segunda-feira, 18 de julho de 2011

REFLITA SOBRE ESTE TEXTO - IMPRENSA E JORNALISMO EM QUESTÃO..

O jornalista e o assessor de imprensa

18.07.2011| 01:30
Magela Lima - Editor-executivo do Núcleo de Cultura e Entretenimento do O POVO
magela@opovo.com.br


Você, caro leitor, certamente não sabe ou não dimensiona como deveria a seguinte informação: os jornalistas envolvidos na feitura da notícia, nota, reportagem ou artigo que fisga sua atenção, não são apenas aqueles que expõem suas assinaturas no papel. O jornalismo avançou tanto, técnica e empresarialmente, que consolidou uma vasta rede de profissionais, responsáveis por conduzir as informações até as suas devidas audiências.

Para além dos jornalistas de redação, há um sem fim de outros jornalistas em departamentos de empresas privadas e órgãos públicos responsáveis por facilitar o fluxo das informações. Tradicionalmente vista como atividade quebra-galho, um bico extra dos jornalistas para incrementar suas rendas, a assessoria de imprensa hoje se tornou atividade central para o segmento da comunicação, exigindo muitas vezes profissionais até mais especializados que as redações.

Nas praças de mercado jornalístico mais forte, como Rio e São Paulo, não são poucos os grupos de assessoria de imprensa especialistas em gastronomia ou moda. Os grandes times de futebol – até mesmo a seleção brasileira – hoje contam com um assessor. É, pois, um segmento em plena ascensão. E não soaria exagero algum dizer que hoje não seria possível fazer jornalismo sem a colaboração desse conjunto de profissionais. Repito: colaboração. O assessor de imprensa, antes de tudo, tem que saber dosar o interesse público com o interesse do seu cliente.

Tal e qual faz o jornalista de redação desde sempre, que dosa os interesses da empresa proprietária do jornal e o dos leitores. Não há donos da informação. Fato dado, nem os mesmo os principais envolvidos num determinado episódio, conseguem mais ter domínio sobre o mesmo. Foi-se o tempo em que só notícia ruim corria ligeiro. Hoje, as pessoas que consomem informação querem saber tudo e na base do quanto mais rápido melhor. Diante disso, mão à obra. Na lida contemporânea com a informação, de nada adianta um jornalismo mais ágil, se toda uma rede de profissionais da comunicação não for capaz de se reinventar.

FONTE: JORNAL O POVO

VEJA ESTE ENTREVISTA COM HERÓDOTO BARBEIRO

Veja entrevista

UMA REFLEXÃO PERTINENTE

A boa notícia é que a confiança não morreu

17/07/11
Os veículos de comunicação ainda destacam as más noticias como manchetes e nós ficamos pensando que o mundo está perdido e que só há fatos ruins acontecendo pelo mundo afora. Mas também podemos e devemos noticiar o bom e o positivo como uma realidade e não como algo em extinção.  É por isso que decidi relatar aqui um fato que merece ser destacado, e que pode acalmar nossas reflexões sobre para onde caminha ser humano. Estou de férias – neste mês de julho – na cidade onde nasci Itajubá – sul de Minas. Embora não resida na cidade desde 1982, costumo visitar a cidade todos os meses – nos últimos anos – e ainda sou cumprimentada nas ruas por aquela turma que não deixou a cidade.
Aqui os carros ainda param para você atravessar a rua, os vizinhos lhe conhecem pelo nome, vamos a velórios porque fazemos questão de nos despedir dos conhecidos e fatos curiosos também acontecem. Curiosos para nós que já estamos envolvidos com a correria do mundo moderno das grandes cidades, onde ficar estressado já virou fato corriqueiro.
Outro dia decidi levar o meu carro para lavar no posto de gasolina ao lado da casa do meu tio, em Itajubá. Perguntei o preço e o funcionário me informou que custaria 7 reais. Que bastaria pagar antecipadamente e deixar o carro. Paguei e perguntei: o senhor não vai me dar nenhum comprovante? Ele disse que não. Fui buscar o carro que estava a duas quadras dali. Deixei-o e fiquei de buscar no final da tarde.
Fui para casa pensando: como o funcionário irá me entregar o carro? E se o veículo não estiver lá? Como vou provar que sou a proprietária? Minhas elucubrações foram extensas e cansativas, até que decidi parar de pensar.
No final da tarde, ao buscar meu veículo, cheguei a conclusão de que em Itajubá, a confiança faz parte da vida dos cidadãos. Desconfiar, duvidar, maldizer sim, é o que não se faz por aqui. Assim sendo, bastava buscar o carro. Ele realmente estava limpinho e cheiroso.
Quem estava contaminada pela desconfiança era eu. A boa notícia é que a confiança aqui em Itajubá não morreu
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