segunda-feira, 25 de maio de 2009

UMA LEITURA INTERESSANTE


Lixo e sociedade
É notório explicitar sobre as estatísticas relacionadas à deposição dos lixos nos municípios brasileiros. Deparamos, sobretudo, com uma situação assustadora: cerca de 80% das cidades dispõem seus Resíduos Sólidos Urbanos em lixões a céu aberto. Situação que acarreta comprometimentos ao meio ambiente e à saúde da população: surgimento de foco e vetores transmissores de enfermidades, mau odor, degradação da paisagem urbana e rural, contaminações do solo, lençol freático e lixiviação do chorume drenados para os corpos d´águas.Nos lixões, há proliferação de barracos dos catadores, originando inúmeros problemas de caráter físico/social, marginalidade, bem estar, o qual confunde com o conceito de lixo. Situação esta que deve ser refutada, melhor administrada pelos gestores públicos, no âmbito municipal, estadual e federal. Em vista dos fatos, é fundamental que governo e sociedade assumam novas atitudes, visando gerenciar, com parâmetros técnicos, a grande quantidade e diversidade de lixo produzido diariamente nas empresas/indústrias, órgãos públicos, residências, hospitais, oficinas, consultórios e restaurantes. Portanto, é preciso inverter o modelo atual, programar a prática do conhecido ´3 Rs´-Reduzir, Reutilizar e Reciclar - evitando a vultosa produção de lixo, a espera de que ´alguém´ venha assumir a sua gestão.Para isso, precisa modificar hábitos e atitudes educativas, por exemplo: utilizar as duas faces do papel nos escritórios, imprimir somente o essencial, otimização de espaços e mensagens, adotar práticas de reciclagens, utilizar nas compras sacolas de tecidos e outros materiais, substituindo os famigerados sacos plásticos. Habituar a separar os resíduos orgânicos/inorgânicos, que facilitam a prática da reciclagem. Separar os resíduos perigosos como: pilhas, baterias, lâmpadas, materiais de limpeza, os medicamentos, as tintas e produtos químicos danosos à saúde humana.São hábitos de educação aconselháveis para que possamos incorporar no dia-a-dia a melhoria do meio ambiente, boas condições de saúde pública e qualidade de vida. Direito de todos.

* Pesquisador/engenheiro florestal - DIÁRIO DO NORDESTE - 24 DE MAIO DE 2009

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