terça-feira, 9 de junho de 2009

morre Raul de Barros

Carreira

Um dos grandes trombonistas brasileiros Raul de Barros iniciou seus estudos musicais nos anos de 1930, tendo aulas com Ivo Coutinho. Em 1935, ele iniciou a carreira de músico tocando em clubes de bairros e subúrbios do Rio de Janeiro. Ele chegou à Radio Tupi após conhecer o maestro Carioca.


No início da década de 1940, o maestro passou a acompanhar cantores em gravações e excursionou por Montevidéu, Uruguai, passando em seguida para a Rádio Globo, onde formou sua própria orquestra, tocando no programa "Trem da Alegria".


Foi num concurso promovido pelo crítico Ary Vasconcelos na revista "O Cruzeiro" que Raul de Barros foi eleito o melhor trombonista de 1955. Onze anos depois, ele fez parte da delegação brasileira ao Festival de Arte Negra de Dacar, Senegal, ao lado de Clementina de Jesus, Ataulfo Alves, Paulinho da Viola e Elton Medeiros, entre outros.


Em 2004, o maestro voltou a se apresentar em shows ao lado do arranjador Rildo Hora na casa de espetáculos "Carioca da Gema", na Lapa, no Centro do Rio.

uma boa pedida

TV União de Alberto Bardawil realizará no município de Maranguape o I Grande Fórum de Debates Ceará, no teatro daquele município, que terá abertura no próximo dia 21.

O segundo está marcado para o dia 4 de junho na cidade de Tauá, depois darei mais detalhes dos outros que acontecerão nas principais cidades do interior cearense, que contará com presenças de destaque da vida política e empresarial.

Entre alguns nomes já confirmados para a mesa debatedora, o deputado federal José Gerardo Arruda, deputado Raimundo Gomes de Matos, deputado Paulo Henrique Lustosa da Costa, nossa diretora Wanda Palhano e o secretário de Saúde João Ananias Vasconcelos.
Mônica Arruda com a superintendente da TV União Terezinha Ferreira estiveram sábado em Maranguape, para conferir de perto o majestoso teatro daquela cidade, local do evento.


repórter esso...quem não lembra????


Saudade do bom Repórter Esso!
8/06/09
Faz mais de 40 anos que ocorreu sua derradeira edição radiofônica.
A cobertura exaustiva que o rádio e a TV desencadearam para informar o trágico acidente com o Airbus A-330 da Air France – por sinal, a maioria das emissoras apresentando trabalhos de boa qualidade – me fez retroagir até os tempos de minha infância quando acompanhei o primeiro informativo do rádio, que gozava de grande credibilidade.
O Repórter Esso era transmitido em 14 países do continente americano por 59 emissoras de rádio e de televisão. Sua primeira transmissão de rádio no Brasil foi em 1941, no dia 28 de agosto, pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. A última apresentação se deu em 31 de dezembro de 1968, então na Rádio Globo, também do Rio de Janeiro.

O gaúcho Heron Domingues criou um estilo de locução até hoje ainda imitado Brasil afora (montagem postada aqui com duas manchetes sobre a morte de Hitler e o fim da guerra
Já o locutor Roberto Figueiredo que apresentou sua edição final, na oportunidade ficou muito emocionado e chegou a ser substituído por alguns instantes. Não se conteve e chorou…
Sobre Heron Domingues, contam que ele se concentrava minutos antes de ir ao ar com o Repórter Esso e que, quando tinha dúvida sobre alguma palavra difícil, andando pelos corredores da Nacional, perguntava a um ou a mais colegas como era a pronúncia correta. E afirmava que “era melhor ser criticado por companheiros da emissora do que ser chamado de ignorante por um grande número de ouvintes”.
Descontada a influência americana – o Repórter Esso não divulgava notícias que contrariassem o governo dos EUA - esse programa de curta duração: 5 minutos (quatro edições de segunda a sábado e duas aos domingos) marcou época e se caracterizou como grande fonte de informação para todo o Brasil. Sua versão para a televisão brasileira aconteceu no dia 1º de abril de 1952, através da TV Tupi, do Rio de Janeiro.
Conhecido como o “primeiro a dar as últimas” e “testemunha ocular da história”, assim como no rádio, o Repórter Esso na TV também alcançou amplo sucesso. E, como no rádio, teve apresentações regionais (São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife). Encerrou sua carreira na televisão no dia 31 de dezembro de 1970.
Os anos “negros” de censura explícita nos órgãos de imprensa, rádio e TV – aplicada pelo golpe militar de 64 – talvez tenham influenciado a decisão da Standart Oil Company of Brazil de acabar com o seu famoso correspondente (rádio e TV). Excetuando-se o Jornal Nacional, da TV Globo, nada surgiu nem no rádio nem na TV com a força e o crédito do Repórter Esso.
Voltando ao término das transmissões do Repórter Esso no rádio, é marca histórica porque encerrou um ciclo de 27 anos ininterruptos no ar e comovente pela atuação emocionada de Roberto Figueiredo (postada aqui), a qual serve para mostrar aos jovens que cursam comunicação, especialmente àqueles que fazem jornalismo, o profissionalismo de ouro de uma época não muito distante do rádio brasileiro.
Roberto começa a ler as manchetes do período 1941-1968 e quando chega à manchete de 1954 sua emoção aflora… a manchete de 1959 vem com choro… mais um pouco, ele sai do microfone e entra o locutor substituto que lê algumas manchetes… Roberto retorna lendo as manchetes ainda muito emocionado e, com muito custo chega à última manchete, a de 1968. Soluçando, ele encerra a última das muitas edições do grande Repórter Esso, marco importante para o radiojornalismo do Brasil.
Outro programa noticioso que marcou muito na história da radiodifusão brasileira foi o Grande Jornal Falado Tupi, criado por Corifeu de Azevedo Marques. Ao lado do Repórter Esso, alavancou o crescimento do radiojornalismo do país, mesmo com a falta de recursos técnicos da época. Esses dois programas fizeram com que a maioria das emissoras de rádio do país passassem a ter informativos compactos ou de longa duração.
Mas os informativos de então continham maior número de matérias do exterior, geradas pelas agências noticiosas, principalmente pela UPI, United Press International. Acompanhavam os órgãos impressos que também se ocupavam mais com as notícias de fora, isso porque elas chegavam em maior número às redações.
Em 1949, Heron Domingues, o primeiro locutor exclusivo e mais famoso dos locutores do Repórter Esso, fez uma comparação entre a imprensa e o rádio:
“A imprensa é a análise, o rádio é a síntese. A imprensa dirige-se aos que sabem ler; o rádio fala, também, aos que são analfabetos. As frases radiofônicas são curtas, contêm apenas o sujeito, o verbo e o objeto direto ou indireto. Em casos especialíssimos, recorremos ao luxo dos adjetivos ou ao desperdício dos pleonasmos de efeito. A vibração da palavra no tímpano de ouvido é fugaz; e o entendimento deve ser instantâneo para que o cérebro possa acompanhar o curso da notícia.”
A partir de um manual orientador do Repórter Esso, normas complementares foram criadas. Muitas delas até agora orientam o radiojornalismo. Que na verdade ensaiou seus primeiros passos com Roquete Pinto (1925), que foi o grande criador do rádio brasileiro, na sua Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Ele foi também o precursor a levar ao ar o primeiro jornal falado, o Jornal da Manhã.
Diretamente de sua casa, por telefone (o uso do telefone no rádio é bem antigo), ele lia as mais interessantes notícias selecionadas dos jornais do dia. Lia e tecia comentários num formato que viria a ser muito usado anos depois. Por exemplo, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan, consagrou o estilo criado por Roquete Pinto e, curiosamente, usa o mesmo título, Jornal da Manhã, no seu principal programa de notícias.
O Grande Jornal Falado Tupi, que entrou no ar no dia 3 de abril de 1942, em uma única edição noturna (22h00), seguiu a técnica de edição dos jornais impressos: os blocos de notícias eram divididos por assuntos. Quatro locutores se revezavam na sua apresentação. Corifeu comandava o noticioso e comentava as principais notícias do dia. Por muitos anos esse jornal permaneceu com grande audiência na programação da Rádio Tupi de São Paulo.
Corifeu de Azevedo Marques, pela sua importância como jornalista pioneiro no rádio, virou nome de movimentada rua do bairro Butantã, na capital paulista.
Resgatado aqui um pouco da história do Repórter Esso e do Grande Jornal Falado Tupi, informativos que “cimentaram” as bases do radiojornalismo que ouvimos hoje. Exigente, e sempre muito crítico, este colunista sempre espera que o meio radiofônico cresça cada vez mais nesse setor, especialmente em tempos de imensa modernidade técnica. Que se formem jovens bons jornalistas de rádio à altura das novas convergências que estão sendo disponibilizadas.
P.S. Outro dia, pela manhã, ouvindo a Colon FM, de Joinville, deparei com um programa noticioso intitulado Primeira Página. Esse nome, criação minha, deu vida ao primeiro jornal produzido profissionalmente no rádio paranaense. Foi nos idos anos 60, na Rádio Independência de Curitiba, na qual teve grande audiência por mais de uma década.
retirado do site http://www.carosouvintes.org.br/

INSTITUTO CAROS OUVINTES - A FAVOR DO RÁDIO


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