A exposição temática sobre o rádio tem sido muito visitada no Shopping Benfica.
Tem gente importante visitando a gente estiveram por lá:
EX - GOVERNADOR LÚCIO ALCÂNTARA
SECRETÁRIO DE CULTURA FRANCISCO AUTO FILHO
EMPRESÁRIO JOÃO SOARES NETO
APRESENTADOR BETO GUERRA
LOCUTOR ALEXANDRE MAIA
VEREADOR IRAGUASSU TEIXEIRA
RADIALISTA GERSON DO VALE
Em breve estaremos divulgando outros visitantes ilustres...
Em breve fotos do evento...
sábado, 18 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
LEIA E DÊ SUA OPINIÃO...
MUDARAM A DESTINAÇÃO DO RÁDIO
Nestes tempos paradoxos, em que muito se fala no bem e nas coisas boas, os radialistas e donos de concessão de rádio estão mudando o écran e a finalidade precípua da radiodifusão. É de se lamentar que profissionais da radiofonia ainda não tenham tomado conhecimento do Código de Ética dos Radialistas e sua importância para um bom desempenho na difícil profissão de repassar cultura, conhecimentos, notícias nacionais e internacionais, bem como programa de entretenimento voltado para adultos e crianças. O Código do Radialista está inserido no Decreto n.º 84.134, de 30/10/1979, que regulamenta a Lei n.º 6.615, de 16 de dezembro de 1978. São 36 artigos, e o artigo 23 reza o seguinte: "Art. 23 - A jornada de trabalho dos Radialistas que prestem serviços em condições de insalubridade ou periculosidade poderá ser organizada em turnos, respeitada a duração semanal do trabalho, desde que previamente autorizada pelo Ministério do Trabalho.
Uma coisa que achamos estranho é que a maioria dos radialistas possui Carteira de Trabalho, registrada no Ministério, mas os concessionários não empregam os profissionais. A única solução para evitar o desemprego é o arrendamento de um horário na maioria das emissoras. Para não passar por privações os radialistas tem que batalhar por publicidades para manter o seu sustento e o que mais intriga e irrita, é que o dono ainda entra na percentagem da publicidade, diminuindo o lucro do profissional. Se analisarmos o Código artigo por artigo esse tipo de atitude não consta no código epigrafado. É lastimável que isto aconteça, pois cai a qualidade dos programas e a audiência das emissoras, pois muitas vezes acontece o desvirtuamento natural da finalidade radiofônica. Já no artigo 28, observamos o seguinte: "Art. 28 - A empresa não poderá obrigar o Radialista, durante o desempenho de suas funções, a fazer uso de uniformes que contenham símbolos, marcas ou
qualquer mensagem de caráter publicitário".
Quem cumpre estas orientações do código? Quase ninguém. E assim vai vivendo os profissionais de rádio e os ouvintes terão que engolir pornografias, palavras de duplo sentido e de baixo calão. Rever, constantemente, nossa conduta é vigiar-nos sempre, mas, no entanto isso não acontece e a resposta mais cínica é de que o povão gosta. Será que o povão só gosta de pornografias? Ou a apelação tem como respaldo a audiência por meio de processos escusos e fora da ética. Determinada emissora da capital fortalezense conclamava torcedores para um clássico do futebol local, no ar ouvintes se agrediam mutuamente e até ameaças de morte eram transmitidas. Veja até onde chegamos e nos embrenhamos na qualificação de programas culturais, visto que esporte também é cultura. A Associação de Ouvinte de Rádio do Ceará (AOUVIRCE) procurou junto à emissora e o profissional do programa amenizar a situação, mas não conseguindo seu intento teve que entrar com um proce
sso judicial contra o radialista, em nome dos Ouvintes de Rádio do Ceará. A emissora num tom de brutalidade suspendeu a participação dos ouvintes na programação da citada emissora.
Um dos radialistas da emissora que é advogado disse: que não aceitava censura da AOUVIR e de ninguém, mas a preocupação da associação era a calmaria e que confrontos com mortes fossem evitados. Citou ainda que se o papel da associação fosse este nem deveria ter sido criada ou fundada. A coadunação com programas que incentivam a violência foi formalizada nas palavras do radialista defensor da emissora. Nos artigos 19 e 20 fundamentam que: Art. 19 - Não será permitida a cessão ou promessa de cessão dos direitos de autor e dos que lhes são conexos, de que trata a Lei n° 5.988, de 14 de dezembro de 1973, decorrentes da prestação de serviços profissionais. Parágrafo único - Os direitos autorais e conexos dos profissionais serão devidos em decorrência de cada exibição da obra. Art. 20 - A duração normal do trabalho do Radialista é de: 1 - 5 (cinco) horas para os setores de autoria e de locução; II - 6 (seis) horas/ para os setores de produção, inte
rpretação, dublagem, tratamento e registros sonoros, tratamento e registros visuais, montagem e arquivamento, transmissão de sons e imagens, revelação e copiagem de filmes, artes plásticas e animação de desenhos e objetos e manutenção técnica; III - 7 (sete) horas para os setores de cenografia e caracterização, deduzindo-se deste tempo 20 (vinte) minutos para descanso, sempre que se verificar um esforço contínuo de mais de 3 (três) horas; IV - 8 (oito) horas para os demais setores.
Parágrafo único - O trabalho prestado além das limitações diárias previstas nos itens acima será considerado extraordinário, aplicando-se-lhe o disposto nos artigos pertinentes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Perguntamos onde encontrar na maioria das emissoras de rádio a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A situação atual da radiofonia cearense é esta, ao invés da educação, da cultura e da ética estão fazendo do rádio um instrumento de divulgação de baboseiras, palavrões e enquetes sem finalidades e sem compromissos com a maioria dos ouvintes. Malbaratando o livre-arbítrio, o radialista se submete à Lei de Causa e Efeito, debatendo-se no cipoal de suas erigidas provações e provocações.
É triste sabermos que agressões entre profissionais já aconteceram e numa atitude de destrambelho, um acusando o outro no ar, faltando como devido respeito com o público ouvinte. Achamos que os ouvintes devem melhor tratamento com uma programação educativa e que a violência seja banida eternamente do meio radiofônico cearense. Encerrando este assunto citamos o Código em seus artigos 25 - Os textos destinados à memorização, juntamente com o roteiro da gravação ou plano de trabalho, deverão ser entregues ao profissional com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas, em relação ao início dos trabalhos. Art. 26 - Nenhum profissional será obrigado a participar de qualquer trabalho que coloque em risco sua integridade física ou moral. Art. 27 - O fornecimento de guarda-roupa e demais recursos indispensáveis ao cumprimento das tarefas contratuais será de responsabilidade do empregador. Vejam como o Código do radialista é bem elaborado e mostras com d
etalhes as responsabilidades de empregados e empregadores.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI E ALOMERCE
Nestes tempos paradoxos, em que muito se fala no bem e nas coisas boas, os radialistas e donos de concessão de rádio estão mudando o écran e a finalidade precípua da radiodifusão. É de se lamentar que profissionais da radiofonia ainda não tenham tomado conhecimento do Código de Ética dos Radialistas e sua importância para um bom desempenho na difícil profissão de repassar cultura, conhecimentos, notícias nacionais e internacionais, bem como programa de entretenimento voltado para adultos e crianças. O Código do Radialista está inserido no Decreto n.º 84.134, de 30/10/1979, que regulamenta a Lei n.º 6.615, de 16 de dezembro de 1978. São 36 artigos, e o artigo 23 reza o seguinte: "Art. 23 - A jornada de trabalho dos Radialistas que prestem serviços em condições de insalubridade ou periculosidade poderá ser organizada em turnos, respeitada a duração semanal do trabalho, desde que previamente autorizada pelo Ministério do Trabalho.
Uma coisa que achamos estranho é que a maioria dos radialistas possui Carteira de Trabalho, registrada no Ministério, mas os concessionários não empregam os profissionais. A única solução para evitar o desemprego é o arrendamento de um horário na maioria das emissoras. Para não passar por privações os radialistas tem que batalhar por publicidades para manter o seu sustento e o que mais intriga e irrita, é que o dono ainda entra na percentagem da publicidade, diminuindo o lucro do profissional. Se analisarmos o Código artigo por artigo esse tipo de atitude não consta no código epigrafado. É lastimável que isto aconteça, pois cai a qualidade dos programas e a audiência das emissoras, pois muitas vezes acontece o desvirtuamento natural da finalidade radiofônica. Já no artigo 28, observamos o seguinte: "Art. 28 - A empresa não poderá obrigar o Radialista, durante o desempenho de suas funções, a fazer uso de uniformes que contenham símbolos, marcas ou
qualquer mensagem de caráter publicitário".
Quem cumpre estas orientações do código? Quase ninguém. E assim vai vivendo os profissionais de rádio e os ouvintes terão que engolir pornografias, palavras de duplo sentido e de baixo calão. Rever, constantemente, nossa conduta é vigiar-nos sempre, mas, no entanto isso não acontece e a resposta mais cínica é de que o povão gosta. Será que o povão só gosta de pornografias? Ou a apelação tem como respaldo a audiência por meio de processos escusos e fora da ética. Determinada emissora da capital fortalezense conclamava torcedores para um clássico do futebol local, no ar ouvintes se agrediam mutuamente e até ameaças de morte eram transmitidas. Veja até onde chegamos e nos embrenhamos na qualificação de programas culturais, visto que esporte também é cultura. A Associação de Ouvinte de Rádio do Ceará (AOUVIRCE) procurou junto à emissora e o profissional do programa amenizar a situação, mas não conseguindo seu intento teve que entrar com um proce
sso judicial contra o radialista, em nome dos Ouvintes de Rádio do Ceará. A emissora num tom de brutalidade suspendeu a participação dos ouvintes na programação da citada emissora.
Um dos radialistas da emissora que é advogado disse: que não aceitava censura da AOUVIR e de ninguém, mas a preocupação da associação era a calmaria e que confrontos com mortes fossem evitados. Citou ainda que se o papel da associação fosse este nem deveria ter sido criada ou fundada. A coadunação com programas que incentivam a violência foi formalizada nas palavras do radialista defensor da emissora. Nos artigos 19 e 20 fundamentam que: Art. 19 - Não será permitida a cessão ou promessa de cessão dos direitos de autor e dos que lhes são conexos, de que trata a Lei n° 5.988, de 14 de dezembro de 1973, decorrentes da prestação de serviços profissionais. Parágrafo único - Os direitos autorais e conexos dos profissionais serão devidos em decorrência de cada exibição da obra. Art. 20 - A duração normal do trabalho do Radialista é de: 1 - 5 (cinco) horas para os setores de autoria e de locução; II - 6 (seis) horas/ para os setores de produção, inte
rpretação, dublagem, tratamento e registros sonoros, tratamento e registros visuais, montagem e arquivamento, transmissão de sons e imagens, revelação e copiagem de filmes, artes plásticas e animação de desenhos e objetos e manutenção técnica; III - 7 (sete) horas para os setores de cenografia e caracterização, deduzindo-se deste tempo 20 (vinte) minutos para descanso, sempre que se verificar um esforço contínuo de mais de 3 (três) horas; IV - 8 (oito) horas para os demais setores.
Parágrafo único - O trabalho prestado além das limitações diárias previstas nos itens acima será considerado extraordinário, aplicando-se-lhe o disposto nos artigos pertinentes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Perguntamos onde encontrar na maioria das emissoras de rádio a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A situação atual da radiofonia cearense é esta, ao invés da educação, da cultura e da ética estão fazendo do rádio um instrumento de divulgação de baboseiras, palavrões e enquetes sem finalidades e sem compromissos com a maioria dos ouvintes. Malbaratando o livre-arbítrio, o radialista se submete à Lei de Causa e Efeito, debatendo-se no cipoal de suas erigidas provações e provocações.
É triste sabermos que agressões entre profissionais já aconteceram e numa atitude de destrambelho, um acusando o outro no ar, faltando como devido respeito com o público ouvinte. Achamos que os ouvintes devem melhor tratamento com uma programação educativa e que a violência seja banida eternamente do meio radiofônico cearense. Encerrando este assunto citamos o Código em seus artigos 25 - Os textos destinados à memorização, juntamente com o roteiro da gravação ou plano de trabalho, deverão ser entregues ao profissional com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas, em relação ao início dos trabalhos. Art. 26 - Nenhum profissional será obrigado a participar de qualquer trabalho que coloque em risco sua integridade física ou moral. Art. 27 - O fornecimento de guarda-roupa e demais recursos indispensáveis ao cumprimento das tarefas contratuais será de responsabilidade do empregador. Vejam como o Código do radialista é bem elaborado e mostras com d
etalhes as responsabilidades de empregados e empregadores.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI E ALOMERCE
quarta-feira, 15 de abril de 2009
O RÁDIO PRECISA DE VOLUNTÁRIOS

ALGO PRECISA SER FEITO PELO RÁDIO
Temos a impressão de que as pessoas não se interessam pelo que está acontecendo no rádio cearense. Não há engajamento algum da sociedade em prol do rádio. No Ceará temos vários grupos ligados às comunicações, temos um número considerável de Faculdades de comunicação e temos Sindicatos, Associações e outros mecanismos de organização da sociedade ligagos ao Rádio. Não há no entanto nenhuma luta desencadeada de maneira forte e ágil em relaçãoa este meio.
Onde estão os parlamentares ligados ao Rádio? Onde estão os empresários do meio rádio que não agem de forma verdadeira em prol deste meio? Será que o sucateamento do rádio é um prenúncio de seu fim? O certo é que a cada dia vemos profissionais deste meio morrendo à mingua sem nenhuma assistência ou respeito e também é grande o número de emissoras que vendidas ou arrendadas vem perdendo sua característica de verdade, sinceridade e compromisso ético.
leia e dê sua opinião
EXPOSIÇÃO TEMÁTICA
A importância e papel do rádio para a sociedade
Por Francisco Djacyr Silva de Souza em 14/4/2009
Sabendo da importância e do papel do rádio diante da sociedade, a Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará (www.aouvir.com.br) promove, no período de 13 a 26 de abril do corrente ano, a II Exposição Temática sobre o Rádio em Fortaleza, Ceará, esperando que o público visitante perceba a importância deste meio de comunicação e se engaje na luta por um rádio de mais qualidade calcado nos propósitos de cidadania e de valorização dos seres humanos tanto para os que fazem quanto para os que ouvem rádio.
Não podemos esquecer o papel do rádio nem reduzir sua importância em meio a um processo de modernização em que o radialista local vai perdendo espaço para programas enlatados e deslocados da nossa realidade. O rádio precisa ser visto por todos, porém precisa ser questionado. Que rádio temos? Que rádio queremos? Por que se despreza tanto o rádio no meio jornalístico? Poucos são os espaços para discussão do meio rádio e poucas são as lutas para o seu fortalecimento e modernização que não sejam prejudiciais aos que o fazem ou aos que o ouvem. O rádio precisa, sim, ser modernizado, mas sua modernização tem de atender aos interesses dos seus usuários (ouvintes), consumidores que merecem respeito e consideração. Por que não se pesquisa o desejo dos ouvintes em relação ao rádio? Por que não se busca uma programação mais interativa ou participativa? Por que alguns radialistas se afastam cada vez mais do ouvinte em seus programas?
O balancete do final do mês
O rádio merece ser debatido, questionado e reformulado, mas todo este processo tem de contar com a participação ativa dos agentes que o fazem para que haja uma modificação que envolva todos os seus componentes e seja boa para todos. Modernização do rádio soa com melhoria de suas condições de trabalho, com abertura à crítica e com participação, que é um elemento essencial para toda mudança. Muitos querem que o rádio continue apenas como medida lucrativa, sem se interessarem com conteúdos que às vezes são pornográficos, desrespeitosos e antidemocráticos. Será este o rádio que o povo gosta? Alguns dirão que sim. No entanto, a lógica tem provado que muitas pessoas não querem este tipo de rádio e os que gostam o fazem pelo fato de não terem tido acesso a um processo educativo de qualidade, que é outro problema social grave. Para o rádio mudar, precisa mudar também o nível cultural de nosso povo, fazendo-se um trabalho educativo que favoreça a formação de um espírito crítico de nossa sociedade.
O rádio carece de investimentos no tocante ao aspecto técnico. Temos rádios que têm emissão sofrível e o ouvinte não pode questionar, pois não há espaço para isto. O rádio precisa ter dirigentes que se interessem pelo seu papel, que saibam de sua história e que não sejam apenas empresários ávidos apenas pelo lucro ao final do mês. Claro que não se pode fazer rádio apenas com idealismos, pois o mesmo tem de ter sustentabilidade, porém não é apenas o lucro que deve ser visado no meio rádio. Tem que ser visto também seu papel perante a sociedade e sua característica de bem público e de concessão do povo. Os empresários de rádio que também investem em outros setores devem modernizar sua forma de gestão e ter no rádio um interesse especial, pois seu papel vai além de um balancete econômico ao final do mês.
Cidadania, ética e respeito
A Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará tem tentado levantar o questionamento sobre o meio rádio, mas tem encontrado grandes resistências. Somos proibidos de falar sobre o problema, somos execrados publicamente por radialistas que não querem mudanças, somos desprezados pelo poder público e pelas representações do povo, mas não abalamos nossa fé em mudar e fazer com que o rádio cresça junto com seus agentes principais (radialistas, operadores e ouvintes) – valores maiores do meio rádio.
Nossa luta pelo rádio-cidadão se cristaliza em eventos que fazemos com pouco ou nenhum apoio dos poderes públicos. No Ceará, buscamos apoio da Secretaria de Cultura do estado, da Assembléia Legislativa e da Câmara Municipal de Fortaleza e o "não" foi sempre a palavra de ordem, pois na nossa visão o rádio é coisa menor para eles e não temos atrelamento nem mordaça política. Uma pena que haja essa visão, mas o mundo do rádio é maior que este tipo de incompreensão e pequenez política. Vale ressaltar que muitos dos que hoje fazem este poder construíram sua popularidade no rádio e precisam, sim, do rádio para dizer o que fazem.
A visão sobre o rádio precisa mudar, temos de investir numa cultura de valorização deste meio para uma melhoria do nível cultural de seus usuários e daqueles que o fazem, para que o rádio não seja palco de assassinato da língua nem proliferação de mensagens preconceituosas ou pornográficas que programas de grande audiência tem promovido para tristeza daqueles que pensam o rádio de outra forma. O rádio é cidadania, verdade, ética e respeito, que sempre farão com que este meio não acabe na luta por uma sociedade bem melhor.
Francisco Djacyr Silva de Souza
Vice-presidente da Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará, Fortaleza, CE
A importância e papel do rádio para a sociedade
Por Francisco Djacyr Silva de Souza em 14/4/2009
Sabendo da importância e do papel do rádio diante da sociedade, a Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará (www.aouvir.com.br) promove, no período de 13 a 26 de abril do corrente ano, a II Exposição Temática sobre o Rádio em Fortaleza, Ceará, esperando que o público visitante perceba a importância deste meio de comunicação e se engaje na luta por um rádio de mais qualidade calcado nos propósitos de cidadania e de valorização dos seres humanos tanto para os que fazem quanto para os que ouvem rádio.
Não podemos esquecer o papel do rádio nem reduzir sua importância em meio a um processo de modernização em que o radialista local vai perdendo espaço para programas enlatados e deslocados da nossa realidade. O rádio precisa ser visto por todos, porém precisa ser questionado. Que rádio temos? Que rádio queremos? Por que se despreza tanto o rádio no meio jornalístico? Poucos são os espaços para discussão do meio rádio e poucas são as lutas para o seu fortalecimento e modernização que não sejam prejudiciais aos que o fazem ou aos que o ouvem. O rádio precisa, sim, ser modernizado, mas sua modernização tem de atender aos interesses dos seus usuários (ouvintes), consumidores que merecem respeito e consideração. Por que não se pesquisa o desejo dos ouvintes em relação ao rádio? Por que não se busca uma programação mais interativa ou participativa? Por que alguns radialistas se afastam cada vez mais do ouvinte em seus programas?
O balancete do final do mês
O rádio merece ser debatido, questionado e reformulado, mas todo este processo tem de contar com a participação ativa dos agentes que o fazem para que haja uma modificação que envolva todos os seus componentes e seja boa para todos. Modernização do rádio soa com melhoria de suas condições de trabalho, com abertura à crítica e com participação, que é um elemento essencial para toda mudança. Muitos querem que o rádio continue apenas como medida lucrativa, sem se interessarem com conteúdos que às vezes são pornográficos, desrespeitosos e antidemocráticos. Será este o rádio que o povo gosta? Alguns dirão que sim. No entanto, a lógica tem provado que muitas pessoas não querem este tipo de rádio e os que gostam o fazem pelo fato de não terem tido acesso a um processo educativo de qualidade, que é outro problema social grave. Para o rádio mudar, precisa mudar também o nível cultural de nosso povo, fazendo-se um trabalho educativo que favoreça a formação de um espírito crítico de nossa sociedade.
O rádio carece de investimentos no tocante ao aspecto técnico. Temos rádios que têm emissão sofrível e o ouvinte não pode questionar, pois não há espaço para isto. O rádio precisa ter dirigentes que se interessem pelo seu papel, que saibam de sua história e que não sejam apenas empresários ávidos apenas pelo lucro ao final do mês. Claro que não se pode fazer rádio apenas com idealismos, pois o mesmo tem de ter sustentabilidade, porém não é apenas o lucro que deve ser visado no meio rádio. Tem que ser visto também seu papel perante a sociedade e sua característica de bem público e de concessão do povo. Os empresários de rádio que também investem em outros setores devem modernizar sua forma de gestão e ter no rádio um interesse especial, pois seu papel vai além de um balancete econômico ao final do mês.
Cidadania, ética e respeito
A Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará tem tentado levantar o questionamento sobre o meio rádio, mas tem encontrado grandes resistências. Somos proibidos de falar sobre o problema, somos execrados publicamente por radialistas que não querem mudanças, somos desprezados pelo poder público e pelas representações do povo, mas não abalamos nossa fé em mudar e fazer com que o rádio cresça junto com seus agentes principais (radialistas, operadores e ouvintes) – valores maiores do meio rádio.
Nossa luta pelo rádio-cidadão se cristaliza em eventos que fazemos com pouco ou nenhum apoio dos poderes públicos. No Ceará, buscamos apoio da Secretaria de Cultura do estado, da Assembléia Legislativa e da Câmara Municipal de Fortaleza e o "não" foi sempre a palavra de ordem, pois na nossa visão o rádio é coisa menor para eles e não temos atrelamento nem mordaça política. Uma pena que haja essa visão, mas o mundo do rádio é maior que este tipo de incompreensão e pequenez política. Vale ressaltar que muitos dos que hoje fazem este poder construíram sua popularidade no rádio e precisam, sim, do rádio para dizer o que fazem.
A visão sobre o rádio precisa mudar, temos de investir numa cultura de valorização deste meio para uma melhoria do nível cultural de seus usuários e daqueles que o fazem, para que o rádio não seja palco de assassinato da língua nem proliferação de mensagens preconceituosas ou pornográficas que programas de grande audiência tem promovido para tristeza daqueles que pensam o rádio de outra forma. O rádio é cidadania, verdade, ética e respeito, que sempre farão com que este meio não acabe na luta por uma sociedade bem melhor.
Francisco Djacyr Silva de Souza
Vice-presidente da Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará, Fortaleza, CE
terça-feira, 14 de abril de 2009
VALORIZANDO O MEIO RÁDIO

Vem aí a Conferência das Comunicações, vale ressalta que a discussão do meio rádio está totalmente esquecida pelos grupos de poder que estão buscando a tal conferência. Não podemos aceitar que o rádio seja esquecido e que haja um processo de valorização da comunicação via rádio. O rádio merece respeito e os problemas do rádio estão crescendo cada vez mais sem nenhuma providência por parte dos seus proprietários nem dos que nele trabalham.
Os que estão muito bem no rádio certamente não querem que ele mude, os que tentam fazer alguma coisa são ridicularizados, desprezados e até mesmo proibidos de levantar tal discussão. Não podemos aceitar este desprezo ao meio rádio, pois somente com sua melhoria e valorização é que a comunicação realmente será verdadeira e de qualidade. Os grupos de poder que propugnam a conferência estão pouco interessados pela discussão sobre o rádio e os problemas do meio radiofônico continuarão acontecendo e a crise se aprofundará cada vez mais trazendo vários prejuízos ao processo comunicativo e a todos aqueles que estão envolvidos com a comunicação via rádio.
O rádio merece respeito, consideração e , antes de tudo posição firme do povo, seu verdadeiro proprietário para que a comunicação tenha em propósito a construção de um mundo baseado na ética, na cidadania ativa e na verdade que é um bem de todos e beneficia a todos.
HISTÓRIA DO RÁDIO

joão Dummar foi o pioneiro do Rádio no Estado do Ceará.
Vale a pena conhecer sua história e seu papel na Radiodifusão no nosso Estado.
A FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA publicou o LIvro João Dummar, um Pioneiro do Rádio de autoria de João Dummar Filho.
Uma boa dica de leitura sobre a história de nosso rádio - vale a pena ler...
segunda-feira, 13 de abril de 2009
nossa missão...

O rádio é um meio de comunicação de grande importância na sociedade, seu imediatismo, sua versatilidade e sua facilidade de obtenção fazem com que todo cidadão possa desfrutar de seus benefícios e contar sempre com a notícia, a solidariedade, o divertimento sadio e outras características positivas que podem ser obtidas através deste meio de comunicação que tem história e respeito pelos que dele desfrutam.
O rádio tem que ser valorizado e respeitado por todos que estão direta ou indiretamente envolvidos com sua programação e com sua emissão na luta incessante pela sua melhoria em termos de qualidade de programas e participação de ouvintes na certeza de que os que fazem o rádio e os seus usuários contribuindo para uma construção plena de um processo de comunicação séria, verdadeira e, sobretudo, cidadã.
A luta por uma programação de rádio de qualidade deve ser uma bandeira que deve levantada pela sociedade para que tenhamos sempre uma comunicação voltada para a valorização do povo e de seus anseios mais urgentes. O povo merece ter uma programação de rádio pautada no fortalecimento da cidadania e na valorização de todos os que estão envolvidos na construção de um meio de comunicação que sempre fará parte do cotidiano de nosso povo.
A EXPOSIÇÃO TEMÁTICA SOBRE O RÁDIO tem como missão demonstrar ao povo a importância deste meio de comunicação e mostrar a todos sua história , sua importância e seu papel na construção da sociedade.
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