sexta-feira, 13 de novembro de 2009

um depoimento de um vencedor

ELVIS MARLON disse...

Caro amigos!Eu queria agradecer em nome de todos os radialistas,por existir um blog tão maravilhoso como esse,fiquei muito feliz por vcs terem postado uma foto minha com minha ouvinte Nayana,no estúdio da Verdinha e agradeço tb pelo comentário feito a minha pessoa,ainda sou muito novo na profissão,entrei no rádio em 1997 apresentando programa de Funk junto com o Guilherme San "Rasga Baleia"na rádio 89,9 antiga Fm Capital,hoje Liderança Fm.Nesse tempo eu achava que nunca iria trabalhar com AM,pois como todo jovem menos esclarecido achava que o rádio era o FM.Depois passei por algumas rádios,como:FM Costa do Sol na época do "Possidônio" onde a rádio era em baixo do palco do Palácio do Forró na Osório de Paiva,onde eu ia pra rádio todo dia a pé do Conjunto Ceará até lá,depois fui pra Tropical Fm,fazer o Programa Forrozão do Dumbo de 04:00 ás 06:00 da manhã onde caminhava tb de madrugada do Hospital do Exército na Av.Des.moreira onde descia do ônibus até o Canal 08, onde ficava a rádio,onde num certo dia caminhando debaixo de chuva eu perguntava a mim mesmo se era preciso realmente passar por isso pra poder ser alguém e realizar o meu sonho de ser radialista.Depois fui convidado pelo nosso atual coordenador "George Castro" a trabalhar na Verdinha e depois fui convidado para gravar os Offs da TV DIÁRIO de 2006 a 2008.Hoje sou muito feliz em trabalhar na Verdinha junto com os meus maiores ídolos do rádio " Paulo Oliveira,João Inácio Jr,Silvino Neves,Gomes Farias,Sérgio Pinheiro,Bosco Farias,Belmino e ......." as vezes nem acredito que sou que estou vivendo esse momento ao lado dessas feras e uma dia quero trabalhar ao lado de "Nonato Albuquerque"tb um dos meus ídolos do rádio cearense.

Bem!fui apenas agradecer a postagem que vcs fizeram a minha pessoa,mais acabei contando um pouco da minha história.Desculpe-me gente.

Um grande abraço.
Elvis Marlon (Dumbo)- Rádio Verdes Mares

9 de Novembro de 2009 20:42

REUNIÃO DE RADIODIFUSORES PARA DISCUTIR NOVAS TECNOLOGIAS NO RÁDIO

UM POUCO DE HISTÓRIA

O PARCEIRO DE ROQUETE PINTO

OHOMEM que ciceroneou Einstein e foi um dos primeiros
a comprovar, no Brasil, a veracidade de sua teoria da
relatividade, foi um dos maiores cientistas de seu tempo,
representou o Brasil em inúmeros congressos científicos, destacou-
se em diversoa campos do conhecimento, notadamente na Astronomia,
Física e Meteorologia.
Nascido na França, em 1860, veio para o Brasil em 1875 e
naturalizou-se brasileiro, em 1884, já formado em engenheiro
industrial. Ingressou no Observatório Imperial como “aluno
astônomo” e foi nomeado 3º astrônomo, em 1885. Em 1896, foi
tornou-se professor da Escola Politécnica e, dois anos depois,
doutorou-se em Engenharia Civil e em Ciência Físicas e
Matemáticas. Foi o pioneiro da aplicação medicinal dos raios-X,
no Brasil. Também realizou pesquisas no campo da sismologia e
inaugurou o estudo das variações elétricas da atmosfera do Rio de
Janeiro. Como meteorologista, foi responsável pelo projeto e
organização da primeira rede de estações meteorológicas no Brasil (1910), que deu
origem ao Departamento Nacional de Meteorologia. Foi também o grande
introdutor da física experimental no Brasil, além de experimentos com a
Musicólogo, pesquisador, colecionador e
radialista, ele foi um de nossos maiores
produtores culturais. Como produtor de
discos, passou por quase todas as
gravadoras, sendo responsável por preciosidades
como “Meio Século de Carnaval
Carioca”, “Cem anos de Carnaval”,
e a edição das obras completas de
Beethoven e Mozart, em caixas de 50 e 60
discos, respectivamente. Foi, ainda, um
dos principais idealizadores do Museu
da Imagem e do Som, tendo contribuído
bastante para sua existência. No rádio,
foi, por muitos anos, produtor da Rádio
MEC e diretor de programação da Rádio
JB e da GLOBO. Por causa de seu
carregado sotaque italiano, não botava a
boca no microfone, mas se ocupava de
todos os outros detalhes da produção,
inclusive a redação, que era muito
esperta, como o prova o texto ao lado,
escrito para o 2º número do Amigo
Ouvinte , em 1993.
NO AR... Assim começava o script do
meu primeiro programa e algumas
centenas que vieram depois, em 40 anos
de colaboração com a Rádio MEC. Era a
época de ouro da emissora, quando a
gente brigava por uns pontinhos no
IBOPE. Não conseguíamos o ibopão da
Rádio Nacional ou da Tupy – o Maracanã
dos auditórios – mas era o suficiente para
não cairmos no caldeirão das “outras”.
Nesses anos, houve todo tipo de
mudanças: a gangorra dos diretores,
alguns ótimos, outros menos, mas quem
segurava o barco era René Cave, então
“chefe de broadcasting”. Ele dava vida e
movimentação à emissora, deixando, ao
mesmo tempo, liberdade total de ação aos
produtores.
Nessa época, os anos 50 e 60, a Rádio
MEC tinha um serviço de externas tão
eficiente quanto as demais emissoras. As
temporadas líricas do Teatro Municipal
eram o ponto alto das externas. Uma temporada
podia incluir até quarenta óperas –
uma parte delas só com artistas internacionais
e os melhores da nossa safra. Até
as duas grandes adversárias, Maria Callas
e Renata Tebaldi, apresentavam-se na
mesma temporada. Nos intervalos, os
artistas eram entrevistados por gente
competente – em geral era Paulo Santos
quem se encarregava disso.
Fora das temporadas, a Rádio levava ao
ar, aos domingos, uma ópera completa,
em discos, programa pilotado por Galvão
Peixoto, um médico de cultura incomum.
Lembrar, nesta nota, tantos companheiros
e amigos, daria para preencher uma
lista telefônica; mas alguns deles representam
todos os demais: Tude, René, Alfredo
Souto de Almeida – que agüentou
minha indisciplina de estreante – Zito Baptista
Filho, Edna Savaget, Heitor Salles,
Ayres de Andrade, Wilma Luchesi, e
“tutti quanti”.
Em Janeiro de 1991, saí do ar.
Duas perdas
transmissão e recepção de telegrafia sem fio. Sucessor de Luis
Cruls na direção do Observatório Nacional, em 1909, presidiu-o
até 1929. Foi Morize quem promoveu a instalação do Observatório
em São Cristóvão.
Foi também um dos fundadores da Sociedade Brasileira de
Ciência, que presidiu até o ano de 1926, quando recebeu o título de
presidente honorário.
Em 1923, Roquette-Pinto, um de seus mais notáveis discípulos,
procurou-o, em seu gabinete no Observatório, para que assumisse
a liderança de um grande movimento civilizador, que seria a
“radiotelefonia educativa”. Morize concordou e, juntos, os dois
pioneiros conseguiram revogar as velhas leis que proibiam a
prática da radiotelegrafia no Brasil. Estava aberto o caminho para
a fundação, em 20 de abril de 1923, da primeira estação
radiofônica brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, da
qual Henrique Morize foi diretor até 1929.
Faleceu em 19 de março de 1930. Em seu pronunciamento fúnebre, Roquette-
Pinto afirmou que “o povo humilde de minha terra não esquecerá jamais o que ele
foi pela sua educação”.
Jornalista, crítico, musicólogo e um dos
mais importantes pesquisadores e
historiadores da música, Ary começou a
escrever no jornal “O Globo”, em 1943,
na seção Um pouco de jazz, em colaboração
com Sílvio Túlio Cardoso. Nas
rádios Tupi e Tamoio, ele redigiu o
programa Swing Cocktail. Foi cronista de
jazz da revista A Cigarra e, nos três anos
seguintes, escreveu críticas de rádio na
revista O Cruzeiro. De 1957 a 1963, foi
crítico de música popular no O Jornal,
função que também exerceu no Jornal do
Commércio (1961-67), O Globo(1967-
70), Querida (1969-71), O Cruzeiro
(1972) e Grande Hotel (1975).
Em meados da década de 1960, devido
à sua atuação como crítico musical em
diversas publicações de prestígio, passou
a realizar conferências sobre música
popular brasileira e foi um dos principais
organizadores do Clube de Jazz e Bossa
Nova. Foi integrante do júri de muitos
dos festivais da canção que aconteceram
na década de 60, tendo participado da
organização do Festival Internacional da
Canção - FIC. Na rádio MEC produziu
programas sobre a história da MPB. Foi
também produtor de discos para a
gravadora Odeon e para o Museu da
Imagem e do Som – MIS. Para este órgão,
do qual chegou a ser funcionário entre
1965 e 70, produziu elepês de Carmem
Miranda, Noel Rosa e Ataulfo Alves.
Ainda no MIS, foi quem sugeriu ao
primeiro diretor da instituição Ricardo
Cravo Albin, a fundação do Conselho
Superior de MPB, com 40 cadeiras, cujos
nomes foram escolhidos por ele, Almirante
e o próprio R. C. Albin. O Conselho –
base dos outros que logo depois foram
criados para outras áreas – teve a seu
cargo apontar e votar os melhores do ano,
aos quais eram conferidos os prêmios
Golfinho de Ouro e Estácio de Sá.
É autor de importantes livros como:
Panorama da música popular brasileira;
Raízes da música popular brasileira;
Panorama da música brasileira na Belleépoque;
Carinhoso etc.- História e
inventário do choro; A nova música da
República Velha. Em 1982, o Conselho de
Educação e Cultura do Estado do Rio de
Janeiro escolheu seu nome para o prêmio
Estácio de Sá. Em 1994, recebeu da
União Brasileira de Escritores o título de
personalidade do ano. A partir de 1998,
foi um dos diretores culturais da Associação
Brasileira de Imprensa (ABI). Era
também colecionador de livros e leitor
inveterado.
Para a Rádio MEC, produziu programas
sobre história da música, na década
de 60, além da inestimável e gratuita
contribuição que sempre deu, como
consultor, aos inúmeros produtores da
Casa. A SOARMEC também muito lhe
deve. Além de sócio fundador, Ary
Vasconcelos foi, também, diretorpresidente
e, por duas vezes, vicepresidente
de nossa Sociedade. Uma vida
dedicada à cultura.