quarta-feira, 10 de junho de 2009

artigo publicado no Jornal o Estado - 10/06/09

Liberdade de imprensa em discussão


Realizou-se, esta semana, no Auditório da Câmara dos Deputados, a IV CONFERÊNCIA LEGISLATIVA SOBRE LIBERDADE DE IMPRENSA com a participação do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal, Presidência da República, empresários de Comunicação, jornalistas e publicitários, sob a coordenação da Associação Nacional dos Editores de Revistas e o patrocínio, também, da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (ABERT), para a apreciação de matérias relevantes, de palpitância inquestionável.
Na segunda à noite, os promotores do magno evento foram recepcionados pelo presidente Michel Temer, na Residência Oficial, no primeiro contacto formal em torno da temática a ser discutida ao ensejo do conclave, o qual contou com representantes de várias Unidades da Federação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como convidado de honra, confirmou a sua presença, num gesto que demonstrou especial interesse pelos nobilitantes objetivos, alinhados para discussão durante o importante certame.Ressalte-se que os debates processaram-se desde a manhã de ontem, com exposição a cargo de palestrantes ilustres, incumbidos de dissertar sobre temas que se vinculam à mídia brasileira e ao próprio avigoramento das instituições democráticas, no contexto do Estado de Direito, a que se chegou com a promulgação da Carta Cidadã, da qual é primeiro signatário o notável líder Ulysses Guimarães, de saudosa memória.
O item central envolveu, prioritariamente, a extinção da Lei de Imprensa, pela nossa Corte Maior, quando o relator do Acórdão foi o ministro Carlos Ayres Brito, eminente partícipe do oportuno acontecimento, ora iniciado, sob expectativa geral.
Naturalmente, emergiu, na ocasião, ponto de vista atinente à necessidade ou não de um novo diploma legal, alusivo às normas extintas pelo Pretório Excelso, em julgamento dos mais rumorosos.
Como jornalista sindicalizado, senti-me no dever de fazer o registro, neste artigo, da mencionada CONFERÊNCIA, na certeza de que serão assentadas diretrizes adequadas sobre assunto polêmico, que sensibiliza de perto a opinião pública do nosso País.Nenhum povo civilizado pode conviver sem a livre manifestação de pensamento, tornada pública nos jornais, revistas, rádios e televisão, acrescidos, agora, da Internet, como instrumento extraordinário de comunicação.
Mauro Benevides
Jornalista e Deputado Federal

UMA REFLEXÃO SOBRE A MÍDIA - MERECE DISCUSSÃO


Políticos x mídia


Alguns políticos até debocham da imprensa, e com certa razão pelo que as urnas têm lhes assegurado: reeleições sucessivas, apesar de... A mídia por sua vez está certíssima: tem que tornar público e cobrar providências, mas peca pelo excesso de espaço que se lhes concede. Páginas inteiras são graciosamente dedicadas a essa casta de privilegiados, maioria das vezes não pelo mérito - coisa rara, mas pelos escândalos e o jogo politiqueiro que lhes é próprio. Põe todos em constante evidência e faz assim o jogo que maioria deles, astutamente, espera: "Falem mal, mas falem de mim!".
HILDEBERTO AQUINO Fortaleza-CE

CONIVÊNCIA OU DESPREOCUPAÇÃO???


A situação para quem vive da profissão de realista está a cada dia piorando as fusões de emissoras com as emissoras do sul maravilha acabam retirando o emprego de muitos radialistas e o processo de arrendamento às vezes é impossível de pagar o horário , pois os empresários não investem na propaganda radiofônica. O pior de tudo é que temos visto algumas emissoras de rádio de origem pública que não empregam o radialista, não fazem concurso para radialistas e só empregam os jornalistas isto talvez seja puro protecionismo dos que dirigem a emissora e preferem empregar seus amigos mais próximos ou garantir o corporativismo da classe, pois afinal de contas sabemos que os jornalistas jamais engolirão a legislação que permite alguns radialistas exercerem funções de jornalistas na televisão. Poucas são as vozes que se levantam em relação a tal situação. Os nomes do rádio deveriam lutar mais e defender os colegas que estão em situação vexatória e difícil.