quinta-feira, 16 de julho de 2009

UMA BOA LEITURA

pior das ditaduras



ditaduradamidia

Acabo de receber por email a divulgação do lançamento do livro “A ditadura da mídia”, de Altamiro Borges.

Com isso teremos mais uma importante ferramenta para conhecermos o funcionamento das corporações de mídia e, a partir daí, compreender a necessidade imperiosa de que elas sejam destruídas. Em seu lugar devem ser construídos meios de comunicação social, nada além do que reza nossa Constituição de 1988.

A ditadura da mídia é a pior entre todas as formas de autoritarismo porque é covarde. Vale-se do monopólio da emissão de palavras e imagens para impor a exploração de um povo.

Combater a ditadura da mídia é lutar por libertação. Vencê-la é livrar o país do imperialismo e de seus lacaios.

Imperialismo, essa palavra sonegada pela ditadura da mídia.

Imperialismo, quem mais se interessa pelo pré-sal e demais riquezas nacionais. Por imperialismo compreenda-se o governo estadunidense, empresas multinacionais, a burguesia local e a direita partidária. Além, é claro, da ditadura da mídia.

Essa que mais dia menos dia vai ser completamente destruída, uma consequencia natural de sua perda de credibilidade e poder de influência, como prevê o autor: “Pesquisas recentes apontam queda de audiência da poderosa TV Globo e da tiragem de jornalões tradicionais”.

Seguem abaixo as informações sobre o livro:

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Lançado o livro “”A ditadura da mídia””

A mídia hegemônica vive um paradoxo. Ela nunca foi tão poderosa no mundo e no Brasil, em decorrência dos avanços tecnológicos nos ramos das comunicações e das telecomunicações, do intenso processo de concentração e monopolização do setor nas últimas décadas e da criminosa desregulamentação do mercado que a deixou livre de qualquer controle público. Atualmente, ela exerce a sua brutal ditadura midiática, manipulando informações e deturpando comportamentos. Na crise de hegemonia dos partidos burgueses, a mídia hegemônica confirma uma velha tese do revolucionário italiano Antonio Gramsci e transforma-se num verdadeiro “partido do capital”.

Por outro lado, ela nunca esteve tão vulnerável e sofreu tantos questionamentos da sociedade. No mundo todo, cresce a resistência ao poder manipulador da mídia, expresso nas mentiras ditadas pela CNN e Fox para justificar a invasão dos EUA no Iraque, na sua ação golpista na Venezuela ou na cobertura tendenciosa de inúmeros processos eleitorais. Alguns governantes, respaldados pelas urnas, decidem enfrentar, com formas e ritmos diferentes, esse poder que se coloca acima do Estado de Direito. Na América Latina rebelde, as mudanças no setor são as mais sensíveis.

No caso do Brasil, a mídia controlada por meia-dúzia de famílias também esbanja poder, mas dá vários sinais de fragilidade. Na acirrada disputa sucessória de 2006, o bombardeio midiático não conseguiu induzir o povo ao retrocesso político. Pesquisas recentes apontam queda de audiência da poderosa TV Globo e da tiragem de jornalões tradicionais. O governo Lula, com todas as suas vacilações, adota medidas para se contrapor à ditadura midiática, como a criação da TV Brasil e a convocação da primeira Conferência Nacional de Comunicação.

Este quadro, com seus paradoxos, coloca em novo patamar a luta pela democratização da mídia e pelo fortalecimento de meios alternativos, contra-hegemônicos, de informação. Este desafio se tornou estratégico. Sem enfrentar a ditadura midiática não haverá avanços na democracia, nas lutas dos trabalhadores por uma vida mais digna, na batalha histórica pela superação da barbárie capitalista e nem mesmo na construção do socialismo. Aos poucos, os partidos de esquerda e os movimentos sociais percebem que esta luta estratégica exige o reforço dos veículos alternativos, a denúncia da mídia burguesa e uma plataforma pela efetiva democratização da comunicação.

O livro A ditadura da mídia tem o modesto objetivo de contribuir com este debate. Não é uma obra acadêmica, mas uma peça de denúncia política. Ela não é neutra nem imparcial, mas visa desmascarar o nefasto poder da mídia hegemônica e formular propostas para a democratização dos meios de comunicação. O livro foi prefaciado pelo professor Venício A. de Lima, um dos maiores especialista no tema no país, e apresenta também um comentário do jornalista Laurindo Lalo Leal Filho, ouvidor da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Ele reúne cinco capítulos:

1- Poder mundial a serviço do capital e das guerras;

2- A mídia na berlinda na América Latina rebelde;

3- Concentração sui generis e os donos da mídia no Brasil;

4- De Getúlio a Lula, histórias da manipulação da imprensa;

5- Outra mídia é urgente: as brechas da democratização.

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