O PARCEIRO DE ROQUETE PINTO
OHOMEM que ciceroneou Einstein e foi um dos primeiros
a comprovar, no Brasil, a veracidade de sua teoria da
relatividade, foi um dos maiores cientistas de seu tempo,
representou o Brasil em inúmeros congressos científicos, destacou-
se em diversoa campos do conhecimento, notadamente na Astronomia,
Física e Meteorologia.
Nascido na França, em 1860, veio para o Brasil em 1875 e
naturalizou-se brasileiro, em 1884, já formado em engenheiro
industrial. Ingressou no Observatório Imperial como “aluno
astônomo” e foi nomeado 3º astrônomo, em 1885. Em 1896, foi
tornou-se professor da Escola Politécnica e, dois anos depois,
doutorou-se em Engenharia Civil e em Ciência Físicas e
Matemáticas. Foi o pioneiro da aplicação medicinal dos raios-X,
no Brasil. Também realizou pesquisas no campo da sismologia e
inaugurou o estudo das variações elétricas da atmosfera do Rio de
Janeiro. Como meteorologista, foi responsável pelo projeto e
organização da primeira rede de estações meteorológicas no Brasil (1910), que deu
origem ao Departamento Nacional de Meteorologia. Foi também o grande
introdutor da física experimental no Brasil, além de experimentos com a
Musicólogo, pesquisador, colecionador e
radialista, ele foi um de nossos maiores
produtores culturais. Como produtor de
discos, passou por quase todas as
gravadoras, sendo responsável por preciosidades
como “Meio Século de CarnavalOHOMEM que ciceroneou Einstein e foi um dos primeiros
a comprovar, no Brasil, a veracidade de sua teoria da
relatividade, foi um dos maiores cientistas de seu tempo,
representou o Brasil em inúmeros congressos científicos, destacou-
se em diversoa campos do conhecimento, notadamente na Astronomia,
Física e Meteorologia.
Nascido na França, em 1860, veio para o Brasil em 1875 e
naturalizou-se brasileiro, em 1884, já formado em engenheiro
industrial. Ingressou no Observatório Imperial como “aluno
astônomo” e foi nomeado 3º astrônomo, em 1885. Em 1896, foi
tornou-se professor da Escola Politécnica e, dois anos depois,
doutorou-se em Engenharia Civil e em Ciência Físicas e
Matemáticas. Foi o pioneiro da aplicação medicinal dos raios-X,
no Brasil. Também realizou pesquisas no campo da sismologia e
inaugurou o estudo das variações elétricas da atmosfera do Rio de
Janeiro. Como meteorologista, foi responsável pelo projeto e
organização da primeira rede de estações meteorológicas no Brasil (1910), que deu
origem ao Departamento Nacional de Meteorologia. Foi também o grande
introdutor da física experimental no Brasil, além de experimentos com a
Musicólogo, pesquisador, colecionador e
radialista, ele foi um de nossos maiores
produtores culturais. Como produtor de
discos, passou por quase todas as
gravadoras, sendo responsável por preciosidades
Carioca”, “Cem anos de Carnaval”,
e a edição das obras completas de
Beethoven e Mozart, em caixas de 50 e 60
discos, respectivamente. Foi, ainda, um
dos principais idealizadores do Museu
da Imagem e do Som, tendo contribuído
bastante para sua existência. No rádio,
foi, por muitos anos, produtor da Rádio
MEC e diretor de programação da Rádio
JB e da GLOBO. Por causa de seu
carregado sotaque italiano, não botava a
boca no microfone, mas se ocupava de
todos os outros detalhes da produção,
inclusive a redação, que era muito
esperta, como o prova o texto ao lado,
escrito para o 2º número do Amigo
Ouvinte , em 1993.
NO AR... Assim começava o script do
meu primeiro programa e algumas
centenas que vieram depois, em 40 anos
de colaboração com a Rádio MEC. Era a
época de ouro da emissora, quando a
gente brigava por uns pontinhos no
IBOPE. Não conseguíamos o ibopão da
Rádio Nacional ou da Tupy – o Maracanã
dos auditórios – mas era o suficiente para
não cairmos no caldeirão das “outras”.
Nesses anos, houve todo tipo de
mudanças: a gangorra dos diretores,
alguns ótimos, outros menos, mas quem
segurava o barco era René Cave, então
“chefe de broadcasting”. Ele dava vida e
movimentação à emissora, deixando, ao
mesmo tempo, liberdade total de ação aos
produtores.
Nessa época, os anos 50 e 60, a Rádio
MEC tinha um serviço de externas tão
eficiente quanto as demais emissoras. As
temporadas líricas do Teatro Municipal
eram o ponto alto das externas. Uma temporada
podia incluir até quarenta óperas –
uma parte delas só com artistas internacionais
e os melhores da nossa safra. Até
as duas grandes adversárias, Maria Callas
e Renata Tebaldi, apresentavam-se na
mesma temporada. Nos intervalos, os
artistas eram entrevistados por gente
competente – em geral era Paulo Santos
quem se encarregava disso.
Fora das temporadas, a Rádio levava ao
ar, aos domingos, uma ópera completa,
em discos, programa pilotado por Galvão
Peixoto, um médico de cultura incomum.
Lembrar, nesta nota, tantos companheiros
e amigos, daria para preencher uma
lista telefônica; mas alguns deles representam
todos os demais: Tude, René, Alfredo
Souto de Almeida – que agüentou
minha indisciplina de estreante – Zito Baptista
Filho, Edna Savaget, Heitor Salles,
Ayres de Andrade, Wilma Luchesi, e
“tutti quanti”.
Em Janeiro de 1991, saí do ar.
Duas perdas
transmissão e recepção de telegrafia sem fio. Sucessor de Luis
Cruls na direção do Observatório Nacional, em 1909, presidiu-o
até 1929. Foi Morize quem promoveu a instalação do Observatório
em São Cristóvão.
Foi também um dos fundadores da Sociedade Brasileira de
Ciência, que presidiu até o ano de 1926, quando recebeu o título de
presidente honorário.
Em 1923, Roquette-Pinto, um de seus mais notáveis discípulos,
procurou-o, em seu gabinete no Observatório, para que assumisse
a liderança de um grande movimento civilizador, que seria a
“radiotelefonia educativa”. Morize concordou e, juntos, os dois
pioneiros conseguiram revogar as velhas leis que proibiam a
prática da radiotelegrafia no Brasil. Estava aberto o caminho para
a fundação, em 20 de abril de 1923, da primeira estação
radiofônica brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, da
qual Henrique Morize foi diretor até 1929.
Faleceu em 19 de março de 1930. Em seu pronunciamento fúnebre, Roquette-
Pinto afirmou que “o povo humilde de minha terra não esquecerá jamais o que ele
foi pela sua educação”.
Jornalista, crítico, musicólogo e um dos
mais importantes pesquisadores e
historiadores da música, Ary começou a
escrever no jornal “O Globo”, em 1943,
na seção Um pouco de jazz, em colaboração
com Sílvio Túlio Cardoso. Nas
rádios Tupi e Tamoio, ele redigiu o
programa Swing Cocktail. Foi cronista de
jazz da revista A Cigarra e, nos três anos
seguintes, escreveu críticas de rádio na
revista O Cruzeiro. De 1957 a 1963, foi
crítico de música popular no O Jornal,
função que também exerceu no Jornal do
Commércio (1961-67), O Globo(1967-
70), Querida (1969-71), O Cruzeiro
(1972) e Grande Hotel (1975).
Em meados da década de 1960, devido
à sua atuação como crítico musical em
diversas publicações de prestígio, passou
a realizar conferências sobre música
popular brasileira e foi um dos principais
organizadores do Clube de Jazz e Bossa
Nova. Foi integrante do júri de muitos
dos festivais da canção que aconteceram
na década de 60, tendo participado da
organização do Festival Internacional da
Canção - FIC. Na rádio MEC produziu
programas sobre a história da MPB. Foi
também produtor de discos para a
gravadora Odeon e para o Museu da
Imagem e do Som – MIS. Para este órgão,
do qual chegou a ser funcionário entre
1965 e 70, produziu elepês de Carmem
Miranda, Noel Rosa e Ataulfo Alves.
Ainda no MIS, foi quem sugeriu ao
primeiro diretor da instituição Ricardo
Cravo Albin, a fundação do Conselho
Superior de MPB, com 40 cadeiras, cujos
nomes foram escolhidos por ele, Almirante
e o próprio R. C. Albin. O Conselho –
base dos outros que logo depois foram
criados para outras áreas – teve a seu
cargo apontar e votar os melhores do ano,
aos quais eram conferidos os prêmios
Golfinho de Ouro e Estácio de Sá.
É autor de importantes livros como:
Panorama da música popular brasileira;
Raízes da música popular brasileira;
Panorama da música brasileira na Belleépoque;
Carinhoso etc.- História e
inventário do choro; A nova música da
República Velha. Em 1982, o Conselho de
Educação e Cultura do Estado do Rio de
Janeiro escolheu seu nome para o prêmio
Estácio de Sá. Em 1994, recebeu da
União Brasileira de Escritores o título de
personalidade do ano. A partir de 1998,
foi um dos diretores culturais da Associação
Brasileira de Imprensa (ABI). Era
também colecionador de livros e leitor
inveterado.
Para a Rádio MEC, produziu programas
sobre história da música, na década
de 60, além da inestimável e gratuita
contribuição que sempre deu, como
consultor, aos inúmeros produtores da
Casa. A SOARMEC também muito lhe
deve. Além de sócio fundador, Ary
Vasconcelos foi, também, diretorpresidente
e, por duas vezes, vicepresidente
de nossa Sociedade. Uma vida
dedicada à cultura.
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