Rádio Universitária - 30 anos de vida
Rádio Universitária 30 anos de vida. Com ela, a sugestão da Universidade Federal do Ceará (UFC), em seminário geral, a laços mais amplos entre o mundo acadêmico e os cearenses.
Legava-nos o Dentel, aos gestores da emissora, Rodger Rogério, Clovis Catunda e eu, fraco sinal. “Esquenta não”, pedia-nos Rodger, a nos convidar para assistirmos, em um filme cientifico, a história de ponte que desabara com o soprar de uma brisa, na mesma frequência.
Nisso, adentra os estúdios, Liberal de Castro a nos falar de pesquisa sobre reforma da Praça do Ferreira: o povão queria uma fonte... Eureca, acordei: “a água pode ser essa brisa”, lembrando-se de Alencar: “Iracema saiu do banho. O aljôfar da água ainda a roreja...”
Na rádio, a água lançamos em burburinhos, a confundir-se com poemas e músicas. Afinal, o bordão: “Rádio Universitária, valorizando e repensando o Nordeste”.
Eureca, bradei, a água pode ser essa fonte. E, de Alencar, no romance Iracema, ocorre-me: "Iracema saiu do banho. O aljôfar da água ainda a roreja ...”
Na programação da rádio, burburinhos a se confundir com poemas, letras de música. Sensível o desejo dos cearenses de uma UFC para além do Polo Cultural do Benfica, por todo o Ceará, mais longe a educação, aljôfar de água a rorejar-nos.
Na gestão de José de Anchieta Esmeraldo Barreto, eu pró-reitor de extensão, trazíamos como conferencista, por mediação de Violeta Arraes, Celso Furtado para nos falar, sobre o desenvolvimento da Região Nordestina.
No aeroporto, dou com o governador Gonzaga Mota, ex-aluno de Celso, que, não lhes vindo o palestrante, pede-nos instantes no CIC com ele.
Depois, Fernando Henrique Cardoso, aqui entre nós, assiste à palestra de Tasso Jereissati “Dos ideais do CIC a uma prática de governo”. E conclui: “Essa é que é a social democracia que buscamos. Não a abstrata que importamos da Europa”.
Marcondes Rosa de Sousa, marcondesrosa@gmail.com
Professor da UFC e da Uece
fonte: JORNAL O POVO
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