terça-feira, 19 de maio de 2009

POSSE NA COMUNICAÇÃO



CONCESSÕES DE RÁDIO & TV


Pela máxima dispersão da propriedade
Por Venício A. de Lima em 19/5/2009
Um dos resultados positivos da frustrada tentativa da FCC (Comissão Federal de Comunicações, na sigla em inglês) de "flexibilizar" normas restritivas à propriedade cruzada da mídia (jornal, rádio e televisão), que se seguiu à onda de privatizações das telecomunicações nos Estados Unidos, foi não só a articulação da sociedade civil contra essas medidas mas, também, o surgimento de sólidos estudos que justificaram a permanência das restrições.
O renomado professor de Direito da Universidade da Pennsylvania, C. Edwin Baker, especialista na Primeira Emenda da Constituição dos EUA, por exemplo, publicou em 2007 (Cambridge University Press), o livro Media Concentration and Democracy – Why Ownership Matters (Concentração na mídia e democracia – Por que a propriedade é importante). Entre outros argumentos, Baker defende vigorosamente o princípio da máxima dispersão da propriedade (maximum dispersal of ownership). Ele demonstra que quanto maior for número de "controladores" dos meios de comunicação, isto é, quanto mais estiver distribuído o poder de comunicar, melhor servida será a democracia. Na verdade, mais "controladores" significa a possibilidade do exercício da liberdade de expressão por um número maior de cidadãos.
Resistência histórica
Esta rápida introdução vem a propósito da histórica e contraditória resistência que a grande mídia brasileira tem revelado à democratização das comunicações no nosso país. O último exemplo é a reação que já se manifesta ao
decreto assinado na terça-feira (12/5) pelo presidente da República outorgando à Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho uma concessão para executar o serviço de radiodifusão por sons e imagens (televisão) em São Caetano do Sul, SP.
A Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho – que tem entre seus mantenedores o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC – já obteve uma concessão de TV educativa em Mogi das Cruzes (aprovada pelo Congresso Nacional, em 2007) e autorização para explorar rádios educativas em São Vicente e Mogi das Cruzes, estas ainda em tramitação no Congresso.
O Decreto-Lei 236/1967 – que é um dos velhos diplomas legais que ainda regulam a matéria – reza que, além da União, dos estados, territórios e municípios, somente poderão executar o serviço de televisão educativa as universidades e as fundações. Dessa forma, a Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho está, como qualquer outra fundação que atenda aos requisitos da lei, qualificada para receber a outorga.
Por outro lado, embora seja atribuição do presidente da República, desde a Constituição de 1988, a outorga de concessões de radiodifusão só produz efeitos legais "após a deliberação do Congresso Nacional" (§ 3º do artigo 223). Vale dizer que o decreto deverá tramitar, ser analisado, votado e aprovado (ou não) tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal, antes de ser transformado em Decreto Legislativo e entrar em vigor.
Haverá, portanto, ampla oportunidade para aqueles que se opõem ou representam os opositores ao decreto manifestarem suas razões. Só depois, o Congresso Nacional decidirá pela aprovação ou não da concessão.
Por que será, então, que até mesmo a Associação Brasileira das Emissoras Públicas Educativas (Abepec) manifesta "surpresa" com o decreto do Presidente da República?
O que está em jogo?
A questão fundamental implícita nas resistências à concessão de um canal de TV a uma fundação que tem entre os seus mantenedores um sindicato de trabalhadores é, como diria o professor Baker, a distribuição democrática do poder de comunicação.
Há uma evidente dificuldade na transição entre a defesa abstrata da liberdade de expressão (e da liberdade de imprensa) e sua efetivação através de medidas do Estado que promovam a democratização do poder de comunicar. Prevalece vigorosa e ativa, entre nós, a ultrapassada posição do liberalismo clássico que considera o Estado apenas como ameaça às liberdades individuais e não, muitas vezes, como promotor delas. É esse papel do Estado que é defendido pelo professor da Universidade Yale, Owen Fiss, no seu fundamental e indispensável A Ironia da Liberdade de Expressão – Estado, Regulação e Diversidade na Esfera Pública (Editora Renovar, 2005).
Por que os trabalhadores não podem ter um canal de TV? Que tipo de ameaça eles representam para a democratização do espaço público e a formação das opiniões em nosso país? A outorga não deveria, ao contrário, ser louvada não só pela grande mídia, mas pelas demais entidades do setor de comunicações, como um passo no sentido da democratização da liberdade de expressão?
Essas são, sem dúvida, questões que devem ser debatidas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação.

por favor discutam a qualidade no rádio e as baixarias que são comuns...

UM LIVRO PARA QUEM QUESTIONA A MÍDIA



Este livro é interessante e fala do mundo da mídia e suas relações com o processo de consolidação da democracia.


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FOFOCA - TEM NO RÁDIO???


LEIA É SALUTAR



Interesse Público

MÍDIA RADIOFÔNICA


Rádio, poder e política

Por Cláudia Figueiredo Modesto em 19/5/2009
O rádio no Brasil surge com caráter educativo e cultural e sem interferência do poder executivo ou de bases político-religiosas. Porém, em quase 90 anos de história, sua trajetória aponta para seu uso de maneira distorcida ao que foi idealizado. O rádio hoje no Brasil ou está nas mãos de políticos ou está no altar. E, nesta queda de braço com o poder, os ideais educativos de seu fundador foram massacrados pelos interesses de governantes, legisladores ou da prática religiosa.
Entre outros feitos importantes, o século 20 foi o berço do surgimento do rádio. Neste período, o mundo descobriu o poder da radiodifusão com Orson Welles1 e com Adolf Hitler2. O rádio teve um papel fundamental na história política do século, transmitiu mais que notícias, ideologias, medos e valores. Ele elegeu e sustentou presidentes, e ainda, serviu para propagar ideologias religiosas.
No Brasil, o rádio surge através de Roquette-Pinto3, "pai do rádio brasileiro", citado por vários autores como o grande idealizador deste veículo de comunicação, principalmente quando, em 1922, percebeu a importância do rádio como a forma de comunicação popular e democracia cultural em nosso país.
Ele foi o primeiro a definir uma "alma" para o rádio no Brasil, tendo como princípio a função de educar, de transmitir conhecimentos e lições para os ouvintes, diminuindo assim, o déficit social que até os dias de hoje apresenta seus graves efeitos (FIGUEIREDO).
Censura e suspensão de licenças
Porém, para Roldão (2006), desde a primeira transmissão oficial de radiodifusão, no Brasil, em 1922, nunca houve uma política democrática de concessões, nem uma legislação que realmente as controlasse a partir do interesse público.
Até a promulgação da Constituição de 1988, a legislação que regulamentava as concessões de rádio e televisão atribuía ao presidente da República poder absoluto. A Constituição Brasileira promulgada em 1988, ao definir que as concessões e renovações devem passar pelo Congresso, mudou apenas formalmente essa política (ROLDÃO, 2006, p. 2).
Para Ferreira (2007), aquela que é considerada por muitos a primeira experiência radiofônica no Brasil foi marcada por um discurso político: em setembro de 1922, durante a exposição que comemorava o centenário da independência do Brasil, no Rio de Janeiro, Epitácio Pessoa tornou-se o primeiro presidente brasileiro a falar no rádio.
Outros políticos também encontraram no rádio um importante aliado: Juscelino Kubitschek, Aluisio Alves, Carlos Lacerda, Leonel Brizola.
Já nas décadas de 1960 e 1970, sob a ditadura, os militares utilizaram a censura e a suspensão de licenças como recursos para impedir que grupos contrários ao regime de exceção mantivessem controle sobre o rádio e através dele manifestassem idéias contrárias ao autoritarismo vigente (FERREIRA, 2007, p. 2).
1.028 concessões em um mandato
A história mostra que o rádio no Brasil foi utilizado como forma de barganha por muitos políticos. "É a partir do governo Figueiredo que as concessões passam a ser empregadas como moeda política em Brasília, nas negociações entre o Executivo e o Legislativo" (Moreira, 1998, p. 86).
Entre outubro de 84 e março de 85 – período em que acontece a batalha da eleição indireta para a Presidência, com Tancredo Neves representando o PMDB e Paulo Maluf o PDS – 140 concessões de rádio e TV foram distribuídas pelo Ministério das Comunicações. No total, o general Figueiredo, em seis anos de governo, liberou 634 concessões de rádio e televisão. Intensificava-se, a partir daquela fase, uma movimentação diferente entre concessionários e poder concedente (MOREIRA, 1998, p. 87).
Ao assumir a Presidência da República, José Sarney não só mantém como amplia a prática perniciosa de trocar estações de rádio e TV por votos no Congresso Nacional.
No total, a administração Sarney distribuiu 1.028 concessões de emissoras de rádio (AM e FM) e de televisão – 30,9% dos canais existentes na época. Em apenas um mandato, José Sarney assinou um número de concessões superado apenas pela soma das permissões autorizadas por todos os presidentes brasileiros entre 1934 e 1979: ao longo de 45 anos haviam sido outorgados 1.483 canais de rádio e TV, ou 44,5% das emissoras que estavam no ar em 1989 (Ibid., p. 94).
90% da mídia é controlada por 15 grupos
Também o governo FHC é acusado de fazer uso político da distribuição de emissoras.
Entre 1995 e 1996, por exemplo, durante a discussão da emenda que possibilitaria a reeleição, "o governo concedeu 1.848 licenças de repetidoras de TVs, das quais 268 foram entregues a entidades ou empresas controladas por 87 políticos", conforme atesta documento elaborado pelo pesquisador Israel Bayma. Nos últimos três meses do segundo mandato (2002), de forma apressada, o governo aprovou 291 concessões, licenças e permissões de emissoras de radiodifusão, sendo 89 processos autorizados em uma única sessão no Senado. Constam desse total 229 concessões de rádios comunitárias e 16 concessões de TVs Educativas, das quais nove foram destinadas a Minas Gerais (estado de origem do ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, que as autorizou em abril, antes, portanto, de se descompatibilizar do cargo). Impedido de distribuir concessões comerciais, a partir da lei instituída em seu próprio governo, Fernando Henrique Cardoso investe nos canais educativos e comunitários, cujos contratos estão livres do processo de licitação (FERREIRA, 2007, p. 11).
De acordo com reportagem publicada na revista CartaCapital (1998, p.28 apud ROLDÃO, 2006, p.2), "96 parlamentares (83 deputados federais e 13 senadores) tinham, em março de 1995, concessões de rádio e TV"; sem contar as concessões em nome de familiares de nomes famosos da política brasileira, como Antônio Carlos Magalhães4 e José Sarney5, entre tantos outros. Segundo reportagem da revista Sem Fronteiras (1997, p.16, apud ROLDÃO, 2006, p. 3), 90% da mídia nacional é controlada por 15 grupos e famílias.
Há muito por fazer
Lima (2008) classifica a utilização das concessões de radiodifusão como moeda de barganha política e coronelismo eletrônico. "É um fenômeno do Brasil urbano da segunda metade do século XX, que resulta, dentre outras razões, da opção que a União fez, ainda na década de 30, pelo modelo de outorga, a empresas privadas, da exploração dos serviços públicos de rádio e TV" (LIMA, 2008, p. 27).
Para Roldão (2006), fica evidente que a política de radiodifusão brasileira, fruto de um "jogo de interesses", nunca valorizou a discussão sobre as emissoras de rádio e TV educativas.
Mesmo entre as emissoras educativas a política de concessões no Brasil é questionável. Moreira (1998, p. 144) conta, por exemplo, que na apuração da tragédia do Palace II surgiram informações sobre o patrimônio do empresário Sérgio Naya. Entre muitos outros bens, o empresário mantinha há anos um esquema radiofônico em várias cidades mineiras. "Em 1998, pelo menos 13 emissoras estavam no ar em campanha permanente para o deputado – a maioria conseguida como concessões educativas por intermédio da Fundação Serafim Naya de Pesquisas Médico-Hospitalares" (ROLDÃO, 2006, p. 5).
O Ministério da Educação reativou e ampliou, a partir de 2004, o projeto Rede de Comunicadores pela Educação. Roldão (2006) explica que a equipe responsável já percorreu 15 capitais do Nordeste, Sudeste e Sul do país, com oficinas para quase 500 radialistas, instruindo a fiscalização de projetos sociais do governo federal. No entanto, as iniciativas que vêm sendo empreendidas, apesar de bem-sucedidas e com resultados positivos, ainda não contemplam a realidade sócio-econômico-cultural do Brasil. Ainda há muito por fazer.
Promessa desmentida
Apesar destas experiências educativas, uma reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, em 18 de junho de 2006 e assinada por Elvira Lobato, afirma que
"o governo Lula reproduziu uma prática dos que o antecederam e distribuiu pelo menos sete concessões de TV e 27 rádios educativas a fundações ligadas a políticos. Também foi generoso com igrejas: destinou pelo menos uma emissora de TV e dez rádios educativas a fundações ligadas a organizações religiosas. Esse fenômeno confirma a afirmação de funcionários graduados do Ministério das Comunicações de que, no Brasil, a radiodifusão `ou é altar ou é palanque´" (LOBATO, 2006).
A reportagem divulga ainda outros dados que dizem respeito às emissoras educativas.
Em três anos e meio de governo, Lula aprovou 110 emissoras educativas, sendo 29 televisões e 81 rádios. Levando em conta somente as concessões a políticos, significa que ao menos uma em cada três rádios foi parar, diretamente ou indiretamente, nas mãos deles. Fernando Henrique Cardoso autorizou 239 rádios FM e 118 TVs educativas em oito anos. No final de seu segundo mandato, a filha, em levantamento semelhante, comprovou que pelo menos 13 fundações ligadas a deputados federais receberam TVs, desmentindo a promessa que ele havia feito de que colocaria um ponto final no uso político das concessões de radiodifusão (Ibid).
"A escola dos que não têm escola"
O site do Ministério das Comunicações é bem claro ao declarar quem tem preferência para executar a radiodifusão educativa no Brasil:
"São competentes para executar os serviços de radiodifusão com fins exclusivamente educativos: com preferência estabelecida em lei, a União Federal, os Estados e o Distrito Federal, os Municípios e as universidades brasileiras, públicas ou particulares; sem nenhum tipo de preferência, as fundações particulares com finalidades educativas" (MC, 2009).
Portanto, pelas leis federais, as rádios educativas deverão permanecer nas mãos dos políticos e, desta forma, estas mesmas leis depõem contra a democratização da comunicação no Brasil.
Na mesma entrevista à Folha (2006), o deputado federal João Caldas (PL-AL) que criou a Fundação Quilombo, em Alagoas, recebeu licença para uma rádio FM educativa em Maceió em dezembro de 2005 e, no governo FHC, recebeu uma TV educativa em Maceió e cinco emissoras de rádio no interior do estado, afirmou que não acredita que isso vá mudar. "As pessoas mais influentes são as que têm meios de comunicação, como ACM na Bahia, Orestes Quércia em São Paulo e a família Sarney no Maranhão. Comunicação dá voto", disse ele na época.
Porém, apesar desta trajetória, o rádio ainda poderia resgatar seu caminho precursor através de iniciativas educativas, de resgate da cidadania e de inclusão social, se os legados de Bertold Brecht, Mario Kaplún e Paulo Freire fossem colocados em prática. Com um vislumbramento positivo, e em tom de repúdio ao caminho do rádio face aos interesses políticos, este artigo finaliza com uma frase de Roquette-Pinto.
"O rádio é a escola dos que não têm escola, é o jornal de quem não sabe ler, é o mestre de quem não pode ir à escola, é o divertimento gratuito do pobre, é o animador de novas esperanças, o consolador dos enfermos e o guia dos sãos – desde que o realizem com espírito altruísta e elevado, pela cultura dos que vivem em nossa terra, pelo progresso do Brasil" (EDGARD ROQUETTE-PINTO)
Referências bibliográficas
FERREIRA, Gisele Sayeg Nunes. Sarney, FHC e Lula: 22 anos de "conversas ao pé do rádio" e democracia. Trabalho apresentado ao Grupo de Trabalho História da Mídia Sonora, do V Congresso Nacional de História da Mídia, Facasper e CIEE, São Paulo (SP), 31 de maio, 1° e 2 de junho de 2007.
FIGUEIREDO, Alexandre. Roquette-Pinto e o rádio educativo no Brasil.
Disponível aqui, acesso em 15/03/2009
LIMA, Venício A. de. "As concessões de radiodifusão como moeda de barganha política". Revista Adusp. Janeiro 2008.
Disponível aqui, acesso em 01/04/2009.
LOBATO, Elvira. "Governo Lula distribui TVs e rádios educativas a políticos". Folha de S.Paulo. 18/06/2006.
Disponível aqui, acesso em 25/03/2009.
MC. Site do Ministério das Comunicações.
Disponível aqui, acesso em 26/03/2009.
MOREIRA, S. V. "A porção carioca do rádio brasileiro". Revista USP, São Paulo, nº 56, p. 42-47, dezembro/fevereiro 2002-2003.
Disponível aqui, acesso em 25/03/2009.
_________ "Rádio educativo brasileiro: fragmentos históricos". Trecho originalmente produzido para o projeto La Radio em Iberoamérica, coordenado pela Universidad Pontifícia de Salamanca (Espanha), in Cadernos da Comunicação. Série Memória – vol. 6. março de 2003.
ROLDÃO, Ivete Cardoso do Carmo. O Rádio Educativo no Brasil: uma reflexão sobre suas possibilidades e desafios. Trabalho apresentado ao NP Comunicação Educativa do VI Encontro de Núcleos de Pesquisa da Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – UnB – 6 a 9 de setembro de 2006.

homenagem justa

José Gervásio de Paula Lima tem 68 anos e mais de meio século de batente. Começou no Jornalismo na década de 1950, na função de “aprendiz” de revisor no jornal O Estado, como se autodefine à época. Desde então, cumpre uma trajetória que inclui o trabalho de revisor, repórter, redator, editor, correspondente e assessor. Primeiro editor do célebre Mutirão, pioneiro jornal alternativo no Ceará, Gervásio atuou em vários jornais locais - os extintos Diário do Povo, Gazeta de Notícias e Tribuna do Ceará e os sobreviventes O Estado, O Povo e o Diário do Nordeste – e fora do Ceará – Em Tempo (São Paulo), Tribuna da Imprensa e Opinião (Rio de Janeiro), Jornal do Brasil e Correio Braziliense (em Brasília), Correio do Povo (em Porto Alegre) e Jornal do País. É de jornal, mas também de rádio – passou pelas rádios Uirapuru e Dragão do Mar – e de revista – foi editor da Revista dos Municípios do Ceará e correspondente da Caros Amigos. Do Jornalismo para os livros, Gervásio de Paula escreveu a biografia “Américo Barreira: Um Estadista do Municipalismo”, e em parceria com os escritores e jornalistas Frota Neto e Luciano Barreira, o livro “Amazônia Retalhada”. Atualmente free-lancer do Diário do Nordeste, o jornalista conclui a extensa lista de atividades realizadas em mais de 50 anos de Jornalismo com uma inquietante, profunda, sábia e humilde definição: "rico de dúvidas". retirado do site emoff.

PARA NÃO DIZEREM QUE FOI A ASSOCIAÇÃO DE OUVINTES...


Vamos reproduzir um comentário feito no blog gentedemidia.blogspot.com sobre a nova programação da AM DO POVO/ CBN. A gente da aouvir vive avisando e simplesmente nos ignoram até mesmo os grandes radialistas desprezam nossa opinião. Veja se nosso blog é sugerido por algum deles? O RÁDIO ESTÁ EM CRISE E, QUEM PAGA PELA CRISE...O OUVINTE É CLARO...

Veja e tire suas próprias conclusões



Marcos Maranguape disse...
Depois do AI-5,temos o AI-1010:Por esse decreto fica proibida a leveza na comunicação, o humor discreto de seus comunicadores e, até mesmo, de se referir à jornalista Adisia Sá como "menina Adisia" e ainda proibe a divulgação das datas históricas , da notícia curiosa da hora e, finalmente fica terminantemente proibida a veiculação do quadro "rapiDez".Esta é a impressão que tive hoje ao sintonizar a Povo/CBN às 9h como sempre fiz para escutar o velho papinho do Nonato e da Professora.É com pesar que vejo que tudo isso agora é passado e percebi logo na hora que o Nonato se dirigiu à professora de forma fria chamando-a simplesmente de Adísia, não sei porque mas aquela entonação solene me deixou mal,parecia que havia alguem por trás do comunicador lhe apontando uma arma para forçá-lo a agir dessa forma tão ríspida e anti-natural.Fico até imaginando um diálogo com o prof. Mourão(se é que ele vai voltar)nesse formato novo:"Prof. Mourão Vossa Senhoria é a favor de....." e aí responde o professor: "Não! nobre radialista Raimundo Nonato".O interessante é que a matriz da rede possui momentos tão leves ao longo de sua programação, por que a filial local não pode ter? A 1010 tá voltando ao tempo do início da CBN aqui em Fortaleza que não deu certo por esse engessamento, era um locutor que ficava repetindo manchetes e que ficava sem assunto no meio do programa.Nonato acredito que vc talvez nem publique esse comentário mas espero que pelo menos o leia antes de deletá-lo assim como estou com vontade de fazer ,pela primeira vez, com o primeiro Grande Jornal que gravei aqui em casa.Tá muito engessado, sem vida e sem graça.Se o problema com o Rádio Serviço era a audiência, fala pro chefe prá chamar um religioso pro horário das nove horas que é o que tá mandando ,ou seja, o negócio é se aproveitar do sofrimento alheio pra fazer proselitismo pelos microfones.Perdão pelo desabafo! PS: Vão proibir também a Rádio Sucupira?Parece mentira mas no momento que tava terminando esse comentário meu aparelho de MD, no qual estava gravando a primeira edição do Grande Jornal, queimou e e engoliu o disquete. Mal agouro?

uma luz no fim do túnel

Rádio: S.O.S
Quando professora de Jornalismo, da UFC, desestimulei meus alunos de ingressar em rádio, para mim, então, um mero “vitrolão”. ...A profissão me levou ao microfone e com ele estou há quase 25 anos. Encontrei-me no rádio e a ele devo, sem dúvida, parcela ponderável de minha popularidade. Ainda hoje estou nele e dele tiro parte de meu sustento, como comentarista diária , sem falar na imensa satisfação que ele dá. Sou uma apaixonada pelo rádio. Percorro emissoras locais da madrugada ao anoitecer. Infelizmente, nem sempre o prazer de ouvir noticiários e música se completa com os ocupam os microfones. Se não temos mais o vitrolão de antigamente, sobram incompetência e despreparo, principalmente no improviso e nos debates. Há honrosas e preciosas exceções, onde ao talento se casa a um humor sadio, descontraído, mesclando alegria com informações . Em compensação, o descompasso entre jornalismo e baixaria é imenso e poucos se dão conta disto. Quando falo em poucos, estou me referindo aos empresários/donos das emissoras, aos diretores de programação e produção. Creio que não seja feita uma triagem entre os não qualificados e os autênticos profissionais, entre os alfabetizados e os que “alugam” o horário. Programas marcados por piadas chulas, sons pornográficos, notícias pinçadas de revistas de baixa qualidade informativa e moral . Estou falando, também, em “programas” que defendem clubes esportivos , políticos, amigos... Há aqueles (“programas”?) onde os “apresentadores” e convidados se atropelam, falando(?) várias pessoas ao mesmo tempo, tornando inaudíveis as suas palavras , quase sempre de conteudo duvidoso. Acredito que a Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão deva estar atenta ao que se passa nas nossas emissoras e se prepara para uma tomada de posição de “basta”.Acredito, também, que as direções das emissoras sabem, ouvem e recebem denúncias sobre o que “profissionais” estão fazendo de e nos seus microfones, como estou certa de que o índice de audiência esteja caindo. Afinal, rádio é outra coisa. Adísia Sá - Jornalista
adisia@opovo.com.br

VEJA O ANTIGO PRÉDIO DA RÁDIO UIRAPURU


O prédio onde hoje fica do DCE da Universidade Federal do Ceará abrigou durante muitos anos a Rádio Uirapuru de Fortaleza que hoje está esquecida e se transformou em mais uma das rádios religiosas, nada contra, mas como poderia esta rádio hoje está gerando empregos e propiciando coisas boas aos ouvintes.

VEJA A POSIÇÃO DO RÁDIO

Em pesquisa realizada no blog do Mesquita sobre a informação veja a posição do rádio neste quesito. Será que esta pesquisa reflete a realidade ou temos que nos contentar com a tristeza de que o rádio não é mais o mesmo.
Veja os resultados:

Internet: 37%

TV aberta: 34%

TV por assinatura: 12%

Rádios: 8%

Jornais: 8%

Revistas: 1%

UM TEXTO RETIRADO DO SITE www.carosouvintes.org.br


Cinco assuntos em uma coluna!
18/05/09
Senhor locutor. Técnica pioneira. Mesquinhez ou… Kilohertz? Chefão esquisito.
• Eu era um garotão, já morava em Curitiba e numa de minhas idas a Joinville, minha terra natal, para visitar meus parentes, ouvi um novo e bom som: o da Rádio Difusora de Jaraguá do Sul, cidade vizinha. Uma das vozes bonitas que anunciavam o novo prefixo de Santa Catarina era a de um jovem locutor de nome Souza Miranda.
Anos mais tarde, em 1951, quando iniciei no rádio em Curitiba, ele fazia parte do quadro de locução da Clube Paranaense, a de prefixo PRB-2, primeira emissora do Estado e terceira do país, então líder de audiência na capital do Paraná.
Natural de Morretes, município litorâneo paranaense, Miranda tem três marcas em sua carreira difíceis de serem igualadas: atuação em maior número de emissoras trabalhou em cinco estados limítrofes (Rio, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e maior tempo exercendo a profissão de radialista.
Souza Miranda, em julho deste ano completará 81 anos de idade e 65 de atuação como radialista profissional. Conhecido como o maior “andarilho” da radiodifusão brasileira, merece figurar no Guinness World Records.
Ainda está na ativa apresentando programa de bate-papo com o ouvinte (Souza Miranda e Você), as terças e quintas, das 12h30 às 13h00, na Rádio mais Alegria (
http://www.radiomaisalegria.com/), de Florianópolis, cidade que há alguns anos escolheu para morar, em definitivo, e onde vive com sua família e tem muitos amigos.
Na sua carreira de radialista, ele não ficou só na locução. Além de animador, radioator, produtor e cantor, até novela escreveu, isso quando de sua passagem pela Rádio Cultura, de São Paulo, nos tempos em que esta emissora era comercial.
A par desses cargos todos, exerce ainda com êxito a função de contato comercial, corretor de anúncios, como se dizia antigamente. Ao Souza Miranda, companheiro de algumas jornadas, desejo muita saúde, com votos para que continue no ar durante muito tempo. Sou seu fã.
• Central Técnica é uma inovação que surgiu no rádio nos anos 1950, mas que só foi implantada em Curitiba em 1965. Como diretor da Rádio Independência, fui pioneiro ao dotar aquela emissora de um centro de operações. Antes, o estúdio técnico, acoplado ao estúdio de locução, além de manter a estação no ar, fazia todo tipo de operação. Muitas vezes a movimentação de espera para uma transmissão externa atrapalhava, e muito, o andamento da programação normal da rádio.
Por incrível que possa parecer, 11 anos mais tarde, quando assumi a direção da Nacional, de São Paulo, prestes a passar a ser denominada Globo, esta rádio ainda não tinha uma Central Técnica, condição sine qua non para colocar no ar programas jornalísticos movimentados.
No rol de minhas realizações naquela emissora está cravada a instalação desse importante requisito técnico. E foi com grande emoção e orgulho que vi a nova Rádio Globo, em outubro de 1977, sob a batuta do competente operador Chico Vieira (ex Rádio Jovem Pan) inaugurar sua Central Técnica. Exatamente no dia da estréia de Osmar Santos e sua equipe esportiva nos 1.100 kilohertz.
Essa indispensável providência, que igualou tecnicamente a Rádio Globo de São Paulo às demais grandes emissoras do país, no ano seguinte permitiu que realizássemos uma excelente cobertura jornalística da Copa do Mundo, movimentando mais de 60 profissionais na Argentina e no Brasil, com as transmissões dos jogos marcando presença via Embratel nas principais cidades e em todas as capitais do país, exceto no Rio de Janeiro, onde também tinha uma rádio Globo. No IBOPE, deu a ex-Nacional, a nova Globo paulista.
• Coisa de gente pequena, mesquinha. A Rádio Guairacá de Curitiba (que depois mudou de nome para Rádio Iguaçu e foi cassada pelo golpe militar de 1964), a partir da saída do superintendente Murilo Lupion de Quadros (sobrinho do então governador Moisés Lupion, patrono da rádio), passou a viver dias tumultuados com a redução do quadro de funcionários, falta de salários em dia, transmissores sem válvulas, queda da qualidade da programação e outras situações de instabilidade.
A sucessão de vários superintendentes, todos paraquedistas em matéria de radiodifusão, levou a segunda emissora de Curitiba a um estado de insolvência. Um dos dirigentes que passou pela ZYM-5 foi Tércio Rolim de Moura. Acho que era parente ou correligionário político de Lupion. Entrou com fama de durão querendo consertar as finanças da emissora de um dia para outro.
O “locutor que vos fala”, escalado para um trabalho fora de Curitiba, antes de viajar passou pelo escritório da Guairacá, que era localizado num prédio na esquina das ruas Barão do Rio Branco com 15 de Novembro (os estúdios e auditório ficavam localizados na Barão do Rio Branco), a fim de receber o bilhete da passagem e a verba referente as diárias do período em que estaria a serviço na capital de São Paulo.
Quando fui pegar o dinheiro reservado para as diárias, achei pouca a importância estipulada para cada dia de trabalho externo e então fui falar com o referido Sr. Tércio. Ele me disse que os tempos eram bicudos e que eu, durante a viagem, deveria fazer uma só refeição por dia, suprimindo o almoço ou o jantar.
Recusei-me a viajar com essa absurda condição e, na hora, abri caminho para me desligar daquela rádio, o que, realmente, aconteceu um mês depois desse fato. Tércio Rolim de Moura durou pouco tempo como superintendente da Guairacá, rádio que mais tarde foi transferida, inicialmente para o radiodifusor Samuel Silveira (que já tinha a Rádio Cruzeiro do Sul).
Depois, ela passou para o grupo de Paulo Pimentel e virou Iguaçu (nome fantasia). Teve então uma boa fase nas mãos do companheiro Euclides Cardoso, qualificado dirigente de rádio de Curitiba. Mas o movimento golpista de 1964 declarou perempta a concessão outorgada para o seu funcionamento ainda com nome de Rádio Guairacá. Silenciou sua transmissão no dia 27 de maio de 1977, precisamente às 10h55.
• Sempre antenado com as coisas novas do rádio, quando fui gravar a vinheta-prefixo da Independência em São Paulo, no famoso estúdio da RGE, de José Scatena, ao solicitar que o locutor anunciasse “ZYJ-267, Rádio Independência de Curitiba, 1.360 kilohertz”, fui chamado de “inventor da pátria” por Humberto Marçal, na época dono de uma das mais bonitas vozes do Brasil, que se negava a gravar o prefixo com a palavra kilohertz.
Só com muita insistência minha é que Marçal gravou como eu pedira. Uma nova regulamentação do governo determinava que a denominação kilociclos fosse substituída por kilohertz, homenagem a Heinrich Hertz (1857-1894). O grande físico alemão provou a teoria de “que a luz era uma forma de radiação eletromagnética”, ou seja, a existência de ondas eletromagnéticas que, em sua honra, viriam a ser chamadas de ondas hertzianas.
A propósito de prefixo, nunca aceitei o desaparecimento do PR, substituído por Z na identificação das emissoras de rádio. Como era sonoro ouvir: “PRE-8, Rádio Nacional do Rio de Janeiro.” Ou “PRB-9, Rádio Record de São Paulo”. Ou ainda, “PRB-2, Rádio Clube Paranaense”. Ou então, “PRC-4, Rádio Clube de Blumenau”.
Com base em convenção internacional, sei lá como, desapareceram os PRs e depois disso o que era bonito ficou feio, ainda mais porque as rádios então deixaram de ser reconhecidas pelos seus prefixos. Algumas emissoras – como é o caso da Clube Paranaense, PRB-2 – continuam sendo reconhecidas por seus antigos prefixos.
Hoje, proliferam os nomes de fantasia que substituem os nomes originais (tem algumas rádios que já mudaram várias vezes de nome) e o prefixo é pouco divulgado pelas estações que, antes, eram obrigadas pelo Minicom a anunciar seus prefixos de meia em meia hora, providência que orientava as aeronaves que buscavam aterrissar com segurança.
• Numa das rádios em que exerci o cargo de diretor, o superintendente me ordenou que demitisse um funcionário que ocupava e desempenhava bem o terceiro cargo em importância na hierarquia funcional da empresa, o qual tinha seu trabalho bastante elogiado por todos os seus colegas.
Como achei estúpida a desculpa para determinar a referida demissão (”eu não gosto da cara desse sujeito…”), não providenciei o afastamento do funcionário “malquisto” pelo chefão. Mais tarde, quem se demitiu fui eu, isso em razão daquele meu enfrentamento e da falta de confiança que passou a existir no relacionamento com o tal superintendente.
Passam os anos e eu me pergunto: Errei ou acertei em não atender o manda-chuva daquela empresa? Aquele funcionário (de cara feia) que eu não aceitei demitir ficou por alguns anos na frente do departamento de marketing da emissora.
Vida de diretor de rádio no Brasil tem dessas coisas: a rapadura é doce, mas não é mole.
FINAL, DOIS PONTOS:1. É longa a estrada da vida e2. O que não tem solução deixou de ser problema… Assim diz o poeta popular.

PS 1 - Está no ar o 25º Congresso de Radiodifusão. De 19 a 21 deste mês de maio, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília, com previsão de comparecimento de grande número de radiodifusores, especialistas, pesquisadores e parlamentares. Inclusive o autor desta coluna.
O evento, intitulado Radiodifusão: Compromisso com o Brasil, promoção da ABERT, Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, vai discutir os principais assuntos do momento para o setor e para o país.
A Abert, que representa 2,5 mil emissoras de rádio e 320 de TV, prevê a participação de 1,5 mil radiodifusores. No programa, estão previstas sete conferências, oito painéis temáticos e quatro legislativos.
Ao mesmo tempo, será promovida uma Feira Internacional de Equipamentos e Serviços, com mais de 50 empresas nacionais e multinacionais, e o 28º Seminário Técnico Nacional da Radiodifusão, dirigido a profissionais da área, que discutirão temas como mobilidade para televisão, internacionalização do modelo digital de TV brasileiro, padrões para rádio digital e gerenciamento de conteúdo para TV.
Sobre rádio digital, técnicos dos padrões já testados no Brasil vão defender seus sistemas.
PS 2 - Quinta-feira (14/05) acompanhei pela net programa comemorativo dos 66 anos da Rádio Guarujá de Florianópolis, conduzido por Polidoro Júnior. Presença, ao vivo e pelo telefone, de jornalistas, radialistas e técnicos que ajudaram a construir a grandeza dessa importante emissora.
Sucessora de um serviço de alto-falantes, a Guarujá surgiu em 1943 e nos anos 50/60 conseguiu pontificar como uma das principais rádios do Sul do país.
Essa tradicional rádio, três anos depois de sua inauguração, foi transferida para o grupo de Aderbal Ramos da Silva, político catarinense que governou o Estado no período de 1947 a 1951 e até hoje está sob o controle do mesmo comando empresarial, agora denominado Hoepcke Rádios, dirigido por dona Sílvia Hoepcke da Silva. Seu filho, Fábio Comelli, é o diretor executivo.
A Guarujá AM, com sua atual programação direcionada para o esporte e radiojornalismo, é parceira da Rede Eldorado. Já a emissora de FM, retransmite a programação Antena 1.
IN MEMORIAM
O rádio paranaense está de luto. Morreu Jorge Nassar, criador de A Voz do Povo, programa de grande audiência nos anos 50/60. Radiodifusor fundador da Rádio Independência atuou por três legislaturas como deputado estadual (1958, 1962 e 1966). Em 1969, teve seus direitos políticos cassados pelo golpe militar de 64.Em 1959, criou uma fundação com o nome A Voz do Povo, mais tarde denominada Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional - FEPE - que atende crianças, adolescentes e jovens com deficiência. Um legado exemplar.
Nassar foi um grande apaixonado por rádio.

UM RANKING DE MÚSICAS DO RÁDIO


Vi no blog gentedemidia e passo para vocês...