quarta-feira, 9 de novembro de 2011

reflita sobre este texto

25/10/2011

Precisa-se de orientação

Saiu recentemente uma entrevista com o ator Eduardo Sterblitch, conhecido como o Freddie Mercury Prateado do programa “Pânico na TV”, na qual o ator diz que desistiu de sua peça, uma vez que “o teatro não tem mais importância, principalmente para o jovem”.

Será que sempre nós, jovens, temos que ser os culpados de tudo? Por que sempre somos os culpados por algo que, em muitas vezes, não cometemos? É lógico: os adultos, mimados e infantis, não podem assumir seus próprios erros.

Quantos jovens de baixa renda vão ao teatro, sendo que a meia-entrada para uma megaprodução (ou até mesmo de uma pequena produção) varia de R$ 35 a R$ 90?

Os políticos, adultos e supostamente sábios, são responsáveis por altos cargos que residem em nosso país, sendo uma de suas responsabilidades integrar povo e cultura. Mas a verdade é que eles pedem votos, não cumprem promessas, desviam dinheiro de verbas públicas para suas campanhas, causam desastres em vários setores de nossa política interna e ainda têm a coragem e a cara de pau de retornar quatro anos depois em nossos televisores com sorriso no rosto e campanhas trazendo farsantes satisfeitos com seu mandato, isso apenas para se promoverem e conseguirem mais votos. O jovem é apenas um dos resultados do despotismo brasileiro.

Claro, os adultos podem nos orientar a não cair na cilada de votar em péssimos governantes. Porém, a influência de professores de extrema esquerda --que defendem o PT por ajudar os mais necessitados, embora seja um dos partidos mais corrompidos de nosso país ou que defendem partidos de extrema direita, como o DEM e o PSDB que acabaram com a maioria das escolas públicas de São Paulo e que também estão envolvidos em escândalos-– podem prejudicar o jovem, criando mentes “não-pensantes”, movidas e influenciadas pelas decisões de terceiros e das massas ao seu redor sem ter uma real noção da ideologia do partido no qual vota.

Falta também nos meios de comunicação, principalmente nos jornais televisivos e especialmente o “Jornal Nacional” da Rede Globo, que é um dos mais vistos em nosso país, a responsabilidade de se posicionar em relação ao que ocorre em nosso governo. Os jornais televisivos têm se tornado tão imparciais ao ponto de apenas citarem os fatos, sem contestá-los ou debatê-los com a população.

E por que não ensinam ao jovem um pouco de política na sala de aula? Imagine só! Imagine política como matéria obrigatória! Como discutiremos a criação da Palestina em escolas judaicas ortodoxas? O aborto nas aulas de religião de escolas católicas e evangélicas? O conservadorismo religioso que os adultos ensinam aos jovens, em sua maioria, é sujo e sem fundamento, corrompendo o jovem mais uma vez. Mas essa mudança não vai ocorrer, uma vez que, com o povo esperto, acabaria a ignorância, que sempre foi e será a “melhor amiga” para arrancar votos da população. E o melhor modo de arrancar votos da sociedade é mantê-la na ignorância desde a juventude. Eis um dos motivos para os políticos não mexerem na educação. Eles formam nas escolas, sejam particulares ou públicas, seus futuros eleitores.

Então a culpa é realmente do jovem ou do adulto que o corrompeu toda sua vida? Apenas os jovens interessados e que se desvinculam das massas, seja na mídia, na política, no que for, conseguem ter análises próprias de nossa política e vão atrás de cultura e do fim da corrupção (quem liderou e organizou a maioria das marchas?). Mas esses jovens não são a maioria. A maioria continua sem saber as oportunidades e os reais problemas do nosso país e não estão ligados ao mundo do teatro, preferindo assim gastar R$ 50 numa balada qualquer para se divertir. O Brasil não vai mudar até alguém debater esses fatos nas casas ou nas salas de aula.

Por Felipe Gonçalves Guimarães

Fonte: blog do folhateen - www.folhaonline.com.br

A IMPORTÂNCIA DO RADIOAMADOR - VEJA ESTA REPORTAGEM

Radioamador: um importante aliado da comunicação

Os radioamadores foram responsáveis por aumentar o alcance da comunicação em todo o mundo. No último sábado, 5, foi comemorado no Brasil o Dia do Radioamador.
A história desse meio tão importante para comunicação se inicia com os experimentos do padre brasileiro Roberto Landell de Moura e do italiano Guglielmo Marconi, que estabeleceram as primeiras transmissões de rádio no final do século 19 e início do século 20. Através dessa forma de comunicação, que tem como código a telegrafia, foi possível não apenas aproximar pessoas.
A história do radioamadorismo contém um impressionante relatório das várias emergências, catástrofes, epidemias e tantos outros fatos, nos quais os radioamadores, com habilidade e devoção, e até mesmo com o sacrifício pessoal, serviram às suas comunidades e trouxeram recursos rápidos àqueles que necessitavam.
Embora hoje com as novas tecnologias e a comunicação cada vez mais rápida com os telefones celulares e a internet, alguns amantes do radioamadorismo ainda cultivam a prática.
Em Rio Grande, o aposentado Adão Cavalcante de 76 anos relembra a importância desse meio de comunicação no Município. Um dos fundadores da Associação Rio-grandina de Rádio e Comunicação em 1980, ele conta que o primeiro trabalho realizado pelos radioamadores da associação foi uma campanha de vacinação contra Paralisia Infantil. Na ocasião, eles auxiliaram utilizando carros com rádios. “Por exemplo, se faltassem doses da vacina na Ilha dos Marinheiros, nós avisávamos pelo rádio”, explica. Outra grande contribuição da associação foi durante uma enchente ocorrida nos anos 80 em Pedro Osório (RS). Foi através do rádio que um dos moradores conseguiu buscar ajuda em Rio Grande e se iniciou uma campanha para arrecadação de gêneros alimentícios, material de higiene, roupas, entre outros.
Mas antes disso, os radioamadores já atuavam no Município. Entre tantas histórias, Cavalcante, conhecido como PY3BGO, conta que, em 1976, um rio-grandino precisava avisar com urgência sobre o problema de saúde da mãe ao irmão que era coronel do Exército e estava no Rio de Janeiro. “Na época, não havia como se comunicar. Nós, radioamadores, tínhamos a rodada Patrulha da Madrugada, e entramos em contato com o Rio de Janeiro e conseguimos avisar esse coronel, que imediatamente se deslocou para cá. Ele ficou muito agradecido na época”, relembra.
Cavalcante era eletricista quando começou a estudar em 1957, telegrafia na PPJ, que pertencia a Companhia Costeira de Navegação. Operando com rádio, transmissores de última geração, era possível se comunicar com países como Estados Unidos, França, Rússia entre outros. A partir dos anos 60, ele passou então a dar aulas de telegrafia no Município. Ele conta que seu primeiro aluno foi o médico Jacy Plasse. Durante cerca de 22 anos, ele teve mais de 40 alunos.

Encontro com as novas tecnologias
Depois de aposentado, Cavalcante decidiu ir para Porto Alegre, onde trabalhou como zelador em um condomínio. Mas, antes disso, precisou passar por um curso de informática durante 30 dias para aprender a manusear com o computador. “Foi aí que aprendi também a usar a internet”, disse. Hoje ele também se considera um internauta já que gosta de navegar até a madrugada, e utiliza e-mails para se comunicar com radioamadores do Rio de Janeiro, com quem fez amizade, e de outras cidades do Rio Grande do Sul.
A internet também diminuiu a distância entre eles e as filhas Maria Lúcia, que mora em Porto Alegre, e Sandra, que mora em Pelotas. A terceira filha, Jurema atualmente reside em Rio Grande. A esposa, Irene Cavalcante de 80 anos também gosta de rádio, mas não costuma utilizar a ferramenta. Além dos e-mails com amigos, o aposentado gosta também de fazer pesquisas na internet sobre histórias, lê notícias, entre outros.
A comunicação por rádio não ficou completamente esquecida. Sempre que pode, ele participa de rodadas com radioamadores, troca informações sobre o clima, para não deixar morrer a prática que tanto gosta. Através do radioamadorismo, ele aprendeu a falar espanhol e fez amizades no Uruguai. “Tenho muitas doces recordações. Para mim, o rádio representa o passado gostoso e feliz. E a internet é o meu presente que possibilitou ampliar conhecimentos”, afirma.
Cavalcante também é sócio do rádio clube Noiva do Mar, que é regulamentado pela Anatel e tem antena na Vila da Quinta. A entidade foi fundada no ano passado e tem a finalidade de atuar em casos de emergências. Além disso, ele costuma participar de encontros entre radioamadores que acontecem na região. O último foi realizado no Município em setembro de 2010, e o próximo acontece no dia 11 de dezembro em Canguçu. 
Por Melina Brum Cezar
fonte:http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=3&n=19778