quarta-feira, 30 de setembro de 2009

REFLEXÃO SOBRE CONCESSÕES DE RADIODIFUSÃO.

CONCESSÕES DE RADIODIFUSÃO
Os vícios da renovação automática

Por Jacson Segundo em 29/9/2009

Reproduzido do Observatório do Direito à Comunicação, 24/9/2009; título original "Comissão nega pedido de audiência para discutir emissora de TV"

Mesmo tendo como atribuição regimental avaliar a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados rejeitou na quarta-feira (23/9) o requerimento que pedia a realização de uma audiência pública para avaliar os serviços prestados pela emissora Rádio e Televisão Bandeirantes de Minas Gerais. De autoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), o pedido foi reprovado por 20 parlamentares. Apenas cinco votaram em seu favor. A CCTCI é a principal instância de avaliação de concessão e renovação de outorgas de veículos de comunicação do país.

O único acordo possível na Comissão sobre o tema foi a aprovação de um pedido ao Ministério das Comunicações para que o órgão reúna informações sobre a referida emissora, que está com sua concessão vencida desde 2007. No entanto, essa medida perde força, já que, logo após a discussão sobre o requerimento foi aprovada a renovação da concessão da Band Minas. Decisão esta tomada em menos de um minuto, quando se aprovou, em bloco e sem discussão, outorgas e renovações de 59 emissoras de rádio e TV do país (incluindo educativas e comunitárias). Os processos agora seguem para análise de outras comissões, da Câmara e do Senado.

O requerimento da deputada Erundina não pedia nada mais do que a criação de um espaço de debate para avaliar os 15 anos da última concessão da empresa mineira, que é uma afiliada da Rede Bandeirantes. Constava no pedido, inclusive, o convite aos representantes da Band para participarem da audiência. Ela fez questão de frisar que não se tratava de perseguição ao veículo e sim de um procedimento que pretende repetir em casos que envolvam meios de comunicação de maior porte e penetração na sociedade. "É minha prerrogativa parlamentar. Não entendo a resistência a esse pedido", declarou na reunião da CCTCI, recebendo apoio de manifestantes da sociedade civil que empunhavam uma faixa com os dizeres "Pelo fim da renovação automática das concessões de rádio e TV".

Os deputados que votaram contra a realização da audiência usaram dois argumentos centrais. O primeiro dizia respeito à legitimidade do requerimento. Alguns deles tentaram demonstrar que não existe a previsão legal para se pedir audiências nesses casos. A prerrogativa, porém, é garantida pelo Regimento Interno da Câmara, em seu artigo 255. Ele afirma que cada Comissão poderá realizar audiência pública para instruir matéria legislativa em trâmite, mediante requerimento de seus membros ou a pedido de entidade interessada.

Outra justificativa usada com frequência pelos parlamentares contrários à proposta foi a de que não seria possível realizar audiências para discutir todos os pedidos de renovação que chegam à Comissão. "Se tivermos que mudar o procedimento, vamos mudar para todos", opinou o deputado tucano Julio Semeghini. A deputada Luiza Erundina contra-argumentou defendendo que o método seja usado pelo menos nos casos das emissoras que têm maior impacto na sociedade, o que também está assegurado regimentalmente, pelo Ato Normativo nº1, de 2007.

Protesto

"É um absurdo tentarem barrar regimentalmente, com argumentos indefensáveis, uma audiência pública, que tem como objetivo fazer um balanço do serviço prestado pela emissora. Isso não era para ser um problema. Era para ser natural", critica a integrante do Coletivo Intervozes Carolina Ribeiro. A entidade fez parte da Campanha por Democracia e Transparência nas Concessões de Rádio e TV, realizada em 2007. Mesmo lamentando a decisão da CCTCI, Carolina acredita que o tema está sendo mais discutido no país. E defende: "A gente espera que nas outras concessões que chegarem seja possível fazer um debate real. A sociedade tem o que dizer sobre elas".

Emissoras pertencentes à Record e outorgas dos grupos Bandeirantes (Band e Rede 21) e RBS – também vencidas em 2007 –, entre outras, serão algumas das próximas a passarem pelo Congresso. O governo já acatou o pedido de renovação para suas concessões e deve enviar os processos à Câmara em breve. Elas estão com suas outorgas vencidas desde fevereiro deste ano.

A Comissão Nacional Pró-Conferência também se manifestou contra a atitude dos deputados da CCTCI, que já vinha se desenhando desde a reunião anterior do órgão da Câmara. Em nota assinada por 37 entidades, o fórum lembrou que as emissoras que requerem renovação precisam cumprir requisitos técnicos e normativos estabelecidos pelo Decreto 88.066/83, tais como "(...) não transmitir programas que atentam contra o sentimento público, expondo pessoas a situações que, de alguma forma, redundem em constrangimento, ainda que seu objetivo seja jornalistico, (...) limitar ao máximo de 25% do horário de sua programação diária o tempo destinado à publicidade comercial", entre outros.

O manifesto também citou o artigo 221 da Constituição Federal, que estabelece que "a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; II – promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; III – regionalização da produção cultural, artística e jornalística; IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família". Como os parlamentares não têm permitido sequer a realização de debates sobre a atuação dos concessionários de rádio e TV no Brasil, nada disso tem sido aferido. Nem da Band Minas, nem das tantas outras que estão tendo suas renovações aprovadas em um processo quase automático.

Saiba mais

Votaram contra a realização da Audiência Pública: Beto Mansur (PP/SP), Bilac Pinto (PR/MG), José Rocha (PR/BA), Narcio Rodrigues (PSDB/MG), Paulo Lustosa (PMDB/CE), Ratinho Júnior (PSC/PR), Wladimir Costa (PMDB/PA), Márcio Marinho (PR/BA), Flávio Bezerra (PMDB/CE), Nelson Meurer (PP/PR), Bispo Gê (DEM/SP), Eduardo Gomes (PSDB/TO), Eleuses Paiva (DEM/SP), Emanuel Fernandes (PSDB/SP), Manoel Salviano (PSDB/CE), Solange Amaral (DEM/RJ), Rômulo Gouveia (PSDB/PB). Julio Semeghini (PSDB/SP), Lobbe Neto (PSDB/SP), Edigar Mão Branca (PV/BA).

Votaram a favor da Audiência Pública: Cida Diogo (PT/RJ), Gilmar Machado (PT/MG), Paulo Teixeira (PT/SP), Miro Teixeira (PDT/RJ), Luiza Erundina (PSB/SP).

terça-feira, 29 de setembro de 2009

UMA CIÊNCIA CHAMADA ECOLOGIA - VEJA O QUE ENCONTRAMOS

Conceitos ecológicos importantes
Indivíduo: é a unidade de vida que se manifesta. É um representante de uma espécie.
Espécie: é o conjunto de indivíduos altamente semelhantes, que na natureza são capazes de intercruzarem, produzindo descendentes férteis.
População: grupo de indivíduos de mesma espécie Genericamente, uma população é o conjunto de pessoas ou organismos de uma mesma espécie que habitam uma determinada área, num espaço de tempo definido
Comunidade ou biocenose: conjunto de espécies diferentes que sofrem interferência umas nas outras.
Uma comunidade pode ter seus limites definidos de acordo com características que signifiquem algo para nós, investigadores humanos. Mas ela também pode ser definida a partir da perspectiva de um determinado organismo da comunidade. Por exemplo, as comunidades possuem estrutura trófica, fluxo de energia, diversidade de espécies, processos de sucessão, entre outros componentes e propriedades.
Ecossistema é o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em determinada região e pelos fatores abióticos que atuam sobre essas comunidades.
fonte: WIKIPEDIA

importante discussão

Audiência vai discutir situação das rádios comunitárias no Ceará

Setembro 29, 2009

A Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa realiza nesta quarta-feira (30/09), audiência pública para discutir a situação das rádios comunitárias no Estado. A iniciativa foi proposta pelo presidente da comissão, deputado Artur Bruno (PT) e vai acontecer às 8h30, no Complexo de Comissões Técnicas Aquiles Peres Mota. Foram convidados a participar do debate, representantes das associações de rádios comunitárias e autoridades que atuam na área de comunicação.

A criação de rádios comunitárias foi fundamentada no Brasil com a Lei Federal nº 9.612/98 de fevereiro de 1998, após a apresentação de projetos de lei por parlamentares do Congresso Nacional, atendendo às queixas à repressão aos que atuavam com comunicação. Atualmente, existem 3.817 rádios comunitárias autorizadas em funcionamento em todo País.

Agora em setembro, o Ministério das Comunicações autorizou a criação de 17 novas rádios, que serão implantadas nos estados do Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Ceará, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Acre, Maranhão e Tocantins. As autorizações têm prazo de dez anos, sem direito à exclusividade, mas somente produzirão efeitos legais após deliberação do Congresso.

retirado do blog de danúbio josé radialista.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

boa idéia do gentedemidia.blogspot.com

O blog gente de midia está fazendo uma enquete sobre o melhor comentarista esportivo do rádio. Participe é uma boa pedida.

gentedemidia.blogspot.com

PARA OS RADIALISTAS

  • O amigo radialista
  • Está sempre com a gente
  • Dando informação
  • E deleite permanente
  • Tem de ser valorizado
  • De forma permanente

sábado, 26 de setembro de 2009

leia esta mensagem...

Dia do Rádio e o Dia do Radialista

Nossa comemoração começa hoje, afinal dia 21 de setembro ficou
marcado como o Dia do Radialista por tantos anos...

Dia 25 de setembro é o Dia do Rádio.
Dia 7 de novembro é o Dia do Radialista.
Não deveria ser um só? Afinal o que seria de um sem o outro?

Mas a gente está aqui para comemorar
estas duas datas tão importantes para todos os brasileiros e,
em especial, para nós do Todos Pela Educação.

Nos últimos anos, o Rádio esteve presente ajudando a construir
a história do nosso país. E a gente poderia estar aqui dizendo que
o Rádio foi um importante veículo de comunicação.

Mas não, o Rádio não foi, o Rádio é.
O Rádio vai a todos os recantos deste país. O Rádio chega a 98%
dos lares brasileiros e fala até com aqueles brasileiros que ainda
não conquistaram sua cidadania plena, os analfabetos.

O Rádio e você, radialista, abraçaram a causa da Educação de
qualidade, abraçaram o Todos Pela Educação e, principalmente, estão
dando um abraço bem apertado em cada criança e jovem do nosso país.
São eles os principais beneficiados pelo que o Rádio e os radialistas
vêm fazendo para melhorar a nossa Educação.

Por tudo isso, obrigado e parabéns.
Obrigado pela dedicação, em divulgar uma causa tão nobre.

Parabéns em dobro pelo Dia do Rádio e o Dia do Radialista.

Fonte: Joseoly Moreira

retirado do site www.acert.org.br


  • O rádio é companheiro
  • Que dá muita alegria
  • Estando em nossa casa
  • Toda noite todo dia
  • Dando notícia boa
  • E sendo boa companhia

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

VEJA ESTA ENTREVISTA COM O VICE - PRESIDENTE DA ABERT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO.

O rádio está vibrante no Brasil", afirma Emanuel Carneiro


Emanuel Carneiro, vice-presidente

O jornalista e vice-presidente da Abert, Emanuel Carneiro, afirma que o brasileiro não vive sem rádio. Por isso, esse meio de comunicação continua em alta no país e, em breve, deverá ter ainda mais abrangência, por meio da convergência tecnológica. No entanto, Carneiro alerta para o perigo das emissoras pirata, que ameaçam a segurança e a comunicação brasileira. Ouça o áudio.


1 - A quem diga que, em tempos de novas mídias e internet, o rádio está ameaçado. O que o senhor pensa sobre essa afirmação?
Para mim, nunca houve ameaça maior para o rádio do que a chegada da televisão ao Brasil nos anos 50, porque a televisão brasileira se consolidou em cima do rádio, dos grandes nomes do rádio, nomes do jornalismo, do esporte. Os humoristas, os radioatores, eles se transferiram para o rádio. E o rádio sobreviveu muito bem à era da televisão, criou novos modelos de programação, foi para a rua, se tornou dinâmico e, em seguida, veio também a transmissão em FM. E o rádio se renovou. Essas mídias que estão chegando e, principalmente a internet, vão ajudar o rádio a ter maior abrangência. Nós temos tido experiência de uma grande audiência que está se formando na internet das emissoras que colocaram seu som na rede e que estão fazendo programações específicas. Eu penso que as novas mídias estão ajudando e que o rádio não tem uma grande ameaça. Como outras mídias, ele também tem que ser repensado, não pode continuar fazendo as mesmas coisas de dez anos atrás. O rádio, nos dias atuais, tem que ser diferente, com mais interatividade, com mais participação do público e com uma postura mais agressiva junto ao mercado publicitário.

2. Como o senhor explica a relação de fidelidade de milhões de pessoas ao rádio?
Há alguns anos, a Abert criou um slogan que foi muito usado: brasileiro não vive sem o rádio. Fez peças publicitárias, as emissoras de rádio rodaram os spots. Eu penso que essa frase continua em instantâneo, chega a pontos distantes do território brasileiro, tem muita capilaridade. O rádio é íntimo das pessoas, companheiro, presta serviços, faz pedido de sangue para as pessoas necessitadas, localiza menores, transmite a emoção dos esportes, o noticiário, faz críticas. O rádio está muito vibrante, muito atuante, está pulsando nos dias atuais no Brasil.

3 – O senhor, que tem três décadas de vivência em rádio, pode nos falar sobre a importância social e cultural do rádio brasileiro?
O rádio propiciou inúmeras histórias. O Brasil era muito carente de comunicação telefônica. Qualquer local onde a rádio fosse transmitir um evento, era uma dificuldade muito grande. Essas barreiras foram vencidas, o rádio se segmentou. Hoje, numa cidade como Belo Horizonte, por exemplo, você tem emissora que só toca música sertaneja, que se especializou, emissora que só faz noticiário, emissora que só toca música estrangeira, emissora que só toca música brasileira, cada um na sua área de atuação. O rádio é farto em histórias, em prestação de serviço, ele deu, nesses anos todos, uma contribuição muito grande para a integração do Brasil. Veja que nós falamos a mesma língua, comemos arroz com feijão no Brasil inteiro. O Brasil se apaixonou pelo futebol através do rádio, canta as mesmas músicas de ponta a ponta. Essa integração, essa fala comum aos brasileiros, o rádio teve uma participação muito grande num momento em que havia um índice alto de analfabetismo e as pessoas não liam jornais ou revistas. O rádio era um elemento de ligação. Quando houve essa transferência muito grande da área rural para as cidades, essa transposição, o rádio foi o grande companheiro dessa população, com uma interatividade muito grande, levando para esse público um tipo de informação essencial que ajudou muitas pessoas a se encaixarem melhor nas grandes cidades.

4.A história do rádio é feita no dia-a-dia por milhares de comunicadores, que mai do que profissionais, são pessoas devotadas a esse ofício. O senhor lembraria algum comunicador cuja atuação se destacasse?
São tantos, não sei se são centenas ou milhares, mas tanta gente boa que passou pelo rádio e deu a sua contribuição. O rádio é, acima de tudo, uma paixão. O meu irmão Januário Carneiro, que fundou a rádio Itatiaia, tinha uma frase que era a seguinte: o rádio não enche o bolso, mas enche o coração. Quando você localiza uma criança desaparecida, quando você consegue salvar um enfermo conseguindo remédio ou dando uma informação importante sobre um incêndio, sobre uma enchente. Isso é característica do rádio e não há preço que pague esse retorno da audiência e essa gratidão que o público tem com relação ao rádio. Com respeito a nomes, muitos ainda estão no ar, com 40, 50 anos de atuação direta. Eu teria até dificuldade de citar nomes de pessoas que viveram o rádio a vida toda, mas quem não se lembra do Erão Domingues, do Repórter Esso, do Vicente Leporace, da Rádio Bandeirantes de São Paulo, do Januário Carneiro, do Amilton Macedo, do Osvaldo Faria e do Luiz Mendes, que está no ar até hoje na Rádio Globo, no Rio de Janeiro. Jorge Cury, Valdo Cosy, Ary Barroso, todos esses grandes nomes que passaram pela radiodifusão e que, muitos anos após o seu falecimento, permanecem vivos na memória da população.

5 – Qual a mensagem que o senhor deixa para os associados da Abert?
Com sinceridade, quando você me fez a pergunta sobre se o rádio está ameaçado, eu diria que não. Mas há fatos que estão prejudicando muito a nossa atividade. Por exemplo, há duas semanas, as emissoras de rádio do Brasil estavam transmitindo uma rodada do campeonato brasileiro. Os jogos, hoje, no domingo, começam às seis e meia, e foi requisitado espaço para uma rede de rádio e televisão para as oito horas da noite para uma palavra do presidente Lula. Tudo bem, o governo tem esse direito. O que ele iria falar deveria interessar a população brasileira, senão não teria requisitado a rede. De todas as formas tentou-se que essa fala fosse às oito e meia da noite, e não às oito horas. A diferença é mínima, e não houve boa vontade das pessoas que cuidam da assessoria do presidente em fazer essa modificação. Faltou sensibilidade. Eu vejo também muita dificuldade. Por exemplo, o horário da Voz do Brasil já deveria ter desaparecido, isso é uma coisa de 1937. Não justifica mais parar todo o rádio brasileiro às sete horas da noite para dar as notícias que as emissoras já deram há muito mais tempo. Isso não tem audiência mais, não tem interesse da população. Isso é uma teimosia, o rádio tem lutado e, muitas vezes, não consegue essa liberdade para colocar no ar a programação que mais lhe interessa. A todo o momento há alguma coisa querendo influenciar o rádio, tomar os nossos espaços. Os horários políticos são uma violência, é uma imposição à população. Eu vejo com um pouco de desânimo essa falta de compreensão de que o rádio, embora seja uma concessão do governo federal, tem de ser tocado como um empreendimento comercial e, se você começar a dar os seus espaços, ceder horários, você compromete a sua atividade financeira e aí a coisa não funciona bem. E, como um último assunto, a grande ameaça que eu vejo, principalmente no interior, é que a pirataria no rádio, nas freqüências de FM pelo Brasil afora, está virando um fato de calamidade pública, ameaçando a aviação, as comunicações, e pouca coisa tem sido feita para estancar essa proliferação de rádios piratas.


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ENTREVISTA COM LIA CALABRE AUTORA DO LIVRO A ERA DO RÁDIO

Veja esta entrevista , muito interessante

Historicamente, o que representa a adoção de ferramentas digitais para o rádio como meio de comunicação?

É uma alteração considerável porque amplia uma das seduções do rádio, que é a proximidade com o ouvinte. A internet é comparada às ondas curtas dos anos 40, quando a transmissão podia ser captada em qualquer lugar do mundo dependendo da direção da antena. Só que na época, ele era o meio, único e principal. A internet retoma esse alcance, mas com uma pluralidade de meios. O que eu percebo é que, ao entrar na internet, o rádio vai estar mais segmentado, diferente daquele rádio mais geral que a gente tinha até então. É um grande aprendizado para todos.

A definição de rádio deverá ser repensada?

A convergência das mídias vai mexer com todas as definições. Quando você tem um aparelho com múltiplas funções, acessa todo tipo de conteúdo, mas eles continuam sendo conteúdos diferenciados. Mesmo o rádio transmitido por ondas atual é absolutamente distinto do rádio dos anos 40 em termos de linguagem. Vivemos hoje, com a internet, um processo parecido ao que houve com o rádio após o surgimento da TV. É possível que mais adiante aconteça uma redefinição de tudo. Mas acho que ainda estamos distantes porque são formas de comunicação específicas, mas que precisam se adequar aos novos tempos.

De que forma o ouvinte muda?

Essas mudanças também são segmentadas. O público mais jovem opta pela convergência de mídias. Ele tem um celular que filma, tem rádio e baixa MP3. Mas a minha geração, com 50 anos hoje, usa o iPod quando vai correr, quando vai fazer outra coisa que não possa usar o aparelho convencional. Então você pode determinar alguns perfis. Esse processo segmentado ainda vai levar uns 20 anos e sem dúvida o perfil dos ouvintes vai continuar variando. As pessoas ficarão cada vez mais exigentes. Algumas pessoas apostam que o rádio tradicional não vai desaparecer exatamente por conta das outras atividades que fazemos ao mesmo tempo em que ouvimos rádio, como no trânsito, na corrida matinal, na caminhada na praia.

Na internet poderemos reviver as rádios de abrangência nacional?

Acredito que sim. A tendência da internet é ser mais universalizada, menos local. Quando você estabelece um site, parte para um diálogo mais amplo. A tendência de suporte tende a direcionar a comunicação para a diversificação que é própria da ferramenta. As pessoas procuram notícias locais, mas para a emissora é complicado, numa ferramenta desse porte, produzir apenas localmente. Ela vai produzir talvez um jornalismo local, mas vai olhar outros nichos.

Entrevista: Nair Prata
"Ouvinte de radio online quer interferir na programação"
por Filipe Serrano

Nair Prata, autora do livro Webradio: Novos Gêneros, Novas Formas de Interação (Ed. Insular), trabalhou por 18 anos em emissoras de rádio e dedicou seu doutorado, que resultou no livro, a rádios que transmitem online, tanto emissoras convencionais quanto as que têm programação apenas via web.

O que diferencia os ouvintes de rádio tradicional de webrádio?

Existe um novo rádio hoje que transmite até imagem, um rádio focado na internet. Mas o ouvinte ainda é muito recente para traçar um perfil. A primera webrádio, a Totem, de São Paulo, é de 1998. O que dá para perceber é que esse novo ouvinte quer mudar a programação, conversar com o locutor, interferir na programação. Esse ouvinte é aquele sujeito que já nasceu no mundo digital.

Mas o ouvinte do rádio tradicional também é assim, não?

Sim. Os dois são ainda ligados e por isso há um processo de radiomorfose (sic). Há vários modelos convivendo, do rádio tradicional, do rádio que também tem página na internet e do que nasceu unicamente na internet.

Quem faz as webrádios? Por que quiseram ter um canal de áudio na internet?

Há todo tipo de rádio, ligadas a igrejas, universidades. Em geral, tem sido uma saída importante para quem não consegue a concessão de frequências. Além de ser fácil, tem alcance mundial. E há webrádios ligadas a grupos também. Por exemplo, a mais acessada do País é a Estação Pop, ligada ao portal Pop, do sul do Brasil. A característica importante é que elas são segmentadas. Aquela figura da rádio que fala para todas as pessoas está acabando porque o rádio fala cada vez mais para públicos específicos.


Escrito por Magaly Prado às 11h08
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AM na INTERNET - DIREITOS AUTORAIS e MÚSICAS DE GRAÇA NA REDE




Emissoras tradicionais se voltam para a internet
Sites facilitam a participação do ouvinte, que cada vez mais ouve rádio em outros aparelhos; estações AM se livram do áudio ruim ao trasmitir via web
Do Estadão - Link - por Filipe Serrano e Tatiana de Mello Dias

Legítimas representantes da velha mídia, as rádios tradicionais estão rebolando para chegar ao novo público – aquele que já não fica sentado esperando a informação chegar. Não tem jeito: a internet é um caminho sem volta. E, para chegar às pessoas hoje, é preciso mergulhar na rede.

A Rádio Cultura AM, de São Paulo, passou por uma grande mudança na semana passada. Seu site simples de uma só página deu lugar a um novo, cheio de conteúdo e com a transmissão ao vivo dos estúdios. “Nossa ideia é conquistar novos públicos. Transmitindo só em AM, ficamos longe dos jovens. Eles vão direto à FM, às vezes nem isso”, disse ao Link Gioconda Bordon, diretora de rádio da Cultura.

O investimento no campo digital passou pelo rebatismo da rádio – que agora se chama Cultura Brasil – e pela mudança na programação, profundamente influenciada pela interatividade do Radar Cultura, programa em que o público escolhe a programação.

O programa era circunscrito a três horas diárias na programação da rádio, mas caiu no gosto do público: com 14 mil cadastrados e 2.500 acessos diários, os ouvintes (ou internautas) opinam, votam e até enviam programas para tocar no rádio. E grande parte deles ouve a rádio pela internet, bem longe de aparelhos que captam ondas AM.

A rádio pretende, no futuro, desenvolver aplicativos para celular. A última moda das emissoras, aliás, é criar aplicativos do iPhone para que elas possam ser sintonizadas no celular da Apple que, curiosamente, não tem antena de rádio. A transmissão é feita pela internet, usando a rede de dados da operadora ou uma conexão Wi-Fi.

A verdade é que o rádio está sendo o melhor exemplo de integração completa da velha mídia, analógica, com a nova, digital. E as emissoras estão muito contentes com isso, esperando encontrar um novo público, mais amplo, e desenvolver novas ferramentas integradas com a web e o celular.

Por estes motivos, nesta semana o Grupo de Profissionais de Rádio (GPR) promove um seminário em São Paulo para discutir o rádio na internet (mais informações pelo site http://www.gpradio.com.br/). “A internet ampliou a cobertura do rádio e conquistou uma audiência que nunca teve. As pessoas, mesmo no trabalho, continuam ouvindo a programação durante o dia, o que antes era impossível. Comercialmente muda muito. O desafio agora é saber como medir essa audiência nova”, disse Mariangela Ribeiro, uma das diretoras do GPR e organizadora do seminário. Não há números consolidados, mas um estudo do Comitê Gestor da Internet aponta que 42% dos internautas ouvem rádio na web.

O mesmo dado é verificado em outra pesquisa, patrocinada pela Deloitte, chamada O Futuro da Mídia. De acordo com ela, os brasileiros gastam, em média, 2,3 horas por semana ouvindo rádio na web. Sobre o método favorito de ouvir música, 14% disseram preferir ouvir emissoras AM/FM; 12%, em rádios na internet; e 10% usam o telefone celular.

De acordo com o Ibope/Netratings cerca de 2,5 milhões de pessoas visitaram sites de rádios em agosto, 6,6% dos internautas ativos no mês, no trabalho e ou em casa.

Segundo Miriam Chaves, diretora executiva da Rádio Eldorado, 40% dos ouvintes da emissora também costuma ouvir a programação pela internet. “Mesmo quem ouve música no iPod quer descobrir novas músicas ou saber quais são as notícias do momento. E eles buscam isso no rádio. Está se criando uma nova cultura de audiência, daquelas pessoas que começam a ouvir fora dos horários convencionais, no trabalho ou até de madrugada. Isso obriga a repensar a programação”, afirma.

A transformação do rádio com as tecnologias digitais passa também pelas ferramentas que promovem a participação dos ouvintes.

O que antes era feito por meio de cartas e telefonemas, agora ocorre via celular ou computador: emissoras permitem que as pessoas enviem mensagens de texto, e-mail e até tweets com comentários, perguntas, sugestões – e com muito mais agilidade. A participação do público serve de apoio para o próprio programa.

Além disso, os sites das rádios começam a explorar os recursos digitais. Muitas emissoras já transmitem ao vivo a gravação em vídeo dos estúdios, colocam playlists de músicas dividas por gênero e algumas até permitem que o usuário vote na programação das músicas.

A internet também abriu uma nova oportunidade para rádios AM, antes sujeitas a um áudio de baixa qualidade. “A web é uma forma de ampliar e popularizar nosso canal. Mas acredito que outros formatos continuarão. O ouvinte tem a necessidade de ser um pouco conduzido”, diz Alceu Maynard, produtor do Radar Cultura.

Depois de investir na web, Eldorado vai para o celular

Uma da principais ferramentas do Território Eldorado, o site da Rádio Eldorado, é o Mural dos jogos de futebol que vai ao ar sempre que começa uma transmissão na rádio, no endereço www.territorioeldorado/futebolaovivo. Ao mesmo tempo em que se ouve a narração do jogo, é possível acompanhar no Mural todo o conteúdo do site ligado ao futebol, como o chat com os internautas, comentários para os narradores e ver o resumo do jogo, lance a lance, feito pelo por tal Estadao.com.br.

Desde que inaugurou a nova plataforma online, o site da Rádio Eldorado aumentou as visitas em 300%, de acordo com a diretora executiva Miriam Chaves. Para ouvintes que procuram música, há playlists de artistas e gêneros específicos. No site ou por meio de um aplicativo instalado no computador (conhecido como ‘widget’) é possível acompanhar a programação ao vivo da rádio, tanto AM quanto FM.

Os shows de programas como Sala do Professor Buchanas e Grandes Encontros também têm transmissão ao vivo, em vídeo, pela internet.

Em alguns modelos de celulares da Nokia, que vem com o programa para ouvir rádio pela internet, também é possível sintonizar a Eldorado. Mas o telefone móvel ainda ganhará mais novidades neste semestre. Serão lançados um aplicativo para o iPhone e um canal de comunicação pelo celular, para que os ouvintes enviem mensagens de texto ou deixem recados de voz discando pará um número da rádio. “Como a AM é difícil de ouvir, com a internet valorizamos o jornalismo e a produção de futebol feita pela Eldorado. A web é a salvação da AM”, disse Miriam Chaves.

No Brasil, pagar ao Ecad é obrigatório
por Tatiana de Mello Dias

No Brasil, não há regulamentação específica para autorizar o funcionamento de uma rádio web. Mas quem toca música precisa pagar para o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).

“Para que haja a utilização de músicas em sites na internet deve haver o pagamento dos direitos autorais, pois neste caso ocorre a execução pública de músicas”, explica Márcio Fernandes, gerente executivo de arrecadação do Ecad. Na web, vale o que diz a Lei de Direitos Autorais (9.610/98).

Qualquer rádio precisa pagar, mesmo se tiver fins educativos ou comunitários. Os valores, porém, variam de acordo com a finalidade e a proposta da rádio. Quem quiser transmitir uma música precisa procurar o Ecad, que envia um contrato e faz a cobrança através de boleto bancário. O órgão desenvolveu um software que automatiza a cobrança.

A regra vale para podcasts. Os valores para cobrança foram definidos pelo órgão junto da Associação Brasileira de Podcasting (ABPod). “A Lei de Direitos Autorais é uma das mais modernas e completas leis do mundo e previu a proteção autoral para utilização de obras musicais em qualquer modalidade”, diz Fernandes.

As rádios web reclamam. “Eu acho que a cobrança é abusiva, porque acho que o artista tem que ganhar dinheiro fazendo show. A rádio serve como divulgação”, diz Fernando Telles, da Rádio Rox. Ele foi procurado pelo órgão e precisou firmar um contrato para pagamento dos direitos – a verba, segundo ele, compromete boa parte do orçamento das rádios.

O pessoal da Dada Radio optou por tocar músicas licenciadas em copyleft. “No começo a gente usava mais musica proprietária, mas com o tempo passamos a buscar conteúdo livre”, diz Amadeu Cardoso. Hoje, 90% do que eles tocam é copyleft. Além disso, a rádio divulga artistas iniciantes, que autorizam a execução. “Muitas vezes, as pessoas ficam até agradecidas”, diz Amadeu.

Além disso, a Dada é hospedada fora do Brasil. “O Ecad só faz a arrecadação e distribuição de músicas executadas publicamente em solo brasileiro”, explica Fernandes. Ele orienta, porém, o dono da rádio a checar a legislação vigente no País antes de transmitir qualquer música por aí.


Retirado do blog da Magaly Prado.


merece atenção

HISTÓRIA DO RÁDIO NO CEARÁ

VEJA ESTE DEPOIMENTO SOBRE O RÁDIO

Há algum tempo meu avô e um primo meu que estava de férias em Barbalha(Ce), escutavam um programa de forró aos sábados na rádio Educadora do Crato. O programa era apresentado por Eloi Teles. E ele fazia um teatro. Era como se os ouvintes dele cativos estavam numa festa e "Seu" Eloi falava:
-Seu fulano de Tal como está? Já dançou muito?
Mais ou menos assim.
Meu primo vindo de São Paulo, pergunta pro meu avô:
-Tio, esse forró é bom demais. Sábado que vem vou lá!
Meu avô respondeu:
-Homem, isso é invenção do repórter! Ele tá falando da rádio.
É só conversa!
Com essa historinha, só queria dizer da grande magia que é o rádio
e da sua importância nas nossas vidas. Nós ouvintes ficamos imaginando como é o locutor ou locutora. Na narração de um jogo de futebol fazemos um filme de como é as jogadas.
Parabéns aos radialistas, ouvintes e ao rádio!

25 de Setembro de 2009 00:47 - ARIMATÉIA

Este depoimento está registrado no blog gentedemidia.blogspot.com e é a partir daí que vemos a importância do amigo rádio.

POR QUE HOJE É O DIA DO RÁDIO

O dia dedicado ao rádio

No dia 25 de setembro, data do nascimento de Roquete Pinto - o "Pai do Rádio Brasileiro" -, comemora-se o Dia do Rádio. Em 1923, Roquete fundou a primeira emissora do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Era uma fase experimental do veículo, sem grandes avanços tecnológicos.

A primeira transmissão radiofônica em terras brasileiras, no entanto, já havia ocorrido no ano anterior, mais precisamente em 7 de setembro de 1922, na comemoração do centenário da independência brasileira. Na ocasião, uma estação de rádio foi instalada no Corcovado, no Rio de Janeiro, para a veiculação de músicas e do discurso do então presidente Epitácio Pessoa.

De lá para cá, muita coisa mudou: das interferências e ruídos dos primeiros aparelhos de rádio (pesados, enormes e à válvula) aos pequenos, leves e modernos rádios de transistores. A década de 1950 foi marcada pela consolidação do veículo como meio de comunicação. Em 1968, surgiram as primeiras emissoras de freqüência modulada (FM).

O inventor do rádio foi o italiano Guglielmo Marconi, que criou o seu "telégrafo sem fio", um modelo inicial que se desenvolveu até o sistema que conhecemos hoje. Em 1896, Marconi demonstrou a eficiência de seu aparelho numa transmissão na Inglaterra, do terraço do English Telegraphy Office para a colina de Salisbury. Ganhou do governo da Itália uma patente pela sua criação.

A história também cogita que um padre brasileiro, Roberto Landell de Moura, tivesse sido o inventor do rádio. Em 1894, Roberto havia desenvolvido aparelho semelhante e efetuado a emissão e recepção de sinais a uma distância de oito quilômetros, do bairro de Santana para os altos da avenida Paulista, em São Paulo.

Fanáticos religiosos, contudo, cientes de que o padre brasileiro tinha pactos com o demônio, destruíram seu aparelho e suas anotações, o que atrasou o reconhecimento de sua criação pelas autoridades científicas. Só em 1900 Roberto conseguiu fazer uma demonstração pública de seu invento.

Retirado do site www.aticaeducacional.com.br


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

PARA LER E COMENTAR

O novo rádio

22/09/09

No livro O Presidente Negro, de 1926, Monteiro Lobato se deixava levar pela grande novidade da época, o rádio, e dizia que as “ondas de radiação” seriam usadas para enviar mensagens, para trabalhar de casa e até mesmo para computar os votos de uma eleição. A primeira transmissão de rádio no Brasil havia sido feita quatro anos antes, no dia 7 de setembro de 1922.

Nos 87 anos seguintes, o título de tecnologia promissora foi para outros meios, como a TV e a internet. Mas há algo de diferente acontecendo com o rádio. Sem muito alarde, ele se tornou a primeira mídia multiplataforma de fato, justamente por causa das novas tecnologias.

O rádio está em qualquer lugar. Hoje ouvimos não apenas em casa ou no carro , mas no celular, na televisão e, principalmente, pela internet, em qualquer aparelho em que a conexão esteja disponível. Podemos sintonizar qualquer emissora do mundo. E dá até para fazer o download dos programas de rádio favoritos para ouvir no tocador de MP3, sem depender da transmissão ao vivo.

Isso tudo sem falar que qualquer um pode criar sua estação na internet para quem quiser escutar e que a rede oferece um território muito mais amplo de transmissão do que o espectro de radiofrequência regulado pela Anatel. “A rádio tradicional é pontual: transmitiu, acabou. Na internet, o conteúdo perpetua-se”, diz Ricardo Tacioli, da Cultura Brasil, versão online da antiga Cultura AM, uma das muitas rádios tradicionais que estão aprendendo a se reinventar com a internet.

Uma saída inteligente, se compararmos com setores como a indústria fonográfica, que preferiu brigar contra a internet a aprender a sobreviver no século 21.(Filipe Serrado e Tatiana de Mello Dias, do O Estado de S. Paulo).


retirado do site www.carosouvintes.org.br

UMA LEITURA INTERESSANTE...

Sem-Fio e Telecom - Criação

O brasileiro que inventou o rádio

25/07/2006 17:15

Por: Fábio Fernandes

Livro conta a história do padre brasileiro cientista genial que acreditava na comunicação sem fio.

Em que momento cai um mito? Quando, exatamente, deixamos de acreditar no que nos dizem os livros oficiais de história e mergulhamos a fundo nos fatos históricos, nos acontecimentos? Quando, para ficarmos apenas num exemplo, Tiradentes deixa de ser simplesmente “o mártir da independência” que lemos nos livros escolares para ser o conspirador revolucionário que foi envolvido numa trama complexa (também semi-ignorada pelos livros escolares, que chamam simplesmente a conspiração de “Inconfidência Mineira” e estamos conversados) e condenado à morte e à infâmia?

Nos últimos anos, uma série de ótimos livros têm colaborado para erradicar de uma vez por todas a idéia de que o brasileiro não tem memória. Ao que parece, essa idéia nunca passou de um mito, pois sempre há quem nos lembre de que somos muito mais do que o infame senso comum nos tenta fazer acreditar (quanto à questão de quem ajuda a disseminar esse senso comum, ou seja, de quem é o interesse que não tenhamos memória, isso será assunto para outro dia).

Que os leitores mais jovens do Webinsider não se espantem com esta diatribe inicial. Ela é conseqüência direta da educação de primeiro grau recebida pela geração que hoje está na casa dos quarenta (na qual acabei de entrar) e que pouco fez além de entupir as cabecinhas (que por isso mesmo ficaram um tanto cabeçudas) com dados e cognomes, bem à moda da historiografia positivista, cuja única preocupação era elaborar listas de fatos, sem lhes dar a devida análise e contextualização. E quantos nomes, por questões políticas, entre outras, não ficaram de fora dessas listas?

Um dos nomes esquecidos por décadas foi o do padre gaúcho Roberto Landell de Moura. E um livro que está ajudando a resgatar o nome desse inventor é Padre Landell de Moura – Um Herói sem Glória (Record). Escrito pelo jornalista Hamilton Almeida, Padre Landell de Moura… conta a história de um padre que não se contentou com o púlpito e a pregação religiosa. Seu rebanho era outro: a ciência.

Landell era antes de tudo um cientista. Na adolescência, como a maioria dos jovens de sua geração, era curioso pelos fenômenos não só biológicos como também elétricos – afinal, a eletricidade ainda era novidade no Brasil do final do século dezenove (Landell nascera em 1861). O tamanho de sua curiosidade e a amplitude das áreas do conhecimento que gostava de investigar podem ser aferidos por um simples fragmento de manuscrito: “…fiz algumas composições químicas, tais como a para extrair a cárie dos dentes. Construí um telefone. Fiz a autópsia de um gato, e estudei a influência que podia ter sobre ele a eletricidade atmosférica.” E arremata, só para humilhar: “Tinha, então, 16 anos.”

Um herói sem glória – até agora

Façam os cálculos. Landell nasceu em 1861. Seu telefone fora inventado, portanto, em 1877. A primeira experiência de Graham Bell com seu invento data de 1876, e o Imperador D. Pedro II (o primeiro brasileiro a possuir oficialmente um aparelho telefônico) só teria o seu telefone no ano seguinte. Praticamente ao mesmo tempo, portanto, que o jovem gaúcho de Porto Alegre, que, escusado dizer, não pertencia à nobreza nem tinha qualquer contato com Bell e muito menos com o imperador.

Perdoe-me a igreja católica, mas padre Landell era o diabo. Pintava e bordava – ou, seria melhor dizer, soldava e montava? Fosse como fosse, Landell acreditava piamente na comunicação a distância sem a necessidade de fios, e lutou durante anos para construir aparelhos que pudessem transmitir a voz humana e aperfeiçoar o sistema já existente de telefonia.

Não estava sozinho. Outros cientistas, como Nikola Tesla e Guglielmo Marconi, pensavam o mesmo. Tesla é o criador da corrente alternada, e trabalhou com Thomas Edison em uma série de projetos que envolviam emissão de ondas sem fio. Marconi não ficou atrás: obteve o apoio dos governos italiano e norte-americano (além de financistas britânicos) para a construção de antenas e transmissores.

Landell tinha uma coisa em comum com Tesla e Marconi, além da perserverança: assim como eles, também foi para os Estados Unidos, certo de que a famosa Terra das Oportunidades seria o lugar ideal para mostrar seus inventos. Conseguiu patentear uma série deles, mas não conseguiu expô-los.

Em 1900, no alto de Santana

Seria pior no Brasil. Embora, em 1900, uma experiência bem-sucedida de transmissão de som tivesse acontecido no alto de Santana, na cidade de São Paulo (noticiada inclusive pelo Jornal do Commercio), os aparelhos de padre Landell não foram levados a sério em seu próprio país. Por isso passou o ano de 1904 nos EUA para patentear seus principais inventos: o “Wireless Telegraph” (telégrafo sem fio), o “Wireless Telephone” (telefone sem fio), e o “Wave Transmitter” (transmissor de ondas). As patentes foram obtidas, mas a duração delas era limitada (17 anos), e ninguém manifestou interesse em comercializá-las. Cientistas como Marconi não acreditavam na viabilidade dos sistemas utilizados por Landell. Um deles? A transmissão por ondas de luz.

Hoje considerado (mais um clichê positivista) “um homem à frente de seu tempo”, Landell não foi tratado como deveria. Embora não tivesse conseguido apoio nem dos governos nem da própria igreja, padre Landell continuou vivendo dentro dos cânones católicos. Chegou a se tornar monsenhor um ano antes de morrer, em 1928.

Patentes venceram e foram usadas

E ainda tomou conhecimento de que suas invenções, findo o prazo de duração das patentes, foram apropriadas pelos americanos. Em entrevista a um jornal brasileiro, declarou que não era menos feliz por isso. “Eu vi sempre nas minhas descobertas uma dádiva de Deus”, acrescentando que sempre trabalhara pelo bem da humanidade. Padre Landell não queria dinheiro: queria apenas o merecido reconhecimento por ter feito parte da história das telecomunicações.

O livro de Hamilton Almeida contém relatos detalhados e excertos dos manuscritos de Landell. É uma excelente fonte de informação para cientistas, coleguinhas da imprensa e todo e qualquer brasileiro que (sem nacionalismos exacerbados, por favor) deseje conhecer algo mais a respeito de um homem que deu a vida pela ciência num país que está pouco se lixando para seus gênios.

Sobre o Autor

Fábio Fernandes (zeroabsoluto@gmail.com) é jornalista, escritor e tradutor.

Url original: http://webinsider.uol.com.br/index.php/2006/07/25/o-brasileiro-que-inventou-o-radio/
Publicada em: 25/07/2006 17:15
Impresso em: 22/09/2009
vtardin@webinsider.com.br

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

estamos nessa...

PARA CONHECER

Guglielmo Marconi (Bolonha, 25 de abril de 1874Roma, 20 de julho de 1937) foi um físico italiano.

Inventor do primeiro sistema prático de telegrafia sem fios, em 1896. Marconi plagiou estudos apresentados em 1897 por Nikola Tesla para em 1899 realizar a primeira transmissão pelo canal da mancha. A teoria de que as ondas electromagnéticas poderiam propagar-se no espaço, formulada por James Clerk Maxwell, e comprovada pelas experiências de Heinrich Hertz, em 1888, foi utilizada por Marconi entre 1894 e 1895. Ele tinha apenas vinte anos, em 1894, quando transformou o celeiro da casa onde morava em laboratório e estudou os princípios elementares de uma transmissão radiotelegráfica, uma bateria para fornecer eletricidade, uma bobina de indução para aumentar a força, uma faísca elétrica emitida entre duas bolas de metal gerando uma oscilação semelhante as estudadas por Hertz, um Coesor, como o inventado por Branly, situado a alguns metros de distância, ao ser atingido pelas ondas, acionava uma bateria e fazia uma campainha tocar.

Em 1896, foi para a Inglaterra, depois de verificar que não havia nenhum interesse por suas experiências na Itália. Em 1899, teve sucesso na transmissão sem fios do código Morse através do canal da Mancha. Dois anos mais tarde, conseguiu que sinais radiotelegráficos (a letra S do código Morse) emitidos de Inglaterra, fossem escutados claramente em St. Johns, no Labrador, atravessando o Atlântico Norte. A partir daí, fez muitas descobertas básicas na técnica radio. Em 1909, recebeu, com Karl Ferdinand Braun, o Nobel de Física, no mesmo ano 1,7 mil pessoas são salvas de um naufrágio graças ao sistema de radiotelegrafia de Marconi.em 1912 a companhia de marconi já produzia aparelhos de rádio em larga escala, particularmente para navios. Em 1915, durante e depois da primeira guerra mundial assumiu várias missões diplomáticas em nome da Itália, em 1919 foi o delegado italiano na Conferência de paz de Paris.

Em sua infância, passava muito tempo viajando com a sua mãe Annie, que adorava a região do porto de Livorno, na costa oeste da Itália, onde vivia sua irmã, dessas viagens a Livorno, surge o amor de Marconi pelo mar. Em livorno estava instalada uma academia da marinha real italiana, a Regia Marina, Marconi tinha o incentivo do pai(Giusepe) para entrar na academia naval, mas não conseguiu, no entanto, seu amor pelo mar o acompanhou durante toda vida. Em 1920 partiu para sua primeira viagem no "Elettra", um navio de 61m que comprou e equipou para ser seu laboratório no estudo de ondas curtas e também seu lar, além da família, as cabines do Elettra vivia cheias de visitantes ilustres, entre eles os reis da Itália, da espanha e George V e a Rainha Mary da inglaterra, as festas no Elettra ficaram famosas pelas músicas transmitidas pelo Rádio diretamente de Londres. A empresa de Marconi montou o novo Imperial Wireless Scheme", destinado a montar estações de ondas curtas em todo território britânico. Em 1929, em reconhecimento por seu trabalho, recebeu do rei da Itália o título de marquês. em 12/10/1931 acendeu, apertando um botão em Roma, as luzes do Cristo redentor na noite de inauguração da estátua.

Em Outubro de 1943, a Suprema Corte dos EUA considerou ser falsa a reclamação de Marconi que afirmava nunca ter lido as patentes de Nikola Tesla e determinou que não havia nada no trabalho de Marconi que não tivesse sido anteriormente descoberto por Tesla. Infelizmente, Tesla tinha morrido nove meses antes.

No entanto, e muito embora Marconi não tenha sido o inventor de nenhum dispositivo em particular (ao usar a bobina de Ruhmkorff e um faiscador na emissão, repetiu Hertz, e usou o radiocondutor de Branly na recepção, acrescentando a antena de Popov a ambos os casos) parece ser possível afirmar que Marconi é, na verdade, o inventor da rádio, visto que ninguém, antes dele, teve a ideia de usar as ondas hertzianas com o objectivo da comunicação (exceto Landell de Moura).

Fonte: Wikipedia

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Emissoras tradicionais se voltam para a internet




legítimas representantes da velha mídia, as rádios tradicionais estão rebolando para chegar ao novo público – aquele que já não fica sentado esperando a informação chegar. Não tem jeito: a internet é um caminho sem volta. E, para chegar às pessoas hoje, é preciso mergulhar na rede. A Rádio Cultura AM, de São Paulo, passou por uma grande mudança na semana passada. Seu site simples de uma só página deu lugar a um novo, cheio de conteúdo e com a transmissão ao vivo dos estúdios. “Nossa ideia é conquistar novos públicos. Transmitindo só em AM, ficamos longe dos jovens. Eles vão direto à FM, às vezes nem isso”, disse ao Link Gioconda Bordon, diretora de rádio da Cultura.


legítimas representantes da velha mídia, as rádios tradicionais estão rebolando para chegar ao novo público – aquele que já não fica sentado esperando a informação chegar. Não tem jeito: a internet é um caminho sem volta. E, para chegar às pessoas hoje, é preciso mergulhar na rede. A Rádio Cultura AM, de São Paulo, passou por uma grande mudança na semana passada. Seu site simples de uma só página deu lugar a um novo, cheio de conteúdo e com a transmissão ao vivo dos estúdios. “Nossa ideia é conquistar novos públicos. Transmitindo só em AM, ficamos longe dos jovens. Eles vão direto à FM, às vezes nem isso”, disse ao Link Gioconda Bordon, diretora de rádio da Cultura.

O investimento no campo digital passou pelo rebatismo da rádio – que agora se chama Cultura Brasil – e pela mudança na programação, profundamente influenciada pela interatividade do Radar Cultura, programa em que o público escolhe a programação. O programa era circunscrito a três horas diárias na programação da rádio, mas caiu no gosto do público: com 14 mil cadastrados e 2.500 acessos diários, os ouvintes (ou internautas) opinam, votam e até enviam programas para tocar no rádio. E grande parte deles ouve a rádio pela internet, bem longe de aparelhos que captam ondas AM. A rádio pretende, no futuro, desenvolver aplicativos para celular. A última moda das emissoras, aliás, é criar aplicativos do iPhone para que elas possam ser sintonizadas no celular da Apple que, curiosamente, não tem antena de rádio. A transmissão é feita pela internet, usando a rede de dados da operadora ou uma conexão Wi-Fi.

A verdade é que o rádio está sendo o melhor exemplo de integração completa da velha mídia, analógica, com a nova, digital. E as emissoras estão muito contentes com isso, esperando encontrar um novo público, mais amplo, e desenvolver novas ferramentas integradas com a web e o celular. Por estes motivos, nesta semana o Grupo de Profissionais de Rádio (GPR) promove um seminário em São Paulo para discutir o rádio na internet (mais informações pelo site http://www.gpradio.com.br/). “A internet ampliou a cobertura do rádio e conquistou uma audiência que nunca teve. As pessoas, mesmo no trabalho, continuam ouvindo a programação durante o dia, o que antes era impossível. Comercialmente muda muito. O desafio agora é saber como medir essa audiência nova”, disse Mariangela Ribeiro, uma das diretoras do GPR e organizadora do seminário. Não há números consolidados, mas um estudo do Comitê Gestor da Internet aponta que 42% dos internautas ouvem rádio na web. O mesmo dado é verificado em outra pesquisa, patrocinada pela Deloitte, chamada O Futuro da Mídia. De acordo com ela, os brasileiros gastam, em média, 2,3 horas por semana ouvindo rádio na web. Sobre o método favorito de ouvir música, 14% disseram preferir ouvir emissoras AM/FM; 12%, em rádios na internet; e 10% usam o telefone celular.

De acordo com o Ibope/Netratings cerca de 2,5 milhões de pessoas visitaram sites de rádios em agosto, 6,6% dos internautas ativos no mês, no trabalho e ou em casa.Segundo Miriam Chaves, diretora executiva da Rádio Eldorado, 40% dos ouvintes da emissora também costuma ouvir a programação pela internet. “Mesmo quem ouve música no iPod quer descobrir novas músicas ou saber quais são as notícias do momento. E eles buscam isso no rádio. Está se criando uma nova cultura de audiência, daquelas pessoas que começam a ouvir fora dos horários convencionais, no trabalho ou até de madrugada. Isso obriga a repensar a programação”, afirma.

A transformação do rádio com as tecnologias digitais passa também pelas ferramentas que promovem a participação dos ouvintes. O que antes era feito por meio de cartas e telefonemas, agora ocorre via celular ou computador: emissoras permitem que as pessoas enviem mensagens de texto, e-mail e até tweets com comentários, perguntas, sugestões – e com muito mais agilidade. A participação do público serve de apoio para o próprio programa. Além disso, os sites das rádios começam a explorar os recursos digitais. Muitas emissoras já transmitem ao vivo a gravação em vídeo dos estúdios, colocam playlists de músicas dividas por gênero e algumas até permitem que o usuário vote na programação das músicas. A internet também abriu uma nova oportunidade para rádios AM, antes sujeitas a um áudio de baixa qualidade. “A web é uma forma de ampliar e popularizar nosso canal. Mas acredito que outros formatos continuarão. O ouvinte tem a necessidade de ser um pouco conduzido”, diz [TEXTO]Alceu Maynard, produtor do Radar Cultura.

Uma da principais ferramentas do Território Eldorado, o site da Rádio Eldorado, é o Mural dos jogos de futebol que vai ao ar sempre que começa uma transmissão na rádio, no endereço www.territorioeldorado/futebolaovivo. Ao mesmo tempo em que se ouve a narração do jogo, é possível acompanhar no Mural todo o conteúdo do site ligado ao futebol, como o chat com os internautas, comentários para os narradores e ver o resumo do jogo, lance a lance, feito pelo portal Estadao.com.br.
Desde que inaugurou a nova plataforma online, o site da Rádio Eldorado aumentou as visitas em 300%, de acordo com a diretora executiva Miriam Chaves. Para ouvintes que procuram música, há playlists de artistas e gêneros específicos. No site ou por meio de um aplicativo instalado no computador (conhecido como ‘widget’) é possível acompanhar a programação ao vivo da rádio, tanto AM quanto FM.

Os shows de programas como Sala do Professor Buchanas e Grandes Encontros também têm transmissão ao vivo, em vídeo, pela internet. Em alguns modelos de celulares da Nokia, que vem com o programa para ouvir rádio pela internet, também é possível sintonizar a Eldorado. Mas o telefone móvel ainda ganhará mais novidades neste semestre. Serão lançados um aplicativo para o iPhone e um canal de comunicação pelo celular, para que os ouvintes enviem mensagens de texto ou deixem recados de voz discando pará um número da rádio. “Como a AM é difícil de ouvir, com a internet valorizamos o jornalismo e a produção de futebol feita pela Eldorado. A web é a salvação da AM”, disse Miriam Chaves. (Filipe Serrano e Tatiana de Mello Dias, do O Estado de São Paulo)

PARA REFLETIR

UMA FRASE QUE ENCONTRAMOS POR AÍ.

“... hoje as invenções modernas ainda são o telefone, o avião, o rádio...” palavras de Bob Dylan que li, não lembro aonde.(www.lucianopires.com.br)


VEJA ESTE COMENTÁRIO POSTADO NO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA.

Radio Cearense, que a terra lhe seja leve, sem direito de espernear. Os responsáveis, os ouvintes, os radialistas, os técnicos semearam ventos e colherão tempestades. Profissionais mediocres e ouvintes inconsequentes merecem o que têem. A "Associação" lutou o desesperado e bom combate. Perdeu. Era uma vez, o bom radio cearense, paraibano, Potiguar, Pernambucano. fui.
Francisco Assis Santana, Contador - Fortaleza

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

HISTÓRIA DO RÁDIO - VEJA ALGUMAS INFORMAÇÕES HISTÓRICAS SOBRE O AMIGO RÁDIO


UMA BREVE HISTÓRIA DO RÁDIO AM NO BRASIL

1893 - ORIGEM DO RÁDIO - O gaúcho Roberto Landell de Moura descobre as transmissões de rádio. No entanto, o italiano Guglielmo Marconi é oficialmente tido como o criador do rádio. Uma polêmica comparável a de Santos Dumont contra os irmãos Wright. Clique aqui para saber um pouco da vida de Landell de Moura.

1919-1923 - Outra polêmica envolve o surgimento da primeira emissora de rádio no Brasil. Oficialmente se credita à Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, o pioneirismo, em 1923. Mas a Rádio Clube de Pernambuco (até hoje no ar), de Recife, quatro anos antes já realizou suas primeiras transmissões radiofônicas.

Anos 20 - Nessa época, o rádio funcionava sem fins comerciais. Não havia ainda a chamada publicidade no rádio, que só viria em 1927 e ganharia fôlego nos anos 30. Antes disso, haviam as chamadas "rádios clubes" ou "rádios sociedades", ou seja, rádios com programação elitista e raio de irradiação limitado, organizadas por pessoas da alta burguesia, que além de sustentarem as emissoras, forneciam suas coleções de discos, geralmente de música clássica.

1936 - Surge a Rádio Nacional, PRK-30, no Rio de Janeiro. Ela se tornaria um marco na história do rádio, com seus programas de auditório, suas comédias e suas radionovelas. Entre o final dos anos 30 e a primeira metade dos anos 50 a Nacional seria uma das líderes de audiência do rádio brasileiro, exportando sua programação, gravada e dias depois transmitida, em outras cidades brasileiras. Clique aqui para ler um texto do jornalista carioca Sérgio Cabral sobre o auge da Rádio Nacional.

1938 - Surge a Rádio Globo do Rio de Janeiro, que décadas depois seria a rádio AM mais popular do país, renovando o fôlego do rádio que havia sido abalado com o surgimento da televisão. Na época, estava vigente a ditadura do presidente Getúlio Vargas, denominada de Estado Novo, e o ditador aproveitou o poder do rádio (copiando a eficácia do veículo na propagação do nazismo na Alemanha) para desenvolver uma imagem positiva do governo, associada à cultura e os anseios imediatos do povo.

Década de 40 - Os anos dourados do rádio brasileiro. A cultura brasileira viveu um de seus melhores momentos, apesar dos primeiros anos da década estarem relacionados ao duro governo do Estado Novo. Todavia, as canções populares e os programas de auditório tiveram seu grande período de criatividade e popularidade, fazendo do rádio, sobretudo da Nacional, um dos veículos mais prestigiados no Brasil. Muitos dos comunicadores, criadores e produtores que vieram fazer a história da comunicação e das artes surgiram neste período e alguns se encontram até hoje ativos no rádio e na televisão.

Década de 50 - Surge a televisão e o rádio é obrigado a se transformar. Surgem as primeiras transmissões de radiojornalismo e as transmissões esportivas, que apareceram nos anos 30, se multiplicam e ganham mais popularidade. Apesar da ameaça, o rádio AM, mesmo no final dos anos dourados e abandonando os programas de auditório que migraram para a TV, continuou forte e bastante popular.

1955 - Outra polêmica envolve a origem do rádio FM. A Rádio Clube reivindica o pioneirismo da Frequência Modulada já no final dos anos 30. A Rádio Imprensa, do Rio de Janeiro, veio nos anos 50. Em caráter experimental, a Rádio Imprensa foi fundada pela empresária Anna Khoury e nos primeiros anos sua transmissão era limitada às instalações da emissora. A Imprensa durou 45 anos, e na virada do milênio, em dezembro de 2000, foi extinta, dando lugar à Jovem Pan Rio, uma associação de Marlene Mattos, empresária da Xuxa, com o apresentador Luciano Huck.

Década de 60 - O rádio AM assume as caraterísticas atuais. No lugar dos programas de auditório, aparecem programas de variedades comandados por locutores de boa voz e excelente estilo comunicativo. Se popularizam os programas esportivos e os policiais e, num outro segmento, surgem as AMs de hit-parade, antecipando o formato "adulto contemporâneo" das FMs. A Rádio Tamoio AM, do Rio de Janeiro, era uma delas.

1969 - O Ministério das Comunicações havia surgido em 25 de fevereiro de 1967. Com a ditadura militar planejando um grande esquema de censura e manipulação ideológica, o rádio AM é incluído entre as instituições e pessoas físicas consideradas "subversivas". Surge o rádio FM, arma usada pela ditadura para promover a alienação da população, não somente pela programação musical, mas pelos arremedos de programação AM que eram transmitidos sobretudo no interior do país.

Anos 70 - O rádio AM, que era tido como "subversivo" em 1969, nos anos posteriores a 1974, quando a ditadura se afrouxou, através do governo Ernesto Geisel, passou a ser considerado como o rádio de "brega". Apesar disso, sua popularidade e credibilidade continuavam intatas e a juventude ainda ouvia as emissoras AM. Na segunda metade da década, o rádio FM entra num crescimento surpreendente, mas ainda não conseguiu ameaçar o universo das AMs.

Anos 80 / Primeira Metade - A princípio o rádio AM continua com popularidade similar a dos anos 70. Mas o rádio FM avança em popularidade crescente, sobretudo entre os jovens. A segmentação das FMs em estilos musicais diferentes começa a ser uma realidade, com rádios de adulto contemporâneo de diversos níveis, como o pop (que inclui música romântica e disco music) e o sofisticado (somente jazz, blues, soft rock e MPB), além da popularização das rádios de rock a partir da Fluminense FM (Niterói) e 97 FM (ABC paulista), entre outras.

Anos 80 / Segunda metade - O rádio AM, em 1985, sofre um duro golpe, tanto pelo esnobismo de jovens abastados, que tinham preconceito a coisas antigas, quanto pela politicagem, através das concessões de rádio e TV promovidas pelo governo Sarney a todos aqueles que, políticos ou não, apoiavam a politicagem da direita brasileira. Muitos donos de rádio FM, incompetentes para o rádio, acabaram expandindo os arremedos de rádio AM nas FMs.

1990 / 2000 - Época da promiscuidade do rádio. O rádio AM sofre um preconceito cada vez maior e a segmentação das FMs se dilui e, muitas vezes, se descarateriza em prol da mesmice do comercialismo. Os efeitos nocivos da politicagem do governo Sarney surgem, não apenas no rádio do interior do país, mas em muitas FMs "idôneas" que seguem um perfil neoliberal moderado.

2001 - Uma nova tecnologia pode surgir. É a tecnologia digital, que dará um som mais potente à Amplitude Modulada. Chiados e "pipocamento" serão eliminados e o som será tão bom quanto o FM. É prevista uma revolução radiofônica que pode reverter a migração da programação AM para as FMs, causando o processo inverso, e pode até atrair interesse de quem se recusava radicalmente a investir no rádio AM. Com o AM digital, um novo fôlego para o AM será enfim dado.


nota: Estas informações foram encontradas na Internet com nome de ALEXANDRE FIGUEIREDO.

QUEM É O OUVINTE DE RÁDIO

O ouvinte de rádio é aquele que está sempre em busca de um programa de rádio que seja seu companheiro nas noites de insônia. Que lhe dê cidadania e que seja seu alento nas horas de angústia ou de aflições. O ouvinte de rádio gosta de um rádio que lhe dê informações, conselhos, dicas de saúde, alegria na boa música e que gere companheirismo e amizade. A existência dos ouvintes é vital para o rádio embora muitos nem pensem assim e ache que o rádio existe para que os radialistas digam o que quer sem se preocupar com quem está do outro lado da mensagem. O ouvinte do rádio tem dado muita alegria a este meio de comunicação , pois saem de sua participação informações, questionamentos, idéias e ajuda a quem precisa. Muito do que existe hoje na comunicação é fruto da relação ouvinte x radialista que tem de ser sempre salutar para que a comunicação tenha sempre um processo democrático e cultivador dos ideais de ética e cidadania para o bem de todos. Dia 21 de Setembro está em lei municipal a existência do dia do ouvinte - a estes que são a razão de ser do rádio nossas congrutaluções.

para pensar e acordar...

Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que há falta de amor.

HOJE TEM ADÍSIA SÁ NA RÁDIO O POVO / CBN

Debates Especiais entrevista Adísia Sá

O programa é transmitido, ao vivo, pela rádio O POVO/CBN 1010 e pelo portal O POVO Online, das 11h às 13h


20 Set 2009 - 11h10min

A professora e jornalista Adísia Sá é a entrevistada desta segunda-feira, 21, do projeto Debates Especiais Grandes Nomes que é apresentado pelo jornalista Plínio Bortolotti. Adísia Sá será entrevistada pelos jornalistas Regina Ribeiro, Yanna Guimarães, Débora Soares e Lisiane Mossmann.

O programa é transmitido, ao vivo, pela rádio O POVO/CBN 1010 e pelo portal O POVO Online, das 11h às 13h.

O público pode participar do programa enviando perguntas pelo O POVO Online e pelo telefone (85) 3255 6306.

O projeto Debates Especiais Grandes Nomes foi aberto na última sexta-feira, 18, com entrevista do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Franklin Martins, e continua até a sexta-feira, 25.

Clique aqui para enviar sua pergunta

domingo, 20 de setembro de 2009

Rádio é cidadania

O rádio está conosco
Em cada situação
Enchendo nossa vida
De amor e satisfação
Com notícia da boa
E verdade de ação

RECLAMAÇÃO DOS OUVINTES

Alguns ouvintes andam reclamando da suposta parcialidade do comentarista Sérgio Ponte em relação aos jogos do Ceará. Para esses ouvintes o radialista "adora" criticar o Ceará Sporting Club em seus jogos e toda vez que o Ceará perde o mesmo não deixa de aproveitar para fazer ironias e brincadeiras o que parece que ele está satisfeito com as derrotas do Ceará. Parece que o radialista tem alguma coisa como o time alvinegro. Rádio é para ser feito de forma imparcial.

UMA MANHÃ DE ALEGRIAS

Os ouvintes estiveram na Praça do Ferreira neste dia 19 para comemorar seu dia - Além da prestação de serviços e da alegria estampada nos rostos dos ouvintes tivemos presença de radialistas como LUIZ CRUZ, VALMIR SANTOS, TEREZINHA DE JESUS , LOURDES AMORIM e o povo que soube o que era ser ouvinte de rádio. Uma pena que nossas emissoras de TV e nossos jornais esqueceram que o ouvinte merece ser valorizado. Tivemos também a cobertura ao Vivo do Programa Grande Jornal da Rádio AM DO POVO / CBN como o excelente e versátil repórter LUCAS LEITE. Foi uma beleza de evento.







sábado, 19 de setembro de 2009

hoje tem ouvinte na Praça

A ASSOCIAÇÃO DE OUVINTES DE RÁDIO ESTÁ PROMOVENDO UM DIA DE SERVIÇOS NA PRAÇA DO FERREIRA COM O OBJETIVO DE VALORIZAR AQUELE QUE É A ALMA DO RÁDIO : O OUVINTE. NÃO PODEMOS ESQUECER QUE QUEM OUVE RÁDIO SABE DE SUA IMPORTÂNCIA E CONHECE SEU VALOR. VALORIZAR O OUVINTE É, SOBRETUDO VALORIZAR O RÁDIO.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ENQUETE SOBRE O RÁDIO

O GRUPO PROFISSIONAIS DO RÁDIO esta realizando uma enquete sobre o rádio.
Para acessar e participar é só buscar o site www.radioenquete.com.br

A CONFERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO E O RÁDIO

Vem aí a CONFERÊNCIA DAS COMUNICAÇÕES E O RÁDIO COMO SEMPRE VEM SENDO ALIJADO DO PROCESSO.
ALIÁS GRANDE PARTE DO QUE SE PASSA NOS PROCESSOS DE ORGANIZAÇÃO DESSA CONFERÊNCIA VEM SENDO PROPOSTA PELOS INTERESSES DE GRUPOS POLÍTICOS E O POVO?

SINCERAMENTE NÃO DÁ...

Misturar prestação de serviços com Futebol, sinceramente é o fim da picada. Seria bom que a Rádio AM DO POVO repensasse sua programação. Há ouvintes reclamando...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A NOSSA HOMENAGEM

No próximo dia 19 de setembro de 2.009 (sábado) na Praça do Ferreira (Projeto o Ouvinte e o Rádio na Praça) no horário de 08:00h às 13:00h, um evento dedicado a nós ouvintes de rádio alusivo ao "Dia do Ouvinte de Rádio" ( 21 de setembro Lei Municipal Nº 9.165 22/02/2007) promovido pela nossa Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará – AOUVIR/CE . Na oportunidade haverá exposição de rádios das mais diversas épocas, atrações musicais, vídeos e registros históricos do rádio cearense e brasileiro e serviços de utilidade pública. Venha e traga sua família. Será uma manhã de prestação de serviços, cultura e lazer. Esperamos você lá!!!

VÍRUS NO RÁDIO ON LINE???

Rádio on-line infectada
Pode um hacker "injetar" no stream de uma rádio de internet um código com um trojan e armazená-lo na pasta de arquivos temporários?
José Eduardo (via Twitter)
Um invasor precisa explorar uma brecha no Windows Media Player, por exemplo, para infectar o PC por meio de um arquivo multimídia. (Foto: Reprodução)
O invasor teria de usar alguma brecha no seu reprodutor de música, ou seja, qual for o software que está sendo usado para ouvir a rádio. E ele também teria de usar alguma vulnerabilidade no servidor responsável pela rádio, para conseguir alterar o conteúdo da transmissão. A maneira mais fácil de fazer isso seria alterando o próprio arquivo que direciona o reprodutor multimídia à rádio. Arquivos com a extensão “.asf” são usados para esse propósito, por exemplo, e já foram encontradas brechas e problemas no Windows Media Player no processamento desses arquivos. Sobre armazenar o vírus na pasta de arquivos temporários, o navegador web sempre armazena todos os arquivos que baixa (inclusive o “.asf”, que pode levar você para uma rádio web) na pasta de arquivos temporários de internet. Um antivírus que iria detectar o arquivo “.asf” malicioso, salvo na pasta de arquivos temporários. Em outras palavras, a pasta de arquivos temporários de internet é a localização natural de qualquer conteúdo baixado pelo navegador, seja este conteúdo legítimo ou malicioso.
No entanto, se realmente houvesse um vírus e ele fosse executado com sucesso, o invasor provavelmente poderia armazená-lo em qualquer outra pasta do PC em que seu usuário tenha permissão de escrita. Ou seja, se você está usando o computador como administrador (
não recomendado pela coluna), o vírus poderia se alojar até mesmo nas pastas de sistema. A recomendação geral para evitar esse tipo de ataque é manter todos os programas atualizados – especialmente aqueles que interagem com conteúdo na web, já que este é o meio mais simples para um invasor tentar instalar um vírus no seu sistema.

>>> Postado no site www.g1.com.br

OS ALÔS...

Por que será que alguns radialistas mandam tantos "alôs" geralmente para os figurões da política e para grandes empresários? Mistério...

PERSONAGENS DO RÁDIO - BARROS DE ALENCAR..


BARROS DE ALENCAR..


POR ONDE ANDA ?
Atualmente está participando do programa Kaká Siqueira na Rádio Record AM (1.000 kHz - São Paulo/SP), onde apresenta o quadro "Momento Barros de Alencar".
BREVE HISTÓRICO:
Comunicador, radialista, cantor e apresentador de TV.
Paraíbano da cidade de Uiraúna, nasceu no dia 5 de agosto. Começou na Rádio Borburema, em Campina Grande - PB.
Depois passou por Recife, Fortaleza e Belo Horizonte até chegar a cidade de São Paulo.
Na Capital paulista passou pela antiga Rádio Tupi de São Paulo, Record e América.
Na década de 80, comandou seu programa na TV Record, levando ao ar os grande sucessos musicais da época.
Mais informações sobre personagens do rádio acesse o site www.bastidoresdoradio.com