Aproveitando-se da globalização o rádio brasileiro desceu do seu patamar, deixou de lado o status que um dia adquiriu e partiu para a famigerada terceirização. E com ela estão morrendo o rádio e seus verdadeiros profissionais. É fora de propósito o que acontece em nosso país sem que uma providência seja tomada pelo governo. Os donos de rádio reduziram os custos, dispensam profissionais e esperam terminar o mês para receber polpudas somas oriundas da terceirização que se estabeleceu no meio. O mundo sabe como hoje se faz rádio em nosso país, só o governo faz vistas grossas para isso. São privilegiados políticos e pessoas que conseguiram as outorgas junto ao governo.
E nada, nada, absolutamente nada tem sido feito para acabar com essa vergonha que impera. Esse é o principal motivo das emissoras que mantém funcionários e programação própria encontrarem cada vez mais dificuldades de sustentabilidade. A publicidade no rádio está sendo massacrada pelos que compram espaços ou até arrendam por inteiro uma emissora de rádio.
Os profissionais da comunicação ou entram nessa esteira ou ficam desempregados. Essa é a realidade do rádio no Brasil. E não adianta rádio digital, cuja implantação se arrasta há anos.
Se não houver uma providência governamental a tendência do rádio é ser cada vez mais colocado nas mãos de terceiros. E igrejas utilizarem 24 horas de uma emissora também deveria ser proibido. E o arrendamento de rádios que grandes grupos realizam a partir de São Paulo é outro absurdo praticadas às vistas da Anatel, Ministério das Comunicações e do governo e fica por isso mesmo.
O rádio brasileiro já era como sustentou outro dia um grande profissional do rádio hoje na televisão. Confesso que estou começando a concordar com ele. É isso aí.
PUBLICADO NO SITE CAROS OUVINTES
MATÉRIA DE EDEMAR ANNUSECK
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