terça-feira, 11 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
para ler e comentar
UM TIRO NO CORONELISMO ELETRÔNICO
Cinco dias depois de empossada e devidamente enfaixada, a presidente Dilma Roussef através do ministro das Comunicações solta um balão de ensaio que tem o potencial de um tsunami político associado a uma revolução midiática com profundas implicações nos modos, costumes e decoro parlamentar.
Em entrevista à "Folha de S. Paulo" publicada nesta sexta, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, com o seu estilo sóbrio e preciso defendeu de forma inequívoca o fim das concessões de rádio e TV a parlamentares.
Só isso? Pois "isso" é simplesmente extraordinário. "Isso" equivale o fim do coronelismo eletrônico. "Isso" é, há décadas, o sonho da esquerda, dos liberais, dos secularistas, dos cientistas políticos, educadores, líderes comunitários, ONGs e dos congressistas decentes, comprometidos com o interesse público e que não compactuam com ilicitudes. "Isso" é uma colossal aberração que legaliza o conflito de interesses e permite que congressistas controlem as concessões de radiodifusão e, ao mesmo tempo, sejam seus beneficiários.
Paulo Bernardo admitiu ser mais fácil o Congresso iniciar um processo da impeachment do presidente da República do que limitar o aberrante privilégio oferecido aos congressistas. Ele sabe que o mandato no Congresso é um dos melhores negócios do país. Além dos ganhos diretos e indiretos (agora espetacularmente ampliados), os membros do egrégio Legislativo federal podem participar da mamata das concessões e assim se reeleger indefinidamente graças ao poder das rádios e repetidoras de TV dentro dos seus currais eleitorais.
Quem iniciou a prática foi um antecessor de Paulo Bernardo, Antonio Carlos Magalhães, o Toninho Malvadeza, que generosamente distribuiu concessões de radiodifusão aos congressistas para que votassem a extensão do mandato do Presidente Sarney. A Constituição de 1988 proíbe esta duplicidade, o decoro parlamentar deveria inibi-la, mas como soe acontecer nestas plagas a prática universalizou-se. Na legislatura que se encerra dentro de dias, calcula-se que metade dos parlamentares é constituída de concessionários de rádio e TV (muitos de forma indireta através de "laranjas" e parentes com sobrenomes diferentes). E o mesmo José Sarney que inventou o benefício há 20 anos agora é o seu mais visível beneficiário: sua família controla a mídia eletrônica maranhense o que torna o seu jornal imbatível, apesar da péssima qualidade.
Aceitará Sarney o fim do privilégio? Ele que teve a coragem de contraditar Dilma Roussef durante a cerimônia de posse designando-a como presidente, no lugar de presidenta (como ela se auto-intitulou) terá a mesma fibra para confrontar um governo que ajudou a eleger e prometeu apoiar? O vice-Presidente, Michel Temer, aparentemente, não é concessionário de rádio e TV, mas terá apetite para enfrentar os caciques do PMDB já irritados com a interrupção da distribuição de cargos no segundo escalão e a real possibilidade de corte de verbas para as emendas de parlamentares?
Paulo Bernardo terá condições de, ao menos, levar adiante o debate público? Ou a entrevista à repórter Elvira Lobato foi apenas uma manobra para refrear os insaciáveis apetites do PMDB?
O novo ministro só erra quando se queixa que "o Brasil tem tantos especialistas em comunicação quanto técnicos de futebol." Baixou nele o "espírito Lula" com suas perigosas simplificações e metáforas esportivas. Quem pede mudanças urgentes na legislação do audiovisual não são especialistas em comunicação - são eleitores, ouvintes e telespectadores revoltados com o lixo que os coronéis eletrônicos lhes impingem diariamente há décadas.
publicado originalmente no jornal DIÁRIO DE SÃO PAULO
Cinco dias depois de empossada e devidamente enfaixada, a presidente Dilma Roussef através do ministro das Comunicações solta um balão de ensaio que tem o potencial de um tsunami político associado a uma revolução midiática com profundas implicações nos modos, costumes e decoro parlamentar.
Em entrevista à "Folha de S. Paulo" publicada nesta sexta, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, com o seu estilo sóbrio e preciso defendeu de forma inequívoca o fim das concessões de rádio e TV a parlamentares.
Só isso? Pois "isso" é simplesmente extraordinário. "Isso" equivale o fim do coronelismo eletrônico. "Isso" é, há décadas, o sonho da esquerda, dos liberais, dos secularistas, dos cientistas políticos, educadores, líderes comunitários, ONGs e dos congressistas decentes, comprometidos com o interesse público e que não compactuam com ilicitudes. "Isso" é uma colossal aberração que legaliza o conflito de interesses e permite que congressistas controlem as concessões de radiodifusão e, ao mesmo tempo, sejam seus beneficiários.
Paulo Bernardo admitiu ser mais fácil o Congresso iniciar um processo da impeachment do presidente da República do que limitar o aberrante privilégio oferecido aos congressistas. Ele sabe que o mandato no Congresso é um dos melhores negócios do país. Além dos ganhos diretos e indiretos (agora espetacularmente ampliados), os membros do egrégio Legislativo federal podem participar da mamata das concessões e assim se reeleger indefinidamente graças ao poder das rádios e repetidoras de TV dentro dos seus currais eleitorais.
Quem iniciou a prática foi um antecessor de Paulo Bernardo, Antonio Carlos Magalhães, o Toninho Malvadeza, que generosamente distribuiu concessões de radiodifusão aos congressistas para que votassem a extensão do mandato do Presidente Sarney. A Constituição de 1988 proíbe esta duplicidade, o decoro parlamentar deveria inibi-la, mas como soe acontecer nestas plagas a prática universalizou-se. Na legislatura que se encerra dentro de dias, calcula-se que metade dos parlamentares é constituída de concessionários de rádio e TV (muitos de forma indireta através de "laranjas" e parentes com sobrenomes diferentes). E o mesmo José Sarney que inventou o benefício há 20 anos agora é o seu mais visível beneficiário: sua família controla a mídia eletrônica maranhense o que torna o seu jornal imbatível, apesar da péssima qualidade.
Aceitará Sarney o fim do privilégio? Ele que teve a coragem de contraditar Dilma Roussef durante a cerimônia de posse designando-a como presidente, no lugar de presidenta (como ela se auto-intitulou) terá a mesma fibra para confrontar um governo que ajudou a eleger e prometeu apoiar? O vice-Presidente, Michel Temer, aparentemente, não é concessionário de rádio e TV, mas terá apetite para enfrentar os caciques do PMDB já irritados com a interrupção da distribuição de cargos no segundo escalão e a real possibilidade de corte de verbas para as emendas de parlamentares?
Paulo Bernardo terá condições de, ao menos, levar adiante o debate público? Ou a entrevista à repórter Elvira Lobato foi apenas uma manobra para refrear os insaciáveis apetites do PMDB?
O novo ministro só erra quando se queixa que "o Brasil tem tantos especialistas em comunicação quanto técnicos de futebol." Baixou nele o "espírito Lula" com suas perigosas simplificações e metáforas esportivas. Quem pede mudanças urgentes na legislação do audiovisual não são especialistas em comunicação - são eleitores, ouvintes e telespectadores revoltados com o lixo que os coronéis eletrônicos lhes impingem diariamente há décadas.
publicado originalmente no jornal DIÁRIO DE SÃO PAULO
domingo, 9 de janeiro de 2011
CLAUDIO TERAN SUPERANDO EM TERMOS DE PROGRAMA
A qualidade do programa domingo na globo de Claudio Teran é insofismável, todos os domingos o programa recheado de notícias, comentários abalizados e boas participações dos repórteres Débora Brito, Lúcio Filho e Kilmer de Campos são o tempero para um programa de grande qualidade e de um nível muito bom de informação e conhecimento.
Parabéns à Assunção/Globo por manter este programa.
CONFIDÊNCIAS DE TOM CAVALCANTE
HUMOR. Tom fala sobre a saída de Tiririca
A saída do Tiririca do "Show do Tom" vai provocar uma lacuna. Isso é reconhecido pelo próprio titular do programa, embora os dois tenham combinado que o deputado poderá aparecer de vez em quando. Hoje, Tom Cavalcante conversou conosco aqui em Fortaleza onde se apresenta no Via Sul.
Na entrevista concedida ao nosso programa na rádio Povo-CBN, Tom abordou vários assuntos; lembrou início da carreira, a amizade da galera dos bairros Montese e Jardim América, além de avaliar o atual momento do humor televisivo que registra mudanças como o final do 'Casseta & Planeta', da Rede Globo, e as críticas que se fazem ao 'Zorra Total'. A seguir trechos da entrevista:
FIM DO CASSETA
- A saída do 'Casseta&Planeta' foi muito sem explicação até agora. Todo programa tem seu público. Os índices de audiência que o Zorra Total tem, embora muita gente não goste - eu particularmente não aprecio - mas é um programa que tem seu público, é feito para a criançada. O momento é muito positivo porque o mercado do humor está muito aquecido no País.
O SHOW DO TOM EM 2011
- O Show do Tom continua em 2011. A gente trabalha de acordo com a maré. Eu brinco muito dizendo que estou trepado num coqueiro; pra onde o vento estiver indo, a tendência é acompanhá-lo. O que está dando certo continua, mas há novos quadros. Por enquanto está indo muito bem.
AS RAÍZES
- Quando posso vou ao Montese e Jardim América (bairros de Fortaleza) e revejo a turma do racha. Hoje estou pensando em passar por lá pra dar um abraço na galera. As amizades continuam as mesmas. De alguns, perdi os telefones. Ainda ontem estava procurando o telefone do Stone.
LEMBRANÇAS DE UMA PARCERIA
- Nós dois trabalhamos juntos em rádio. Você lá no início do meu trabalho na Rede Globo me ajudou escrevendo os textos que eu mandava para o Rio e dizia que era eu que os escrevia.
A ELEIÇÃO DE TIRIRICA
- A eleição do Tiririca tem um significado muito grande dentro da história de democracia do País. Um país que lutou pela inserção do povo dentro do processo, tem aí um cara muito popular, simples, mas de uma intuição muito forte.
COMO É O TIRIRICA
No dia a dia, ele é um cara tranquilo, atento. Não é aquele palhaço ingênuo da tevê. É um homem que tem uma história de sofrimento muito grande e aprendeu com esse sofrimento que as coisas da vida são duras e que a realidade faz parte da vida dele. Não é um cara desconectado com o mundo não; ele é muito centrado.
A SAÍDA PARA BRASÍLIA
Com a saída dele para assumir a Câmara, o programa vai ficar com uma lacuna. Mas a gente combinou de vez em quando ele aparecer, muito embora eu saiba que em Brasília a coisa é diferente. Quanto à discussão sobre se ele sabe ler ou não, ele sabe sim e sempre decorava os textos a partir da própria leitura.
fonte; BLOG GENTE DE MÍDIA
sábado, 8 de janeiro de 2011
HOJE TEM TOM CAVALCANTE NO RÁDIO
RÁDIO. Tom Cavalcante na Povo-CBN
Show do humorista no Via Sul sánado e domingoTom Cavalcante nos liga pelo celular para demonstrar, mais uma vez, a cortesia com que sempre nos tratou e convidar-nos para assistir ao seu show que estreia no Via Sul nesta sexta e tem sessões no sábado e domingo. Aliás, ele confirmou entrevista exclusiva ao nosso programa deste sábado na Povo-CBN, a partir das 8 horas.
"Em cena, Tom homenageia grandes ídolos da Música Popular Brasileira. Repetindo trejeitos e caricaturando os cantores, Tom se traveste de Caetano Veloso, Fagner, Maria Bethânia, Fábio Jr. e Roberto Carlos.retirado do blog gente de midia
O espetáculo continua com as performances das criações de Tom que ganharam o gosto popular como o bêbado João Canabrava, personagem no ar desde 1990, na Escolinha do Professor Raimundo; o velho Venâncio e seus causos; e a empregada Jarilene.
A novidade do show é a interpretação de vários políticos e outras personalidades brasileiras que prometem surpreender o público".
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