quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

WILTON BEZERRA AGORA NA VERDINHA

E o nosso Wilton Bezerra fechou com a Verdinha e a TV Diário. Ele vai fazer comentário (gravado) no meio dia e comentar um jogo por semana. Na TV Diário, às 5as. e sábados comenta futebol e participa do programa do Belmino
fonte: gentedemidia.blogspot.com

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Elizabeth
O cenário atual exibe um rádio massificado e capitalista, com conteúdo cada vez mais mesmerizado. O foco passou do rádio arte para a sobrevivência econômica. A programação repete a fórmula na busca incessante de audiência e faturamento comercial.
Muitas emissoras perderam ou nunca tiveram identidade. Mas outras, acompanham o desenvolvimento tecnológico e social renovando seus conteúdos para atender novos “gostos”, novas demandas.
Com relação a ausência de profissionais preparados no rádio, uma realiadade mais uma vez, pautada no sistema capitalista de “fazer mais com menos”. Salários menores para profissionais menos capacitados. Profissionais capacitados com aumentos constantes de atribuições e funções.
Entretanto, com todas as dificuldades, o rádio matém o seu espaço e se apropria das novas tecnologias de plataformas de distribuição de conteúdo para se manter como importante meio de propagação da música, da notícia e de entretenimento.
Bette Fernandes

PARA REFLETIR E AGIR

Cadê a identidade do rádio?

6/01/11
Quem gosta de rádio deve estar muito chateado com a situação atual desse meio de comunicação em nosso país. O excesso de prefixos AM e FM, a falta de qualidade dos programas, as cópias das cópias (autêntico papel carbono ou Xerox), excesso de programas religiosos, fizeram o rádio perder a sua identidade. Não é de hoje que essa situação chegou a esse ponto. Não querendo ser saudosista, sendo, o rádio de hoje peca pela falta de identidade. É reduzida nos dias de hoje o número de emissoras que tem identidade própria. Por quê?
Porque o rádio de hoje é uma caricatura de rádio; o rádio de hoje virou uma brincadeira nas mãos dos seus proprietários ou arrendatários. O rádio AM além de perder ouvintes pela melhor qualidade da sintonia do FM peca pela falta de comando, conteúdo, comunicadores, seriedade, terceirizações… As FM já saturaram pela gritaria, músicas sem qualidade, barulhentas, sem falar da pornografia que levam ao ar. E agora tentando mudar esse perfil estão copiando o rádio AM com programas jornalísticos e transmissões esportivas.
Mas, falta identidade às emissoras em ambas as frequências. Faltam diretores de programação, produtores, comunicadores; e no mercado grandes produtores e comunicadores estão desempregados dando lugar aos “amigos” dos comunicadores e dos responsáveis pelas rádios.

E tem as redes nacionais que estão matando cada vez mais o rádio. Exceto programas jornalísticos, tipo Jornal da Manhã da Jovem Pan, Primeira Hora da Bandeirantes, Jornal da Eldorado, o resto não tem apoio do ouvinte de rádio local.
Tem rádio colocando a programação FM no AM. Tem rádio que aboliu sua equipe esportiva e retransmite campeonatos de outros estados colocando no ar as transmissões das emissoras que comandam a rede. Isso sempre foi utilizado na formação de redes para Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, mas, deixar de lado um campeonato do seu estado para transmitir de outra capital é o fim da picada.
É que ficou mais fácil para o patrão. Diminuiu o quadro funcional, diminuíram as despesas e ainda se recebe algum da emissora que comanda a rede. Essa é a realidade.
Quando isso vai mudar, só Deus sabe, porque o Ministério das Comunicações, ABERT e outros segmentos do meio já deveriam ter modificado essa situação. É isso aí.
autor:
Edemar Annuseck
- SITE www.carosouvintes.org.br

REFLEXÃO SOBRE A VOZ DO BRASIL - LEIA

ONDAS DO RÁDIO
Quem não quer a Voz do Brasil?
Por Mário Augusto Jakobskind em 11/1/2011
Reproduzido do Direto da Redação, 9/1/2011
Neste período de férias e festas, quando os brasileiros não estão atentos aos acontecimentos e de um modo geral a mídia funciona a meio vapor, no Legislativo e no Executivo empurram na maciota questões no mínimo polêmicas e que deveriam passar por uma ampla discussão até serem transformadas em lei.
Um desses pontos aprovados a toque de caixa é a decisão tomada pela Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado de flexibilizar a Voz do Brasil. Ou seja, os parlamentares aprovaram que o mais antigo programa informativo do rádio brasileiro não precisará ir ao ar no horário estabelecido de 19h às 20h.
Se os plenários do Senado e da Câmara dos Deputados, antes também a Comissão da Câmara, aprovarem, a Voz do Brasil poderá ser apresentada em outros horários. Só as rádios públicas continuarão no horário atual.
Exigências da lei Na verdade, o que os parlamentares mais desejam é acabar de uma vez por todas com a Voz do Brasil. Tem um detalhe: muitos desses políticos estão legislando em causa própria, ou seja, são proprietários de veículos de comunicação, o que é totalmente ilegal, pois a legislação brasileira proíbe parlamentares proprietários de veículos de comunicação. Na nova legislatura 61 parlamentares são proprietários de veículos de comunicação, fora os que passaram a propriedade para "laranjas".
A flexibilização do horário é um sofisma, porque na prática representará o início do fim da Voz do Brasil, o que é desejado há tempos pela Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert). Tanto assim que em determinado momento o patronato do setor convocou até o Caetano Veloso para falar contra a Voz do Brasil.
Flexibilização do horário? Quem vai fiscalizar se as mais de cinco mil emissoras de rádio em todo o país estarão de fato transmitindo em horários diferenciados? É óbvio que as emissoras privadas vão driblar a exigência. E ninguém vai reclamar.
O esquema contra a Voz do Brasil é sofisticado. Na I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em dezembro de 2009, por exemplo, o patronato ganhou alguns aliados – que se dizem representativos dos movimentos sociais e que militam em áreas da comunicação – para a tese de flexibilização da Voz do Brasil.
Um dos argumentos utilizados pelo patronato midiático é de que a obrigatoriedade da Voz do Brasil ocorre na esfera privada. O argumento não procede, até porque é importante lembrar que o espectro eletromagnético das emissoras de rádio e televisão pertence ao Estado brasileiro, que concede aos empresários o funcionamento das emissoras.
Vale assinalar que o espaço em questão não é privado, como tentam demonstrar erradamente os proprietários à opinião pública. Isto é, TV Globo, Record, SBT etc. não são privadas, o canal pertence ao Estado brasileiro e pode ser teoricamente retirado se deixar de cumprir com algumas exigências determinadas pela legislação.
Mas a renovação vem sendo automática, porque se por algum motivo não conseguirem gritarão que estão sendo objeto de censura ou algo do gênero. E terão apoio da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). 
Pressão do patronato A Voz do Brasil, além de ser o programa mais antigo do rádio brasileiro cumpre uma função da mais alta relevância neste país continente. Em longínquos rincões dos estados o acesso à informação se dá exatamente através da Voz do Brasil e no horário estabelecido há mais de 70 anos, ou seja, de 19h às 20h.
Não se pode deixar de mencionar que o programa acumula três prêmios de jornalismo e é reconhecido como canal de acesso a informações precisas e objetivas sobre o governo, o Estado e a Cidadania. Quem ouve a Voz do Brasil percebe muitas informações relevantes que não são apresentadas nos telejornalões.
Ao contrário do que afirmam os proprietários de estações de rádio, a Voz do Brasil tem boa audiência. Segundo pesquisas, o maior índice ocorre nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, onde dois terços dos entrevistados pelo Datafolha disseram que ouviam regularmente a Voz do Brasil.
Então, por que tanta mobilização contra, se muitos brasileiros nos mais diversos rincões só têm acesso à informação através da Voz do Brasil? Por que tirar a fonte? Preferem os proprietários que os brasileiros se informem somente por seus noticiários, que deixam totalmente a desejar?
Por estas e muitas outras, apesar do silêncio da mídia de mercado, que volta e meia dá espaço para os proprietários de rádio criticarem a Voz do Brasil, é fundamental que entidades representativas da sociedade brasileira, que não se dobram aos anseios do patronato, se manifestem. É o caso, por exemplo, da diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) se manifestar em defesa da Voz do Brasil, até porque em seu último congresso, em agosto do ano passado, em Porto Alegre, a entidade aprovou tese em favor da continuidade do programa informativo no mesmo horário de sempre.
Embora a pressão do patronato seja grande, a flexibilização não está decidida. Se a sociedade brasileira não for informada sobre o que está se passando no Congresso e ficar calada, o patronato terá conquistado o que almeja há tempos. Mas se os senhores parlamentares que iniciam os trabalhos agora em fevereiro refletirem um pouco mais verão finalmente que a flexibilização só interessa mesmo ao patronato midiático, um dos setores do poder, mais conservadores. E para convencer é preciso mobilização popular.
*** Em tempo: Os colunistas da mídia de mercado, que volta e meia pregam também o fim da Voz do Brasil, estão adotando a estratégia de queimar o ex-presidente Lula e jogá-lo contra Dilma Rousseff. Não se conformam com o fato de passarem oito anos deitando e rolando em cima de Lula e ele deixar o governo com 87% de popularidade. Lula e Dilma podem e devem ser criticados, mas a direita midiática age na prática substituindo os golpistas que na segunda metade do século passado pregavam a desestabilização de governos democráticos nos quartéis. Deu no que deu.

REFLEXÃO....