domingo, 26 de setembro de 2010

LEIA - PUBLICADO NO SITE CAROS OUVINTES

Como criar muitos, bons e fiéis ouvintes

23/09/10
Semana da Radiodifusão | 88 anos de rádio no Brasil
É o que todos nós gostaríamos de fazer, sem dúvida. Mas, como criar muitos, bons e fiéis ouvintes de rádio? A pergunta é pertinente, ainda mais quando estamos em plena Semana da Radiodifusão crida em homenagem a data de nascimento de Edgard Roquette-Pinto, considerado o “Pai do Rádio”. A homenagem é justa, o homenageado, de fato foi quem concebeu, constituiu, produziu e operou a primeira emissora brasileira com uma grade de programação.
Por essas e outras razões o dia 25 de setembro é de dedicado ao rádio no Brasil. Há, porém, autores que defendem a data como sendo o Dia Mundial da Radiodifusão. Melhor para nós e para todos que contribuíram e continuam contribuindo para que esse meio de comunicação continue sendo um dos mais importantes elos de relacionamento que o homem já viu e ouviu.
Então, por que tantos em tanto tempo têm se colocado contra a existência desse recurso tecnológico? Será porque em sua história se encontrem referências ao seu uso como instrumento de ação militar nas maiores conflagrações já vistas pelo homem como a Primeira e a Segunda Guerras mundiais? Mas, o uso do rádio não está também entre os principais instrumentos de apoio aos anseios da sociedade em momentos de dificuldade intensa como na Revolução Constitucionalista de 1932 ou como na resistência ao golpe militar de 31 de março de 1964, por exemplo?

E no nosso caso, aqui em Santa Catarina. De que você se lembra quando se fala na enchente catastrófica de Tubarão ocorrida em 1974? Ou as tragédias repetidas das enchentes no Vale do Itajaí? Ou do apagão em Florianópolis? Qual foi o meio de comunicação mais usado, qual foi o mais rápido, mais ágil – e, portanto, mais útil – qual o que esteve presente em maior número de locais em que o acesso era extremamente difícil?
Creio ser tempo jogado fora insistir na inútil e interminável questão sobre a importância do rádio em relação a outros meios de comunicação. O rádio faz coisas que nenhum dos demais meios tem condição de fazer com a mesma competência; como os demais meios fazem coisas que o rádio não tem condições de fazer. E ponto final.
Entendo que a questão esteja no foco, na sintonia. Na sintonia que deve haver entre os interesses de cada segmento envolvido. Explico: é principio universal que uma relação só se torna duradoura se houver satisfação recíproca dos envolvidos.

Quer muitos ouvintes, bons ouvintes, fiéis ouvintes? Faça para eles o que você gostaria que eles fizessem para você. Reconheça em primeiro lugar que sem ouvinte, a sua rádio não vale nada, o seu comercial não vende, a sua imagem de empreendedor, profissional e até pessoal vai para o espaço.

Felizmente em Santa Catarina temos bons índices de uso das concessões dos canais de rádio e televisão. Mas, infelizmente ainda há uma parcela considerável de equívocos que desmerecem o bom trabalho da maioria. Ainda se verifica a prática de desrespeito às normas que definem os padrões mínimos de qualidade e diversidade dos conteúdos transmitidos; ainda há concessionário fazendo sublocação (arrendamento ou aluguel) da emissora ou mesmo de partes do horário de transmissão para pessoas ou organizações sem a necessária qualificação.
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