Brasil é o quarto país do mundo a adotar rádio digital. Nossas principais emissoras já transmitem assim, mas nossos aparelhos ainda são analógicos. Quando forem digitais, poderão receber textos e imagens.
Por Paulo Rebêlo (reportagem)
No mês passado o rádio completou 83 anos no Brasil. Apesar de não ser uma data fechada, marcou o início de uma nova e significativa etapa no País: a transmissão digital.
As principais emissoras brasileiras já começaram a transmitir a programação com a tecnologia, proporcionando um ganho considerável na qualidade do áudio. Em termos concretos, você pode escutar rádio AM com qualidade de FM e ouvir as músicas FM com qualidade de CD.
No entanto, para usufruir da regalia, é preciso ter um aparelho habilitado para receber os sinais transmitidos digitalmente, diferente do sinal analógico utilizado hoje em dia pelos aparelhos de som.
Como prega a lei do mercado, o preço ainda é bem alto por ser novidade, mas já se apresenta como uma alternativa viável em médio prazo. De acordo com a Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Aesp), em dez anos toda a malha radiofônica do Brasil será digital.
Por enquanto, as únicas emissoras com transmissão digital são as rádios dos grupos Eldorado, Bandeirantes, Jovem Pan, RBS e Sistema Globo de Rádio, mas nenhuma na Região Norte/Nordeste. Outras 30 emissoras já solicitaram autorização à Anatel e devem começar os testes em breve. Para os atuais aparelhos de rádio, nada muda. Com a recepção analógica dos radinhos de hoje, o usuário não percebe mudança na qualidade do som.
O padrão escolhido pelo governo brasileiro é o americano :In Band On Channel” (Iboc, na sigla em inglês), abrindo mão da opção européia de “Digital Radio Mondiale” (DRM).
A diferença é que o sistema europeu não permite a transmissão simultânea da programação em analógico e digital, ou seja, deixaria todo mundo fora do ar. O Brasil é o quarto país do mundo a adotar rádio digital, atrás dos Estados Unidos, Canadá e México.
Vantagem não é apenas a qualidade do som
Além de ouvir estações de rádio com qualidade de CD, o sistema digital possui outras vantagens bem interessantes ao ouvinte. A primeira é que não há interferência, tão comum em rádios AM. Um liquidificador ou o motor do carro podem causar interferência na transmissão analógica, por exemplo.
Outra vantagem é a convergência de mídias, já que o aparelho de rádio digital pode receber textos e imagens.
Nos Estados Unidos, onde o serviço está mais consolidado – e é pago – o ouvinte recebe informações sobre o clima e o trânsito, com direito a mapas e imagens. No Brasil, durante o período de testes, tudo será gratuito.
Ainda não há definição sobre preços futuros. Pelas próximas semanas, novos aparelhos digitais devem chegar ao mercado, principalmente nos sites de comércio eletrônico. O preço é salgado: aparelhos fixos entre R$ 700 e R$ 1.000 e automotivos entre R$ 550 e R$ 700 inicialmente. [Webinsider] (com Folha de Pernambuco)
Sobre o autor
Paulo Rebêlo (rebelo@webinsider.com.br) é subeditor do Webinsider.
Por Paulo Rebêlo (reportagem)
No mês passado o rádio completou 83 anos no Brasil. Apesar de não ser uma data fechada, marcou o início de uma nova e significativa etapa no País: a transmissão digital.
As principais emissoras brasileiras já começaram a transmitir a programação com a tecnologia, proporcionando um ganho considerável na qualidade do áudio. Em termos concretos, você pode escutar rádio AM com qualidade de FM e ouvir as músicas FM com qualidade de CD.
No entanto, para usufruir da regalia, é preciso ter um aparelho habilitado para receber os sinais transmitidos digitalmente, diferente do sinal analógico utilizado hoje em dia pelos aparelhos de som.
Como prega a lei do mercado, o preço ainda é bem alto por ser novidade, mas já se apresenta como uma alternativa viável em médio prazo. De acordo com a Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Aesp), em dez anos toda a malha radiofônica do Brasil será digital.
Por enquanto, as únicas emissoras com transmissão digital são as rádios dos grupos Eldorado, Bandeirantes, Jovem Pan, RBS e Sistema Globo de Rádio, mas nenhuma na Região Norte/Nordeste. Outras 30 emissoras já solicitaram autorização à Anatel e devem começar os testes em breve. Para os atuais aparelhos de rádio, nada muda. Com a recepção analógica dos radinhos de hoje, o usuário não percebe mudança na qualidade do som.
O padrão escolhido pelo governo brasileiro é o americano :In Band On Channel” (Iboc, na sigla em inglês), abrindo mão da opção européia de “Digital Radio Mondiale” (DRM).
A diferença é que o sistema europeu não permite a transmissão simultânea da programação em analógico e digital, ou seja, deixaria todo mundo fora do ar. O Brasil é o quarto país do mundo a adotar rádio digital, atrás dos Estados Unidos, Canadá e México.
Vantagem não é apenas a qualidade do som
Além de ouvir estações de rádio com qualidade de CD, o sistema digital possui outras vantagens bem interessantes ao ouvinte. A primeira é que não há interferência, tão comum em rádios AM. Um liquidificador ou o motor do carro podem causar interferência na transmissão analógica, por exemplo.
Outra vantagem é a convergência de mídias, já que o aparelho de rádio digital pode receber textos e imagens.
Nos Estados Unidos, onde o serviço está mais consolidado – e é pago – o ouvinte recebe informações sobre o clima e o trânsito, com direito a mapas e imagens. No Brasil, durante o período de testes, tudo será gratuito.
Ainda não há definição sobre preços futuros. Pelas próximas semanas, novos aparelhos digitais devem chegar ao mercado, principalmente nos sites de comércio eletrônico. O preço é salgado: aparelhos fixos entre R$ 700 e R$ 1.000 e automotivos entre R$ 550 e R$ 700 inicialmente. [Webinsider] (com Folha de Pernambuco)
Sobre o autor
Paulo Rebêlo (rebelo@webinsider.com.br) é subeditor do Webinsider.
retirado do site websinder.uol.com.br
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