sábado, 8 de agosto de 2009

UMA BOA COBERTURA NO ESPORTE


A Rádio AM DO POVO/ CBN vem realizando uma boa cobertura do futebol na série B do Campeonato Brasileiro. Mesmo sendo repórter do Fortaleza MIGUEL JÚNIOR consegue passar o que acontece no jogo de forma imparcial sem deixar transparecer paixão clubística numa ação profissonal que merece nosso aplauso. Parabéns ao repórter MIGUEL JÚNIOR.

VEJA QUE TEXTO MARAVILHOSO...


Pelada de Subúrbio
Armando Nogueira

Nova Iguaçu, quatro horas da tarde, sábado de sol. Dois times suam a alma numa pelada barulhenta; o campo em que correm os dois times abre-se como um clarão de barro vermelho cercado por uma ponte velha, um matagal e uma chácara silenciosa, de muros altos.A bola, das brancas, é nova e rola como um presente a encher o grande vazio de vidas tão humildes que, formalmente divididas, na verdade, juntam-se para conquistar a liberdade na abstração de uma vitória.Um chute errado manda a bola, pelos ares, lá nos limites da chácara, de onde é devolvida, sem demora, por um arremesso misterioso. Alguns minutos mais tarde, outra vez a bola foi cair nos terrenos da chácara, de onde voltou lançada com as duas mãos por um velhinho com jeito de caseiro.Na terceira, a bola ficou por lá; ou melhor, veio mas, cinco minutos depois, embaixo do braço de um homem gordo, cabeludo, vestido numa calça de pijama e nu da cintura para cima. Era o dono da chácara.A rapaziada, meio assustada, ficou na defensiva, olhando: ele entrou, foi andando para o centro do campo, pôs a bola no chão e, quando os dois times ameaçavam agradecer, com palmas e risos, o gesto do vizinho generoso, o homem tirou da cintura um revólver e disparou seis tiros na bola.No campo, invadido pela sombra da morte, só ficou a bola, murcha.


Armando Nogueira é um estilista, na medida em que escreve sobre futebol a partir de uma consciência artesanal que envolve suas crônicas de um grau de literaridade tal, que elas, hoje, constituem páginas realmente literárias com toda a força imagística, poética, carga épica e dramática, que costumam envolver tais criações. Tem dois livros lançados, "Bola na rede", e "A chama que não se apaga", sobre as cinco olimpíadas que cobriu como jornalista. Hoje colabora com diversos jornais, que publicam

O RÁDIO MERECE E SEMPRE MERECEU RESPEITO...


Continuamos verificando que os programadores de rádio e seus supostos proprietários não ouvem rádio. As baixarias continuam e são presentes no cotidiano do rádio. Por que nada é feito? Por que os ouvintes aceitam este tipo de coisa? Onde estão Ministério Público, ANATEL, Ministério das Comunicações e As Comissões Legislativas dos direitos humanos que continuam passivas perante o espetáculo de verborragia e desrespeito. Gente Rádio é Cidadania, onde está ela que não vemos no rádio. Cadê o respeito?