“É um veículo de massa gratuito, incomparável. O rádio é um criador de imagens, ele constrói coisas dentro das pessoas, é o único que faz isso, portanto, continua insubstituível, seja analógico ou digital”. A afirmação, categórica, encerrou a palestra de Eduardo Cappia – “Radiodifusão tradicional: sucesso ainda?”, segunda da tarde de hoje do Mídia Santa Catarina 2011, em Florianópolis. A internet, segundo ele, deve ser vista como aliada do rádio, assim como as diversas outras ferramentas de comunicação digitais, como os celulares e tablets, pois estes meios podem ser usados para difundir e multiplicar o conteúdo das rádios.
De acordo com Cappia, 94% dos domicílios tem algum equipamento de rádio, o que revela a alta credibilidade deste veículo. Mais de 500 milhões destes equipamentos ainda são analógicos. Ele defende que o Brasil mantenha os dois sistemas – digital e analógico – até que o próprio hábito cultural, de gerações, de quem ouve rádio AM, por exemplo, acabe. “Eu escuto rádio AM todo dia, e as pessoas da minha geração fazem isso. Enquanto existir quem ouve AM, mesmo cheio de ruídos, tem que ter os dois sistemas funcionando. Com o tempo, será possível então eliminar o analógico”, disse.
Ele destacou que a digitalização do sistema de rádio permite a multiprogramação, interatividade, acessibilidade e aviso de alerta de emergência. Eduardo criticou o atraso na adoção do sistema digital. “O tempo de testes da rádio digital pode inviabilizar a adoção. Mudou o governo e foi aberto mais prazo para todos testarem. Eu não participo mais de testes”, criticou. Ele defendeu ainda que a migração para o sistema digital deve ser voluntária”. (AcontecendoAqui)
Retirado do site: www.carosouvintes.org.br
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