quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

UM BOM PENSAMENTO DO MALUCO BELEZA

Pensamentos do Raul:

"A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal." "Ninguem tem o direito de me julgar a não ser eu mesmo. Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender." "Todos os partidos são variantes do absolutismo. Não fundaremos mais partidos; o Estado é o seu estado de espírito." "Só há amor quando não existe nenhuma autoridade." "O sonho do careta é a realidade do maluco." "A desobediência é uma virtude necessária à CRIATIVIDADE." "Ninguém morre, as pessoas despertam do sonho da vida." "Quero a certeza dos loucos que brilham. Pois se o louco persistir na sua loucura, acabará sábio." "Eu não sou louco, é o mundo que não entende minha lucidez." "Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos." "A formiga é pequena, mas elas são um exército quando juntas." "De que o mel é doce é coisa que eu me nego a afirmar, mas que parece doce eu afirmo plenamente." "Nunca é tarde demais pra começar tudo de novo." "Que capacidade impiedosa essa minha de fingir ser normal o tempo todo." "Antes de ler o livro que o guru lhe deu, você tem que escrever o seu." "É pena eu não ser burro... não sofria tanto."(RAUL SEIXAS)

SUGESTÕES PARA UM RÁDIO MELHOR


MÍDIA RADIOFÔNICA
Sugestões para um rádio melhor



Por Francisco Djacyr Silva de Souza em 22/12/2009


Sem querer estar na posição de entendimento total dos problemas, visto que eles sequer são discutidos perante a sociedade e querendo buscar a sintonia com mentes que já apontaram que há problemas no mundo do rádio e que a maioria deles decorre da mistura e da confusão entre os interesses do rádio e as nuances do sistema baseado no lucro, acha-se salutar que se faça um aprofundamento das questões que ora se efetivam na chamada crise por que passa nosso rádio AM e dos fatores que motivam tal crise.


É vital que todos os grupos ligados ao rádio busquem um entendimento de coesão que seja específico em processo de resolução dos problemas que vêm ocorrendo para que tenhamos um rádio que seja pautado numa lógica firme de sistematização de modelos de rádio que tenham efetiva segurança em seus propósitos e formas de informação. O rádio precisa ser debatido intensamente por todos os grupos sem corporativismo, divisão nem inclusão de interesses buscando um único objetivo; melhorar o rádio e promover seu crescimento para o bem de todos.


É também vital que haja uma pesquisa firme e concreta sobre o que as classes querem do meio rádio: quais os seus interesses? O que motiva a escuta do rádio e quais os fatores que contribuem para o crescimento do rádio como mídia e as possibilidades de reformulação de suas ações a partir dos interesses de seus grupos e dos fatores que possam dar-lhe uma nova visão e um novo propósito. É importante que a classe de radialistas se debruce na melhoria da produção de programas e se engaje no processo de reformulação de fórmulas do passado que hoje não encaixam nos propósitos de uma verdadeira comunicação.


Opinar construtivamente


Os jornalistas devem buscar união com os radialistas ajudando-os firmemente no processo de melhoria da comunicação radiofônica, pesquisando idéias novas para o rádio e efetivando produções mais seguras em termos de conteúdo, informação e caráter científico da informação. É preciso que os cursos de Jornalismo deixem de desprezar a mídia radiofônica dando aos futuros profissionais perspectivas de crescimento profissional a partir do rádio e fazendo com que os novos jornalistas entendam que o rádio é viável em termos profissionais se for feito de acordo com os anseios de classes, de grupos etários, de profissões, de classes estudantis e outros membros da sociedade civil organizada.


É preciso que os cursos de Jornalismo efetivem situações de enaltecimento da história do rádio e procurem favorecer sua modernidade através da busca da qualidade em termos de respeito ao usuário, notícias verdadeiras, produção independente e coerente e luta pela modernização técnica utilizando tais elementos para produção de bons programas e conquista de novos públicos.


Os ouvintes devem exercer seu poder de consumidor procurando se organizar para dizer o que querem do rádio e incentivando a formação de grupos que possam dialogar abertamente com produtores, diretores, locutores e demais membros da comunicação radiofônica para opinar construtivamente sobre programas, idéias, conteúdos, desvios morais, finalidade da comunicação e outros efeitos que o rádio possa trazer para todos.


A classe política deve legislar no sentido de oportunizar viabilidade econômica para o meio rádio criando projetos que dêem oportunidade de todos os indivíduos fazerem comunicação de forma democrática, ética e de qualidade. É preciso que haja incentivo a programas que sejam adequados á família e que tenham interesse na melhoria do padrão de vida dos povos. O rádio deve ser isento de alguns impostos e tarifas que acabam encarecendo sua produção e sua programação. É preciso que a legislação das comunicações seja revisada, analisada e trazida para o conhecimento dos povos de forma que todos saibam o tipo de comunicação que querem e que seja melhor para todos indistintamente.


Aos governos acha-se que é preciso melhorarem a atuação de órgãos ligados à comunicação e à formação de profissionais para o meio rádio onde haja espaço para que a comunidade possa ter acesso à comunicação sem que haja desigualdade nos aspectos de concessões, equipamentos e produção do rádio. O governo deve incentivar iniciativas de luta pelo rádio de modo a dar e abrir espaços para discussão do rádio e seus problemas. É importante e democrático que os órgãos de fiscalização não exerçam apenas função repressora, mas que estejam ao lado do povo no sentido de oportunizar espaços para o crescimento do rádio e sua valorização.


 publicado originalmente no site www.observatoriodaimprensa.com.br