quinta-feira, 18 de junho de 2009

grandes nomes do rádio




César Ladeira (César Rocha Brito Lacerda), locutor e produtor de rádio, nasceu em 01/12/1910, Campinas, São Paulo, e faleceu em 08/09/1969. Era aluno da faculdade de Direito quando, em 1931, ficou seduzido pelo rádio, que começava a tomar um impulso extraordinário em todo o Brasil, e estreou como locutor na Rádio Record.Sua fama transpôs as fronteiras do estado de São Paulo e espalhou-se por todo o país em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, quando sempre à meia-noite, transmitia com entusiasmo as idéias do movimento.Em 1933, chegava ao Rio de Janeiro para assinar contrato na Rádio Mayrink Veiga, como locutor e diretor artístico. Deu novo ritmo à programação da emissora, dividindo-a em horários definidos e especializados, e um epíteto consagrador a cada artista do seu elenco, como “pequena notável”, para Carmen Miranda; “o cantor que dispensa adjetivos”, para Carlos Galhardo; e “o cantor das mil e uma fãs”, para Ciro Monteiro.Despertou o gosto dos ouvintes para a crônica vibrante, o editorial e o comentário e difundiu programas literário-musicais de fim de noite, estimulando a cultura e colocando a Mayrink Veiga na preferência dos ouvintes.Locutor mais imitado do rádio brasileiro, em 1948 transferiu-se para a Rádio Nacional, onde apresentou com grande sucesso o programa Seu criado, obrigado, ao lado de Dayse Lúcidi, durante dez anos, e a Crônica da cidade, por 20 anos.Marido da atriz Renata Fronzi, César Ladeira participou ainda de alguns filmes brasileiros e criou a Empresa Brasileira de Comédias Musicais, produzindo o Café Concerto, espetáculo de luxo encenado nas boates cariocas Casablanca e Acapulco. Em 1967, apresentava-se em teatros de comédia na extinta TV Tupi do Rio
.Fontes: Nomes que Fizeram a História do Rádio; VIP - 1 de dezembro.

Reflita....

REALMENTE A JUSTIÇA É CEGA...

Vemos a cada dia provas incontestáveis de que a Justiça no Brasil é cega para alguns casos e de visão aguçada quando interessa aos interesses dos Poderosos ou dos que dominam o Poder. Afinal os juizes, desembargadores e demais representantes da Lei fazem parte de uma classe que não é popular, pois em muitos casos não cumprem horário de trabalho, não tem metas a serem atingidas nem ganham salários de miséria como a maioria dos brasileiros, desse jeito fica fácil julgar processos e dar sempre ganho de causa aos Poderosos de plantão. Hoje o povo tem um problema: não pode confiar em quem faz a lei ( Classe política) nem em quem zela pelo seu cumprimento pois sentimos que não há sintonia entre o Poder Judiciário e os interesses populares.
Na última decisão do Supremo Tribunal Federal em destruir a necessidade de diploma para exercício da profissão de jornalista vemos argumentos absurdos com comparar jornalista a costureira e cozinheiro. Claro que o ser humano tem talentos , mas será que os senhores juízes confiariam em se deixar ser operado por um médico apenas prático ou será que seus tribunais poderiam ser preenchidos por rábulas. O Judiciário tem sim problemas e certamente não estão em sintonia nem com os interesses populares nem com os movimentos sociais que tanto lutaram por democracia, ética e respeito aos seres humanos. As decisões judiciais ora em questão são aplicadas não pela pressão popular que ainda dorme em berço esplêndio, mas pelos que dominam o poder sempre ávidos, ágeis e fortes na pressão e nos lobbys que vivenciamos no dia - a - dia.
Outro problema que constatamos é que faltou mobilização popular,. falta aos jornalistas o pé - no - chão e um movimento realmente de massa não só pela exigência do diploma , mas por sua qualidade, pois infelizmente temos jornalistas que são apenas jornalistazinhos. É preciso que o modo de fazer jornalismo seja mudado e a imprensa fale o linguajar do povo, para que quando dele precisar para mobilizações, lutas ou defesa de interesses do jornalismo e das causas populares possa encontrar aliados e cúmplices que nenhum juiz conseguirá derrubar. A democracia da comunicação deve ser fortalecida e o mundo jornalísitico deve ficar à serviço do povo buscando o entendimento de que a pauta deve ser efetuada pela essência viva do movimento popular. Jornalista não deve ser pautado pelos interesses dos proprietários dos jornais nem por quem paga publicidade, jornalista deve buscar e fazer informação pura, verdadeira e desatrelada para o bem do jornalismo e da sociedade.
É importante que os jornalistas e a Sociedade em Geral se rebelem contra este poder tão grande dos magistrados que hoje decidem vidas, trucidam os movimentos populares ( ilegalidade de greves ) e tal com Midas tocam no povo e os transformam em ouro de tolo.
FRANCISCO DJACYR SILVA DE SOUZA - PROFESSOR

APOIAMOS ESTA LUTA


Lamentavelmente, ficamos entre as categorias, cuja exigência do diploma não se faz necessária, junto com corte e costura e culinária, como é frisado na matéria abaixo.
Segue texto publicado no site do Sindjorce, pra quem ainda não leu.


18 de junho de 2009

STF derruba exigência do diploma para o exercício do Jornalismo

Em julgamento realizado nesta quarta-feira (17/06), o Supremo Tribunal Federal deu provimento ao Recurso Extraordinário RE 511961, interposto pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo. Neste julgamento histórico, o STF pôs fim a uma conquista de 40 anos dos jornalistas e da sociedade brasileira, tornando não obrigatória a exigência de diploma para exercício da profissão. A executiva da FENAJ se reúne nesta quinta-feira para avaliar o resultado e traçar novas estratégias da luta pela qualificação do Jornalismo.

Representantes da FENAJ e dos Sindicatos dos Jornalistas do RS, PR, SP, MG, Município do RJ, CE e AM acompanharam a sessão em Brasília. O presidente da Comissão de Especialistas do Ministério da Educação sobre a revisão das diretrizes curriculares, José Marques de Melo, também esteve presente. Do lado de fora do prédio - onde desta vez não foram colocadas grades - houve uma manifestação silenciosa. Em diversos estados realizaram-se atos públicos e vigílias.

Às 15h29 desta quarta-feira o presidente do STF e relator do Recurso Extraordinário RE 511961, ministro Gilmar Mendes, apresentou o conteúdo do processo encaminhado pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo e Ministério Público Federal contra a União e tendo a FENAJ e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo como partes interessadas. Após a manifestação dos representantes do Sindicato patronal e da Procuradoria Geral da República contra o diploma, e dos representantes das entidades dos trabalhadores (FENAJ e SJSP) e da Advocacia Geral da União, houve um intervalo.


No reinício dos trabalhos em plenário, às 17h05, o ministro Gilmar Mendes apresentou seu relatório e voto pela inconstitucionalidade da exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo. Em determinado trecho, ele mencionou as atividades de culinária e corte e costura, para as quais não é exigido diploma. Dos 9 ministros presentes, sete acompanharam o voto do relator. O ministro Marco Aurélio votou favoravelmente à manutenção do diploma.

“O relatório do ministro Gilmar Mendes é uma expressão das posições patronais e entrega às empresas de comunicação a definição do acesso à profissão de jornalista”, reagiu o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. “Este é um duro golpe à qualidade da informação jornalística e à organização de nossa categoria, mas nem o jornalismo nem o nosso movimento sindical vão acabar, pois temos muito a fazer em defesa do direito da sociedade à informação”, complementou, informando que a executiva da FENAJ reúne-se nesta quinta-feira, às 13 horas, para traçar novas estratégias de luta.

Valci Zuculoto, diretora da FENAJ e integrante da coordenação da Campanha em Defesa do Diploma, também considerou a decisão do STF um retrocesso. “Mas mesmo na ditadura demos mostras de resistência. Perdemos uma batalha, mas a luta pela qualidade da informação continua”, disse. Ela lembra que, nas diversas atividades da campanha nas ruas as pessoas manifestavam surpresa e indignação com o questionamento da exigência do diploma para o exercício da profissão. “A sociedade já disse, inclusive em pesquisas, que o diploma é necessário, só o STF não reconheceu isso”, proclamou.

Além de prosseguir com o movimento pela qualificação da formação em jornalismo, a luta pela democratização da comunicação, por atualizações da regulamentação profissional dos jornalistas e mesmo em defesa do diploma serão intensificadas.
Postado por autor: sindjorce em Ação Sindical.