segunda-feira, 18 de julho de 2011

UMA REFLEXÃO PERTINENTE

A boa notícia é que a confiança não morreu

17/07/11
Os veículos de comunicação ainda destacam as más noticias como manchetes e nós ficamos pensando que o mundo está perdido e que só há fatos ruins acontecendo pelo mundo afora. Mas também podemos e devemos noticiar o bom e o positivo como uma realidade e não como algo em extinção.  É por isso que decidi relatar aqui um fato que merece ser destacado, e que pode acalmar nossas reflexões sobre para onde caminha ser humano. Estou de férias – neste mês de julho – na cidade onde nasci Itajubá – sul de Minas. Embora não resida na cidade desde 1982, costumo visitar a cidade todos os meses – nos últimos anos – e ainda sou cumprimentada nas ruas por aquela turma que não deixou a cidade.
Aqui os carros ainda param para você atravessar a rua, os vizinhos lhe conhecem pelo nome, vamos a velórios porque fazemos questão de nos despedir dos conhecidos e fatos curiosos também acontecem. Curiosos para nós que já estamos envolvidos com a correria do mundo moderno das grandes cidades, onde ficar estressado já virou fato corriqueiro.
Outro dia decidi levar o meu carro para lavar no posto de gasolina ao lado da casa do meu tio, em Itajubá. Perguntei o preço e o funcionário me informou que custaria 7 reais. Que bastaria pagar antecipadamente e deixar o carro. Paguei e perguntei: o senhor não vai me dar nenhum comprovante? Ele disse que não. Fui buscar o carro que estava a duas quadras dali. Deixei-o e fiquei de buscar no final da tarde.
Fui para casa pensando: como o funcionário irá me entregar o carro? E se o veículo não estiver lá? Como vou provar que sou a proprietária? Minhas elucubrações foram extensas e cansativas, até que decidi parar de pensar.
No final da tarde, ao buscar meu veículo, cheguei a conclusão de que em Itajubá, a confiança faz parte da vida dos cidadãos. Desconfiar, duvidar, maldizer sim, é o que não se faz por aqui. Assim sendo, bastava buscar o carro. Ele realmente estava limpinho e cheiroso.
Quem estava contaminada pela desconfiança era eu. A boa notícia é que a confiança aqui em Itajubá não morreu
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