MÍDIA RADIOFÔNICA
Mistérios que rondam o rádio
Por Francisco Djacyr S. de Souza em 17/3/2009
Por Francisco Djacyr S. de Souza em 17/3/2009
Normalmente temos ouvido que o rádio passa por crises e que seus supostos proprietários não têm condições de investir em sua melhoria, crescimento e interatividade. O que vemos em alguns casos é um processo de sucateamento e perda da qualidade no meio rádio que vem acontecendo de forma bastante rápida e perigosa para o futuro da comunicação.
Em algumas rádios a tendência tem sido se unir a redes nacionais e deixar a programação nas mãos de emissoras do sul maravilha – que tem poder, porém não tem a cara de nosso povo nem da cultura local. Alegam para isso que o rádio não dá dinheiro e que somente com afiliação é possível manter o funcionamento das rádios. Em virtude dessas modificações, vários profissionais perdem espaço na programação e as mudanças acabam por não se adequar aos interesses dos ouvintes, que perdem espaço no comentário, no conhecimento e na concretização da cidadania participativa e democrática.
Mas há muitos mistérios no meio rádio que muitos procuram esconder ou preferem que ninguém conheça. Os principais mistérios deste meio de comunicação estão na lucratividade, pois a olhos nus parece que há prejuízo no rádio, porém se há tanto prejuízo por que será que tantos políticos e empresários se utilizam dos mais diversos meios para conseguirem concessões de rádio? Por que grupos religiosos insistem em arrendar as rádios? Por que é tão difícil para o cidadão comum conseguir uma concessão de rádio? Por que não conhecemos a viabilidade econômica deste meio? Por que os Congressos de radiodifusão não colocam em claros a crise do rádio?
Luta foi sempre rechaçada
Perguntas como estas precisam ser respondidas e debatidas, mas há um problema: ninguém quer abrir a caixa preta do rádio... Ninguém pesquisa a crise (que existe) nem seus motivos.
É urgentíssima uma mudança nos hábitos da população em relação ao rádio. É preciso crescer o número de organismos que unam os ouvintes em prol da melhoria do rádio e no respeito aos que fazem este meio de comunicação. O rádio precisa ser modificado e somente ouvintes conscientes poderão efetivar uma luta verdadeira em prol do crescimento deste meio de comunicação – que tem muita importância e certamente jamais irá morrer mesmo com o avanço tecnológico das outras mídias e com o desprezo de muitos jornalistas que teimam em ocultar a importância deste meio de comunicação.
Basta uma análise detalhada dos jornais de circulação de qualquer cidade, e realizar uma estatística de notícias e referências sobre o rádio, que veremos como é mínima é referência a esse meio. Vale ressaltar que em tempos passados as revistas sobre rádio eram inúmeras e tinham sucesso garantido. As revistas de circulação nacional e os tablóides falam quase totalmente na televisão e muito pouco é reservado ao rádio. A Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará (http://www.aouvir.com.br/) já tentou inúmeras vezes pautar a discussão sobre o rádio e a luta pela comunicação democrática e foi sempre rechaçada pelos editores, que parecem não ver o rádio como meio de comunicação.
Comunicação desrespeitosa e truncada
É vital que se abra um debate firme sobre o rádio, sabendo de sua viabilidade, compreendendo sua importância, mostrando a forma correta de programar este meio e dar a todos a oportunidade de conhecer sua história, sua evolução e seu papel nos dias de hoje. Para que todos saibam, no rádio são realizados casamentos, pessoas curam-se de depressão, informações de todo tipo são dadas e muitos se utilizam deste meio para conquistar espaço na política. Muitos departamentos de governo pautam ações a partir da reclamação dos ouvintes. Como se vê, o rádio não é o que os jornalistas pensam. Tem importância, sim, e muitas vezes a pauta é riquíssima se for feita de forma séria e verdadeira.
Não compreendemos o fato de muitos jornalistas das revistas de circulação nacional emitirem tão pouco conhecimento sobre o rádio. Não aceitamos que o rádio não tenha espaço nos programas jornalísticos e nas páginas dos jornais, uma injustiça que tem de ser reparada.
Para o rádio crescer, é preciso união entre os que fazem o rádio e muita organização dos que ouvem rádio, pois não dá para conviver com comunicação desrespeitosa e informação trucada e fora da realidade – que normalmente é pautada pelos interesses políticos, econômicos e religiosos do grupo que detém a concessão. É preciso que se compreenda e se evidencie urgentemente a importância deste meio, que tem história, verdade e, sobretudo, papel forte na melhoria da vida do povo e no fortalecimento da justiça social.
Em algumas rádios a tendência tem sido se unir a redes nacionais e deixar a programação nas mãos de emissoras do sul maravilha – que tem poder, porém não tem a cara de nosso povo nem da cultura local. Alegam para isso que o rádio não dá dinheiro e que somente com afiliação é possível manter o funcionamento das rádios. Em virtude dessas modificações, vários profissionais perdem espaço na programação e as mudanças acabam por não se adequar aos interesses dos ouvintes, que perdem espaço no comentário, no conhecimento e na concretização da cidadania participativa e democrática.
Mas há muitos mistérios no meio rádio que muitos procuram esconder ou preferem que ninguém conheça. Os principais mistérios deste meio de comunicação estão na lucratividade, pois a olhos nus parece que há prejuízo no rádio, porém se há tanto prejuízo por que será que tantos políticos e empresários se utilizam dos mais diversos meios para conseguirem concessões de rádio? Por que grupos religiosos insistem em arrendar as rádios? Por que é tão difícil para o cidadão comum conseguir uma concessão de rádio? Por que não conhecemos a viabilidade econômica deste meio? Por que os Congressos de radiodifusão não colocam em claros a crise do rádio?
Luta foi sempre rechaçada
Perguntas como estas precisam ser respondidas e debatidas, mas há um problema: ninguém quer abrir a caixa preta do rádio... Ninguém pesquisa a crise (que existe) nem seus motivos.
É urgentíssima uma mudança nos hábitos da população em relação ao rádio. É preciso crescer o número de organismos que unam os ouvintes em prol da melhoria do rádio e no respeito aos que fazem este meio de comunicação. O rádio precisa ser modificado e somente ouvintes conscientes poderão efetivar uma luta verdadeira em prol do crescimento deste meio de comunicação – que tem muita importância e certamente jamais irá morrer mesmo com o avanço tecnológico das outras mídias e com o desprezo de muitos jornalistas que teimam em ocultar a importância deste meio de comunicação.
Basta uma análise detalhada dos jornais de circulação de qualquer cidade, e realizar uma estatística de notícias e referências sobre o rádio, que veremos como é mínima é referência a esse meio. Vale ressaltar que em tempos passados as revistas sobre rádio eram inúmeras e tinham sucesso garantido. As revistas de circulação nacional e os tablóides falam quase totalmente na televisão e muito pouco é reservado ao rádio. A Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará (http://www.aouvir.com.br/) já tentou inúmeras vezes pautar a discussão sobre o rádio e a luta pela comunicação democrática e foi sempre rechaçada pelos editores, que parecem não ver o rádio como meio de comunicação.
Comunicação desrespeitosa e truncada
É vital que se abra um debate firme sobre o rádio, sabendo de sua viabilidade, compreendendo sua importância, mostrando a forma correta de programar este meio e dar a todos a oportunidade de conhecer sua história, sua evolução e seu papel nos dias de hoje. Para que todos saibam, no rádio são realizados casamentos, pessoas curam-se de depressão, informações de todo tipo são dadas e muitos se utilizam deste meio para conquistar espaço na política. Muitos departamentos de governo pautam ações a partir da reclamação dos ouvintes. Como se vê, o rádio não é o que os jornalistas pensam. Tem importância, sim, e muitas vezes a pauta é riquíssima se for feita de forma séria e verdadeira.
Não compreendemos o fato de muitos jornalistas das revistas de circulação nacional emitirem tão pouco conhecimento sobre o rádio. Não aceitamos que o rádio não tenha espaço nos programas jornalísticos e nas páginas dos jornais, uma injustiça que tem de ser reparada.
Para o rádio crescer, é preciso união entre os que fazem o rádio e muita organização dos que ouvem rádio, pois não dá para conviver com comunicação desrespeitosa e informação trucada e fora da realidade – que normalmente é pautada pelos interesses políticos, econômicos e religiosos do grupo que detém a concessão. É preciso que se compreenda e se evidencie urgentemente a importância deste meio, que tem história, verdade e, sobretudo, papel forte na melhoria da vida do povo e no fortalecimento da justiça social.
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