segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ESSA É PARA JORNALISTAS

30 cagadas imperdoáveis de um jornalista


1. Perceber que o gravador está sem pilhas só na hora de ligá-lo.
2. Não ter caneta ao começar uma entrevista.
3. Esquecer o nome do entrevistado (mas se o entrevistado for um ex-BBB, a cagada é perdoável).
4. Escrever um texto cheio de clichês.
5. Colocar uma maldita vírgula entre o sujeito e o verbo.
6. Falar “a nível de” e achar o máximo.
7. Fazer perguntas sem nexo a um entrevistado por desconhecimento do assunto.
8. Chegar atrasado e todo suado a uma pauta importante.
9. Falar palavrões num link de TV acreditando estar fora do ar.
10. Editar a matéria de um repórter e assinar com o nome de outro.
11. “Matar” um personagem vivo por erro de apuração.
12. Cometer uma barriga com base em informação de um perfil fake do Twitter.
13. Confundir boato com fato.
14. Esquecer na redação a credencial para um evento importante.
15. Tornar-se assessor de imprensa mesmo odiando ser assessor de imprensa.
16. Narrar um gol do XV de Piracicaba como se fosse do XV de Jaú (e vice-versa).
17. Continuar fazendo frilas para uma editora que sempre dá o cano na hora de pagar.
18. Não dar ouvidos ao pai quando ele perguntar “você tem certeza que quer estudar mesmo jornalismo?”.
19. Publicar legenda esquecendo de deletar o texto de advertência “checar o nome do careca da foto”.
20. Chegar a uma pauta num velório e perguntar para a família do morto se está tudo bem.
21. Entrar no ar com a boca cheia de biscoitos, principalmente se for na TV Globo.
22. Estender a mão para cumprimentar um entrevistado cego.
23. Perder 50 linhas de um texto que não foi salvo depois de um tilt do computador, a poucos minutos do fechamento.
24. Dar em cima da estagiária gostosa que é amante do diretor de redação.
25. Dar para a fonte achando que só por causa disso terá informação privilegiada.
26. Se empanturrar de comer numa coletiva já estando com uma prévia indisposição estomacal (cagada literal).
27. Esquecer de ouvir o outro lado, mesmo que o outro lado seja o do doutor Paulo Maluf.
28. Levar a(o) namorada(o) para uma pauta roubada num sábado à noite.
29. Interromper uma entrevista porque o seu celular tocou (se o toque for um axé, cagada duplamente imperdoável).
30. Não entender a própria letra no bloquinho de anotações.
fonte : desilusoesperdidas.blogspot.com

UMA REFLEXÃO

FOLKCOMUNICAÇÃO
Instrumento para a educação cidadã
Por Cleonice Evellyn Oliveira Lima em 1/2/2011
A comunicação é algo inerente a todos os indivíduos que se constituem como um ser social, pois a sociabilidade apenas se adquire por meio de processos comunicativos. A comunicação social se apresenta de forma legítima como a área do conhecimento que se volta para as questões que envolvem este processo. Por ser uma área abrangente do conhecimento, ela permite divisões por ramos de estudos, sendo uma delas a comunicação comunitária.
Realizar e fazer acontecer a comunicação comunitária somente é possível se todas as preocupações olharem em direção à comunidade, compreendendo as suas necessidades, as suas características, a sua cultura. Nesse contexto, para ampliar o universo de estudos nessa direção, em 1967, o pesquisador Luiz Beltrão, defendeu a tese da Folckcomunicação, que poderia ser entendida como o estudo da difusão das manifestações da comunicação popular, nas suas excentricidades, e do folclore nos meios de comunicação de massa.
Em todos os segmentos comunitários é possível observar manifestações que refletem fielmente os seus valores, os seus costumes, a as crenças de determinado grupo social, que por meio das expressões populares procura preservar o que forma e garante a sua identidade social. A mídia, portanto, tem o papel primordial de valorizar e privilegiar em suas pautas aquilo que é produção do povo, pois esse mesmo povo, é o seu público principal. É necessário mostrar para eles, o que é deles. Trazer para a mídia, os protagonistas sociais, pois assim, o processo de identificação com os meios de comunicação é facilitado.
Manifestações culturais Enquanto se buscar fugir dessa perspectiva de evidenciar o local, os seus protagonistas sociais e a sua produção, o futuro de alguns meios de comunicação, como o jornal impresso, só será provável se os agentes da comunicação começarem a compreender, aceitar e incorporar nos seus processos de produção redacionais o conceito de jornalismo de proximidade,onde os acontecimentos e a realidade que tocam mais diretamente a localidade natal do jornal é privilegiado em suas páginas.
Beltrão valoriza/supervaloriza o princípio do "bem comum", tratado por várias vezes em sua obra Introdução à filosofia da comunicação (1960). Aplicar à pratica do jornalismo e à sua rotina de produção nas redações, a política do "bem comum", colocando os assuntos comunitários e os protagonistas da comunidade em pauta nos jornais impressos, é uma forma de dar ao jornal um ar de preocupação com o bem da comunidade e valorizar de forma séria e responsável os assuntos que permeiam o universo comunitário, e com isso, atrair os olhares de volta à leitura do jornal feito de tinta e papel.
Os meios de comunicação exercem além de um papel informativo/provocador, uma função educomunicativa, onde é possível por meio desses canais,como por exemplo, o radialismo comunitário, possibilitar aos indivíduos o exercício da sua cidadania e despertar-los para o valor da educação. Estudar e trabalhar a valorização da identidade popular e cultural de um povo, trazendo as suas pautas para a mídia, é uma forma de educar para cidadania, pois os sujeitos cientes dos seus direitos e deveres, e com uma carga satisfatória de conteúdos úteis em seu dia a dia é possível vislumbrar mudanças positivas em suas comunidades e iniciar processos de preservação cultural. É notório, portanto, que quando trabalhadas em um contexto educomunicativo, ou mesmo fora deles, as manifestações culturais são instrumentos válidos na formação educacional de um povo, pois as pessoas são levadas a pensar em outras perspectivas, como a cultural, através da qual o futuro pode ser sonhado e é algo palpável.

CAUBY PEIXOTO - UM NOME DA ERA DE OURO DO RÁDIO

Charme, encanto e mistério aos 80

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Cauby Peixoto: ídolo chega aos 80 ainda nos palcos e com planos de lançar dois novos discos
FOTO: FUTURA
7/2/2011
Cauby Peixoto está completando 80 anos. O "professor", que acaba de lançar CD e DVD "Cauby Sings Sinatra", prepara para este ano o disco "CauBeatles", com canções dos Fab Four
Na próxima quinta-feira, 10 de fevereiro, um dos mais importantes ícones da Era de Ouro do Rádio Brasileiro, Cauby Peixoto, completa 80 anos de vida.Em plena atividade, o "Professor", como é conhecido no meio artístico, conversou longamente com o Caderno 3.

Com aquela voz impostada, sedutora, calma e quente, que ainda causa o mesmo frisson de 60 anos atrás, Cauby contou histórias, relembrou passado, falou de futuro e cantarolou trechos de antigas canções. "Nasci em Niterói, em mil novecentos e alguma coisa", desdiz, displicente, o filho mais novo dos seis que tiveram o casal Elisiário Peixoto e Alice Carvalho Peixoto.

Todos artistas e com nomes indígenas: Moacir, Araquém, Andyara Iracema, Aracy e Cauby."Um era pianista, outro, pistonista, outra cantava. Minha mãe cantava bem e meu pai tocava violão. Mas esse negócio dos nomes, deveu-se mesmo a meu pai, ele era meio índio, caboclo mesmo, de pele bem morena e cabelo liso", recorda.

Embora Cauby Peixoto goste de recordar o passado e, discretamente se envaidecer com as memórias dos tempos onde as "macacas de auditório" costumavam rasgar as roupas quando ouviam "The Voice", seu forte continua mesmo sendo as novidades.

Projetos futuros
Tanto que, para comemorar suas 80 primaveras, a produtora Lua Music acaba de lançar o CD e DVD "Cauby Sings Sinatra". Nele, o "Professor" interpreta clássicos do repertório do ídolo norte-americano, como "Strangers in the night", "All the way", "Let me try again", "Fly to the moon", "My way (Theme from New York New York)", "The world we knew", "All the things you are".

"Para 2011, estamos com o projeto de gravar somente músicas dos Beatles. O disco se chamará ´CauBeatles´´", antecipa.

Mas não é só. Além de estar preparando outro CD, apenas com voz e violão, nos próximos dias será lançado o documentário "Começaria tudo outra vez". O diretor, Nelson Hoineff, tem no currículo a direção de "Alô, alô, Terezinha", que retratou a vida de Abelardo Barbosa, o Chacrinha; e "Caro Francis", que conta a trajetória do jornalista Paulo Francis.

"Toco há sete anos no Bar Brahma (no cruzamento da Ipiranga com avenida São João), em São Paulo. Lá foram feitos diversos registros para o filme. Mas ele tem também depoimentos, imagens de arquivo, fotografias, enfim. É sempre muito bom falar da carreira, uma honra mesmo", detalha.

Aos 80, com o mesmo visual andrógino de outros tempos, com madeixas encaracoladas e roupas nada discretas, Cauby mantém aquele ar de falsa modéstia, próprio da velha guarda da música nacional e internacional."Eu tinha uns 15 anos e minha professora de canto dizia: ´Cauby, baixe esse tom. Você está atrapalhando os alunos. Está cantando muito alto". Mas eu comecei a cantar melhor por causa de meu irmão. Também treinava com meu pai, tinha um piano na casa de minha tia. Nossa família era muito musical. A gente ouvia Orlando Silva, Silvio Caldas, Francisco Alves e outros", rememora.

E continua. "Nesse tempo, via todos meus ídolos, Carlos Galhardo, Gilberto Alves. Eu gostava demais. Ficava todo envergonhado quando eles apareciam na rádio e eu estava cantando. Só depois fui me acostumando. Mas sempre tive muito prazer de cantar e admiração pelos grandes cantores, porque era preciso ter voz. Eu tinha, mas minha voz era horrorosa, alta demais. Depois é que fui aprendendo cantar mais suave".

Conceição
Muitas músicas ficaram imortalizadas na voz do ídolo, como "Bastidores", de Chico Buarque, feita especialmente para o mestre: "Cantei, cantei, jamais cantei tão lindo assim / E os homens lá pedindo bis / Bêbados e febris a se rasgar por mim". Ou "Alguém me disse", do cearense Evaldo Gouveia, em parceria com Jair Amorim: "Pouco me importa que tu beijes tantas vezes / E que mudes de paixão todos os meses".

Contudo, nada, nada se compara ao estrondo de tons graves e sofisticados que, em 1956, através da gravadora Columbia, pulverizou o País de Norte a Sul. "Conceição", canção escrita por Jair Amorim e Valdemar de Abreu, o Dunga. "Eu me lembro muito bem / Vivia no morro a sonhar /Com coisas que o morro não tem".

"Comecei a cantar ´Conceição´ e eles gostaram da voz. Daí fui para a casa de meu padrinho, Sr. Di Veras, que foi quem me lançou como cantor no Brasil, ele era um descobridor de talentos e fez minha carreira baseada no convívio das fãs. Dizia que quando Cauby canta, as fãs desmaiam, saía na reportagem assim mesmo", afirma o cantor, sem falsa modéstia.

"Vou contar para você a razão do sucesso de ´Conceição´. Primeiro, ficou muito bem gravada; e, segundo, quando Di Veras levou o acetato para a Rádio Nacional, a música tocou justamente quando estavam anunciando o enterro de Getúlio Vargas. Foi audiência máxima, daí o sucesso da ´Conceição´", revela o professor.

"E era verdade, Cauby? A mulherada passava mal mesmo?", indago. Ele responde com aquela gargalhada compassada e caudalosa: "Teve uma que desmaiou sim, mas uma só. Acontecia mais porque tinha sempre muita mídia, Cauby vai casar com a miss Portugal, Cauby isso, Cauby aquilo. Tinha muita agitação sim".

Sem filhos, morando em Higienópolis, São Paulo, aos cuidados da secretária Ene, Cauby é réu confesso: "Continuo gostando da noite, de um bom vinho, um uísque. Mas não costumo receber ninguém em casa, nem fazer visitas. Não tenho tempo, durmo duas vezes ao dia. Acordo, almoço e durmo novamente, gosto de estar descansado à noite. Mas sou bom de mesa, como de tudo, feijoada com carne seca, rabada, filé mignon com batata corada, mas Ene só faz isso de vez em quando. No dia-a-dia é mais leve, legumes e tal. Mas a saúde está bem, bacana, tudo certo", garante.

A conversa se encaminhou para um desfecho. Do diálogo que iniciou com quase formalidades, finalizou com agradecimentos calorosos. "Quero agradecer, de todo coração, essa amizade tão longa e distante, que acompanha Cauby até hoje. Desejo o mesmo sucesso para essa gente toda".Nós é que agradecemos, Cauby. Feliz Aniversário e vida longa ao Rei!

NATERCIA ROCHAREPÓRTER