quinta-feira, 19 de março de 2009

NOTA DE FALECIMENTO


O RÁDIO CEARENSE PERDE UMA DE SUAS NOTÁVEIS OUVINTES - FALECEU HOJE A SENHORA TEREZINHA EVARISTO MAIS CONHECIDA COMO TEREZINHA DO CRISTO REDENTOR. UMA MULHER SIMPLES, MODESTA, PORÉM GRANDIOSA NO SEU PRAZER DE VIVER ESTAVA SEMPRE RINDO DIZIA O QUE PENSAVA, AMAVA O RÁDIO , RESPEITAVA OS LOCUTORES E PARTICIPAVA ATIVAMENTE DA LUTA PELO RÁDIO CIDADÃO. OBRIGADO TEREZINHA, VÁ COM DEUS E SAIBA QUE VOCÊ FEZ HISTÓRIA NO NOSSO CORAÇÃO E NO MUNDO DO RÁDIO.


NOSSAS CONDOLÊNCIAS À FAMÍLIA E NOSSOS SENTIMENTOS MAIS SINCEROS DE PESAR.

HÁ COISA BOA NO RÁDIO FM


A rádio FM UNIVERSITÁRIA já vem veiculando há quase 19 anos o Programa Frequência Beatles que remomora momentos musicais deste grupo musical que revolucionou a música em seu período de auge e até nos dias de hoje. É um programa vibrante que traz informações , curiosidades e revive este grupo com muita qualidade e conhecimento jornalístico.

Veja aqui a apresentação do Programa retirado do site http://www.nelsons.com.br/

O programa Freqüência Beatles que vai ao ar todo sábado a partir das 18 horas pela Rádio Universitária FM 107,9 Mhz de Fortaleza existe desde 1990 quando beatlemaníacos cearenses que se conheceram durante os shows da primeira vinda de Paul McCartney ao Brasil. Até os dias de hoje o programa Freqüência Beatles se tornou a referência dos Fab Four no Ceará atuando com sua extensão, a Banda Rubber Soul que sempre faz shows em Fortaleza e em algumas cidades do interior, mantendo viva e "ao vivo" a música dos Beatles. Sendo o programa que possue uma das grandes audiências da Rádio Universitára FM de Fortaleza, o Frequência Beatles tem como colaboradores Fábio Parente, Francisco Parente, Márcia Carneiro e Vladimir Lima, todos sob o comando do jornalista Nelson Augusto. Os quadros enfocados no programa Freqüência Beatles são: O Foco da Semana, Beatles News, Carreira Solo de John, Paul, George e Ringo, Beatles Ao Vivo, Beatles Cover, além atender os pedidos musicais e responder todas as consultas dos ouvintes. Para os ouvintes do outros estados e países, o programa Freqüência Beatles também disponibiliza sua emissão pela Internet através do site www.nelsons.com.br . A banda Rubber Soul também divulga suas atividades em http://www.rubbersoul.hpg.com.br/

vamos lutar pelo rádio aqui e agora



A luta pelo rádio tem de envolver a todos os membros da sociedade vivemos problemas sérios no meio rádio e sabemos que a situação do rádio AM em nosso estado é grave e por isso precisamos agir fortemente.Há programas de rádio que são vigorosos, respeitosos e dignos. No entanto, há também programas que não tem sintonia alguma com os ouvintes. Precisamos unir todos em prol do rádio cidadão. Porém é preciso antes de tudo catalisar um processo de união , respeito e busca do bem comum para o rádio crescer e ser antes de tudo instrumento de democracia, sabedoria e respeito aos anseios dos cidadãos.

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MÍDIA RADIOFÔNICA

Mistérios que rondam o rádio
Por Francisco Djacyr S. de Souza em 17/3/2009

Normalmente temos ouvido que o rádio passa por crises e que seus supostos proprietários não têm condições de investir em sua melhoria, crescimento e interatividade. O que vemos em alguns casos é um processo de sucateamento e perda da qualidade no meio rádio que vem acontecendo de forma bastante rápida e perigosa para o futuro da comunicação.
Em algumas rádios a tendência tem sido se unir a redes nacionais e deixar a programação nas mãos de emissoras do sul maravilha – que tem poder, porém não tem a cara de nosso povo nem da cultura local. Alegam para isso que o rádio não dá dinheiro e que somente com afiliação é possível manter o funcionamento das rádios. Em virtude dessas modificações, vários profissionais perdem espaço na programação e as mudanças acabam por não se adequar aos interesses dos ouvintes, que perdem espaço no comentário, no conhecimento e na concretização da cidadania participativa e democrática.
Mas há muitos mistérios no meio rádio que muitos procuram esconder ou preferem que ninguém conheça. Os principais mistérios deste meio de comunicação estão na lucratividade, pois a olhos nus parece que há prejuízo no rádio, porém se há tanto prejuízo por que será que tantos políticos e empresários se utilizam dos mais diversos meios para conseguirem concessões de rádio? Por que grupos religiosos insistem em arrendar as rádios? Por que é tão difícil para o cidadão comum conseguir uma concessão de rádio? Por que não conhecemos a viabilidade econômica deste meio? Por que os Congressos de radiodifusão não colocam em claros a crise do rádio?
Luta foi sempre rechaçada
Perguntas como estas precisam ser respondidas e debatidas, mas há um problema: ninguém quer abrir a caixa preta do rádio... Ninguém pesquisa a crise (que existe) nem seus motivos.
É urgentíssima uma mudança nos hábitos da população em relação ao rádio. É preciso crescer o número de organismos que unam os ouvintes em prol da melhoria do rádio e no respeito aos que fazem este meio de comunicação. O rádio precisa ser modificado e somente ouvintes conscientes poderão efetivar uma luta verdadeira em prol do crescimento deste meio de comunicação – que tem muita importância e certamente jamais irá morrer mesmo com o avanço tecnológico das outras mídias e com o desprezo de muitos jornalistas que teimam em ocultar a importância deste meio de comunicação.
Basta uma análise detalhada dos jornais de circulação de qualquer cidade, e realizar uma estatística de notícias e referências sobre o rádio, que veremos como é mínima é referência a esse meio. Vale ressaltar que em tempos passados as revistas sobre rádio eram inúmeras e tinham sucesso garantido. As revistas de circulação nacional e os tablóides falam quase totalmente na televisão e muito pouco é reservado ao rádio. A Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará (http://www.aouvir.com.br/) já tentou inúmeras vezes pautar a discussão sobre o rádio e a luta pela comunicação democrática e foi sempre rechaçada pelos editores, que parecem não ver o rádio como meio de comunicação.
Comunicação desrespeitosa e truncada
É vital que se abra um debate firme sobre o rádio, sabendo de sua viabilidade, compreendendo sua importância, mostrando a forma correta de programar este meio e dar a todos a oportunidade de conhecer sua história, sua evolução e seu papel nos dias de hoje. Para que todos saibam, no rádio são realizados casamentos, pessoas curam-se de depressão, informações de todo tipo são dadas e muitos se utilizam deste meio para conquistar espaço na política. Muitos departamentos de governo pautam ações a partir da reclamação dos ouvintes. Como se vê, o rádio não é o que os jornalistas pensam. Tem importância, sim, e muitas vezes a pauta é riquíssima se for feita de forma séria e verdadeira.
Não compreendemos o fato de muitos jornalistas das revistas de circulação nacional emitirem tão pouco conhecimento sobre o rádio. Não aceitamos que o rádio não tenha espaço nos programas jornalísticos e nas páginas dos jornais, uma injustiça que tem de ser reparada.
Para o rádio crescer, é preciso união entre os que fazem o rádio e muita organização dos que ouvem rádio, pois não dá para conviver com comunicação desrespeitosa e informação trucada e fora da realidade – que normalmente é pautada pelos interesses políticos, econômicos e religiosos do grupo que detém a concessão. É preciso que se compreenda e se evidencie urgentemente a importância deste meio, que tem história, verdade e, sobretudo, papel forte na melhoria da vida do povo e no fortalecimento da justiça social.

quarta-feira, 18 de março de 2009

ACONSELHAMOS ESTE FILME








FILME - UMA ONDA NO AR - RÁDIO FAVELA



Este filme é interessante e mostra a importância dada ao rádio em locais onde os poderes públicos se afastaram do povo. Mostra também a essência do que era a Rádio Comunitária hoje desvirtuada de sua função por alguns grupos políticos e religiosos. Vale a pena assistir e compreender o sentido da história



Jorge, Brau, Roque e Zequiel são quatro jovens amigos que vivem em uma favela de Belo Horizonte e sonham em criar uma rádio que seja a voz do local onde vivem. Eles conseguem transformar seu sonho em realidade ao criar a Rádio Favela, que logo conquista os moradores locais por dar voz aos excluídos, mesmo operando na ilegalidade. O sucesso da rádio comunitária repercute fora da favela, trazendo também inimigos para o grupo, que acaba enfrentando a repressão policial para a extinção da rádio.
Premiações- Recebeu uma indicação ao Grande Prêmio Cinema Brasil, na categoria de Melhor Direção de Arte.
- Ganhou 2 Kikitos de Ouro, no Festival de Gramado, nas seguintes categorias: Prêmio Especial do Júri e Melhor Ator (Alexandre Moreno).
Curiosidades- Inicialmente o título original do filme seria Uma Rádio na Favela.
- O custo de produção de Uma Onda no Ar foi de R$ 1,7 milhão.
- Parte da arrecadação conseguida com Uma Onda no Ar será destinada à Rádio Favela FM, de Belo Horizonte.
- O processo de seleção dos atores de Uma Onda no Ar ocorreu em junho de 2000, quando foram convocados pela mídia jovens negros para testes. Foram inscritos mais de 3000 candidatos em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
- Para se preparar para seu papel em Uma Onda no Ar, o ator Adolfo Moura visitou oficinas de eletrônica para aprender a soldar e manusear ferramentas e peças.
- Uma Onda no Ar foi totalmente rodado em Belo Horizonte, com locações no morro e na cidade. Somente as cenas na cadeia e no interior dos barracos foram rodadas em estúdio.
nota: informações retiradas do site www.adorocinema.com.br

REVIVENDO AS RADIONOVELAS




A rádio Pitaguary AM - 1340 Khz vem desenvolvendo uma ação que resgata em nossa cidade o tempo das radionovelas. Aos sábados vem apresentando um Programa chamado Histórias do além onde são dramatizadas situações de histórias de terror. O legal desta ação é que as histórias sãos dramatizadas por radioatores e se aproveita da tecnologia para fazer os efeitos especiais que antes eram feitas pelos sonoplastas.


Interessante este projeto e merece realmente aplausos. Parabéns aos que fazem a rádio Pitaguary.

E O VENTO LEVOU - NO TEMPO DOS RECLAMES







No tempo dos reclames
Barbosa Lessa*
Em recente matéria de capa, focalizando a moderna questão do aluno-cliente empurrando as escolas para a competição de mercado, Extra Classe entrevistou o publicitário Norton Flores na área de marketing. "Hoje é importante para a escola particular buscar informar aos pais as diferenças de sua oferta para subsidiar a escolha".
Sou metido a escarafunchar imagens do passado e peço vênia para, humildemente, dizer que isto não é de agora, vem de longe. Para comprová-lo, basta passar os olhos pelos dois principais veículos de comunicação de Porto Alegre há um século atrás, o "Anuário" de Graciano Azambuja e o "Almanaque" de Alfredo Ferreira Rodrigues. Intercalados à rica matéria literária e informativa, ressaltam os vistosos anúncios - melhor dito, reclames - dos cofres e fogões Berta, dos revendedores de máquinas de costura Singer, da H. Theo Moller, da Livraria do Globo, do arquiteto e construtor R. Ahrons, do Banco da Província, dos grandes armazéns, das lojas de bijuterias e... das escolas particulares.
Vejamos o "Almanaque do Rio Grande do Sul" para 1898.
O Colégio Cecília Corseuil oferece curso primário e secundário para meninas, com aulas especiais de costura, corte e bordados.
O Colégio Rio-Grandense, dirigido por Apeles Porto Alegre, apresenta-se ao público como "o mais antigo da capital" (fundado em 1870). Cursos primário e secundário. O secundário se divide em preparatório, "com todas as disciplinas exigidas para a matrícula nas academias do país", e facultativo, que ensina escrituração mercantil, aritmética comercial, italiano, desenho, música, etc.
Já a Escola Brasileira apresenta-se como "o colégio mais freqüentado da capital". Aceita externos, pensionistas e semi-pensionistas. Além do ensino primário e de preparatórios, há cursos especiais de desenho, música, escrituração mercantil e ginástica. Garantia de sucesso oferecida pelo diretor Inácio Montanha, do externato, e André Puente, do internato.
O Colégio Ivo Corseuil prepara alunos para o comércio, empregos públicos e admissão em cursos superiores. E aceita um número limitado de pensionistas menores de 14 anos, garantindo "bons cuidados materiais, boa higiene, vida familiar e educação esmerada".
Dentre tantas opções, é só escolher a que pareça melhor. Mas ainda não havia a TV nem os grandes painéis de out-door...
* Luiz Carlos Barbosa Lessa é historiador, folclorista e escritor