quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

PARA REFLETIR E AGIR

Cadê a identidade do rádio?

6/01/11
Quem gosta de rádio deve estar muito chateado com a situação atual desse meio de comunicação em nosso país. O excesso de prefixos AM e FM, a falta de qualidade dos programas, as cópias das cópias (autêntico papel carbono ou Xerox), excesso de programas religiosos, fizeram o rádio perder a sua identidade. Não é de hoje que essa situação chegou a esse ponto. Não querendo ser saudosista, sendo, o rádio de hoje peca pela falta de identidade. É reduzida nos dias de hoje o número de emissoras que tem identidade própria. Por quê?
Porque o rádio de hoje é uma caricatura de rádio; o rádio de hoje virou uma brincadeira nas mãos dos seus proprietários ou arrendatários. O rádio AM além de perder ouvintes pela melhor qualidade da sintonia do FM peca pela falta de comando, conteúdo, comunicadores, seriedade, terceirizações… As FM já saturaram pela gritaria, músicas sem qualidade, barulhentas, sem falar da pornografia que levam ao ar. E agora tentando mudar esse perfil estão copiando o rádio AM com programas jornalísticos e transmissões esportivas.
Mas, falta identidade às emissoras em ambas as frequências. Faltam diretores de programação, produtores, comunicadores; e no mercado grandes produtores e comunicadores estão desempregados dando lugar aos “amigos” dos comunicadores e dos responsáveis pelas rádios.

E tem as redes nacionais que estão matando cada vez mais o rádio. Exceto programas jornalísticos, tipo Jornal da Manhã da Jovem Pan, Primeira Hora da Bandeirantes, Jornal da Eldorado, o resto não tem apoio do ouvinte de rádio local.
Tem rádio colocando a programação FM no AM. Tem rádio que aboliu sua equipe esportiva e retransmite campeonatos de outros estados colocando no ar as transmissões das emissoras que comandam a rede. Isso sempre foi utilizado na formação de redes para Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, mas, deixar de lado um campeonato do seu estado para transmitir de outra capital é o fim da picada.
É que ficou mais fácil para o patrão. Diminuiu o quadro funcional, diminuíram as despesas e ainda se recebe algum da emissora que comanda a rede. Essa é a realidade.
Quando isso vai mudar, só Deus sabe, porque o Ministério das Comunicações, ABERT e outros segmentos do meio já deveriam ter modificado essa situação. É isso aí.
autor:
Edemar Annuseck
- SITE www.carosouvintes.org.br

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