniela Favaro Garrossini em 11/10/2011 na edição 663
Comunicação e cidadania: conceitos e processos, de Dione Moura (org.) et al, 304 pp., prefácio de Marco Antonio Rodrigues Dias, Editora Francis, Brasília, 2011

A primeira metade do século 20 tem sido marcada por distintos matizes que circundam epistemologicamente a definição do jornalismo enquanto prática que poderia existir perfeitamente sem a necessidade de uma formação específica ou mesmo da produção de conhecimento sistemático que justificasse a existência e a noção de campo de conhecimento. Tal discussão engloba a definição do jornalismo enquanto prática responsável por desempenhar funções diferenciadas, como: i) prática profissional, ii) objeto científico e iii) campo especializado de ensino.
Enquanto prática profissional, o jornalismo exige o domínio de técnicas e conhecimentos específicos para que o profissional possa atuar dentro de um conjunto de normas deontológicas legitimadas. Enquanto campo de ensino depende, intrinsecamente, do desenvolvimento de metodologias especializadas capazes de possibilitar aos docentes não apenas o repasse automatizado de conhecimento, mas a transmissão de boa formação aos futuros profissionais e enquanto objeto científico, o jornalismo possibilita a abertura de um campo de conhecimento especializado, que inclui a prática jornalística dentro de uma perspectiva que leva em conta um objeto legítimo voltado ao estudo e avaliação científica.
Com base nessa perspectiva, foi lançado pela Editora Francis, o livro Comunicação e Cidadania: Conceitos e Processos organizado pelos professores da Faculdade de Comunicação, da Universidade de Brasília, Dione Oliveira Moura, Elen Geraldes, Fábio Henrique Pereira, Fabíola Calazans, Fernando Oliveira Paulino, Gabriela Pereira de Freitas, Liziane Guazina, Luiz Martins da Silva e Samuel Lima. O livro reúne 19 artigos que tratam da importância do campo comunicacional enquanto fator de coesão e instrumento à mobilização social. São marcos importantes sobre o jornalismo e o campo comunicacional, divididos ao longo de três grandes partes que englobam conceitos relativos à Comunicação, Tecnologias e Cidadania, inseridos na primeira parte, Jornalismo e Cidadania, na segunda parte e, por fim, cabe à terceira explorar questões sobre a produção Audiovisual, Publicidade e Cidadania.
Participação na construção da cidadania
O prefácio é de Marco Antonio Rodrigues Dias, ex-diretor da Divisão de Ensino Superior da Unesco e professor aposentado da UnB. A publicação demonstra ao decorrer de seus 19 artigos um quadro representativo das significativas mudanças pelo qual a comunicação atravessa hoje no cenário mundial. As mudanças estruturais tão sentidas pelos leitores dos jornais frente à mudança de suporte do impresso para o online, a diminuição na oferta de postos de trabalho e a inclusão das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) que transformam o cenário profissional de milhares de jornalistas espalhados pelo país é tema de um dos artigos, que mostra ao leitor uma visão do que ocorre no campo e das tendências que surgem neste cenário de transformações estruturais. E é apartir de temas como esses que se percebe como as mudanças ocorrem de forma rápida e acarretam uma enorme modificação nas relações de trabalho, responsáveis por alterar as rotinas produtivas dentro das empresas comunicacionais.
O livro também aborda questões relacionadas à economia política das indústrias contemporâneas de mídia e conceitos próprios às comunicações globais. São apresentadas formas de convergência para o formato online e como tais aspectos estão inseridos em um contexto de acelerado desenvolvimento tecnológico, que permite ao cidadão o acesso a uma base de informações, não disponível em tempos anteriores.
As Tecnologias da Informação e Comunicação em conjunto à participação do cidadão também é tema de estudos que acompanham ações concretas e como estas estão refletidas nos conceitos de cidadania e a participação social. Assunto essencial e estruturante quando é tratada a abertura de possíveis canais de participação pelos cidadãos na construção da cidadania.
Bases fundamentais para análise e pesquisa
Destaca-se a relevância de estudos apresentados no livro sobre a relação do papel do jornalista e os usos das informações públicas por estes profissionais de imprensa. Isto mostra que o Brasil ainda carece de uma legislação específica que garanta o acesso a informações públicas por parte de jornalistas, minimizando a falta de acesso que pode causar erros graves e prejudicar o fluxo de informação que chega ao conhecimento do cidadão.
O livro apresenta um panorama geral com relação aos conceitos e processos relativos ao campo comunicacional e oferece uma análise para se pensar a relação entre tecnologia, jornalismo, audiovisual e publicidade enquanto pontos essenciais na construção da cidadania. O livro é recomendado a pesquisadores, professores, alunos e interessados em estudar as mudanças e tendências que se esboçam neste campo de análise e oferece condições à ampliação de novos estudos e pesquisas em comunicação e cidadania. A leitura de suas três partes fornece bases fundamentais para uma análise e pesquisa sobre comunicação e cidadania.
***
[Ana Carolina Kalume Maranhão e Daniela Favaro Garrossini são, respectivamente, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, da Universidade de Brasília e bolsista da Capes, e doutora em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação (UnB) e professora do Departamento de Desenho Industrial (UnB)]

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Não Faz Sentido! - Jogadores de Futebol

Não Faz Sentido! - Políticos

UMA REFLEXÃO SOBRE AS GREVES

GREVE DE UM POVO SEM – VERGONHA
                O  país e no mundo todo o povo está começando a questionar os poderes constituídos e entendendo a crise que se instala no mundo do capital e que é resultado da ânsia dos poderosos por dinheiro a todo custo promovendo a exaustão da riqueza e claro que as perdas são transferidas aos trabalhadores com redução de direitos, corte de demandas sociais e completo desrespeito aos anseios dos que vivem de míseros salários. No entanto, não vemos que os grupos que estão no poder e que representam as elites perderem nada nos processos, pois os grandes banqueiros, empresários e donos do capital continuam a obter cifras enormes com a crise e utilizando a especulação para garantir lucros e prosperidade.
                De repente a sociedade vai tendo que conviver com greves de todos os setores e acaba sendo impelida a acreditar que as greves são instrumentos de crise em seus atendimentos e na geração do seu suposto bem – estar. Os meios de comunicação infelizmente acabam promovendo uma situação onde os trabalhadores passam a ser antipatizados pela população que ao não ter serviços mesmo de forma precária passam a acusar os grevistas de irresponsáveis, baderneiros ou castradores de seus direitos. A greve dos setores de serviço à população não ocorrem pelo simples capricho dos trabalhadores , mas pela forte negação dos que estão no poder aos preceitos do que diz a boa convivência e a boa relação entre patrões e empregados. A situação de greve traz transtornos sim, mas é um momento de reflexão sobre o que se passa no mundo do capitalismo tão ávido de lucro e tão pouco igualitário na divisão da riqueza. No setor público as greves provam a completa falta de respeito dos gestores com as demandas do povo e o completo alinhamento dos serviços de governo com os interesses do grande capital.
                A situação de greves em todos os setores revela a quebra de confiança dos trabalhadores nos gestores públicos que tratam as demandas sociais com completo descompromisso e com desinteresse quase que total visto que os políticos não precisam de saúde, segurança e educação públicas, pois gozam de privilégios de toda ordem fazendo com que tal condição os faça esquecer os interesses populares. As  greves são instrumentos legais e conquistados com muita luta e sangue para serem tratadas como crimes pelo Poder Judiciário , pelos legisladores e pela mídia que acaba transferindo à população a forma errônea de entender esta forma de luta. Claro que esta atitude não é neutra , pois há interesses , há defesa de classe e corporativismo no processo de negação de reivindicações dos movimentos grevista que podem até ser prejudiciais à população que mesmo após seu fim continuarão a ter serviços de péssima qualidade e mecanismos de exclusão , avanço e de negação da vida no sentido pleno. Quem entre em greve não é o sem – vergonha que a mídia tenta passar, mas é um cidadão que tenta a todo custo lutar por seus direitos ao ver que os que estão no poder não tem nenhum tipo de interesse que o quadro mude e que o povo realmente seja ator de sua própria história.
FRANCISCO DJACYR SILVA DE SOUZA, PROFESSOR

domingo, 16 de outubro de 2011

Locutor de Futebol, Gago - Grande José Vasconcelos.

Platéia do Jô se emociona e chora em entrevista com Nenéo

Primeiro plano especial: como varrer a corrupção do Brasil - Chamada III

LUCAS LEITE - MATÉRIA MALUCO BELEZA.wmv

Lucas Leite é um excelente profissional do rádio que vem galgando êxito pelo seu profissionalismo e respeito ao ouvinte. Como é cearense não tem o mesmo espaço de uns tais "nariz de palhaço" e outros que vem chiando e destilam suas sandices no rádio. Os ouvintes às vezes até reclamam, mas o rádio não é deles infelizmente....Sem xenofobismo, mas na AM DO POVO/ CBN só tem lugar para quem chia?

sábado, 15 de outubro de 2011

LEIA E REFLITA

Observatório da Imprensa - 15 Anos Apoio: Fundação Ford

MÍDIA & FUTEBOL

O jogador e o boneco inflável

Por Francisco Fernandes Ladeira em 04/10/2011 na edição 662

A atual temporada do Campeonato Brasileiro de Futebol não está interessante. Pelo menos para o torcedor mineiro. Rodada após rodada, atleticanos, americanos e cruzeirenses veem seus respectivos clubes cada vez mais próximos da Série B. Outra característica negativa do presente certame é o baixo nível técnico dos jogadores, o que vem a ser consequência direta do grande fluxo de futebolistas brasileiros para clubes do exterior.
Entretanto, apesar dos problemas em campo, fora das quatro linhas dois personagens têm chamado a atenção: o boneco inflável João Sorrisão; e Loco Abreu, atacante uruguaio do Botafogo Futebol e Regatas.
Vamos ao primeiro personagem. João Sorrisão foi criado para acompanhar a música homônima (interpretada pelo grupo “Os Havaianos”)exibida durante o programa Esporte Espetacular, da Rede Globo de Televisão. A letra da música (de gosto duvidoso) reflete a decadência do mainstream musical no Brasil. Não obstante, o programa lançou uma campanha para os atletas dos times que disputam a Série A do futebol brasileiro: o jogador que fizer um gol e imitar (eufemismo para adestramento) o João Sorrisão, ganha um boneco do personagem.
Dito e feito. Vários jogadores, mimeticamente, passaram a adotar a escalafobética coreografia ao comemorar seus tentos. Obviamente, não se trata de nenhuma novidade, visto que boa parte da população brasileira está “acostumada” a ser manipulada pelos meios de comunicação de massa.
“Ter opinião é tabu”
Por outro lado, Sebastián “Loco” Abreu comprova que ainda existe “vida inteligente” no cenário esportivo. O artilheiro uruguaio, que tem curso superior (algo raríssimo entre os jogadores brasileiros, mas comum para atletas de outras nacionalidades), tem se destacado pelas entrevistas polêmicas. Em uma delas, ao ser questionado se participaria do quadro “Inacreditável Futebol Clube”(exibido no Fantástico) por ter perdido um “gol feito” na partida entre Botafogo e São Paulo, Loco foi enfático: “Realmente, o `Inacreditável Futebol Clube´ é uma bobagem que vocês têm para sacanear o jogador, mas só quem está lá dentro sabe como é difícil jogar futebol.”
Evidentemente, podemos concordar ou não com esta afirmação. Entretanto, poucos indivíduos têm a coragem suficiente para criticar publicamente a poderosa emissora da família Marinho. Após as declarações de Abreu, não faltaram comentários odiosos à atitude do centroavante botafoguense na imprensa especializada e nas redes sociais da internet. Em um meio acostumado a padronizações e a frases clichês em entrevistas, como é o mundo do futebol, ter “opinião própria” ainda causa certo estranhamento.
Infelizmente, essa postura passiva não impera apenas nos bastidores do secular esporte bretão. No Brasil, a maioria da população ainda prefere ser guiada intelectualmente por pensamentos metafísicos e alheios (atitude que Nietzsche qualificava como “instinto de rebanho”), a ter uma postura crítica e racional frente à realidade. Lembrando as palavras do cantor e compositor Lobão, em entrevista a um programa do Record News, “no país da fofoca, ter opinião é tabu”.

PAULO FREIRE REFLEXÕES -- COMO HOJE É DIA DO PROFESSOR..

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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

UMA REFLEXÃO INTERESSANTE

Mídia

QUER SABER AS COISAS COM ATRASO? INFORME-SE PELA GRANDE IMPRENSA...


Celso Lungaretti
Num domingo sem notícia nova relevante (pelo menos segundo os parâmetros deste blogue), vou alongar um pouquinho o rescaldo do Caso Battisti. Só para constatar que meu post sabatino,
Se a Itália for mesmo a Haia, sairá de mãos abanando
, foi duas vezes confirmado pela grande mídia.Como vocês podem verificar, ele foi ao ar às 2h57 da madrugada, ou seja, antes dos jornalões disponibilizarem suas edições de sábado na internet  -- além de apenas condensar um artigo escrito pelo nosso bom Carlos Lungarzo cinco meses atrás.
 
O conhecimento que ele tem das cortes internacionais o levou a desmascarar o blefe do recurso ao Tribunal Internacional de Haia logo da primeira vez em que a Itália o colocou em circulação.
 
E, com meus meios, conclui que o Lungarzo estava certíssimo, então publiquei de imediato o artigo dele naquela época e voltei a citá-lo agora, sem o mínimo receio de antecipar que a Itália daria/dará com os burros n'água indo por tal caminho.
 
Mas, para a grande imprensa, o Lungarzo e eu não merecemos ser levados em conta num assunto de Direito Constitucional e Direito Internacional,  alegadamente  por não temos certificação nenhuma como especialistas nessas áreas, e  realmente  porque ela quer mesmo é calar ou minimizar o  outro lado  tanto quanto consiga fazer sem dar muito na vista...
 
[McCarthy e Nixon morreram, mas o macartismo e suas listas negras ainda não acabaram, pelo menos no Brasil.]
 
Nossa falta de  expertise certificada  não impede a grande mídia de ter estado sempre um ou vários passos atrás de nós ao longo de Caso Battisti. Praticamente todas as bolas que cantamos, resultaram. Quem acompanhou a nossa cobertura, soube sempre o que iria acontecer muito antes dos leitores de jornalões, revistonas e tevezonas.
 
E isto acaba de se repetir mais uma vez.
 
A Folha de S. Paulo foi atrás do professor de Direito Constitucional da FGV Direito-Rio, Joaquim Falcão, e o que ele escreveu? Isto:
"O caminho mais rápido para ir a Haia é o consensual. A Itália terá que provar que o Brasil aceitou antes este caminho. O tratado bilateral de extradição de criminosos, que fundamentou a decisão do Brasil, não prevê Haia.
 
Donde ou o Brasil voluntariamente aceita a competência do Tribunal de Haia, o que é pouco provável, ou a Itália encontra outro documento provando que o Brasil já aceitou ir a Haia.
 
Na convenção sobre os refugiados, o Brasil aceitou ir a Haia. O ex-ministro Tarso Genro concedeu refúgio, mas seu ato foi anulado. A decisão do presidente não foi com base na convenção de refugiado. Foi com base no tratado bilateral de extradição. Argumento contra argumento. Documento contra documento.
 
A Itália quer prorrogação no campo de Haia. Para o Brasil, o campeonato já se encerrou no campo do Supremo. E agora?
 
A estratégia jurídica de ir ou não a Haia será resultado de uma análise de risco político. Por um lado, a necessidade do polêmico governo italiano de se legitimar junto aos seus eleitores. Por outro, se for e Haia não aceitar o caso, indiretamente confirma-se a decisão do Brasil.
 
E, se aceitar, Haia provavelmente confirmará a decisão do Brasil. O governo italiano perderá. Em vez de protestar contra o Brasil, vão protestar contra Haia.  E la nave va".
A BBC Brasil também andou à cata de especialistas. Que, por outras palavras, bateram nas mesmíssimas teclas -- apesar de o segundo deles ter feito campanha cerrada contra Battisti durante todos estes anos, como escudeiro do linchador Mino Carta (como agora o que lhe pediam era uma avaliação, preferiu manter a douta pose...).
 
Eis o principal da matéria da BBC:
"O professor de Direito Internacional da Escola de Direito de São Paulo (Direito GV) Salem Nasser, no entanto, vê poucas chances da Itália efetivamente recorrer a Haia para obter a extradição de Battisti.
 
'Não parece que o que está em jogo seja suficiente para a Itália ir à corte', diz Nasser. 'O processo é muito desgastante, caro e longo.'
 
...segundo Nasser, dois países vão a julgamento em Haia somente se ambos aceitarem igualmente a jurisdição do Tribunal Internacional, algo que ele vê como pouco provável.
 
Esta aceitação seria compulsória caso o tratado de extradição entre Brasil e Itália previsse Haia como foro de arbitragem sobre conflitos envolvendo este acordo. No entanto, segundo o Itamaraty, o tratado não confere jurisdição ao Tribunal.
 
Segundo o jurista Wálter Fanganiello Maierovitch, o máximo que o Tribunal de Haia pode fazer é emitir uma declaração de que o Brasil descumpriu o tratado de extradição, caso assim o entenda - o que não obrigaria a entrega de Battisti à Itália.
 
'A Itália vai à Corte para cumprir uma agenda', afirma o jurista. 'Isso pode gerar um acordo entre os países, ou um pedido de desculpas por parte do Brasil, mas pra ter uma decisão com efeito vinculante, seria necessária uma aceitação pelo Brasil', diz.
 
'Agora, será que o governo brasileiro está disposto a sujeitar à Corte Internacional uma decisão tomada pelo seu presidente, referendada pelo Supremo? Acho pouco provável.'"
Resumo da opereta: a grande imprensa brasileira inteira deu ouvidos a mais uma fanfarronice da Itália, que provavelmente nem sequer se concretizará -- ou vai ser levada a cabo apenas para efeitos propagandísticos, sem a mais remota possibilidade de êxito.
 
E, claro, estas avaliações de especialistas serão lidas por poucos, mas a espuma que a Itália fez com seu papo furado, logo depois do anúncio da decisão do STF, atingiu contingentes muitíssimo mais amplos. 
 
Aqueles que se informam ligeiramente, foram induzidos a acreditar em bobagens; e gente desse tipo  não continua acompanhando o caso nos dias posteriores, quando surgem os desmentidos, com destaque bem menor.
 
Enfim, foi mais fácil para nós, um punhado de justos, obtermos uma vitória quase impossível, do que fazermos a verdade penetrar na cabeça da maioria mesmerizada pela imprensa canalha.
 
Mesmo assim, contando apenas com a minoria consciente que atingimos via internet, já estamos conseguindo ganhar quedas de braço contra reacionários de dois continentes e seu imenso poder de fogo.
 
O que mais faremos só depende de nós.  
 
Sejamos realistas, tentemos o impossível...
 
FONTE:http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=a70145bf8b173e4496b554ce57969e24&cod=8164

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

maravilhas do mundo do rádio

11/10/2011 07h37 - Atualizado em 11/10/2011 11h36

Menino de 12 anos comanda programa de rádio no interior do CE

Alan apresenta um programa de rádio, gerencia gibiteca e é guia mirim.
Criança participa da Fundação Casa Grande em Nova Olinda, no Ceará.

Gabriela Alves Do G1 CE
Alan Cardoso é locutor do Som da Rua (Foto: Fundação Casa Grande/Divulgação) Alan Cardoso, na FM Casa Grande: ''Toco de tudo, mas não deixo de colocar reggae'' (Foto: Fundação Casa Grande/Divulgação)
O Dia das Crianças para Alan Cardoso dos Santos será de brincadeiras, mas também de muita responsabilidade. Nesta quarta-feira, o menino interrompe os festejos pela data às 14h para comandar o Som na Rua, programa que ele apresenta na rádio Casa Grande FM, de Nova Olinda (Ceará). “Aqui posso brincar e aprender coisas novas”, diz ele, que se diverte com os compromissos de adulto.
A emissora pertence a uma ONG (a Fundação Casa Grande) que mantém um museu e atende a 60 crianças  – entre elas Alan - com programas sobre história, comunicação, arte e turismo. Na Fundação, que funciona desde 1992, os pequenos aprendem, produzem e transmitem conteúdo.
Alan Cardoso na gibiteca da ONG Fundação Casa Grande (Foto: Fundação Casa Grande/Divulgação)Alan cuida da gibiteca da Fundação Casa
Grande (Foto: Fundação Casa Grande/Divulgação)
O garoto produz e apresenta o Som da Rua há seis meses. Em duas horas diárias de programa, Alan seleciona músicas de vários gêneros sem dispensar as preferências. “Toco de tudo, mas nunca deixo de colocar reggae”, confessa.
Alan também é guia do museu Memorial do Homem Kariri, gerente da Gibiteca (biblioteca de gibis) e integrante da equipe técnica do teatro da ONG, o Violeta Arraes. Para cumprir toda a agenda, durante a semana Alan fica meio período na Fundação por causa das aulas. No fins de semana e feriados, o menino diz que “corre” logo de manhã cedo e só volta para casa no fim da tarde.
Família
Faço amigos e sempre conheço pessoas e culturas de outros locais"
Alan Cardoso
Alan mora com os pais e três irmãos em Nova Olinda há 11 anos. A família veio de Itatim (Bahia) para o Ceará em busca de emprego. Atualmente, o pai trabalha como operador de máquina, e a mãe é dona de casa e ganha renda extra como lavadeira. O menino conta que a mãe confia quando o filho está na fundação. “Minha mãe acha melhor quando estou lá”, comenta.
“Entrei na Casa Grande por interesse e conta própria, ninguém me obrigou”. Talvez seja por isso que o menino também reforça que não se cansa da rotina de adulto e que tem muito tempo para as brincadeiras da idade também. “Faço amigos e sempre conheço pessoas e culturas de outros locais”, conta animado.
Sempre criança
O estudante do 8° ano da Escola Municipal Padre Cristiano Coelho diz ser um bom aluno, mas ainda não sabe que profissão seguir quando crescer. Sobre o futuro, o menino tem duas certezas. “Quero continuar na Casa Grande por muito tempo e, quando for 'grande', quero continuar me sentindo uma criança”, ressalta Alan, que pediu aos pais um presente "de gente grande": um relógio "de ponteiros".
FONTE: www.g1.com.br

veja esta entrevista de Juca Kfouri

02/10/2011 - 08h05

Juca Kfouri contra o feudalismo da bola

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GUILHERME BRENDLER
DE SÃO PAULO
Que Juca kfouri, 61, é o mais radical crítico à Copa no Brasil em 2014 não é novidade. Seja em sua coluna na Folha, em seu programa na rádio CBN ou na TV a cabo (ESPN), são diárias as suas declarações contra a política da Fifa e à CBF de Ricardo Teixeira.
Na edição da revista "Interesse Nacional" [Ateliê, 86 págs., R$ 25], que chega às livrarias no dia 5 deste mês, Kfouri expõe suas razões em argumentação próxima à de artigo acadêmico, buscando a adesão de um público mais afeito às querelas diplomáticas ou da política partidária do que às do futebol.
Na edição anterior da mesma revista, publicada em abril, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicou o polêmico artigo que dizia que o PSDB deveria se aproximar da classe média e não disputar o "povão" com o PT.
"Se 10% do seleto público da revista passar a acompanhar as questões políticas do futebol, será maravilhoso", disse Kfouri à Folha. Na entrevista a seguir, concedida em sua casa, ele repassa alguns dos pontos do artigo "A Copa do Mundo é Nossa?" e não esconde a sua decepção com figuras como Lula, o PT e outros.
*
Folha - O que está em jogo para o Brasil na aprovação da Lei Geral da Copa, que define as regras para sediar o evento?
Juca Kfouri - Quando um país se candidata a um Mundial, ele já sabe que vai entregar a sua soberania. A isenção de impostos, os convidados VIPs, a possibilidade do marketing de emboscada, a bebida alcoólica no estádio. Tudo isso já está no caderno de encargos.
Na Alemanha, em 2008, com exceção da cidade de Dortmund, onde o Partido Verde brigou para cacete e conseguiu fazer com que se vendesse também a cerveja local, em todos os estádios era possível comprar apenas Budweiser. Isso é uma ofensa no país da cerveja servir aquele xixi de caveira.
Qual é o risco de o Brasil deixar de ser sede da Copa de 2014?
O risco que o Brasil corre é de a Fifa se arreglar com a Inglaterra, que está incomodando uma barbaridade, e entregar a Copa a eles.
Gostaria de ver isso. Já ocorreram desistências, como a Colômbia, que desistiu dois anos antes de realizar a Copa de 1986. Acho que o Brasil não vai desistir, mas a Fifa pode, sim, entregar a Copa do Mundo para a Inglaterra se o governo dificultar muito a vida deles.
Agora, devido às pretensões brasileiras de ter um lugar no Conselho de Segurança da ONU, é difícil imaginar que o Brasil deixe isso acontecer. Penso que a presidenta Dilma vai endurecer o quanto ela puder, mas cederá tudo aquilo que for inegociável para a Fifa.
A indicação do [deputado federal] Vicente Cândido (PT-SP) como relator da Lei Geral da Copa mostra que a presidenta não está com tão inflexível. Cândido é também vice-presidente da Federação Paulista de Futebol e sócio de Marco Polo del Nero, homem muito ligado a Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do COL [Comitê Organizador Local da Copa do Mundo].
Eu exultaria se o Brasil mandasse a Fifa às favas. Seria uma demonstração de dignidade, de soberania. Acho que seria um exemplo e que dinamitaria a Fifa. Mas é óbvio que é tudo suposição. É muito difícil que isso ocorra.
Você está desiludido com a política do PT em relação ao futebol?
Já tive diversas desilusões na vida. Eu achava que o Lula romperia com esse pessoal do futebol. Hoje estou convencido de que o governo do PT não é um governo de rupturas, não faz rupturas. Eu vi o Lula dizer que nunca mais o jornalista Juca Kfouri diria que o torcedor no Brasil era tratado como gado, que "a presença dele aqui é uma homenagem a todos os jornalistas que foram processados, tiveram credenciais negadas por essa cartolagem que infelicita o Brasil". Isso foi em 2003, na assinatura do Estatuto do Torcedor, a primeira lei que ele assinou. Não havia um único cartola na cerimônia.
Seis meses depois, ele estava de braços dados com o Ricardo Teixeira naquele jogo no Haiti. Que foi lindo, uma história muito bonita. O poder de sedução da cartolagem brasileira é algo que não deve ser desprezado. Pergunte ao Ricardo Teixeira de quem ele gosta mais: do Lula ou do Fernando Henrique Cardoso?
Não é curioso? O Teixeira detesta o Fernando Henrique. Eles não têm uma foto juntos. No dia que voltaram da Ásia campeões do mundo, em 2002, o FHC condecorou o Ricardo Teixeira na sala dele, sem fotógrafo. Com o Lula tem um milhão de fotos, de braços dados, de camisa aberta, tomando cerveja, de todas as formas.
Você é um dos raros corintianos contra a construção do Itaquerão.
As pessoas me falam: "Você é contra o Itaquerão, pô! Que tipo de corintiano você é?". Não se está discutindo se o clube merece ou não um estádio. O que se discute é que a operação, em si, é um escândalo. Numa cidade como São Paulo você achar que um estádio como o Morumbi não serve para sediar seis ou sete jogos da Copa do Mundo no Brasil é loucura.
Se os alemães tivessem demolido o Allianz Arena, em Munique, tudo bem. Mas a Alemanha pode. Nós não. Cinquenta anos depois descobriram que o Morumbi não serve para jogo de futebol? Já se fez tudo que é competição aqui: final de Libertadores, eliminatórias de Copa, Mundial de Clubes da Fifa.
Mas seriam necessárias reformas.
Claro, o Morumbi não é o ideal, mas é factível. Como o Ellis Park foi factível para a Copa na África do Sul, em 2010. Agora, em Johannesburgo também cometeram excessos. Fizeram o Soccer City, a 4 km do Ellis Park, no Soweto. Qual era a justificativa: polo de desenvolvimento. Aqui, polo de desenvolvimento! [fazendo uma "banana"]. Vá lá ver se é polo de desenvolvimento. Os caras têm um monumento daqueles, mas não têm o que comer.
Na Cidade do Cabo fizeram um estádio maravilhoso, uma das coisas mais lindas que já vi. Mas desalojaram 4.000 famílias da região. Agora falam em demolir porque nunca mais ocuparam o estádio.
Vamos repetir isso no Recife, apesar de o Náutico ter dito que poderá usar o novo estádio. Mas e em Brasília, Cuiabá, Natal? Nem futebol profissional há por lá!
Então o Brasil não deveria nem ter pensado em sediar uma Copa?
Aí é que está. Deveria, sim. Mas para fazer uma Copa do Mundo do Brasil no Brasil. Não uma Copa do Mundo da Alemanha no Brasil. Claro que o Brasil pode fazer uma Copa, mas tem que fazer dentro das nossas possibilidades.
E qual o maior sentido que faria para o Brasil sediar um evento como esse? Os legados para as tais 12 sedes. Em Johannesburgo, por exemplo, eles ficaram com um aeroporto ótimo. Embora tenha sido inaugurado um dia depois do fim da Copa, está lá, e o povo sul-africano pode usufruir disso. Tem a linha do monotrilho que liga o aeroporto ao centro rico da cidade.
Esse tipo de investimento deveria ser feito aqui. Essa obsessão por novos estádios é uma reprodução, sem tirar nem pôr, do que se fez durante a ditadura militar. Os estádios brasileiros nunca tiveram sua capacidade máxima ocupada, têm 65% da capacidade ociosa nesse Campeonato Brasileiro.
Estamos construindo elefantes brancos, reproduzindo o que ocorreu durante a ditadura em um governo democrático, dito de esquerda, sob a égide do PC do B. Isso é uma loucura!
Foi o que ocorreu nos Jogos Pan-Americanos, no Rio, em 2007?
Quando criticávamos o que estava sendo feito em torno do Pan, diziam: "Esses jornalistas são maníacos por fracasso, são mal-humorados, antipatriotas etc.". Diziam que fariam o melhor Pan da história e deixariam três legados para o Rio: o metrô entre Jacarepaguá e a cidade olímpica, a despoluição da baía da Guanabara, da lagoa Rodrigo de Freitas.
Nenhuma dessas coisas foi feita. A ponto de um atleta do remo pescar um colchão durante a prova. Quem fez a maratona aquática saiu doente.
Mas os equipamentos esportivos ficarão para a Olimpíada, me diziam. Tem o Parque Aquático Maria Lenk, lindo, maravilhoso. Coisa de Primeiro Mundo. Aí vem o COI [Comitê Esportivo Internacional] e diz: infelizmente, a capacidade de público é aquém da que a gente exige em provas de natação. Então o Maria Lenk será usado no aquecimento das competições. Será preciso construir um novo centro para as provas oficiais.
A previsão inicial de gastos com o Pan era de R$ 400 milhões. Custou R$ 4 bilhões. E o TCU [Tribunal de Contas da União] diz que houve uma série de irregularidades, mas que esse é o preço do noviciado, que foi feito um evento desse porte. É brincadeira! Não estou falando da Copa de 1950. Me refiro a algo que ocorreu quatro anos atrás. Então, me dê uma razão para acreditar que vai ser bom, uma razão.
Você gostou do perfil de Ricardo Teixeira que a revista "Piauí" publicou na edição de julho?
Eu tirei o chapéu para a Daniela Pinheiro, que escreveu o texto. Ela inclusive me perguntou: "O que eu fiz de errado que você e ele gostaram?". [Risos] Eu disse que eu continuaria gostando, mas que ele não gostaria depois de um tempo. Hoje eu sei que ele não gosta mais porque já levou uma represália da Globo por causa da matéria.
Ele baixou as calças de um parceiro em praça pública. Isso tem um preço, evidentemente.
Ele é um ogro. O Ricardo Teixeira é um ogro. A reportagem é um retrato do que ele é. Um cara que vai a um restaurante cuja grande atração é um jardim, e ele senta de costas. A menos de 500 metros do hotel onde ele sempre se hospeda ficam os vitrais do Chagall, e ele nunca foi lá. O episódio do beliscão na filha. A história do casaco de pele que custa "só mil euros".
Passei anos juntando documentos, denunciando, mas nada foi tão demolidor quanto as frases dele. A reportagem mais demolidora contra o Ricardo Teixeira nesses anos todos foi a Daniela quem fez, usando só com as descrições do que ela viu e com as palavras dele. Apenas isso. Nada mais.
Você divide o seu artigo em primeiro tempo, intervalo, segundo tempo e prorrogação. Quem vencerá a disputa nos pênaltis?
Adoraria responder: "Nós, os brasileiros, os cidadãos brasileiros. Não a cartolagem". Vinte anos atrás eu te daria essa resposta, mas hoje eu sei que nesse filme de mocinho e bandido os bandidos ganham no fim. Raras têm sido as vezes em que os mocinhos ganham.
O professor Carlos Wainer, da UFRJ, usou uma expressão esses dias que eu nunca tive coragem de usar. Ele disse que o futebol brasileiro vive ainda no sistema feudal.
E é verdade. As federações são feudos, e os cartolas, senhores feudais. Embora estejam todos milionários, não têm dimensão do quanto podem tirar desta galinha dos ovos de ouro sem matá-la. Eles querem é raspar o tacho.
Fonte: www.folhaonline.com.br

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

BESTEIRAS DO RÁDIO

ALGUNS OUVINTES TEM RECLAMADO BASTANTE DA HISTÓRIA DE UM TAL NARIZ DE PALHAÇO DO PROGRAMA TREM BALA DA RÁDIO O POVO / CBN....ALGUNS PERGUNTAM QUAL O SENTIDO DISSO... UMA BRINCADEIRA SEM GRAÇA...

domingo, 9 de outubro de 2011

veja este vídeo - direito à comunicação em questão.

encontro de direito à comunicação


I Encontro Nacional do Direito à Comunicação será realizado em Pernambuco ano que vem
07.10.2011
Está previsto para o início de fevereiro, em Pernambuco, o I Encontro Nacional do Direito à Comunicação. Centro de Cultura Luiz Freire, Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), Auçuba, Fórum Pernambucano de Comunicação, Fórum de Mulheres, universidades, ONGs da capital e do interior são algumas das entidades do estado que estão à frente do planejamento do evento. Em breve mais informações.
Fonte: www.direitoacomunicaçao.org.br

grandes nomes da MPB

Fotógrafa Homenageia nomesd da Música Popular Brasileira. BRASIELEIRE DE PAULA KLIEN. VEJA AQUI AS FOTOS

LEIA ESTE TEXTO E REFLITA SOBRE ELE

Jornalismo & sensacionalismo 04/10/2011 | 16:42
A informação que vende
 
Valério Cruz Brittos e Éderson Silva

Desde que a informação, a matéria-prima do jornalismo, passou a ser concebida como um produto e como tal priorizada para venda, o ato de informar seguiu um caminho perigoso e conflitante. A fidelidade aos fatos e à ética foi distorcida em nome de uma matéria espetacular para a apreciação e o consumo do maior número de receptores possível. Inseridas no contexto capitalista, as empresas de comunicação têm uma visão mercantilista da informação, que deve agregar a maior parte do público a que se destina para obter os melhores preços na vendagem do produto em si ou de sua publicidade.

O sensacionalismo é utilizado cada vez mais como recurso estratégico nesta Fase da Multiplicidade da Oferta em que os agentes comunicacionais têm que captar a atenção do público rapidamente, ante o acirramento da concorrência. Esta capacidade de agregar públicos faz com que o sensacionalismo seja utilizado, inclusive, como ação de programação para conquistar público localmente, como, no mercado televisivo, fazem Band e Record com a edição regional do Brasil Urgente e o Balanço Geral, respectivamente, ou como procedem organizações jornalísticas de vários estados brasileiros, com jornais para públicos C, D e E.

Nos projetos sensacionalistas, a notícia deve ser conduzida a um extremo, ocorrendo a exacerbação dos fatos incessantemente com detalhes minuciosos a fim de chocar ou emocionar o público. Estes casos ocorrem principalmente em sequestros, estupros, crimes hediondos, assaltos e outros acontecimentos fortes, em que há uma máscara de jornalismo popular, com seus protagonistas sendo proclamados representantes do povo. São mostrados como figuras paternalistas, defensoras dos mais fracos, mas se enriquecem da desgraça e do sofrimento alheio, vendendo uma imagem ilusória de salvação para os problemas sociais.

Questão ética, ponto crucial
Diariamente, grande parte da mídia utiliza-se do sensacionalismo para esquentar a notícia, permitindo sérios questionamentos éticos. Assim, o sensacional é mostrado de forma chocante e cruel ao telespectador e ao leitor. Os programas policiais utilizam-se muito desta forma de violência gratuita para noticiar os acontecimentos diários, quando são violados os direitos do cidadão. Forma-se um verdadeiro “circo midiático” em torno de um dado acontecimento, que toma proporções gigantescas, não raro desenrolando-se em vários capítulos, como uma novela, pronta para a venda em larga escala. Este tipo de jornalismo não distingue o que é informação relevante da que não é, e sim, a que vende e a que não vende.

O Código de Ética dos jornalistas brasileiros menciona que o profissional da área deve combater e denunciar todas as formas de corrupção, em especial quando exercidas com o objetivo de controlar a informação. Deve haver respeito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão, o que não ocorre quando se trata de explorar a notícia pelo seu ângulo sensacional. Paradoxalmente, quanto mais o sensacionalismo é utilizado, mais é lançado o argumento de que o jornalismo não deve ser regulado porque, por si próprio, teria um caráter de serviço público, mesmo quando exercido no âmbito de instituições mercadológicas.

A atividade jornalística visa à pluralidade, na sua gênese estando ligada a interesses mais amplos, já a exploração de imagens com o objetivo de chocar as pessoas remete a objetivos privados, relacionados ao lucro, preferencialmente. No código da profissão está claro, em seu artigo 11, dentre outros pontos, que o jornalista não pode divulgar informações visando ao interesse pessoal ou buscando vantagem econômica; nem que contenham caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes. Questiona-se até que ponto grande parte dos conteúdos jornalísticos atuais passa por este confronto nas diversas mídias que atravessam a sociabilidade contemporânea.

* Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos e graduando do Curso de Comunicação Social – Jornalismo da mesma instituição, respectivamente.

Publicado no Observatório da Imprensa em 04/10/2011