quarta-feira, 18 de março de 2009

ACONSELHAMOS ESTE FILME








FILME - UMA ONDA NO AR - RÁDIO FAVELA



Este filme é interessante e mostra a importância dada ao rádio em locais onde os poderes públicos se afastaram do povo. Mostra também a essência do que era a Rádio Comunitária hoje desvirtuada de sua função por alguns grupos políticos e religiosos. Vale a pena assistir e compreender o sentido da história



Jorge, Brau, Roque e Zequiel são quatro jovens amigos que vivem em uma favela de Belo Horizonte e sonham em criar uma rádio que seja a voz do local onde vivem. Eles conseguem transformar seu sonho em realidade ao criar a Rádio Favela, que logo conquista os moradores locais por dar voz aos excluídos, mesmo operando na ilegalidade. O sucesso da rádio comunitária repercute fora da favela, trazendo também inimigos para o grupo, que acaba enfrentando a repressão policial para a extinção da rádio.
Premiações- Recebeu uma indicação ao Grande Prêmio Cinema Brasil, na categoria de Melhor Direção de Arte.
- Ganhou 2 Kikitos de Ouro, no Festival de Gramado, nas seguintes categorias: Prêmio Especial do Júri e Melhor Ator (Alexandre Moreno).
Curiosidades- Inicialmente o título original do filme seria Uma Rádio na Favela.
- O custo de produção de Uma Onda no Ar foi de R$ 1,7 milhão.
- Parte da arrecadação conseguida com Uma Onda no Ar será destinada à Rádio Favela FM, de Belo Horizonte.
- O processo de seleção dos atores de Uma Onda no Ar ocorreu em junho de 2000, quando foram convocados pela mídia jovens negros para testes. Foram inscritos mais de 3000 candidatos em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
- Para se preparar para seu papel em Uma Onda no Ar, o ator Adolfo Moura visitou oficinas de eletrônica para aprender a soldar e manusear ferramentas e peças.
- Uma Onda no Ar foi totalmente rodado em Belo Horizonte, com locações no morro e na cidade. Somente as cenas na cadeia e no interior dos barracos foram rodadas em estúdio.
nota: informações retiradas do site www.adorocinema.com.br

REVIVENDO AS RADIONOVELAS




A rádio Pitaguary AM - 1340 Khz vem desenvolvendo uma ação que resgata em nossa cidade o tempo das radionovelas. Aos sábados vem apresentando um Programa chamado Histórias do além onde são dramatizadas situações de histórias de terror. O legal desta ação é que as histórias sãos dramatizadas por radioatores e se aproveita da tecnologia para fazer os efeitos especiais que antes eram feitas pelos sonoplastas.


Interessante este projeto e merece realmente aplausos. Parabéns aos que fazem a rádio Pitaguary.

E O VENTO LEVOU - NO TEMPO DOS RECLAMES







No tempo dos reclames
Barbosa Lessa*
Em recente matéria de capa, focalizando a moderna questão do aluno-cliente empurrando as escolas para a competição de mercado, Extra Classe entrevistou o publicitário Norton Flores na área de marketing. "Hoje é importante para a escola particular buscar informar aos pais as diferenças de sua oferta para subsidiar a escolha".
Sou metido a escarafunchar imagens do passado e peço vênia para, humildemente, dizer que isto não é de agora, vem de longe. Para comprová-lo, basta passar os olhos pelos dois principais veículos de comunicação de Porto Alegre há um século atrás, o "Anuário" de Graciano Azambuja e o "Almanaque" de Alfredo Ferreira Rodrigues. Intercalados à rica matéria literária e informativa, ressaltam os vistosos anúncios - melhor dito, reclames - dos cofres e fogões Berta, dos revendedores de máquinas de costura Singer, da H. Theo Moller, da Livraria do Globo, do arquiteto e construtor R. Ahrons, do Banco da Província, dos grandes armazéns, das lojas de bijuterias e... das escolas particulares.
Vejamos o "Almanaque do Rio Grande do Sul" para 1898.
O Colégio Cecília Corseuil oferece curso primário e secundário para meninas, com aulas especiais de costura, corte e bordados.
O Colégio Rio-Grandense, dirigido por Apeles Porto Alegre, apresenta-se ao público como "o mais antigo da capital" (fundado em 1870). Cursos primário e secundário. O secundário se divide em preparatório, "com todas as disciplinas exigidas para a matrícula nas academias do país", e facultativo, que ensina escrituração mercantil, aritmética comercial, italiano, desenho, música, etc.
Já a Escola Brasileira apresenta-se como "o colégio mais freqüentado da capital". Aceita externos, pensionistas e semi-pensionistas. Além do ensino primário e de preparatórios, há cursos especiais de desenho, música, escrituração mercantil e ginástica. Garantia de sucesso oferecida pelo diretor Inácio Montanha, do externato, e André Puente, do internato.
O Colégio Ivo Corseuil prepara alunos para o comércio, empregos públicos e admissão em cursos superiores. E aceita um número limitado de pensionistas menores de 14 anos, garantindo "bons cuidados materiais, boa higiene, vida familiar e educação esmerada".
Dentre tantas opções, é só escolher a que pareça melhor. Mas ainda não havia a TV nem os grandes painéis de out-door...
* Luiz Carlos Barbosa Lessa é historiador, folclorista e escritor