sábado, 11 de maio de 2013

FESTA DO DIA DAS MÃES ASSOCIAÇÃO DE OUVINTES DE RÁDIO.








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UMA FESTA MEMORÁVEL : É ISTO QUE PODEMOS DIZER DA FESTA DAS MÃES PROMOVIDA PELA ASSOCIAÇÃO DE OUVINTES DE RÁDIO. MÚSICA, POESIA, CONHECIMENTO, ALEGRIA E SIMPLESMENTE EMOÇÃO MARCARAM ESTE MOMENTO. NA REALIDADE UMA VISÃO DE QUE PRECISAMOS VALORIZAR A QUEM NOS VALORIZA. 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

NOSSA MENSAGEM PARA O DIA DAS MÃES.

Uma mulher existe, que pela imensidão de seu amor, 
tem um pouco de Deus e muito de anjo.
Pela incansável solicitude dos cuidados seus, uma mulher
que ainda jovem tem a tranquila sabedoria de uma anciã.

Na velhice, admirável vigor da juventude, se de pouca 
instrução, desvenda com intuição inexplicável os segredos
da vida, e se muito instruída, age com simplicidade de menina.

Uma mulher, que sendo pobre, tem como recompensa a felicidade
dos que ama, e quando rica, todos os seus tesouros daria para
não sofrer no coração, a dor da ingratidão.

Uma mulher, que sendo forte, estremesse com o gemido de
uma criança, e sendo frágil, consegue reagir com a bravura
de um leão.

Uma mulher, que enquanto viva, não lhe damos o devido valor,
porque ao seu lado, todas as dores são esquecidas, entretanto
quanto morta, daríamos tudo o que somos e tudo o que temos
para vê-la de novo, ao menos por um só momento.

Receber dela um só abraço, e ouvir de seus lábios uma 
só palavra.

Feliz dias das mães


sábado, 4 de maio de 2013

UM BOM TEXTO SOBRE O RÁDIO


ARTIGO - ROBERTO DAMATTA
Publicado:
Atualizado:
Pertenço ao século do rádio, da revista semanal, do bonde e de uma praia onde o banho de mar era obrigatório. Íamos só de “calção de banho” e não comíamos nada. As “meninas” levavam as “barracas”, que os mais bem apanhados “armavam” vendo de perto o espetáculo gracioso e “casual” de observar como elas despiam as suas “saídas de praia”, revelando corpos impecáveis. A praia parava para ver a chegada de certas moças, como a irmã do Nilton. Ou a mãe do Manuão, especialista — diziam — em freudianamente desvirginar os amigos do filho.
A ponte entre a fantasia do sexo real e a irrealidade do romance ideal que invariavelmente terminava na confissão arrependida era preenchida pelo rádio, no canto de um Tony Bennett quando ele entoava “Stranger in Paradise” (“Estranho no Paraíso”). O paraíso representado pelo corpo desejado, mas ainda desconhecido, de uma mulher — esse outro do qual saímos e ao qual, numa hora encantada, voltamos inventando a nossa masculinidade. Lembro que a belíssima canção era uma versão americanizada das Danças Polovitisianas da ópera “Príncipe Igor”, de Alexandre Bodorin, popularizada num musical da Broadway chamado “Kismet”, que os mais grosseiros chamavam de “quis meter” numa falta de gosto que feria a sensibilidade dos mais cultos e puros de coração.
Tudo era construído pelo rádio e foi pelo rádio lá de casa que testemunhei o poder do drama no choro aberto de mamãe e nas lágrimas contidas de meu pai ao ouvirem religiosamente a novela “O direito de nascer”. Deste mesmo rádio, ouvi o final da Segunda Guerra Mundial, o suicídio de Vargas e aprendi a imaginar campos de futebol e seus jogos maravilhosos pela voz de Oduvaldo Cozzi. Ao lado de suas pilhas chorei quando vencemos a Copa em 1958 e ouvi o programa humorístico “Balança mas não cai”, que os mais velhos censuravam com o eterno “este mundo está perdido”, no que eu, hoje mais velho que eles, reitero que sempre esteve e vai estar.
O rádio era o meio e o mundo brasileiro (falado, ouvido e cantado), a mensagem.
Naquele Brasil de “80% de analfabetos de pai e mãe”, conforme era banal dizer com um certo gosto e, às vezes, superioridade, quem não tinha rádio não estava no mundo.
Jaz aqui na minha frente a caixinha retangular de um velho rádio Sharp de duas bandas e dez transistores que comprei em Marabá no dia 3 de outubro de 1961, quando — em meio ao meu trabalho de campo com os índios Gaviões — alienei-me dos acontecimentos políticos nacionais deflagrados pela renúncia de Jânio Quadros. O comerciante sírio-brasileiro que me vendeu o aparelho disse que o “bichinho pegava tudo”. As estruturas eletrônicas do rádio iam me tirar das tais “estruturas sociais” tocadas a Lévi-Strauss que eu perseguia com tanto ardor.
Voltamos para a aldeia com o rádio. Queríamos notícias, mas os nossos constrangidos anfitriões, pois fomos nós que nos intrometemos autoritariamente em suas vidas, queriam música. E música sertaneja, naquela época representada pelo baião.
Uma noite, quando ouvíamos o noticiário político, o nosso mais dedicado instrutor, Aproronenum — conhecido entre os sertanejos pelo nobre apelido de Zarolho — pediu música. Girei o indicador para satisfazê-lo e em torno do rádio formou-se uma alegre plateia.
Logo descobri que a novidade não era bem a música, mas o fato de ouvir e ver uma caixa cheia falante. Quando a música terminou, um índio que eu mal conhecia, um sujeito mal encarado, demandou exprimindo o desejo do grupo:
— Manda ele cantar de novo!
— Não posso — respondi atônito diante do radiozinho falante, mas surdo diante do meu problema.
— Mas como não pode? Se ele fala, ele ouve! — disse o Gavião, que havia chegado na aldeia durante os dias que estive em Marabá.
Recordando muito mal o que sabia de transmissores, tentei explicar o rádio. Esse rádio que havia permeado a minha vida e que eu descobria não saber sobre como ele funcionava. Vi então que sabia pouco do meu próprio mundo. Eu simplesmente, como Weber denunciou faz tempo no seu “A ciência como vocação”, era moderno. Nada sabia das entranhas dessas entidades mágicas que constituíam o meu mundo.
Roberto DaMatta é antropólogo


Como descobri o rádio








o que vem por aí?

ATENÇÃO

A ASSOCIAÇÃO DE OUVINTES DE RÁDIO DO CEARÁ estará realizando no próximo dia 11 de Maio de 2013 a Festa da Mãe Ouvinte de Rádio. Será na CASA DE JUVENAL GALENO - RUA GENERAL SAMPAIO, 1128 - CENTRO. Contamos com a presença de todos personagens do mundo do rádio.