quinta-feira, 9 de julho de 2009

excelente...


Esta apresentação do site da Rádio Pitaguary - http://www.radiopitaguaryam.com.br/ é excelente. Um bom texto para a valorização do rádio.

Veja aqui a apresentação



Bem Vindos !

Por dia , mais de 1 milhão e oitocentas mil pessoas escutam rádio , o que representa cerca de 80% da população. E não é pra menos. As rádios cearenses são de qualidade, trabalham com equipamentos avançados, profissionais competentes, programação variada, flexibilidade de formatos e muita criatividade. Por isso não invente, inclua o rádio em sua comunicação. Já que todo mundo escuta, esteja você também no veículo mais popular que existe.
Sabe o que toda BMW e um FUSCA tem em comum? Um rádio. Seja na bmw, no fusca, no ônibus, na bicicleta, ou mesmo a pé, tem sempre alguém ligado num rádio. Sendo o meio de comunicação mais simples que existe ( todo mundo sabe ligar e manusear um rádio ) você pode escutá-lo em casa, no carro, no trabalho, na rua...E ainda, independente de classe social, religião ou etnia, em algum lugar, tem sempre alguém, a qualquer hora, ligado num rádio. Hoje, já se conecta a internet para ouvir rádio, por isso viemos te fazer companhia aqui também. O rádio é um velho amigo, e escutar os mais velhos sempre nos rendeu grandes lições.
A Rádio Pitaguary se destina a discutir o universo de problemas das comunidades. Como agente aglutinador, investigador e propositor de mudanças, tem como alvo os diversos segmentos que compõem a sociedade. Nosso objetivo é reproduzir valores que contribuam para um despertar de comportamento, tornando cada cidadão, sujeito de sua própria história.
Historicamente, nosso povo sofre imposições através de normas e preconceitos que desumanizam e tornam nossa população menos consciente de seus direitos, deveres e potenciais. Um instrumento ágil, simples companheiro e cúmplice que possibilita este intercâmbio de culturas e realidades para o bem da comunidade é o rádio. Criada para ser a voz do povo maracanauense, temos que reconhecer na Rádio Pitaguary — empresa de radiodifusão legal e oficial em Maracanaú — a expressão de representatividade do povo com suas manifestações culturais, sociais e políticas.
Tudo isso, para dizer-lhe que a rádio pitaguary será sempre parceira do seu bem estar, e espera para isso contar com a sua parceria. “ Rádio – o teatro da mente .”

ÉRICO VERÍSSIMO


ACHAMOS ESTA FOTO DE ÉRICO VERÍSSIMO FALANDO NO RÁDIO
Escritor em início de carreira, com dois romances – Caminhos Cruzados e Um Lugar ao Sol – começando a despertar o interesse do público, Erico Verissimo, por exemplo, divide seu tempo, no ano de 1937, entre a Revista do Globo e a Rádio Sociedade Farroupilha. Na então PRH-2, incorpora, diariamente, o Amigo Velho, improvisando estórias para a Hora Infantil da emissora. Muitas delas vão aparecer em livros como As Aventuras do Avião Vermelho, Os Três Porquinhos Pobres ou Rosa Maria no Castelo Encantado, editados na Coleção Nanquinote. No programa, funciona, ainda, o Clube dos Três Porquinhos, que confere diplomas aos ouvintes-mirins a ele associados. O improviso, aliás, fruto do corre-corre em que Erico vive na época, transforma o escritor em uma das vítimas do Estado Novo, a ditadura imposta por Getúlio Vargas ao país no mês de novembro daquele ano. Sem tempo para nada, as estorinhas do Amigo Velho surgiam na caminhada, quase sempre às pressas, do prédio da Livraria do Globo até o da Farroupilha, separado por três ou quatro quadras. Resultado: não há roteiro escrito a ser submetido aos zelosos censores do governo e, como também não há tempo para redigi-los, Erico acaba deixando a Farroupilha.
Publicado no site www.carosouvintes.org.br

leitura interessante





Cadê o rádio que estava aqui?


6/07/09


Quase dez da noite. Recostei-me no conforto de uma rede cearense, num avarandado baiano para curtir a brisa fresca do sertão nordestino, que sempre corre pela caatinga e envolve as cidades nesta época do ano.


O céu, quase da minha rede preferida, com a cachorrada dormitando ao redor e um gralhar aqui e acolá de um carcará-mortalha confiro no meu rádio de pilha o que se passa no rádio do Brasil. Sim, porque aqui nesse “finzão” de mundo eu consigo sintonizar rádios de S. Paulo, Pernambuco, Ceará, Piauí, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e de dezenas de cidades do interior.


Mas que triste constatação. Cadê o rádio que um dia ajudei a fazer, tão prazeroso de ouvir, criativo e de grandes talentos? Apesar de toda evolução tecnológica o nível artístico das rádios é lamentável. Correr o dial pode se tornar um roteiro insuportável e desagradável.
Mesmo nas grandes cidades e em emissoras de grande porte o nível de criatividade é sofrível. Os modelos de programa ainda são das décadas de 1960 e1970, sem a mesma qualidade e com pouca evolução, os mesmos quadros e os apresentadores mal orientados.
Muitos não sabem falar, não dominam o idioma e soltam barbaridades incríveis no ar, contrariando um dos princípios básicos do rádio que é formar e educar.


Outros notoriamente compraram seus horários para cuidar de interesses políticos menores e desembucham amontoados de asneiras, com uma convicção sólida de que os ouvintes são idiotas. Outros se investem da condição de comentaristas e destilam conceitos irresponsáveis e preconceituosos naquele velho tom de “dono-da-verdade”, sem contar com o indefectível telefone no ar, geralmente sem assunto de parte a parte.


Nas FMs as mudanças são poucas e para pior. Os religiosos já dominam boa parte desse meio de comunicação, os apresentadores histéricos e os românticos-brega continuam anunciando a pior seleção musical disponível das suas discotecas.
Aqui, indo e voltando no dial do meu rádio, sinto uma saudade imensa dos estúdios, das discussões sobre a melhor programação, das novas idéias, das pesquisas, das disputas sadias pela audiência.


Ainda recentemente recebi uma proposta para coordenar uma rádio de noticia. Fiz o projeto, considerado impecável pela matriz, mas o dono, incompetente (para não dizer irresponsável) como muitos outros presumiu que eu trabalharia de graça, além de considerar a contratação de profissionais desnecessária. Foi só um sonho presumir que um aventureiro travestido de dono de rádio pudesse ter um rasgo de lucidez e investisse na qualidade de seu produto.


Então, o que me resta, nesta preguiçosa rede cearense, num bucólico avarandado baiano, no pitoresco sertão nordestino é a frustração de não estar lá, do outro lado, fazendo o que precisa ser feito, criando, produzindo com qualidade, colocando no ar produtos bem elaborados naquela indispensável parceria com os ouvintes que, a cada dia que passa são mais desprezados e desrespeitados.


Quem sabe um dia voltem os investimentos, os diretores artísticos, os criadores de novas idéias, os novos profissionais com talento e criatividade e o reaproveitamento dos grandes profissionais hoje recostados nas redes do mundo, constatando a decadência do rádio que tanto amam, transbordando de idéias, sem ter quem invista nelas.


Texto de J. Pimentel no site www.carosouvintes.org.br

O MALA


Sabe quando você sente que não está agradando? Tive essa sensação hoje ao ligar para um Program de Rádio. A gente nota que nossa opinião não é bem vinda e que os locutores não gostam muito de nossa participação às vezes o que você fala não tem sequer um comentário acerca da temática. Você já notou como estão criando mecanismos para restringir a participação do ouvinte. A Rádio O Povo Am vem praticando isso nos programas da manhã e da tarde. Na Rádio Verdes Mares todas as participações são filtradas por um Leão de Chácara que fica ao telefone à tarde e a noite na madrugada não tem ninguém para atender o telefone. Acho que deveríamos responder à altura não falando mais. Tem tanta gente falando no rádio , porque são ricos e tem prestígio que nossa opinião é sempre descartada. É uma pena que o rádio vá terminar assim. Realmente nós somos um bando de malas....

CRESCE A INDIGNAÇÃO

Manifestações07/07/2009 16:52
Reação contrária à decisão do STF cresce nacionalmente
Um apitaço em Salvador nesta segunda-feira (6/7), pela manhã, recepcionou o ministro Gilmar Mendes em sua visita à capital baiana. Atos de protesto, manifestações de Legislativos estaduais, municipais e posicionamentos de entidades registram o descontentamento social com a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, no dia 17 de junho, extinguindo com a exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo.

Além da manifestação na manhã de hoje em frente ao Tribunal de Justiça da Bahia, às 18h30 houve um ato político no auditório do Sindicato dos Bancários, em Salvador, onde autoridades, representantes de entidades da sociedade civil, profissionais, professores e estudantes de Jornalismo condenaram a posição do STF como atentatória à qualidade do jornalismo e à democracia.

Na quarta-feira passada (1º/7), estudantes de jornalismo da Ufal, Cesmac e Fits realizaram um ato conjunto em defesa do diploma em Maceió. Além da distribuição de panfletos e coleta de assinaturas em um abaixo-assinado contra a decisão do Supremo, houve pronunciamentos de apoio à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), que busca restituir a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão.

Em pelotas (RS), no dia seguinte, jornalistas, estudantes e professores da escola de Jornalismo da UCPel participaram de manifestação com passeata pelas principais ruas do Centro. O panfleto distribuído à população trazia os e-mails e telefones dos deputados federais da região, solicitando o envio de mensagens a eles para que se sensibilizem com a causa.

Também no dia 2, às 19 horas, o auditório da Câmara Municipal de São José do Rio Preto foi palco de um debate promovido pela Regional do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo com a participação de estudantes, professores, jornalistas, sindicalistas e autoridades locais sobre a decisão do STF e sua repercussão futura para os jornalistas e para a sociedade. Um novo encontro está programado para a segunda quinzena de agosto.

A Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais vai votar, em sua próxima reunião, requerimento a ser enviado ao Congresso Nacional para fortalecer a campanha de integração de frente parlamentar mista em defesa do diploma para exercício do jornalismo. O anúncio foi feito sexta-feira (3/7) durante audiência requerida pelo presidente da comissão, deputado André Quintão (PT), e pelo deputado Carlin Moura (PCdoB), a pedido do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG).

O Legislativo catarinense aprovou, no dia 30 de junho, moção de iniciativa do deputado Sargento Amauri Soares (PDT) e subscrita pelos deputados José Natal (PSDB) e Kennedy Nunes (PP), em solidariedade aos jornalistas e apoio às iniciativas legislativas para restituir a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão. A mensagem será encaminhada para a FENAJ e para o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, além das presidências da Câmara dos Deputados e do Senado.

Entidades repudiam decisão do STF
A Federação Interestadual dos Trabalhadores em Radiodifusão e Televisão (Fitert) divulgou posição de sua diretoria colegiada aprovada no dia 22 de junho, onde repudia a decisão do STF. ”Garantir o direito a liberdade de expressão do povo brasileiro, não passa por desregulamentar a profissão do jornalista, mas sim por redefinir um novo marco regulatório da comunicação brasileira. Portanto, quebrando o oligopólio dos aglomerados empresarias que atuam e controlam este segmento no nosso País”, diz um dos trechos da nota.
Também em nota divulgada dia 1º de julho, a CUT de Sergipe reafirma seu compromisso com a luta dos jornalistas: “O STF deve se pautar pelo atendimento aos interesses públicos e não ser regido por interesses da elite brasileira, do capital privado, que ameaça a democracia no país. A CUT/SE não aceita a proposital confusão que os ministros do STF tentaram fazer entre liberdade de expressão, liberdade de opinião e exercício profissional do Jornalismo”.

Novos eventos
Na Paraíba, o Fórum contra a desregulamentação das profissões, que envolve sindicatos, conselhos profissionais, faculdades, profissionais, professores e estudantes de Jornalismo prepara uma série de atividades em defesa do diploma. Um grande ato está programado para o dia 9 de julho, em João Pessoa, com concentração no Liceu Paraibano e caminhada que deverá percorrer várias ruas do Centro da capital. Os reitores da Universidade Federal de Campina Grande, Thompson Mariz, e da Universidade Estadual da Paraíba, Marlene Alves, asseguraram que participarão do ato público.

O Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul realiza reunião extraordinária com profissionais, estudantes e coordenadores dos cursos de Jornalismo no dia 11 de julho, às 14 horas, no auditório do Sindicato dos Bancários. O evento definirá propostas e sugestões a serem apresentadas na reunião da FENAJ com os 31 Sindicatos de Jornalistas do país, marcada para 17 de julho em São Paulo.

Já no Paraná, o Sindicato dos Jornalistas prepara uma vigília no dia 17 de julho, às 18 horas, na escadaria do prédio histórico da UFPR, na Praça Santos Andrade, em Curitiba, em defesa do diploma de jornalista e contra a decisão tomada pelo STF. O ato marcará exatos 30 dias da decisão do STF contrária à exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista.
Fonte: BOLETIM DA FENAJ - FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS