terça-feira, 31 de agosto de 2010

uma luta que não cessa

RÁDIOS COMUNITÁRIAS
População reage ao fechamento da emissora
Por Ubirajara de Oliveira Santana em 31/8/2010
Um movimento popular, liderado por habituais ouvintes, vem colhendo assinaturas para reverter a suspensão da programação da 95FM. Até o momento, cerca de três mil nome nomes fazem parte da lista a ser entregue as autoridades. Desde o dia 5 de agosto que a 95FM foi obrigada a suspender sua programação da Frequência Modulada por determinação da Anatel, mesmo veiculando campanhas e informes publicitários do governo.
Cosme Moreno e Roberto Louza, moradores de Nilópolis e ouvintes diário da emissora, assim que souberam do acontecido mobilizaram outros moradores e iniciaram o movimento: "A 95FM informava, animava e amplificava a nossa voz. Diferente das emissoras comerciais, aqui, nós moradores participávamos da programação", diz Cosme. A ideia é colher 10 mil assinaturas que devem ser entregues ao prefeito de Nilópolis, Sergio Sessim.
Formação de comunicadores popularesA rádio 95FM é parte da ONG SOS Reviver, entidade filantrópica com sede em Nilópolis, com trabalho voltado para as famílias e para o combate as drogas. Por cerca de 14 anos, a emissora fez parte da vida da Baixada Fluminense, com incentivo à arte, livre informação, debates e participação popular. A emissora, dirigida pelo reverendo Pedro Paulo Pereira, também investia na formação de novos comunicadores populares, tendo tal trabalho reconhecido pelas principais agências de premiação, entre elas a Top Of Mine.
Mesmo com o pedido de funcionamento junto ao Ministério das Comunicações e parceria do governo em campanhas e informes, foi fechada por fiscais da Anatel e agentes da Polícia Federal. Mais informações sobre o movimento no e-mail sextatotal@gmail.com ou no telefone 0xx21 96406520, falar com o Cosme Moreno.

sábado, 28 de agosto de 2010

leia e comente

Opinião


Opinião

EDITORIAL

Horário Flexível

28/8/2010
Com o objetivo de fazer propaganda radiofônica das realizações do governo federal, o presidente Getúlio Vargas criou, em 1935, o Programa Nacional, rebatizado como "A hora do Brasil" na ditadura do Estado Novo. Referido programa tornou-se de transmissão obrigatória pelas emissoras de rádio em todo o País, sempre às 19 horas, e tendo então como abertura a protofonia da ópera "O Guarani", de Carlos Gomes. Durante a vigência do regime militar, entre 1964 e 1985, o noticioso oficial passou a denominar-se "A Voz do Brasil".

Atualmente, a obrigatoriedade de retransmissão do boletim de notícias do governo assume um caráter inelutavelmente anacrônico, que existe apenas em países de regimes totalitários, com o agravante de acarretar prejuízo comercial para as empresas de rádio, segundo parecer da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Pesquisas atestam que a audiência despenca no horário da retransmissão, que igualmente impede o acesso a informações de urgência em áreas onde inexistem outros veículos de comunicação, tais como a televisão e a Internet.

Após a obtenção de liminares na Justiça, algumas emissoras lograram conseguir alterar o horário de veiculação do programa ou, até mesmo, livrar-se da obrigação de retransmiti-lo. Na maioria dos casos, entretanto, a União Federal recorreu às instâncias superiores para fazer valer sua determinação, remanescente de épocas em que o autoritarismo prevalecia sobre os ditames democráticos.

Vários projetos em curso objetivam estabelecer mudanças em relação ao polêmico programa "A Voz do Brasil". Alguns deles tencionam conceder às emissoras de rádio, pelo menos, a possibilidade de adequar o noticiário às conveniências de suas programações, o que poderia ocorrer no período entre 19 horas e meia-noite. A ocupação do horário nobre impossibilita a transmissão de jogos esportivos, notícias de última hora e eventos locais de interesse dos ouvintes. A lei vigente sobre a matéria é tão ultrapassada e inconveniente que chega ao ponto de proibir a suspensão ou adiamento do programa oficial em casos de calamidade pública ou na ocorrência de fatos de relevante interesse social.

Sensível aos argumentos apresentados pelos representantes do setor, o governo federal já se convenceu da necessidade das mudanças pleiteadas, com o objetivo de permitir maior flexibilização quanto ao horário de transmissão do programa, encaixando-o de acordo com as particularidades de cada região e dos eventos locais. O assunto chegou ao consenso com a aprovação do respectivo projeto na Câmara dos Deputados. Tendo sido enviada para a apreciação do Senado Federal, a matéria recebeu um substitutivo dentro da mesma finalidade de adaptar melhor operacionalmente o programa.

De início apenas dedicado a divulgar notícias do Poder Executivo, o horário está repartido com informações procedentes dos Poderes Legislativo e Judiciário. Torna-se, portanto, bastante oportuna a mobilização do setor para sensibilizar o Congresso Nacional e a Presidência da República acerca da importância da flexibilização da "A Voz do Brasil", de forma a contribuir para a modernização de uma anacrônica maneira de veicular um programa oficial de governo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

LEIA ESTA INFORMAÇÃO SOBRE RÁDIOS COMUNITÁRIAS

RADIO COMUNITÁRIA

próxima vítima ?

Depois de derrubarem Renê Simões, Estevam Soares, Silas, Zetti, Dorival Júnior e outros que para nossa imprensa não são bons treinadores agora a sanha da nossa imprensa se volta para Mario Sérgio talvez por que ele não dê entrevistas e não seja paparicador de repórter. Será ele a próxima vítma ?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

EXERCENDO O OUVINDO CRÍTICO

MÍDIA RADIOFÔNICA
Exercendo o ouvido crítico
Por Francisco Djacyr Silva de Souza em 17/8/2010
O poder da crítica é essencial no mundo das comunicações, pois somente cidadãos críticos e conscientes têm nas mãos a poderosa força de analisar o que se passa nos meios de comunicação e podem questionar os meios de comunicação para exigir qualidade nos programas, na emissão e no relacionamento com os usuários. No rádio, o ouvido crítico é essencial, pois o ouvinte deve ser extremamente exigente com os programas, verificando sua interatividade, o nível de respeitabilidade e a forma como os cidadãos têm sido tratados nos programas e na programação em geral.
Exercendo o caráter de criticidade, o ouvinte pode discutir o melhor programa e garantir que estes programas continuem fazendo parte das programações para o bem do rádio e das comunicações em geral. Temos programas que hoje castram o direito de participação do ouvinte ou limitam suas falas num atentado forte ao processo de interatividade e de melhoria da comunicação crítica e questionadora. Há programas de rádio que agridem os ouvintes com palavrões, brincadeiras de mau gosto e jocosidades que não levam a nada. Por que não questionar estes programas? Por que não se abrem canais para que o ouvinte possa dizer o que pensa do rádio? Por que não se cria a figura do ouvidor das emissoras para que o ouvinte possa externar sua opinião sobre programas e condução da rádio e maneira geral?
A rádio precisa de organização dos ouvintes em busca de sua melhora e de sua mudança como um todo, pois hoje este meio tem problemas sérios que acabam promovendo ruídos na comunicação e destruindo firmemente o caráter de interatividade que sempre este meio vai necessitar para o bem da comunicação e para valorização da informação verdadeira, crítica e voltada para os interesses das comunidades.
A criticidade é um dos valores que devem ser cultuados nos usuários da comunicação radiofônica, pois o rádio é um meio de comunicação dos mais antigos e que continua a fazer parte da vida de milhões de pessoas. Tem provado que, com sua versatilidade e facilidade de comunicação, é o meio mais adequado para dar aos usuários notícias de qualidade, imediatismo, verdade e comunicação em tempo real.
Ouvidos críticos e conscientesO rádio precisa urgentemente de pessoas que se organizem em busca de uma comunicação sadia, segura e voltada para os interesses do povo no sentido de poder questionar o que se passa neste meio e para dar o entendimento dos problemas da sociedade sem intromissões religiosas ou políticas que hoje povoam este meio de comunicação. A organização dos ouvintes para evitar a submissão do rádio a interesses políticos e religiosos é vital neste momento, pois o rádio vem sendo vítima de monopolizações que atentam claramente contra a pluralidade cultural de nosso povo.
O exercício do ouvido crítico para questionar os problemas do rádio é vital para uma comunicação sadia e verdadeira, que terá de mudar a partir dos questionamentos dos usuários da comunicação, o que será de bom alvitre para o rádio e para as comunicações de maneira geral. A rádio precisa de pessoas conscientes que pressionem as direções de rádio a abrir espaços para o questionamento da programação e da luta pela qualidade do meio, tanto técnica como em termos de mensagem. O rádio tem importância vital para uma comunicação salutar. Então, por que não mudar o perfil do ouvinte de rádio, que às vezes aceita passivamente ser chamado de "mala" ou permite que os radialistas profiram palavrões e até pede para que eles façam isso?
O rádio precisa que os ouvintes se eduquem para ouvir rádio e possam mudar sua visão de mundo acerca da sociedade e, a partir daí, promovam a necessidade de uma comunicação diferente para o bem de todos e para a melhoria das comunicações de maneira geral. Somente ouvidos críticos e conscientes poderão mudar o rádio e dar-lhe perspectivas de melhora, sem agressões, sem pornofonia e sem utilização política e religiosa, que são condições vitais para uma comunicação melhor e salutar para o bem de todos.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

FECHARAM MAIS UMA COMUNITÁRIA

RÁDIOS COMUNITÁRIAS
Anatel fecha mais uma comunitária
Por Ubirajara de Oliveira Santana em 17/8/2010
Fecharam a 95FM. Isso mesmo, fim de um projeto sério e fiel ao ouvinte. Aconteceu na tarde de uma quinta-feira, dia 5 de agosto. De repente, um grupo com três homens, dois fiscais da Anatel e um agente da Polícia Federal, entrou na sede da emissora, localizada em Nilópolis (RJ) e "decretou" o fim. Confiscaram os equipamentos e deram voz de prisão ao diretor da ONG SOS Reviver, Pedro Paulo Pereira.
14 anos de existência e serviços prestados à região da Baixada Fluminense. 14 anos em que a população ouviu sua voz em FM. Vidas, não números em pesquisas, que participaram do processo social através dos debates, programas informativos e entrevistas com autoridades. 14 anos de serviço e amor que foram resumidos a uma frase dita pelo agente da PF, Cláudio: "Este é o Sistema!"
Assim é o Sistema, que alimenta o coronelismo informativo e mantém o poder com um pequeno grupo que escolhe o que pode ser visto, ouvido e vivido no Brasil. Sistema que também ignorou o pedido de legalização, que ficou parado numa mesa no Ministério das Comunicações, ainda que recebendo e veiculando informes do governo federal.
Se você não conheceu a 95FM, antiga Rádio Certa, talvez seja difícil entender o momento, mas para quem conheceu sabe que ficou uma lacuna no dia-a-dia. A emissora foi pauta de reportagens e temas, principalmente pelo trabalho jornalístico e social que realizava junto à população.
Quanto a nós, Pedro Paulo, Tarcísio, Alex, Grazy, Ubirajara e Márcio... Vamos seguir em frente com a certeza de que um dia o Sistema vai mudar.



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

homenagem à Universitária FM

Artigo

Rádio Universitária ontem e hoje

13/08/2010 02:00
Confesso-lhes a emoção ao depor em vídeo, na Rádio Universitária, sobre seus primeiros momentos, quando, assessor de planejamento do reitor Paulo Elpídio, dávamos corpo aos anseios “de canais mais amplos na comunicação entre o mundo acadêmico e o povo”, expresso em seminário geral. Nascia aí a rádio, com estímulo do Ministro Eduardo Portella e da Rádio Jornal do Brasil.

Legava-nos sinal fraco o Dentel. Acalmava-nos, ao trio conceptor da emissora, já no ar, em caráter experimental, Rodger Rogério: “Esquenta não” convidando-nos, a Clóvis Catunda e a mim, para um filme científico.

Era a história de ponte que se derrubara com o simples soprar de uma brisa, na mesma frequência. Nos estúdios da emissora em experiência, adentra o professor Liberal de Castro, a expressar revolta contra as críticas à Universidade Federal do Ceará (UFC).

É que os intelectuais, em pesquisa recém feita, queriam um busto ao boticário Ferreira, mas o povão queria uma fonte. “Eureka, acordei. A água pode ser essa brisa”. E, de Alencar, ocorria-me: “Iracema saiu do banho,

o aljôfar da água ainda a roreja como a doce mangaba que corou em manhã de chuva”.


Na Rádio, em experimentação, a água passamos a jogá-la em borborinhos a se confundir por meio poemas, letras de música, em tudo. Ao final, o bordão: “Rádio Universitária,

valorizando e repensando o Nordeste”. Guilherme Neto nos traz papo com Edson Queiroz, que descobria ter a água mais valor que o gás...


Hoje, “grafifeiro” da Rádio Universitária, na expressão de Paulo Elpídio, sinto o desejo de todos os cearenses no sentido de que a UFC estenda-se para além do Polo Cultural do Benfica, em todo o Ceará, levando mais longe o ensino, a pesquisa e a extensão. A educação, estendendo-se como aljôfar da
água a rorejar-nos...


Marcondes Rosa de Sousa - Professor da UFC e da Uece
marcondesrosa@terra.com.br
JORNAL O POVO 

Adoniram Barbosa

ADONIRAM BARBOSA

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

terça-feira, 10 de agosto de 2010

LEIA E DIVULGUE POR FAVOR

Radiodifusão no Brasil: emissoras desativadas indevidamente

31/07/10
Domingos Alfredo Loss
No levantamento que venho realizando desde a década de 1960, cada vez mais se acentuam as irregularidades no que se refere ao funcionamento das emissoras de ondas curtas. É lamentável que isso aconteça, não só pela irresponsabilidade e desleixo dos concessionários dos canais de rádio, mas principalmente pela inoperância recorrente dos órgãos de fiscalização pagos com as contribuições da população que é lesada duas vezes: quando paga um imposto injusto e quando não recebe os benefícios dos serviços que pagaram.
Embora possa parecer desinteressante para uma boa parcela dos leitores, resolvi apresentar uma lista de emissoras com licença para operar em ondas curtas, destacando aquelas que no período do levantamento por mim realizado, estavam desativadas. Observe que a maioria dessas emissoras foram concedidas a governos estaduais.
Amazonas:
Rádio Rio Mar de Manaus. Arquidiocese – Faixas de 31 e 49 metros.
Maranhão:
Rádio Timbira. Governo do Maranhão. Faixa de 19 metros – Desativada.
Bahia:
Rádio Educadora. Governo da Bahia. Faixas de 31 e 49 metros – Desativadas.
Minas Gerais:
Rádio Inconfidência Mineira. Governo de Minas – Faixas de 49 e 19 metros – Desativada.
Rádio Itatiaia de Belo Horizonte – Faixa de 49 metros e Rádio Guarani de Belo Horizonte – Faixa de 49 metros.
Rio de Janeiro:
Rádio Globo Rio (alugou para a Rádio Novo Milênio as faixas de 25 e 49 metros. Rádio Metropolitana – Faixa de 49 metros – Desativada.
São Paulo:
Rádio Globo São Paulo (alugou para a Rádio Novo Milênio as faixas de 31 e 49 metros). Rádio Record de São Paulo – Faixas de 49, 31, 25 e 19 metros –Desativadas. Rádio Cultura de São Paulo – Faixas de 49, 31 e 16 metros – Desativadas.
Rádio Bandeirantes de São Paulo – Faixas de 49, 31 e 25 metros.
Rádio Nove de Julho de São Paulo – Faixa de 31 metros. Rádio Gazeta de São Paulo – Faixas de 49, 31 e 19 metros – Desativadas.
Aparecida: Rádio Aparecida – Faixas de 49, 31 e 25 metros.
Cachoeira Paulista: Faixas de 49 e 31 metros. Desativada.
Ribeirão Preto: Rádio Clube – Faixa de 19 metros. Desativada.
Paraná:
Rádio Clube Paranaense de Curitiba – Faixas de 49, 31, 25 metros. Desativadas.
Rádio Novas de Paz de Curitiba – Faixas de 49, 31, 25 metros.
Rádio Deus é Amor – Faixas de 49, 31 e 25 metros.
Foz do Iguaçu: Rádio Cultura – Faixa de 49 metros.
Londrina: Canal reservado em Ondas Curtas de 31 metros, 9695 kHz.
Santa Catarina:
Rádio Guarujá de Florianópolis – Faixa de 49 metros.
Balneário Camboriu: Rádio Marumbi – Faixas de 49, 31, 25 metros.
Rio Grande do Sul:
Rádio Sociedade Gaúcha de Porto Alegre – Faixas de 49 e 25 metros.
Rádio Guaíba de Porto Alegre – Faixas de 49 e 25 metros.
Rádio LBV de Porto Alegre – Faixas de 49, 31, 25 metros.
Santa Maria: Rádio RTM – Faixas de 49, 31, 25 metros.
Goiás: Rádio Brasil Central de Goiânia – Governo do Estado – Faixa de 25 metros.
Rádio Anhanguera de Goiânia – Faixa de 49 e 25 metros.
Na próxima semana a relação será completada destacando-se as demais emissoras irregularmente desativas e as que tiveram suas concessões canceladas.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

o resgate do rádio para ouvintes e mercado

German Hartenstein*
“Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo”. A frase do narrador Fiori Gigliotti, anunciando o início de mais uma partida de futebol, está gravada na memória de muitos ouvintes  de rádio. Por décadas, a narração dos jogos de futebol era feita exclusivamente pelas rádios. A primeira delas foi em 1931, quando ouvintes de São Paulo acompanharam a narração de Nicolau Tuma (1911-2006) na Rádio Educadora Paulista. A partir daí, o rádio foi ganhando popularidade  na medida em que teve seu alcance ampliado. Para as gerações que cresceram antes do surgimento da TV, ou mesmo no início dela, é quase impossível não se lembrar das tardes de futebol sem ter o rádio como companhia. Era nas vozes de Osmar Santos, José Silvério e Fiori Gigliotti – para citar alguns exemplos – que o som se transformava em imagens, levando para o ouvinte as informações e emoções diretamente das concentrações, dos times nos estádios, com repórteres por todos os cantos.
Naquela época – décadas de 70 e 80 -, a TV ainda não trazia detalhes das partidas, informações dos times, bastidores. Sem contar que não havia TV por assinatura, emissoras dedicadas 24 horas por dia ao esporte nem a enxurrada de transmissões de futebol nacional em TV aberta, como existe hoje. O espetacular Show do Esporte, da TV Bandeirantes, tinha Luciano do Valle guiando um supertime por todas as modalidades – boxe, sinuca, vôlei, basquete, NBA, NFL. O futebol estava ali, também, mas na hora do grande clássico da rodada, de sentir o clima nos estádios, o caminho era o rádio.Já a internet, sequer existia para o grande público. Era o rádio, logo pela manhã, à tarde ou à noite, que acompanhava o ouvinte em casa, a caminho do trabalho ou no bar, junto a amigos ou na solidão, mas muitas vezes com o radinho de pilha colado ao ouvido. Cenas que com frequência são presenciadas nos estádios de futebol até hoje. Os talentos do rádio não estão necessariamente ligados ao esporte. O leitor deve se lembrar de alguns deles, como Zé Bettio e o seu balde d’água para acordar os mais sonolentos, José Paulo de Andrade e o seu Pulo do Gato, o genial “vambora, vambora” do Jornal da Manhã da Jovem Pan, Paulo Barbosa, Ely Correa, Gil Gomes e por aí vai.
Pois bem, com o avanço das novas mídias, principalmente da internet, muitos analistas decretaram o fim do rádio. Para eles, essa mídia não teria mais valor diante da programação da TV por assinatura ou do acesso, a qualquer momento, à internet. Mas os fatos dos últimos anos mostram que esse cenário de queda, cravado como uma certeza, está longe de apagar a importância do rádio para os ouvintes e, consequentemente, para o mercado. A cobertura da Copa do Mundo na África do Sul é uma prova concreta desse panorama no qual o rádio, reinventado e presente em diferentes mídias – como internet, celulares, iPod, entre outros aparelhos de última tecnologia -, ampliou seu canal de comunicação com o ouvinte, principalmente entre os jovens. Sem contar com as rádios online que, presentes na rede há alguns anos, se reinventaram nos últimos tempos, principalmente no universo de redes sociais. Há 30 anos o rádio não promovia uma cobertura tão completa como ocorreu na África do Sul. Com mais de 30 profissionais, a Eldorado ESPN levou a maior equipe em uma Copa e comprovou que o rádio continua gozando de alta popularidade.
Os valores de faturamento corroboram com esta análise. De acordo com pesquisa do Projeto Inter-Meios, do Grupo M&M, o faturamento das rádios no Brasil com vendas de espaço publicitário foi de R$ 354 milhões entre janeiro e maio de 2009, ante R$ 420 milhões no mesmo período em 2010 – um crescimento de 18,56%. A participação do meio no bolo publicitário em abril ficou acima da internet, TV por assinatura, do cinema, da mídia exterior e do setor de guias e listas.Nos próximos grandes eventos será possível mensurar se a recuperação do rádio é estável e duradoura. Mas, ao que tudo indica, ele está bem longe do fim, e continua tão emocionante como sempre foi. O espetáculo deve continuar.
*Diretor geral da Disney & ESPN Media Networks, no Meio e Mensagem

leia esta entrevista

A ANATEL E OS INTERESSES DA SOCIEDADE

domingo, 8 de agosto de 2010

LEIA E DIVULGUE POR FAVOR

O Futuro do Rádio
(*) Por Fernando Morgado em 29/07/2010
Por muitos anos, um pequeno grupo de “futurólogos” pregava o fim de determinadas formas de comunicação, toda vez que uma novidade tecnológica surgia. Várias possíveis vítimas já foram apontadas e o rádio ­— dado o seu grande alcance e tradição — sempre foi um dos alvos preferidos dessas profecias. Esses teóricos caíram em descrédito quando se comprovou — pela experiência prática em todos os principais países do mundo, incluindo o Brasil — que a evolução na forma de transmissão e consumo de conteúdo não é sinônimo de extinção de linguagens de comunicação. Assim, o rádio deixou de ser visto como uma mídia em queda e passou a ser encarado por investidores, anunciantes, profissionais e consumidores finais como um exemplo de renovação e bom aproveitamento das muitas novidades técnicas que apareceram principalmente nas últimas três décadas. E mais: as novas tecnologias não apenas ajudaram na expansão do rádio como reforçaram vocações já possuídas por ela desde muito tempo.
O tão falado futuro do rádio, na verdade, começou com o advento do FM, que dobrou o número de emissoras até então existentes — com elevação da qualidade do som — e, com isso, aprofundou uma forte característica dessa mídia: a sua alta capacidade de segmentação. Seja a partir do foco num determinado estilo de programação ou perfil de público, o rádio consegue oferecer soluções para os anunciantes que muitas outras mídias não conseguem.
Outro passo importante foi dado com a chegada dos satélites, que permitiu a formação de redes nacionais e, com elas, a viabilização econômica de diversas emissoras de pequeno e médio porte em todo o País, dando novos contornos ao processo de integração nacional iniciado pelo rádio e posteriormente aprofundado pela televisão.      
A popularização da Internet, maior argumento empregado pelos “futurólogos” citados no começo deste texto, acabou beneficiando o rádio sob os mais diversos aspectos:
• Trouxe de volta muitos ouvintes jovens que haviam perdido o hábito de usar aparelhos de rádio;
• Ilimitou o espaço para empresas ou mesmo pessoas comuns lançarem novas estações, transformando a Internet num campo livre para o surgimento de novas músicas, locutores, programas e marcas que podem até, no futuro, ganhar espaço nos dials;
• Permitiu que os ouvintes de rádios com baixa qualidade de sinal pudessem ouvir um som mais limpo através dos seus computadores;
• Reforçou a interação que sempre existiu entre o locutor/comunicador e o seu público, que passou — através de email, de salas de bate-papo e de redes sociais — a interferir instantaneamente na programação;
• Fez estações locais do mundo todo ganharem uma audiência mundial, ampliando o potencial de internacionalização que o rádio sempre teve e que é o objeto principal da paixão de pessoas como os dexistas — aqueles que, através dos seus aparelhos receptores, procuram ouvir programações dos lugares mais distantes.
A telefonia móvel — cujas ondas prejudicam, especialmente nas grandes metrópoles, a transmissão das ondas de rádio — também acabou ajudando as rádios em FM, pois, hoje em dia, praticamente todos os celulares recebem essas estações.
A chegada do rádio digital ao Brasil poderá possibilitar novos avanços, apesar das discussões em torno da robustez do sinal e do alto preço dos receptores. O rádio, cada vez mais, será encarado como uma “central de convergência de mídias”, onde, juntamente com o áudio, o ouvinte poderá receber textos e até fotos. No novo sistema, o som das emissoras AM recebe qualidade de FM e as FMs ganham som de CD. Cada frequencia poderá ter até quatro programações simultâneas, o que aumentaria — e muito — a audiência alcançanda, a variedade de opções para o anunciante e, por conseguinte, os empregos gerados pelo setor.
Há também o rádio por assinatura via satélite, que, nos Estados Unidos, é uma realidade bem-sucedida. A Sirius, líder deste mercado, oferece mais de 130 canais de áudio digitais, com programações muito variadas, vinculadas à marcas importantes (como Disney, CNN, Fox, BBC, Playboy, Oprah e NFL) e com som impecável para os seus quase 20 milhões de assinantes.
Com toda essa evolução, vale a pena pensar: se o rádio está crescendo e se expandindo para novas plataformas, como será que as emissoras devem se posicionar enquanto marcas e negócios? A resposta está naquilo que o rádio verdadeiramente oferece e vai além de qualquer discussão relacionada com tecnologia de transmissão ou recepção de sinal — afinal, isso muda o tempo todo.
Quando realizam-se pesquisas com o objetivo de detectar aquilo que os ouvintes sentem com relação à uma emissora, uma palavra sempre se destaca: pertencimento. A sensação de que aquela programação é feita “sob medida”, reforçada com a forte interatividade promovida tanto dentro quanto fora do ar, despertam no ouvinte a ideia de que aquela emissora “é dele” e que, através dela, ele pertence a um grupo especial de pessoas. Essa identificação, mais forte no rádio que em outras mídias, é a base que constrói uma audiência fiel e confiante para consumir não apenas os conteúdos oferecidos pela emissora como também os produtos anunciados nos seus espaços comerciais, afinal, fidelidade também envolve credibilidade: algo primordial para a obtenção de resultados junto aos ouvintes.
Como se vê, mais do que vender tempo, uma rádio vende — e promove — relacionamento, seja entre pessoas, seja entre pessoas e empresas. Todos os grandes grupos de comunicação do mundo já atentaram para isso e estão trabalhando suas estações como marcas que promovem uma nova gama de relacionamentos e formas de transmissão de conteúdo que vão além, inclusive, da própria programação e se tranformam, por exemplo, em eventos, mensagens de texto para celular, colunas em jornais, portais na Internet e até programas de TV, sendo tudo sustentado por grifes multimídias que nasceram no rádio e que, de tão fortes, expandiram suas fronteiras de atuação.
As rádios — graças a toda a essa sensação de pertencimento falada anteriormente e as novas formas de distribuição que surgem a todo momento — tem atuado como líderes dessa nova forma de pensar e gerir negócios de mídia, o que reforça a sua importância para os tempos atuais e abre caminhos para um futuro baseado na convivência entre todas as linguagens de comunicação integradas a partir de marcas posicionadas em pontos estratégicos da mente e do coração dos ouvintes, leitores, internautas etc.
* Artigo extraído do site www.carosouvintes.org.br

dia dos pais

terça-feira, 3 de agosto de 2010

SEMINÁRIO LATINOAMERICANO DE RÁDIO E EDUCAÇÃO

MENSAGEM AOS JORNALISTAS

LEIA E DIVULGUE POR FAVOR

O Futuro do Rádio
 
(*) Por Fernando Morgado em 29/07/2010
 
Por muitos anos, um pequeno grupo de “futurólogos” pregava o fim de determinadas formas de comunicação, toda vez que uma novidade tecnológica surgia. Várias possíveis vítimas já foram apontadas e o rádio ­— dado o seu grande alcance e tradição — sempre foi um dos alvos preferidos dessas profecias. Esses teóricos caíram em descrédito quando se comprovou — pela experiência prática em todos os principais países do mundo, incluindo o Brasil — que a evolução na forma de transmissão e consumo de conteúdo não é sinônimo de extinção de linguagens de comunicação. Assim, o rádio deixou de ser visto como uma mídia em queda e passou a ser encarado por investidores, anunciantes, profissionais e consumidores finais como um exemplo de renovação e bom aproveitamento das muitas novidades técnicas que apareceram principalmente nas últimas três décadas. E mais: as novas tecnologias não apenas ajudaram na expansão do rádio como reforçaram vocações já possuídas por ela desde muito tempo.
O tão falado futuro do rádio, na verdade, começou com o advento do FM, que dobrou o número de emissoras até então existentes — com elevação da qualidade do som — e, com isso, aprofundou uma forte característica dessa mídia: a sua alta capacidade de segmentação. Seja a partir do foco num determinado estilo de programação ou perfil de público, o rádio consegue oferecer soluções para os anunciantes que muitas outras mídias não conseguem.
Outro passo importante foi dado com a chegada dos satélites, que permitiu a formação de redes nacionais e, com elas, a viabilização econômica de diversas emissoras de pequeno e médio porte em todo o País, dando novos contornos ao processo de integração nacional iniciado pelo rádio e posteriormente aprofundado pela televisão.      
A popularização da Internet, maior argumento empregado pelos “futurólogos” citados no começo deste texto, acabou beneficiando o rádio sob os mais diversos aspectos:
 
• Trouxe de volta muitos ouvintes jovens que haviam perdido o hábito de usar aparelhos de rádio;
• Ilimitou o espaço para empresas ou mesmo pessoas comuns lançarem novas estações, transformando a Internet num campo livre para o surgimento de novas músicas, locutores, programas e marcas que podem até, no futuro, ganhar espaço nos dials;
• Permitiu que os ouvintes de rádios com baixa qualidade de sinal pudessem ouvir um som mais limpo através dos seus computadores;
• Reforçou a interação que sempre existiu entre o locutor/comunicador e o seu público, que passou — através de email, de salas de bate-papo e de redes sociais — a interferir instantaneamente na programação;
• Fez estações locais do mundo todo ganharem uma audiência mundial, ampliando o potencial de internacionalização que o rádio sempre teve e que é o objeto principal da paixão de pessoas como os dexistas — aqueles que, através dos seus aparelhos receptores, procuram ouvir programações dos lugares mais distantes.
A telefonia móvel — cujas ondas prejudicam, especialmente nas grandes metrópoles, a transmissão das ondas de rádio — também acabou ajudando as rádios em FM, pois, hoje em dia, praticamente todos os celulares recebem essas estações.
A chegada do rádio digital ao Brasil poderá possibilitar novos avanços, apesar das discussões em torno da robustez do sinal e do alto preço dos receptores. O rádio, cada vez mais, será encarado como uma “central de convergência de mídias”, onde, juntamente com o áudio, o ouvinte poderá receber textos e até fotos. No novo sistema, o som das emissoras AM recebe qualidade de FM e as FMs ganham som de CD. Cada frequencia poderá ter até quatro programações simultâneas, o que aumentaria — e muito — a audiência alcançanda, a variedade de opções para o anunciante e, por conseguinte, os empregos gerados pelo setor.
Há também o rádio por assinatura via satélite, que, nos Estados Unidos, é uma realidade bem-sucedida. A Sirius, líder deste mercado, oferece mais de 130 canais de áudio digitais, com programações muito variadas, vinculadas à marcas importantes (como Disney, CNN, Fox, BBC, Playboy, Oprah e NFL) e com som impecável para os seus quase 20 milhões de assinantes.
Com toda essa evolução, vale a pena pensar: se o rádio está crescendo e se expandindo para novas plataformas, como será que as emissoras devem se posicionar enquanto marcas e negócios? A resposta está naquilo que o rádio verdadeiramente oferece e vai além de qualquer discussão relacionada com tecnologia de transmissão ou recepção de sinal — afinal, isso muda o tempo todo.
Quando realizam-se pesquisas com o objetivo de detectar aquilo que os ouvintes sentem com relação à uma emissora, uma palavra sempre se destaca: pertencimento. A sensação de que aquela programação é feita “sob medida”, reforçada com a forte interatividade promovida tanto dentro quanto fora do ar, despertam no ouvinte a ideia de que aquela emissora “é dele” e que, através dela, ele pertence a um grupo especial de pessoas. Essa identificação, mais forte no rádio que em outras mídias, é a base que constrói uma audiência fiel e confiante para consumir não apenas os conteúdos oferecidos pela emissora como também os produtos anunciados nos seus espaços comerciais, afinal, fidelidade também envolve credibilidade: algo primordial para a obtenção de resultados junto aos ouvintes.
Como se vê, mais do que vender tempo, uma rádio vende — e promove — relacionamento, seja entre pessoas, seja entre pessoas e empresas. Todos os grandes grupos de comunicação do mundo já atentaram para isso e estão trabalhando suas estações como marcas que promovem uma nova gama de relacionamentos e formas de transmissão de conteúdo que vão além, inclusive, da própria programação e se tranformam, por exemplo, em eventos, mensagens de texto para celular, colunas em jornais, portais na Internet e até programas de TV, sendo tudo sustentado por grifes multimídias que nasceram no rádio e que, de tão fortes, expandiram suas fronteiras de atuação.
As rádios — graças a toda a essa sensação de pertencimento falada anteriormente e as novas formas de distribuição que surgem a todo momento — tem atuado como líderes dessa nova forma de pensar e gerir negócios de mídia, o que reforça a sua importância para os tempos atuais e abre caminhos para um futuro baseado na convivência entre todas as linguagens de comunicação integradas a partir de marcas posicionadas em pontos estratégicos da mente e do coração dos ouvintes, leitores, internautas etc.
 
* Artigo extraído do site www.carosouvintes.org.br

domingo, 1 de agosto de 2010

HOMENAGEM DE PEDRO SAMPAIO A LALÁ SIMÕES

UM PIANO QUE SILENCIA UMA VOZ QUE SE CALA"

Dona Iolanda Simões, símbolo de Mulher de fibra de força e de fé, a cearensidade eclodia em seu jeito meigo e atencioso de ser, a forma de como Dona Lalá, como era carinhosamente tratada por sua legião de amigos e parentes que lhe devocionava um amor imenso e intenso, isso como retribuição ao grande amor que vinha do coração de Lalá.
A musicalidade na essência de seu ser, fazia o grande diferencial deste ser humano símbolo também de superação, que depois de reverter um quadro de coma profundo, em que sua sobre vida havia sido desenganada pela medicina e em alguns momentos hove até rumores de óbito. Eís que a magnânima Lalá, resurgia contrariando a ciência e sua persistência, sua resistência e a esperança de muitos, fazia com que: feito uma fênix, ia Lalá dando a volta por cima, para trilhar muitos anos de convívio e fazendo a alegria de todos. Porém sua missão terrena concluiu-se em 29 de Julho de 2010, nós amargamos neste dia o gosto da despedida de uma mulher tão querida, nossa músicalidade está frágilizada e desfalcada dessa maestrina, dessa musicista que em sua fórmula humana trouxe consigo a porção mágica da genialidade, muito própia dos seres escolhido por Deus para que habitasse a terra com a luz dos talentos soberanos,
Dona Iolanda muito contribuiu para nossa arte e colaborou demais com a qualidade do rádio cearense ao participar emprestando sua musicalidade a muitos programas radiofônicos de nossa terra, além de expressar sempre muito amor e consideração a nós radialistas . Queria aqui registrar minha emoção em todos as vezes que Dona Lalá se referia a mim, Pedro Sampaio, com tanta meiguice, com tanto carinho, carinho este que existiu sempre a reciprocidade.Sua despedida se deu em um período em que ela emprestava seu brilho e seu talento ao PROGRAMA CIDADE NA MADRUGADA apresentado por Gerardo Anésio e Emilia Barbosa. mesmo tendo eu, que despertar as três horas e dez minutos em muitas vezes ficava acordado para acompanhava sua participação que acontecia a uma hora da madrugada.