sexta-feira, 17 de julho de 2009

UMA LEITURA INTERESSANTE

Tendência da Comunicação

Ao contrário do mercado americano, que geralmente faz previsões para os setores econômicos estimando a intensidade dos investimentos futuros, no Brasil parece que os prognósticos buscam o impacto apenas. Pelo menos tem sido assim para o mercado da comunicação.

A história conta que, com o aparecimento da televisão, lá na década de 50, muitos profetizaram a morte iminente do rádio. Depois, com o aparecimento da faixa FM, muitos determinaram o fim da AM e de todas as demais faixas. E o rádio continua firme, forte, sólido como nunca.

O fim do jornal foi decretado também com o sucesso da segmentação editorial das revistas e mais recentemente com avanço dos meios interativos. E o que se constata em todo o mundo é a revitalização do jornal, impulsionado, tanto pelos novos formatos como pelas novas formas de distribuição.

Depois foi a vez do ataque à TV diante do lançamento do videocassete. E o DVD foi à razão do anúncio fúnebre do cinema.

Com a chegada da Internet então, as previsões eram ainda mais cruéis: todos os demais canais de comunicação sucumbiriam diante da conectividade e de todos os demais poderes exercidos pela web.

Ledo engano!

Os autores das impactantes profecias, em muitos casos, deixaram de considerar, por exemplo, a força do hábito do espectador, quer seja ele leitor, ouvinte ou telespectador, que, quando associada ao poder de superação da mídia, ridiculariza, a meu ver, qualquer prognóstico negativo.

O fato é que, independentemente das previsões, há mesmo lugar para todos. Cada canal de comunicação dirige-se a um segmento específico da população, e a própria superposição de sons, imagens e movimento é sempre valorizada pelos anunciantes diante das características de cada meio no poder de atendimento das necessidades de comunicação de suas marcas.

E o mundo de hoje, cada vez mais competitivo, garante mesmo espaço e oportunidades a todos. Até porque, como diz o velho ditado: ninguém morre na véspera!

Angelo Franzão Neto, presidente do Grupo de Mídia São Paulo

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