quarta-feira, 6 de junho de 2012

MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES DIVULGA SANÇÕES APLICADAS A EMISSORAS DE RÁDIO E TV


Publicada lista de sanções aplicadas a emissoras de rádio e TV

 
Valor total das multas aplicadas de janeiro a maio é de R$ 197 mil
Brasília, 05/06/2012 – O Ministério das Comunicações publicou, em iniciativa inédita, a lista de todas as sanções aplicadas a emissoras de radiodifusão desde o início do ano. Nos primeiros cinco meses de 2012, o MiniCom aplicou 52 sanções, sendo 42 multas e 10 suspensões. O valor total das multas é de R$ 197 mil.
Esta é a primeira vez em que essas informações são reunidas num só arquivo e publicadas na internet. A divulgação, agora, será periódica. De acordo com o diretor do departamento de Acompanhamento e Avaliação de Serviços de Comunicação Eletrônica do MiniCom, Octavio Pieranti, a iniciativa segue a tendência da Lei de Acesso à Informação - que entrou em vigor no dia 16 de maio - de dar mais transparência aos atos do governo.
“As portarias com essas sanções já foram publicadas no Diário Oficial da União ao longo dos últimos meses, mas agora estamos divulgando um quadro resumo com todas elas. O objetivo é deixar mais claro para o cidadão, e de forma mais resumida, qual foi o trabalho na Secretaria de Comunicação Eletrônica”, explica Pieranti.
A lista publicada pelo MiniCom divide as sanções de acordo com o serviço de radiodifusão, informando o valor da multa aplicada em cada caso. De janeiro a maio deste ano, a maioria das sanções foi para rádios FM. Em seguida, vieram as rádios comunitárias e rádios OM. Segundo Octavio Pieranti, as infrações mais comuns foram deixar de veicular a Voz do Brasil e não comunicar ao ministério eventuais mudanças no quadro diretivo das empresas. No caso das emissoras comunitárias e educativas, uma das ações mais notificadas foi a veiculação de publicidade comercial.
Pieranti ressalta que a lista divulgada pela SCE inclui apenas as sanções ligadas a conteúdo ou questões jurídicas, que são as aplicadas pelo MiniCom. As sanções técnicas ou por operação clandestina não entram na relação, por serem de responsabilidade da Anatel.
“Queremos deixar claro para a sociedade que o Ministério das Comunicações está olhando para todos os serviços, independentemente de serem comerciais, educativos ou comunitários”, ressalta Octavio Pieranti.
As emissoras que cometeram infrações já foram notificadas pelo ministério. O valor arrecado irá para o Tesouro Nacional. 

leia este texto sobre Marketing.


O marketing no rádio e na TV

4/06/12
O mundo está mudando rapidamente e isso, em grande parte, se deve ao incessante aumento da oferta e do consumo de informação e entretenimento. É certo que a Internet é uma das protagonistas deste processo, mas grande parte do que ela promove vem das mídias tradicionais, a começar pelo rádio e pela TV aberta, que, juntas, compõe o setor de radiodifusão. O Brasil se destaca neste campo, pois perde apenas para os EUA em número de emissoras comerciais de rádio (são mais de 4 mil) e sua TV aberta alcança índices de audiência muito superiores aos da média mundial.
A permanência dessa hegemonia passa por uma adaptação aos novos tempos, considerando não apenas a expansão das outras mídias como também de novas formas de gestão. Profissionalização tornou-se uma palavra de ordem e o marketing virou a mola mestra deste processo, afinal, com ele, estimula-se a visão integrada de todas as partes do negócio – da produção à distribuição, passando pelo atendimento ao mercado anunciante – e, principalmente, gera-se um maior comprometimento com as demandas da audiência, em detrimento dos gostos pessoais de donos, gestores e até talentos da emissora.
O mais interessante disso tudo é que as práticas do marketing ganharam espaço nos quatro principais tipos de empresas de radiodifusão: (1) as pequenas e familiares, que foram obrigadas a mudar até para facilitar o processo de sucessão na gestão; (2) as grande corporações, que, em geral, tem origem familiar, mas há muito tempo possuem profissionais do mercado em postos-chave; (3) as religiosas, que empregam técnicas cada vez mais sofisticadas para arrebanhar fiéis e até conquistar anunciantes; (4) as estatais e públicas, que ainda são quase sinônimas no Brasil e foram obrigadas a criar novas fontes de receita para compensar os constantes cortes de verba por parte do governo.
As palestras que ministro pelo Brasil mostram-me que é cada vez maior o desejo dos radiodifusores de usar melhor as pesquisas, conhecer ferramentas que auxiliem a tomada de decisão e compreender as transformações pelas quais o mundo está passando. Com as tecnologias disponíveis, não existem mais fronteiras para o desenvolvimento de qualquer emissora, por menor que ela seja: basta que haja interesse dos seus proprietários e dos seus profissionais em conhecer o que de melhor se faz e o que ainda há por fazer. Só assim poderemos garantir um futuro sólido para a comunicação e um conteúdo com cada vez mais qualidade para o público.
Este artigo de Fernando Morgado foi publicado na edição nº 471 (abril/2012) da revista Marketing.