segunda-feira, 29 de março de 2010

NONATO ALBUQUERQUE GANHA PRÊMIO - ELE MERECE

NONATO ALBUQUERQUE

Vale a pena sintonizar, toda manhã, a Rádio O POVO AM, para ouvir o “papo” do Nonato Albuquerque com a professora Adísia Sá no espaço intitulado “na linha com Adísia”. São verdadeiras lições de cidadania dadas pela querida jornalista ao comentar fatos do cotidiano. A descontração e inteligência do entrevistador na colocação dos assuntos é que deixa a conversa fluir com naturalidade permitindo aos ouvintes terem uma visão, ainda que superficial, das análises feitas. A forma de conduzir o programa e interagir com o público ouvinte dar a dimensão do homem deixando transparecer “o lado humanitário” do Nonato por ele exercitado de forma discreta e sem alardes.

Irapuan Diniz Aguiar - comentário no blog do Eliomar.

MORRE ARMANDO NOGUEIRA

jornalista Armando Nogueira morre aos 83 anos no Rio de Janeiro

A TARDE ON Line
O jornalista Armando Nogueira, 83 anos, morreu nesta segunda-feira, 29, na sua casa, no bairro da Lagoa, no Rio de Janeiro. Nogueira, que criou o "Jornal Nacional", não resistiu a um câncer no cérebro, diasgnosticado em 2007, de acordo com a Globo News.

Formado em Direito, Nogueira, que nasceu em Xapuri, no Acre, e foi morar no Rio de Janeiro aos 17 anos, conquistou o primeiro emprego como jornalista em 1950 na editoria de esportes do "Diário Carioca", onde ficou por 13 anos como repórter, redator e colunista.

Ele também trabalhou nas revistas "Manchete" e "O Cruzeiro", além do "Jornal do Brasil", onde fez a coluna diária "Na Grande Área".

Nogueira participou da cobertura de todas as Copas do Mundo desde 1954 e todos Jogos Olímpicos a partir de 1980. Escreveu textos para o filme "Pelé Eterno" e é autor de dez livros sobre esporte. A experiência na área de esportes fez o torcedor apaixonado do Botafogo dirigir a Divisão de Esportes da Rede Globo de Televisão, onde também foi diretor da Central Globo de Jornalismo entre 1966 e 1990.

Na emissora, o jornalista foi responsável pela criação do "Jornal Nacional" e do "Globo Repórter". Ele também atuou na TV Bandeirantes e atualmente estava no SportTV com o programa "Papo com Armando Nogueira" e na rádio CBN.

domingo, 28 de março de 2010

VEM AI

Tem estréia na Rádio Cidade

O radialista Valmir Santos estréia na madrugada de terça - feira na Rádio Cidade AM - 860 a partir das 2 da manhã. Vamos prestigiar o grande Valmir Santos...

quinta-feira, 25 de março de 2010

BOA PEDIDA PARA HOJE

LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA DO RÁDIO NO BRASIL

CIÊNCIA PELO RÁDIO.

hoje uma boa discussão sobre o rádio

Rádio O POVO/CBN comemora 28 anos

A emissora nasceu em 1982, como AM do POVO 1010, para levar o jornalismo para cearenses por meio de notícias e conteúdo de qualidade

24 Mar 2010 - 15h01min
A Rádio O POVO/CBN completa 28 anos nesta quinta-feira, 25 de março. A emissora nasceu em 1982, como AM do POVO 1010, para levar jornalismo aos cearenses por meio de notícias e conteúdo de qualidade. Há cinco anos, a emissora se tornou filiada da Central Brasileira de Notícias (CBN), do Sistema O Globo de Rádio, pioneira do jornalismo radiofônico.

A importância dio radiojornalismo e o aniversário da Rádio O POVO/CBN serão temas do programa Debates do Povo desta quinta-feira, apresentado pelo jornalista Erivaldo Carvalho a partir das 11 horas. Participam do programa a jornalista Adísia Sá, uma das primeiras apresentadoras do programa; a professora universitária de radiojornalismo, Kátia Azevedo; e o vice-presidente da Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará (Aouvir-CE), Francisco Djacyr Silva de Souza.

Maryllene Freitas, editora-chefe da emissora, explica que o ouvinte também vai encontrar espaço ao longo da programação para falar sobre o que a rádio representa em seu cotidiano. “O ouvinte sempre interage, participa dos nossos quadros, critica, sugere. É um canal que exercitamos diariamente. A nossa preocupação é formar e informar, que é o papel que todo veículo de comunicação deve ter”, afirma Maryllene.

terça-feira, 23 de março de 2010

um pouco de radioteatro

A MAGIA DO RÁDIO

leia este texto:

O rádio tem magia? ( ANTONIO PAIVA RODRIGUES)

12/10/09
O rádio é um dos inventos mais importantes e de grande utilidade para a humanidade. Todos os inventos têm a sua importância e finalidade cada um em sua área específica. Muitos cientistas estudaram peças, e componentes importantes para o bom funcionamento do rádio.
Nos anos trinta a diversão pública do brasileiro era escassa. Foi nesta mesma época que o rádio triunfou de maneira auspiciosa. No tempo de D. Pedro, ou de Hermes da Fonseca cada um ficava na sua. O rádio criou o público ouvinte. As classes mais privilegiadas ou menos favorecidas, desde que tivessem um rádio Phillips por perto, viravam amigos ouvintes.
A magia do rádio era essa interação entre os ouvintes, mas não cessava por aí. A comunidade de informação foi criou com a finalidade de ditar modas e costumes. Como também colocavam em comunicação rápida e instantânea milhares e milhares de pessoas. A comunicação era muito difícil em tempos passados, ao começar pelos nossos antepassados que usavam as artimanhas de gritar, pular, assobiar, tocarem tambores e até acender fogo para ser notados e a comunicação ser concretizada. Pedro Álvares Cabral quando descobriu o Brasil, em 1.500, Portugal só tomou conhecimento três meses depois. Esses três meses era o tempo em que um navio da época levava para chegar da Terra descoberta até Portugal. Já pelos meados de 1822, quando D. Pedro proclamou a Independência do Brasil, em São Paulo, a comunicação só chegou ao Rio de Janeiro sete dias depois.
Esse tempo era o que um cavalo percorria entre os dois Estados. Na guerra do Paraguai, em 1865, a notícia foi bem mais rápida, pois na época o telegrafo já tinha sido inventado. O telegrama saia nos jornais, poucas pessoas liam, visto que a maioria não sabia ler e era necessário de corresse de boca em boca para que todo o Brasil tomasse ciência da guerra que estava em andamento. A confirmação da guerra levou semanas para todos tomarem conhecimento. Com a invenção do rádio a situação foi resolvida, pois ninguém precisava ler para tomar conhecimento de algum fato era necessário possuir o rádio e ouvir.
No sertão nordestino imperava o cangaço e Virgulino Lampião era o mais bravo, quando trocou tiros com a volante policial no Estado de Sergipe, em 1938, o Brasil soube de imediato. A repercussão foi grande, pois muita gente riu e muita gente chorou. As pessoas mais populares no Brasil trabalhavam no rádio, eram os Speakers de rádio hoje conhecidos como locutores. Por serem muito ouvidos ficaram mais famosos que os próprios políticos da época. Quase todos conheciam as vozes de um locutor, mas de um deputado ninguém conhecia. Essas nuanças são mais magias do rádio.
Com uma voz suave eles brindavam o público ouvinte com a seguinte frase: “Amigo ouvinte, e entrava a qualquer hora nas residências, quebrando sutilmente o recato das famílias brasileiras. A palavra recato vem de recatar cuja sinonímia é cautela, prudência, resguardo, modéstia, pudor, lugar escondido, retirado, recolhimento, bom recato e simplicidade. Nas magias do rádio as cantoras do rádio levavam a vida a cantar. Os cantores (as) do rádio faziam mais sucesso do que os próprios locutores. O rádio encantava a todos. Os circenses, o pessoal de teatro, e aqueles que só se exibiam em saraus passaram a usar o rádio. Saraus era festa noturna, em casa particular, clube ou teatro. Concerto musical noturno. Festa literária noturna, especialmente em casas particulares. Naquela época já havia a luta pela audiência e os donos de rádios pagavam bem, pois quanto mais ouvintes mais reclames (publicidades) e os donos de emissoras tornaram-se ricos esnobando os antigos. Os famosos auditórios surgiram em 1930. Os aficionados ganharam com isso, pois um grande número de emissoras pelo Brasil aderiu à idéia.
Os grandes cantores do eixo rio e São Paulo passaram a se exibir em outros Estados e os mesmos quando chegavam muitos prefeitos decretavam feriado, até as escolas cerravam as suas portas. Quando os cantores se apresentavam o frenesi era tão grande que até desmaios aconteciam. Era mais uma vez a magia do rádio em ação. Não havia a internacionalização das músicas, pois as músicas brasileiras eram mais ouvidas. A transmissão de programa, a mensagem publicitária, as notícias, etc., destinados ao público em geral, através de ondas eletromagnéticas, cabo, eram conhecidas pelo nome de broadcasting que se refere também alta qualidade dos padrões e sistemas us. profissionalmente em broadcast.
O broadcasting era conhecido como um negócio essencialmente de brasileiro para brasileiros. Os ídolos nacionais daquela época e que ficaram conhecidos até nos dias atuais: a pequena notável Carmem Miranda, o cantor das multidões Orlando Silva, o rei da voz Francisco Alves, Noel Rosa, Ari Barroso e muitos outros. Duas irmãs pelos idos de 1936 brindaram o público ouvinte com suas belas vozes, Carmem e Aurora Miranda, interpretaram a sedução que o rádio exercia sobre o povo. A música ficou conhecida como as cantoras do rádio. Aqui no Estado do Ceará muitos cantores fizeram sucesso. José Jataí, Romeu Menezes, o “boêmio-galã” Moacir Weyne e Altair Ribeiro, Ayla Maria, Evaldo Gouveia, as irmãs vocalistas (Cleide e Adamir Souza Maia), Ivanildes Rodrigues, Lauro Maia e muitos outros. Esta é a magia do rádio

segunda-feira, 22 de março de 2010

a lei existe e é para ser cumprida...por que não o é?????????????

Art. 221 - A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

LACUNA SEM PREENCHIMENTO.

APÓS A MORTE DO GRANDE PAULO RODRIGUES A RÁDIO VERDES MARES FICOU COM UMA GRANDE LACUNA NO HORÁRIO DE 11 ÀS 12 DA NOITE. NO MOMENTO APENAS MÚSICA E NADA DE INFORMAÇÃO...

UMA DAS FALTAS DO RÁDIO DE ANTIGAMENTE

Antigamente era extremamente atrativo ouvir rádio após os jogos. Tínhamos direito de ouvir reportagens de final de jornada. Hoje em função do sucateamento do rádio poucas rádios fazem esta jornada. No nosso estado merece destaque a Rádio Cidade e a Rádio O POVO>

domingo, 21 de março de 2010

GERARDO ANÉSIO NA COLUNA DO ABIDORAL de domingo dia 21

SU PER GEGÊ
O radialista Geraldo Anésio virou o radialista de mil e uma utilidades em Fortaleza. O homem consegue ter programas nas rádios Cidade AM, Fm Assembleia, Pitaguary e até numa tal FM Túnel do Tempo (viche!)

o nome disso é trabalho e amor ao rádio viu Abidoral...

fotos eventos da aouvir Ceará e os ouvintes de rádio que enobrecem nosso rádio....

FRASE DE IAN GOMES...

sábado, 20 de março de 2010

A IDA DE BOIADEIRO E O RÁDIO

Sabe o lado bom da saída do Jogador Boiadeiro do Ceará Sporting Club?

Não teremos que ouvir a intragável música de Gomes Farias e Sérgio Pinheiro....

Obrigado Boiadeiro...

CADÊ A INFORMAÇÃO

Em transmissões esportivas do rádio cearense maioria dos locutores não informam o tempo do jogo. Não é correto, o ouvinte tem direito de saber o tempo e o placar do jogo. Cadê o direito à informação?

sexta-feira, 19 de março de 2010

FÉ DO SERTANEJO

PARA REFLETIR

o poder do dial

ATIVIDADE INTERESSANTE

Abril

NABSHOW 2010
Maior feira de multimídia eletrônica e telecomunicações do mundo. São mais de 1500 expositores apresentando as mais novas tecnologias do segmento, Tecnologias de televisão, rádio e cinema, produção e pós-produção de filmes/vídeos, áudio, novas ídias, internet, streaming, banda larga e serviços sem fio.
Local do evento: Las Vegas Convention Center – Las Vegas – USA
Conferências: 10 a 15 de abril / Exposição: 12 a 15 de abril de 2010
Saiba mais: www.nabshow.com

quinta-feira, 18 de março de 2010

é besteira muita

OS RADIALISTAS TORCEDORES DE MICROFONE AGORA ESTÃO CHAMANDO O ESTÁDIO ALCIDES SANTOS DO FORTALEZA NO CALDEIRÃO TRICOLOR....DÁ PARA AGUENTAR TANTA BESTEIRA. DEVERIAM LUTAR PELA REFORMA DO PV E PELA VIABILIDADE DO CASTELÃO...POUCOS SÃO OS QUE TEM DISCERNIMENTO NA IMPRENSA CEARENSE...

quarta-feira, 17 de março de 2010

terça-feira, 16 de março de 2010

Prefiro a verdinha mesmo...

A história da rádio verdes mares está querendo nos empurrar a tal Rádio Tamoio guela a baixo não tem sentido nem soa legal. Muitas vezes os repórteres daqui tem de ficar esperando para dar notícia do nosso futebol enquanto os outros falam dos outros campeonatos. QUEREMOS O QUE É NOSSO. NÃO PEGA BEM VERDINHA, A TAMOIO NÃO É DAQUI....

segunda-feira, 15 de março de 2010

REFLITA

edital para produção de rádio

Ministério da Cultura abre edital para produções de rádio

15/03/10
O Ministério da Cultura lançou nesta segunda-feira (15/03) o edital “Nossa Onda”, que patrocinará a produção de 52 obras radiofônicas, gêneros radiodocumentário e radioconto, com o tema “Diversidade Cultural”, com duração de 15 minutos cada. O edital com todas as informações para inscrição está disponível no site do Ministério da Cultura e no blog do Nossa Onda. As inscrições vão até o dia 28/04. Podem participam pessoas físicas que se apresentem como diretor ou como diretor e roteirista. Os autores dos projetos aprovados participarão de uma oficina de desenvolvimento do projeto e receberão R$ 10 mil cada um. Eles terão um prazo de até 60 dias para produzir os trabalhos. As obras contempladas serão transmitidas em várias emissoras comunitárias de todo o Brasil. O edital Nossa Onda faz parte do Programa Mais Cultura, por meio das Secretarias do Audiovisual e de Articulação Institucional, e conta com o apoio da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária e da Sociedade Amigos da Cinemateca. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 11-3512-6111, ramal 237.

Para pensar

vem aí...

domingo, 14 de março de 2010

futebol suburbano reclama

Com a atual política do departamento esportivo da rádio verdes mares o público que adora futebol suburbano está muito chateado com a redução do horário do programa DA PELADA AO PELÉ com TONY PEREIRA.

UMA BOA PEDIDA

Começou nesta madrugada de domingo dia 14 o Programa Madrugada da Cidade comandado por GERARDO ANÉSIO e EMÍLIA BARBOSA. Um programa de boa qualidade com música, informações e participação especial de IOLANDA SIMÕES e MIRANDA com piano e violão , respectivamente. Vale a pena ouvir e participar. RÁDIO CIDADE AM 860 KHZ. A OUVIR RECOMENDA.

veja e ouça entrevista com cantor Ednardo

sábado, 13 de março de 2010

um texto primoroso de LIra Neto

A bala que matou Marcela

Eu não conhecia a empresária Marcela Montenegro. Mas sei muito bem quem é o autor do disparo que a atingiu: a nossa indiferença cotidiana. Isso mesmo. É exatamente isso o que você leu: quem atirou em Marcela foi nossa estupidez e nossa omissão. Todos nós somos os seus algozes.

As coisas sempre estiveram aí, debaixo de nosso focinho, e sempre teimamos em não querer olhar para elas. Porém, quando a tragédia se instala de forma tão violenta e em um cenário tão próximo a nós, ficamos estarrecidos, quedamos desesperados, exercitamos uma tardia mistura de medo, desconsolo e indignação. Tudo porque se esgarçou o ilusório cordão de isolamento que parecia separar nosso paraíso refrigerado do abrasador inferno das ruas. Agora sabemos. Ninguém está imune. A peste está solta.

Até então, era como se o barril de pólvora no qual vivemos sentados não fosse de nossa conta. Mas quando a bala perversa atinge a cabeça de um de nós – ou alguém que bem poderia ter sido um de nós -, só assim despertamos de nosso sono letárgico de classe média deslumbrada e clamamos por providências contra a barbárie. É claro que as autoridades do setor de segurança precisam ser chamadas, com todo o rigor, à razão. Cabe a elas reprimir o faroeste caboclo, explicar como uma zona da cidade reconhecidamente dominada por assaltantes sempre permaneceu assim, entregue ao império da pedrada, do tijolaço e da bala.

Mas também é mais do que oportuno, e se torna dolorosamente necessário, refletir sobre a parcela de responsabilidade que nos cabe, pacatos cidadãos, a respeito de um episódio tão hediondo. Aprendemos a rir, de modo confortável e sem culpas, do programa policialesco de televisão que faz piada da violência que grassa em nossas periferias. Fechamos os olhos para as ocupações irregulares de terrenos que, por falta de um ordenamento urbano mais consistente, pululam na cidade e se tornam semeadouros de conflitos. Deixamos placidamente que nossas meninas se prostituam, de modo sórdido, por alguns míseros trocados ou pelo sonho de desposar um príncipe louro, nos inferninhos da Praia de Iracema.

Permitimos, sem dar um único pio, que se instale o vale-tudo, que valha a lei do mais tosco, que a falta de urbanidade seja a regra geral em nossa anestesiada coexistência. Diante de tudo aquilo que fere e incomoda a coletividade, tapamos o nariz, silenciamos a voz, levantamos o vidro fumê do carro, fazemos ouvidos moucos. Como os macaquinhos que se acham muito sábios mas que apenas permanecem sentados sobre os próprios rabos, não ouvimos, não vemos, não falamos. Na verdade, compactuamos com o descalabro. Somos os cúmplices da iniquidade.

Uma querida amiga jornalista, por e-mail, ao comentar o crime contra Marcela Montenegro, lamenta que, enquanto isso, ao passo em que a brutal violência coleciona mais uma vítima na cidade, o governador e a prefeita continuem a brigar pela supostamente bizantina questão de um estaleiro. Pois daqui respondo, cara amiga, caros leitores: é bom que prefeita e governador discutam mesmo. E é imprescindível que entremos e coloquemos cada vez mais o dedo e ainda mais lenha nessa briga. Não apenas para produzir aquele tipo de fogo que gera fagulha e calor, mas também para produzir a chama que traz a luz. O debate em torno do tal estaleiro, querida amiga, caros leitores, nada tem de bizantino.

É exatamente por nos esquivarmos de discutir coisas assim, como a proposição de um gigantesco estaleiro na orla urbana da cidade, que chegamos ao ponto onde estamos. Aqui, fique-se claro, não vai nenhuma puxada de sardinha para a brasa de qualquer um dos lados partidários ora em contenda. Não falo – e nunca falarei – de política no varejo. Desde a juventude, sou alérgico a partidos políticos. Falo, isso sim, de uma noção maior de política, falo a respeito de qual projeto de cidade afinal de contas desejamos e estamos erigindo para nós mesmos e para nossos filhos.

Tão esdrúxula quanto a ideia de um empreendimento industrial gigantesco fincado no litoral urbano é a instalação de um jardim japonês encravado na Beira-Mar. O segundo pode até aparentar ser menos polêmico ou menos nocivo do ponto de vista social, econômico, ecológico, paisagístico, urbanístico ou, sei lá, estético do que o primeiro. Mas creio que, ambos, estaleiro e jardim japonês, em maior ou menor escala, são igualmente reveladores de nossos tantos equívocos. Não há, pelo menos ao que eu saiba, uma colônia japonesa constituída em Fortaleza. Qual então o significado daquele monstrengo pretensamente zen plantado em um dos últimos espaços de convivência da cidade? Aquilo não passa de mais uma das tais belas ideias fora do lugar, outra aberração urbana, outro alienígena que pousou na cidade e por ali foi ficando, debaixo da complacência bovina de todos nós.

O que, afinal de contas, isso tem a ver com o tiro que acertou Marcela? – indagará por certo o leitor que teima em buscar compreender os efeitos sem descer ao desvão das causas. Tem tudo a ver, insisto. Não estamos apenas entregando a cidade aos malfeitores, aos turistas sexuais, aos arautos da bagunça, aos políticos talvez bem intencionados que, por serem incompetentes, provavelmente lotarão a ante-sala do inferno.

Nós, também, somos perigosamente belicosos. Cada vez que estacionamos o carro sobre a calçada, tornamo-nos mais selvagens. Cada vez que mudamos de faixa no trânsito sem ligar a sinaleira, contribuímos com a desordem geral. Cada vez que paramos em fila dupla na frente da escola à hora de pegar o pimpolho na saída da aula, reproduzimos a lógica de uma terra sem delicadeza e sem lei. Gentileza gera gentileza, pregava o profeta carioca das ruas. Ao contrário dele, somos habituais fomentadores da grosseria, da falta de educação, da omissão, do oportunismo calhorda.

Se não puxamos pessoalmente o gatilho na direção da cabeça de uma inocente, por vezes nos pegamos fazendo coisa tão nefasta quanto. Estamos matando, pouco a pouco, por sufocamento, uma cidade inteira. Acordemos enquanto é tempo. Fortaleza pede socorro. Barbárie gera barbárie.

PS: Sei que corro o risco de algum parlamentar indecente brandir este texto no plenário da Câmara ou da Assembléia como panfleto político contra fulana ou beltrano. De antemão, repudio-lhe o gesto, Excelência. O senhor sabe bem o tamanho da carapuça que lhe cabe.

VEJA E OUÇA OPINIÕES SOBRE O RÁDIO

terça-feira, 9 de março de 2010

domingo, 7 de março de 2010

e a AMC?

GRANDES PROFISSIONAIS

A rádio Metropolitana é uma das rádios melhores servidas  de excelentes profissionais na operação de som. Falo de Ricardo Silva de Valdiano Oliveira e Diego Silva que além de bom trabalho tem também atenção aos ouvintes e dedicação ao que fazem. Parabéns pelo trabalho e pelo respeito ao ouvinte.

sábado, 6 de março de 2010

O POVO ENTENDE

CRIANÇA NO RÁDIO E NA TV

CURSO DA APCDEC

ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA CRÔNICA DESPORTIVA DO ESTADO DO CEARÁ ( APCDEC) Estará realizando a partir de segunda - feira Curso de MARKETING E COMUNICAÇÃO ESPORTIVA para profissionais do rádio dedicados ao esporte.
Veja características do curso.


INFORMAÇÕES BÁSICAS



PÚBLICO ALVO:  CRONISTAS ESPORTIVOS FILIADOS À  APCDEC

VAGAS LIMITADAS: 50 vagas.

CARGA HORÁRIA: 40 HORAS/AULAS

PERÍODO DE DURAÇÃO: DE 08 à 23/03/2010

CALENDÁRIO DE AULAS: Segundas-Feiras (08, 15 e 22/03); Terças-Feiras (09, 16 e 23/03); Sexta-Feira (12/03); Sábado (13/03).

HORÁRIO DAS AULAS: Das 19Hs às 22Hs (de segunda à sexta); Das 08Hs às 12Hs (sábado)

DISCIPLINAS:

Comunicação e Jornalismo Esportivo – Prof. Jornalista - Lauriberto Braga - 20h/a

Marketing Esportivo – Prof. Especialista em Marketing Estratégico - Gualber Callado - 20h/a

MÓDULO EXTRA: LÍNGUA PORTUGUESA (Linguagem e acordo ortográfico)

REALIZAÇÃO: