
domingo, 31 de maio de 2009
UMA LEITURA PARA REFLEXÃO

sábado, 30 de maio de 2009
REVISTA DO RÁDIO

A Revista do Rádio foi lançada em 1948 e trazia de forma abrangente e pitorescas informações sobre o meio radiofônico.
A revista trazia na capa sempre um astro que estivesse em evidência como o cantor Francisco Alves; perfil de personalidades da época como da cantora Aracy de Almeida; colunas como a Chacrinha Musical; diário das estrelas do rádio como da contara Emilinha Borba e fofocas como o romance entre a cantora Elza Soares e o jogador Garrincha.
A Revista do Rádio era uma publicação semanal que trazia todas as informações sobre o mundo do rádio durante as décadas de 50 e 60.
Aqui, você confere algumas imagens das Musas do Rádio, retiradas de uma matéria da Revista do Rádio sobre quanto elas ganhavam e gastavam.
UMA LEITURA PARA REFLEXÃO

Um fiel escudeiro, cheio de surpresas, uma caixinha que fala que encanta as crianças na mais tenra idade. Certa vez denotamos o espanto de um adolescente quando indagava: “Como pode essa caixinha falar”? Não tem fios e mesmo assim funciona. Era o milagre da tecnologia quando do lançamento do rádio portátil, do rádio a pilha. Algumas crianças chegavam a balbuciar milagre, milagre, milagre. O rádio sempre foi e será um fiel escudeiro do homem. A voz encanta, corta a noite, as madrugadas frias e calorentas, encanta no verão, no inverno e em todas as estações do ano. Lança ao ar belas melodias, através das ondas curtas, médias e de freqüências moduladas. É de bom alvitre a companhia do rádio, seja grande ou pequeno, ele transmite os grandes espetáculos, as grandes tragédias, e assim vamos aos confins do orbe se inteirando do que acontece. Aproxima os povos, desperta a atenção por línguas diferentes e nos leva a imaginar como será a vida em determinados países. Senhoras e senhores nosso alô, estamos no ar, tudo bem! Uma voz bela e suave soa do outro lado do nosso écran. “O rádio provoca uma aceleração da informação que também se estende a outros meios. Reduz o mundo a uma aldeia(...). Mas, ao mesmo tempo em que reduz o mundo a dimensões de aldeia, o rádio não efetua a homogeneização dos quarteirões da aldeia. Bem ao contrário”. Ganhar contornos lentamente, popularizar as transmissões essa era a missão inicial do rádio. Embora, a indústria fonográfica já existisse desde o final do século 19. Elba Dias da Rádio Clube do Brasil, no Rio de Janeiro se tornava musa do rádio. Incentiva cantores nessa fase embrionária, foi nesse período que surgem figuras exponenciais como Francisco Alves e Mário Reis. Surge então o interesse pela produção de discos e de espetáculos. O popular vai dando lugar ao erudito, a publicidade começa dar o ar da sua graça, fazendo com que o grande Roquette Pinto e Henry Moritze, desse um largo passo para a massificação pela busca incessante de anunciadores. A publicidade surge em 1º. De março de 1932, pelo Decreto nº. 21.11, que estipula o máximo de 10% de veiculação comercial sobre toda programação da emissora. O elenco fixo no rádio surge pelos idos dos anos 30. Surgem os artistas exclusivos, as rádionovelas, programas humorísticos e programas de auditórios. Surge então à comunicação de massa em 1940, no Estado Novo, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, alça o rádio à condição de veículo de massa, conforme o gosto dos ouvintes, sempre na busca excessiva dos grandes comerciais.A radiodifusão é uma palavra de nossa língua equivalente em inglês a broadcasting, cuja sinonímia está relacionada a algo como semear aos quatro ventos. É isso que o rádio faz a emissão de sinais através de ondas eletromagnéticas. Existe diferença entre rádio e radiodifusão? Sim. Rá de radi(o)-1 + difusão, televisão e rádio, Transmissões por meio de ondas radioelétricas, de notícias, programas, etc., destinada à recepção pública. Compreende a radiodifusão sonora (o rádio) e a radiodifusão de sons e imagens (a televisão); emissão e transmissão de som e de imagens por meio de ondas radioelétricas; radiocomunicação. Já o rádio tem aspectos diferenciados, como radiofonia, onde se destacam o radioator e a radiocultura. Pode ser também um meio de comunicação que utiliza emissões de ondas eletromagnéticas para transmitir a distância mensagens sonoras destinadas a audiências numerosas. A radiotelefonia usa a mesma tecnologia, transmissão de voz sem fios e passou a ser utilizada, na forma que se convencionou chamar de rádio. Isso pelos idos de 1916, quando O Russo radicado nos Estados Unidos da América do Norte David Sarnoff anteviu a possibilidade de cada indivíduo possuir em sua casa um aparelho receptor. Com audiência ampla, heterogênea e anônima sua mensagem é definida por uma média de gosto e tem, quando transmitida, baixo retorno( feedback).Os estudiosos Rabaça e Barbosa afirmam ainda ser o rádio um veículo de radiodifusão sonora que transmite programas de entretenimento, educação e informação. Música, notícias, discussões, informações de utilidade pública, programas humorísticos, novelas, narrações de acontecimentos esportivos e sociais, entrevistas e cursos são os gêneros básicos dos programas. Serviço prestado mediante concessão do Estado, que considera de interesse nacional, e deve operar dentro de regras preestabelecidas em leis, regulamentos e normas. No rádio a audiência deve se ampla, anônima e heterogênea. A mensagem definida com base em uma média de gosto, o retorno deve ser baixo, uma vez que a mensagem é emitida e o receptor não tem como responder, imediatamente, em sentido contrário. A recepção é simultânea e os recursos financeiros provêm da venda comercial que delineamos como patrocínio ou publicidade. Com o advento do rádio, surgiram às rádios livre e comunitárias que alteram toda essa realidade aqui exposta, e, mesclando os papéis de emissor e receptor. Os transmissores dessas rádios não são potentes, pois podem interferir no dial de seu receptor causando o conhecido ruído da comunicação e muitas vezes entrando na freqüência de outra. A mensagem radiofônica é o objeto da comunicação, nele estão juntos forma e conteúdo. O código pode ser verbal e corporal. Afirma (Marcelo Casado d’Azevedo). Muitos fatores são básicos para um bom desempenho do rádio em si. A capacidade auditiva do receptor, a tecnologia de transmissão e recepção, a fugacidade (Fuga rápida, grande rapidez; grande velocidade; transitoriedade, efemeridade), linguagem radiofônica, tipo de público, formas de recepção ( Escuta ambiental, escuta em si, atenção concentrada e escuta por seleção).Como denotamos nas exposições e explicações nas entrelinhas dessa matéria fazer rádio exige muita responsabilidade e muitas regras devem ser obedecidas e a verdade como a ética deve estar sempre presentes. O comportamento do profissional de rádio deve ser exemplar, bem como os responsáveis pela programação e os donatários dos meios de comunicação. Ouvir, escutar, prestar atenção e compreender é o básico. A fonte deve ser verbal, visual e audiovisual essas fontes segundo a mexicana Maria Cristina Romo Gil são indispensáveis para retenção pelos sentidos dos ouvintes. O rádio ainda deve levar o fato no momento em que ocorre e resumido ao mínimo de detalhes. Dentro do rol da radiodifusão deve ser observada a análise qualitativa, o discurso que deve ter clareza e precisão, deve ser conciso, ter propriedades e repertório adequado para suas finalidades. Na linguagem é importante observar a retórica objetiva e subjetiva, estilo, ideologia. Já na audiência deve o profissional estratificar a escala social para onde está direcionada sua programação, visto que a classe de ouvintes vai da classe (A) a classe (E ). Classe A é composta de pessoas economicamente independentes. A classe B é a que está em ascensão social(pode ser alta e baixa), classe C é de pequenos funcionários e com educação secundária. Já a classe D engloba aquelas pessoas que lutam no cotidiano pela sobrevivência e estão em atividades sazonais e a classe E, define o estrato marginalizado do êxodo rural, do desemprego e da falta de política agrária, os sem terra. O rádio comercial tem um objetivo buscar as classes A, b e C, desprezando as demais. As emissoras educativas deveriam atingir todas as classes sociais, mas na realidade isso não ocorre. Deixa as emissoras livres e comunitárias para atender as classes menos favorecidas.São indispensáveis numa empresa de radiodifusão os seguintes profissionais: Coordenador de produção, Coordenador de Programação, discotecário, discotecário-programador, produtor–executivo, locutor, supervisor técnico, técnico de manutenção, operador, sonoplasta, técnico de externas, operador de transmissor de rádio. Sem essa valorosa equipe o rádio não funciona bem. Existem as emissoras comerciais que usa outro esquema, emissoras educativas que são sem fins lucrativos e as emissoras comunitárias que surgiram em 20 de fevereiro de 1998, com a Lei nº. 9.612, tornando-as legais. As emissoras comerciais contam com o esquema de produtos, programação, espaço publicitário, clientes, anunciantes e ouvintes. Tem como direção uma equipe bem delineada como: Além da direção geral tem a gerência de jornalismo; gerência de esportes; gerência de operações; gerência comercial. A Gerência de jornalismo engloba o departamento de notícias, o departamento de produção e programação. A gerência de esportes o departamento de esportes; a gerência de operações está vinculada o departamento técnico e a gerência comercial o departamento comercial.Olha o veículo, a história e a técnica do rádio são de suma importância, por isso os profissionais de rádio devem ter uma preparação bastante rigorosa, um profissionalismo voltado para o público ouvinte, onde haja respeito mútuo e programação de qualidade. Nos dias atuais será que essas nuanças acontecem com freqüência no mundo do rádio ou no ciclo dos profissionais de rádio? A programação está voltada para as classes aqui citadas? Existe respeito mútuo? As leis e linguagem são obedecidas. Caso contrário está se desvirtuando o trabalho a que o rádio se propõe, denegrindo a imagem do profissional e dos que fazem a radiodifusão no Estado, no Brasil e quiçá no mundo. Convém salientar que Luiz Artur Ferraretto um especialista no assunto mostra com todas as nuanças, tecnologias, deveres e obrigações como devemos proceder para alcançarmos um rádio de qualidade. Com lucro pela inserção da publicidade e ouvintes cativos pela excelência da programação e distinção dos profissionais que fazem o rádio e a radiodifusão crescerem. Sem ouvintes o rádio seria mais um no universo das comunicações. Uma semente perdida no meio das plantações. Aquilo que fazes é noticia de sua presença. Cada pessoa com a qual entres em contato é uma página do livro que estás escrevendo com a própria vida. Esses ensinamentos só se tornaram reais nos ensinamentos que imantamos nos bancos das academias de cultura, as Universidades e Faculdades.
um programa de rádio feito por estudantes...

LM
João de Freitas, colaborador da Rádio Universitária
O
Veiculado diariamente na Gazeta AM (890 Khz) em três horários – das 7h às 8h, das 12h30 às 14h e das 23h à 0h30 –, o jornal conta com a colaboração de alunos de Jornalismo, Rádio e TV, Publicidade e Propaganda e Turismo. São vários quadros com temas diversos.
Para quem gosta de televisão, Everton Vasconcelos sempre traz os bastidores da telinha no Antena Ligada. E se o assunto for música, Susan Souza não deixa por menos no Pílula Rock. Já Rodrigo Fonseca fala de publicidade e marketing no Propulsão. E para quem não resiste a um bom bate-papo, o Diálogos Catárticos preza pelas entrevistas.
Para o Coordenador da Rádio Universitária, professor Pedro Vaz, não há um destaque, mas vários. Ele atribui “O mais importante é o empenho dos alunos em construir um currículo profissional e exibir um portifólio no mercado de trabalho” avalia. “O mercado sabe que somos um celeiro de profissionais”.
Toda segunda e quinta-feira, o jornal exibe o quadro Economia em Foco, no qual Maurício Martins, aluno do 2° ano de Jornalismo, traz as novidades do tema numa linguagem fácil e acessível. Já para quem tem necessidades especiais, a aluna da pós-graduação e cadeirante Sandra Ribeiro traz dicas de empregos e fala de preconceito no Livre Acesso.
Há três meses, em 02 de dezembro de 2005, estreou o quadro Dandaras – uma versão radiofônica do zine homônimo. A iniciativa é das alunas Gabriela Watson (2° ano de Rádio e TV) e Cíntia Gomes (3° ano de Jornalismo) que, a convite de Vaz, elaboraram um programa para discutir a questão da negritude. E não só de discriminação, mas de música, beleza, educação e dicas culturais.
O órgão laboratorial é democrático e qualquer aluno pode participar. “Uma grande reunião de pauta que nós fizemos o ano passado, reunindo mais de 80 alunos de todos os cursos, rende frutos até hoje”, lembra Vaz. “Muitos alunos desconhecem nosso trabalho. Eu acredito que o boca a boca tenha sido o grande aliado”, afirma. Por isso, a divulgação é um dos desafios para este ano.* Uma versão deste texto foi publicada em A Imprensa – organ house da Fundação Cásper Líbero e órgão laboratorial mais antigo do país – na edição nº 574, de fevereiro de 2006.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
FRASES DE MOACYR SCLIAR NO PROGRAMA DA RÁDIO O POVO CBN
“O escritor busca a verdade do ser humano”
“Pessoas felizes não escrevem”
“Quanto a pessoa está doente, muito doente, as máscares caem” [sobre sua experiência como médico]
“Às vezes meu lado médico estranha o meu lado escritor e, às vezes, meu lado escritor estranha o meu lado médico”
“Me tornei médico porque tinha medo da doença” [Ao dizer que ficava aflito quando via algum de seus pais doentes, sem poder fazer nada, por isso passou a querer entedenter de medicina]
“Não entendo o livro que faz o leitor sofrer” [por ser um texto "chato"]
“Ser escritor não é só botar o mal-estar para fora, é saber trabalhar com as palavras”
“Eu não sou litigante” [Ao explicar por que não processou, apesar da insistência dos advogados, o escritor canadense Yan Martel, que no livro A vida de Pi, usou a mesma trama de seu livro Max e os felinos.
"Álcool não é fonte de inspiração" [declarando-se abstêmio, ao ser perguntando sobre a relação literatura e álcool]
“A pessoa recorre ao álcool pelo mesmo motivo que escreve: o desamparo social, só que escrever é libertador e o álcool escraviza”
QUEM É ???
Moacyr Jaime Scliar (Porto Alegre, 23 de março de 1937) é um dos mais conhecidos escritores brasileiros da atualidade. Formado em Medicina, trabalha como médico especialista em saúde pública e é professor universitário.
Scliar publicou mais de setenta livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil. Seu estilo leve e irônico lhe garantiu um público bastante amplo de leitores, e em 2003 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, tendo recebido antes uma grande quantidade de prêmios literários como o Jabuti (1988 e 1993), o Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) (1989) e o Casa de las Americas (1989).
Suas obras freqüentemente abordam a imigração judaica no Brasil, mas também tratam de temas como o socialismo, a medicina (área de sua formação), a vida de classe média e vários outros assuntos. O autor já teve obras suas traduzidas para doze idiomas. [Perfil biográfico da Wikipedia]
PRÊMIO JUSTO

FM Universitária recebe Prêmio Gandhi
29-May-2009
"A Força Solidária da Paz”, reportagem do jornalista Eriberto Vieira Sales, da Rádio FM Universitária, venceu o Prêmio Gandhi de Comunicação 2009 na categoria Radiojornalismo.
Agência da Boa Notícia, organizadora do concurso, fez a entrega do Prêmio nessa quinta-feira (28). Na categoria Jornalismo Impresso, os vencedores foram Mariana Toniatti, Lucinthya Gomes e Tiago Braga, do jornal O Povo; na categoria Telejornalismo, Ana Paula Lustosa, da TV Cidade; e na categoria Publicidade e Propaganda, Fátima Abreu, da TV Assembléia. O concurso premiou também os estudantes de Publicidade Sarah de Sousa Crispim e Poliana Moraes, da Faculdade Católica do Ceará, e o estudante de Jornalismo Francisco das Chagas Leal Mota Filho, da Universidade de Fortaleza.
Além de conquistar o Prêmio na categoria Radiojornalismo, a UFC recebeu Moção de Reconhecimento, dirigida à equipe do Laboratório de Estudos da Violência (LEV), do Departamento de Ciências Sociais, que em 2009 completa 15 anos de atividades, com “relevantes contribuições de estudos e pesquisas voltados para políticas geradoras de harmonia, segurança, justiça e paz na sociedade”. A outra moção foi para a equipe do programa Barra Pesada, da TV Jangadeiro, “que vem introduzindo alterações positivas em sua linha editorial, abrindo mais espaço para a prática do jornalismo comunitário”.
O jornalista Eriberto Sales foi vencedor do Prêmio Gandhi de Comunicação nas duas edições já realizadas. Em 2008, ele venceu o concurso, também na categoria Radiojornalismo, com a reportagem “Ações e propostas para construção de uma cultura de paz e harmonia do ser”. A reportagem “A Força Solidária da Paz”, vencedora em 2009, abordou o papel dos meios de comunicação na divulgação de ações solidárias e o exemplo de instituições e pessoas voluntárias. “O prêmio é um reconhecimento não só ao trabalho realizado pelos profissionais de comunicação, mas às pessoas que se dedicam à causa do bem e à própria Rádio Universitária, que permite a divulgação de ações sociais e de direitos humanos dando inteira liberdade para trabalharmos as matérias com responsabilidade social”, diz Eriberto Sales, que é funcionário da emissora desde dezembro de 1993.
Fonte: Rádio FM Universitária - (fone: 85 3366 7478 / 3366 7479)
quinta-feira, 28 de maio de 2009
PORQUE AS PIORES SÃO AS MELHORES

PORQUE AS PIORES SÃO AS MELHORES
Por J. Pimentel
O grande público acaba gostando do que ouve no dia-a-dia, daí o sucesso das emissoras que tocam o que de pior se produz musicalmente no Brasil e no mundo.
Uma pesquisa IBOPE, publicada e analisada em CAROS OUVINTES (leiam “Pesquisa IBOPE: Pouco, quase nada, a favor de jornalismo!”) mostra que as primeiras colocadas entre todas as FMs de São Paulo são rádios populares ficando as noticiosas em posições intermediárias ou finais. O fenômeno é nacional e não apenas de São Paulo. É bom que se esclareça que a metodologia utilizada nas pesquisas é ineficaz e ultrapassada e não reflete a imensa pulverização de audiência que realmente ocorre. Outro equívoco é separar a audiência de AM e FM.
Ainda assim, os dados nos permitem algumas reflexões. Primeiro precisamos constatar quem ouve rádio por mais tempo, como ouve e por que ouve. Geralmente são ouvintes jovens de ambos os sexos, donas de casa, operários de diversos setores que formam a classe sócio-econômica C, D e E, de baixa escolaridade e jovem, ambos os sexos, nas classes A e B. Na se trata de preconceito, mas de constatação, está lá, na pesquisa.
Esse público predominante vem sendo alimentado por uma produção musical e cultural medíocre, baseada no sertanejo brega, axé, pagode, arrocha, calipso, salsa e ritmos assemelhados que já afetam até grupos sociais que os rejeitavam.
Essas músicas, de temas vulgares, de baixíssimo conteúdo intelectual e pobres harmonicamente, são enfiadas goela abaixo do povão, por dezenas de bandas com nomes exóticos, duplas sertanejas que se multiplicam, grupos de pagode sem qualquer qualidade musical, que enriquecem gravadoras e empresários, através de festas, micaretas, carnaval, São João, festivais e bailões por todo Brasil, com a parceria dessas emissoras campeãs de audiência e todos os canais de televisão. O grande público acaba gostando do que ouve no dia-a-dia, daí o sucesso das emissoras que tocam o que de pior se produz musicalmente no Brasil e no mundo.
Os apresentadores, quase sempre histéricos gritalhões, têm a inteligência de uma minhoca, com perdão às minhocas pela comparação e utilizam todos, as mesmas fórmulas já batidas, mas de resultado garantido. Fazem o que seu público consome e nada mais. Assim, várias emissoras (a maioria) se engalfinham na busca da maior audiência possível, o que não se reflete em retorno comercial proporcional à audiência, porque, nessas emissoras, é impossível se distinguir as mensagens dos patrocinadores, geralmente confinadas em blocos de hora em hora, ou de meia em meia hora, uma sequência embolada de comerciais que ninguém entende. Para agravar ainda mais, é comum o desprezo dessas rádios a quem lhes paga as contas. Todas elas apresentam sequências de “Uma hora de música sem intervalo comercial”, como se o intervalo comercial fosse um empecilho para a programação. Como se trata de um público com baixo nível de exigência, normalmente, na hora do intervalo comercial, ele muda de estação, para ouvir na concorrente as mesmas porcarias. As pesquisas não apontam essa rotatividade com eficiência, mas é o mesmo público que se desloca desta para aquela emissora com o mesmo perfil.
Algumas rádios fazem uso do humorismo como estratégia diferencial, mas são humorísticos vulgares, apelativos, sem grande criatividade, quase sempre baseado no talento duvidoso de um dos participantes. São programetes cheios de preconceito, piadas de mau gosto, sem conteúdo inteligente, que continuam atendendo essa massa estabulada pela mídia fácil da produção vulgar.
Quanto as rádios segmentadas estas teem público cativo, que gostam daquele estilo, ouvem com freqüência e se identificam com sua linguagem. Conseguem, de acordo com seu perfil de audiência, atrair anunciantes que acabam tendo bom retorno, mas também pecam pela incapacidade de se renovarem e pela ausência de criatividade, o que, com o tempo, acabam afugentando seus ouvintes, porque esse ouvinte tem um nível de exigência maior.
A constatação dessa audiência seletiva nas pesquisas ainda é insignificante, em razão do perfil desses ouvintes, do local onde ouvem suas emissoras favoritas e porque raramente são acessíveis aos pesquisadores.
As rádios voltadas para noticia teem alguns nós artísticos que precisam ser desfeitos, mas são importantes, têm audiência cativa e representam o único setor realmente inovador do meio rádio nos últimos anos, em que pese alguns anacronismos. Mas isso é assunto para outra análise.
O que falta são diretores artísticos, profissionais que pesquisem, analisem, busquem as melhores soluções para seu público e suas rádios e ajudem a formar bons profissionais que vão melhorar a audiência e dar consistência a programação. Isso significa investimento, palavra que os donos de rádio não suportam ouvir.
( * ) O autor é colunista do site do instituto Caros Ouvintes www.carosouvintes.org.br
quarta-feira, 27 de maio de 2009
CAMPANHA SALARIAL

DEBATES DO "POVO"

para ler e meditar...

Interesse Público
MÍDIA RADIOFÔNICA
Por Francisco Djacyr Silva de Souza em 26/5/2009
"Olha eu estou tão feliz, consegui o que eu queria através dos amigos do rádio..." (Luiza Felipe, em um programa de rádio do dia 23 de maio de 2009. Esta senhora é uma grande ouvinte de rádio e sofreu um acidente. Através do rádio conseguiu consultas, cadeira de rodas, andador e muita ajuda dos ouvintes de rádio. O rádio é ou não é um instrumento de cidadania?)
Alguns dias atrás, foram veiculados em dois grandes jornais de circulação no Ceará (O Povo e O Estado) dois artigos da brilhante e combativa jornalista cearense Adísia Sá, nos quais a mesma discutia a problemática da baixaria no rádio cearense. Oportuna, a discussão levantada pela jornalista, pois há muito tempo vimos levantando a tese da destruição do rádio cearense pela suposta luta pela audiência através de palavras de baixo calão, músicas de duplo sentido e contratação de pessoas que, sem nenhuma qualificação intelectual, estão aí no rádio a proferir impropérios e falar o que querem sem prestar nenhuma satisfação ao outro lado da comunicação (o ouvinte).
Achamos que o ouvinte é sempre a parte fraca da cadeia comunicativa, pois, como já disseram, é só mudar de programa caso não esteja gostando. Não podemos reduzir a necessidade de revisão do conteúdo do rádio apenas nesta visão simplória que os supostos proprietários de rádio têm sempre, ao serem inquiridos em relação a alguns programas do rádio cearense.
Qualidade e conteúdo
Não podemos ficar apenas no denuncismo; temos que agir, pois o tempo urge e a modernidade com certeza pretende reduzir o rádio a um mero instrumento de gerar riqueza sem se preocupar com seu papel social ou sua história. Conclamar a todos para uma luta pelo rádio é salutar, mas parece que poucos se dedicarão a tal ação, pois vivemos uma ditadura velada pautada exclusivamente pelos interesses econômicos. Às vezes, a sensação que temos é de que falamos asneiras e que é melhor deixar tudo como está. Porém o idealismo de ver uma sociedade educada, pautada na ética e com uma cultura cidadã, é maior e continuamos a bradar pela melhoria do rádio e pela valorização dos que o fazem.
O processo de geração de programas em nossa terra – e achamos que em todo país – é complicado, vivemos um período em que o arrendamento toma de conta de nossas rádios e que talvez para fazer audiência muitos que vão para o rádio utilizam-se de diversos artifícios não recomendáveis, como bajulação política, palavrões em pleno ar, brincadeiras de mau gosto com minorias e utilização de notícias de crime com posições jocosas ou sátiras sem sentido. No rádio, o vale-tudo pela audiência às vezes confunde as pessoas que não têm alternativas para escolher um programa de qualidade que seja pautado por um processo de educação do ouvinte, de geração de conhecimento e de prestação de serviços ou informações valiosas. Claro que temos programas deste tipo, porém são muito poucos e ainda predomina, sim, a baixaria, o escárnio e o desrespeito de todo tipo.
A hora é de luta e é preciso muita união em torno da melhoria do rádio e de sua modificação para melhor, pois somente com um rádio-cidadão poderemos melhorar a sociedade como um todo. Os consumidores da mídia radiofônica precisam se inteirar criticamente do conteúdo do rádio e devem, com certeza, ser mais seletivos em termos de programas, escolhendo melhor a comunicação que recebem. Não podemos ouvir programas só pela música ou pela mensagem ou pelo fato de deixarem dizer o que quisermos. Temos que escolher um programa pela sua qualidade de informação, pelo conteúdo positivo e pelas idéias que edificam nosso comportamento e que sejam úteis para a vida.
Valorização e crescimento
Os patrocinadores devem ouvir pelo menos uma vez os programas que patrocinam, pois não se deve patrocinar só pela audiência, mas, sobretudo, pelo conteúdo e pela finalidade do programa. Claro que o dissemos aqui são conjecturas às vezes utópicas, mas o que seria do mundo se não fossem os utópicos...
É importante cultivar em nosso povo a concretização de uma formação de consumidores da mídia radiofônica sempre com espírito crítico e de análise constante dos conteúdos passados pelos programas e do envolvimento dos radialistas com causas realmente populares. Se o rádio está conosco no dia-a-dia, o mínimo que se pode fazer é que este períodos seja prazeroso e traga para nós algo de bom que possa melhorar nossas vidas e de nossos semelhantes.
Rádio é cidadania, rádio é ação, rádio é amizade, rádio é formação de idéias boas, rádio é, sobretudo, um instrumento de melhoria do mundo a partir de nossa casa. O rádio precisa ser valorizado, precisa ser transformado em um instrumento de valorização de nosso povo e crescimento de uma sociedade que prima por justiça, ética e cidadania.
terça-feira, 26 de maio de 2009
UMA BOA PEDIDA
MAISA NA MIDIA
O curioso é que, somente depois do choro da menina ter ido ao ar é que a Secretaria Nacional de Justiça se pronunciou. Foi divulgada uma nota a imprensa ontem, quarta-feira (21), informando que os programas exibidos nos dias 03,07 e 17 de maio foram monitorados e que os mesmos podem ser reclassificados de acordo com o Manual da Classificação Indicativa por terem exposto a criança a situações constrangedoras ou degradantes.
A Secretaria Nacional de Justiça, mesmo assim, afirma que os fatos apresentados até o momento não são suficientes para motivar a reclassificação imediata do quadro que a menina apresenta no SBT, com Sílvio Santos.
O que precisa mais acontecer para que a sociedade se mobilize e questione situações como essa? Onde estão os pais dessa criança? O que acham sobre isso? E as outras crianças, o devem estar achando da situação? Será que elas entendem os acontecimentos ou será que chegamos ao ponto de achar tudo isso ainda linda, puro e infantil, tal qual um choro de criança?
Quem salvará a Maísa?
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o rádio digital

Brasília – Na abertura do 25º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, na noite de quarta-feira 19, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, assinou portaria autorizando consulta pública para no prazo de 90 dias ouvir sugestões da sociedade brasileira sobre a escolha do sistema do Rádio Digital brasileiro. “Há necessidade urgente de se adotar o Rádio Digital no país”, afirmou.Segundo o ministro , vão ser feitos testes em São Paulo tanto com o sistema americano, quanto com o sistema europeu para se tirar a melhor proposta em conformidade com a realidade brasileira. Argumentou o ministro que o setor de radiodifusão está sendo prejudicado: “As rádios de ondas médias estão quase em insolvência”, frisou.
Num auditório lotado com cerca de duas mil pessoas, o ministro Hélio Costa discorreu sobre a TV Digital, que já está instalada em 18 das principais cidades brasileiras. Acrescentou que a previsão é do sinal digital para televisão chegar em mais 32 cidades do país até o final deste ano. Isso significa 65% do território nacional com cobertura digital em dois anos. Observou o ministro que os americanos passaram dez anos para atingir todo os Estados Unidos da América. “Estamos numa posição excepcional”, avaliou.Sobre a multiprogramação na TV Digital, Hélio Costa disse que não é o Ministério das Comunicações, nem a Presidência da República que vão permitir ou não o uso daquele recurso no sistema de TV nipo-brasileiro. Adiantou que quem vai decidir é o Congresso Nacional. Mas lembrou que temos que ter muito cuidado. Não pode ocorrer a mesma situação do início do funcionamento das rádios comunitárias.A respeito da Conferência Nacional de Comunicação, revelou o ministro que na segunda-feira 18, todas as indicações de representantes feitas pelas entidades envolvidas foram recebidas pelo Ministério das Comunicações. Acrescentou que a Conferência, que será realizada entre os dias 1º e 3 de dezembro, é o momento onde o país tomará decisões “importantíssimas para o setor de radiodifusão”.
Fonte Digital Satélite
DEPOIMENTO

A minha históra com o rádio é a seguinte [se quiser continuar a ler, clique abaixo]:
Começou com a rejeição própria de quem estudava jornalismo na São Paulo transformadora da década de 1970, quando o impreso era uma espécie de príncipe das mídias.
Ninguém falava em rádio; TV então, se alguém manifestasse preferência seria olhado como um traidor da classe [operária] da qual não éramos, mas nos julgávamos os representantes, melhor dizendo, a sua vanguarda.
Os homens de bolsa e as mulheres de bata, todos nos víamos em uma esfumaçada redação, em meio ao matraquear das máquinas de datilografar, resistindo bravamente à ditadura com a força de nossas palavras.
Na década de 1980, na secretaria de Comunicação do Sindicato dos Bancários do Ceará, participei de uma campanha salarial, que, pela primeira vez, teria peças publicitárias unificadas nacionalmente. Recebia-se o modelo de cartazes, inserções para jornais, rádio e TV.
Como os recursos para a mídia eletrônica eram pequenos, resolvi investir tudo em rádio, para dar mais volume. Foi um sucesso. Me relatavam: em casa todo mundo ouviu; tocou dentro do ônibus.
Comecei então a insistir para que o Sindicato tivesse seu próprio programa de rádio. Depois de muita insistência, foi ao ar em 20/4/1993 [e continua até hoje, depois de 16 anos]. A produção do programa, sob minha supervisão, ficou a cargo da Rádio Extra: Nonato Lima, Andrea Pinheiro e Lycia. Pusemos o programa por várias vezes em segundo lugar do Ibope, evitando jargões sindicais e dando prioridade à notícia.
Por essa época, fui convidado a participar do programa Debates do Povo, na rádio O POVO, em uma bancada formada por mim, Themístocles de Castro e Silva [jornalista], Tarcísio Leitão [advogado e velho comunista] e Hélio Leitão [advogado, hoje presidente da OAB]. Fiquei por ali mais ou menos uma ano.
Em 1997, ingresso no O POVO, quando a rádio ficava no mesmo prédio do jornal, na avenida Aguanambi. No início da década de 2000, começo a fazer uma intervenção no programa Noite e Companhia, apresentado por Ian Gomes. Eu chamava de “a hora do recreio”, pois descia da redação para falar, ao vivo, dos estúdios da rádio.
Em fevereiro de 2008 fui convidado para apresentar o programa Debates do Povo, no qual fiquei por cerca de três meses; depois, assumi outras tarefas no Grupo de Comunicação O POVO, que provocou incompatibilidade de horários.
Bom, agora estou de volta, novamente com Ian Gomes.
Nesse percurso, é desnecessário dizer que rádio tornou-se uma paixão, palavra que sempre acho meio exagerada, mas a uso em homenagem a Maryllene Freitas [a nossa editora-chefe], que não tem medo nem vergonha de dizê-la em relação ao rádio.
PARA SER LIDO E DISCUTIDO

Os meios de comunicação
25/05/09
Os meios de comunicação, em especial, rádio e televisão têm novos papéis como resultado do uso da tecnologia disponível. A comunicação digital começa dar o ar da sua graça e algumas empresas já aderiram à novidade.As empresas que ainda não dispõem dessa tecnologia precisam se alertar para a distância que as separa dos recursos digitais. É preciso planejar e se adequar técnica e profissionalmente para utilizar equipamentos de qualidade com profissionais treinados e comprometidos com o que d emelhor está surgindo no mercado. Mais cedo ou mais tarde o rádio digital irá mudar a cartilha da imprensa brasileira. São os novos papéis e os novos desafios para os meios de comunicação. O rádio como instrumento popular dará um salto de qualidade. Dizem que a televisão mudou a feição do rádio, mas devido à paixão que a população de menor poder aquisitivo tem pela radiodifusão, ele vai vencendo obstáculos conquistando medalhas de todas as categorias.
Infelizmente, muitos profissionais que fazem do rádio sua sustentação não se aperceberam que o rádio e os ouvintes são uso e fruto e que muitas vezes ficam à mercê de profissionais sem a qualificaação e educação necessárias. Os sindicatos patrocinam cursos rápidos para radialistas e também já existem faculdades preparando pessoal adeuado para o exercício profissional.
O Ministério do Trabalho exige do radialista a ‘Carteira de Trabalho’ registrada no ministério. Pelos menos aqui no estado do Ceará esta carteira não tem o valor que deveria ter, visto que quase a totalidade das emissoras locais aluga espaços, e os profissionais tiram seus sustentos nas publicidades. E a aposentadoria como fica? Dizem que a globalização modificou a cultura e a revolução tecnológica transformou a cartilha de todos os meios de comunicação de massa. Pode ser até verdadeira a afirmação, mas o que acontece na realidade é que as concessões dos canais de emissoras estão nas mãos de empresários e políticos.
O certo é que os meios de comunicação sempre estiveram inseridos no convívio das populações. As pessoas se reuniam em torno de um livro, de uma mesa de jogos, de bebidas ou de uma tela de cinema para as suas diversões nas horas de folgas. A velha e surrada radiola faziam as velhas tertúlias, serenatas que culminaram com vários noivados e casamentos. O que temos de novo? Qual é o protagonismo que que se desenvolveu com o a mídia de massa?
Infelizmente temos poucos profissionais de rádio que conquistaram fama e os que se sobressaíram estão esquecidos dos ouvintes de rádio. Para resgatar essa cultura foi criada a Associação de Ouvintes de Rádio (AOUVIR/CE). Mas tem radialistas achando que estão sendo censurados, embora a função da associação seja melhorar a qualidade dos programas apresentados aos ouvintes, pois no momento a baixaria e a pornografia fazem a psicosfera da radiodifusão cearense. Infelizmente.
Com o advento do rádio digital a emissora que não tiver a estrutura forte e desejada irá parar no caminho da desilusão e do tão doloroso fechamento. Que isto não aconteça e que a superação venha na hora certa para evitarmos uma falência em gênero, número e grau. Trabalho, responsabilidade, empreendimento, esforço, orçamento com capital de giro. É o mínimo para uma emissora de rádio que se preza.
VEJA ESTA REPORTAGEM... E NINGUÉM FAZ NADA...

segunda-feira, 25 de maio de 2009
LEIA

10/04/09
Meu filho pediu um rádio de aniversário. Isso mesmo, não foi um videogame. Terminamos o almoço de domingo e corremos para casa para ver o Fla-Flu. Por Soares Júnior*
Eu corri e liguei a televisão, ele ligou o rádio. Fiquei orgulhoso e espantado com a resposta: “quero ouvir o jogo”. Enquanto a gente ouve rádio, a mente constrói várias histórias e ele adora criar histórias.
Peço perdão pela demora entre um post e outro. Terminou o verão e fiquei um pouco mais triste. Além disso começou a temporada de fungadas, tosse e espirros aqui em casa. Até setembro acontece um revezamento de narizes escorrendo. Agora, por exemplo, é a minha vez.
Andar na rua sempre é um combustível para mim. Desde pequeno gosto de inventar histórias andando pela rua. Mais que observar, gosto de interpretar expressões e jeitos de andar. Chego a concluir fragmentos de conversa. Acho que meu filho tem a quem puxar (expressão batida, mas escrita com indisfarçável orgulho).
Cena carioca observada neste chuvosos e calorento outono. Esquina das ruas Coelho Neto e Pinheiro Machado, em frente ao campo do Fluminense um homem vende amendoim torradinho no sinal. Como diria meu amigo Edson Mauro, o detalhe é que vale e neste caso, o detalhe é que ele traja um alinhado terno bege. A imagem é tudo.
Outra cena que me chamou atenção. Parado no sinal da Jardim Botânico com Maria Angélica vejo três cachorros em desabalada carreira, com as coleiras ao vento. Logo depois vem um homem tentando alcança-los. Essa é uma daquelas histórias que a gente observa na rua e não sabe o fim. Como tenho um cachorro, gostaria que o final tivesse o bípede abraçado aos três cães.
Cachorros me lembram uma história que não é minha e por isso não darei nomes. Repórter entrevista presidente da Cedae ao vivo. Nisso, um desinibido cachorro que passeava na Lagoa resolve fazer da perna da respeitável profissional um poste. Na maior classe ela encerra a entrevista e dá um jeito de secar a barra da calça.
Esse texto foi um exercício de desenferrujamento (neologismo). Melhor do que dizer que fiquei olhando para o papel e escrever sobre isso. Isto é uma pequena idiossincrasia (consegui usar esta palavra).
No mais, que meu filho continue ouvindo rádio e espalhe entre os amiguinhos esse hábito.
Fonte: http://www.sidneyrezende.com/noticia/35640+o+radio+do+meu+filho+e+outras+historias
veja esta reportagem

Abert - Qual a principal contribuição do Congresso para a Radiodifusão no seu estado?
Abert -Quais os desafios que essa nova realidade traz para a radiodifusão?Proença - O primeiro desafio é o custo. A mudança custa caro. Mas o desenvolvimento da tecnologia tinha que chegar ao rádio e à TV. As (rádios) AMs não mudam há muitas décadas. Quanto à TV, a única alteração real, antes da era digital, foi a passagem do preto e branco para a cor. A era digital sacode todo mundo. Comparando com uma olimpíada, nos coloca juntos na linha de largada e o ganhador vence por detalhe. Vence pela criatividade, a capacidade inovadora, o dinamismo. Para o rádio, é a esperança, porque atualmente o rádio se encontra em posição de inferioridade com relação a outras mídias.
Abert - O senhor leva sugestões concretas para sua região?
Abert - Sugestões para um próximo congresso?
Assessoria de Comunicação da Abert
UMA DISCUSSÃO SOBRE O CONGRESSO DE RADIODIFUSÃO

UMA REFLEXÃO SOBRE NOSSA IMPRENSA

UMA LEITURA INTERESSANTE

É notório explicitar sobre as estatísticas relacionadas à deposição dos lixos nos municípios brasileiros. Deparamos, sobretudo, com uma situação assustadora: cerca de 80% das cidades dispõem seus Resíduos Sólidos Urbanos em lixões a céu aberto. Situação que acarreta comprometimentos ao meio ambiente e à saúde da população: surgimento de foco e vetores transmissores de enfermidades, mau odor, degradação da paisagem urbana e rural, contaminações do solo, lençol freático e lixiviação do chorume drenados para os corpos d´águas.Nos lixões, há proliferação de barracos dos catadores, originando inúmeros problemas de caráter físico/social, marginalidade, bem estar, o qual confunde com o conceito de lixo. Situação esta que deve ser refutada, melhor administrada pelos gestores públicos, no âmbito municipal, estadual e federal. Em vista dos fatos, é fundamental que governo e sociedade assumam novas atitudes, visando gerenciar, com parâmetros técnicos, a grande quantidade e diversidade de lixo produzido diariamente nas empresas/indústrias, órgãos públicos, residências, hospitais, oficinas, consultórios e restaurantes. Portanto, é preciso inverter o modelo atual, programar a prática do conhecido ´3 Rs´-Reduzir, Reutilizar e Reciclar - evitando a vultosa produção de lixo, a espera de que ´alguém´ venha assumir a sua gestão.Para isso, precisa modificar hábitos e atitudes educativas, por exemplo: utilizar as duas faces do papel nos escritórios, imprimir somente o essencial, otimização de espaços e mensagens, adotar práticas de reciclagens, utilizar nas compras sacolas de tecidos e outros materiais, substituindo os famigerados sacos plásticos. Habituar a separar os resíduos orgânicos/inorgânicos, que facilitam a prática da reciclagem. Separar os resíduos perigosos como: pilhas, baterias, lâmpadas, materiais de limpeza, os medicamentos, as tintas e produtos químicos danosos à saúde humana.São hábitos de educação aconselháveis para que possamos incorporar no dia-a-dia a melhoria do meio ambiente, boas condições de saúde pública e qualidade de vida. Direito de todos.
LINKS ÚTEIS
Veja alguns links úteis
ASSOCIAÇÕES
ABERT: www.abert.org.br
Acaert: www.acaert.com.br
AERJ: www.aerj.com.br
AERP: www.aerp.org.br
AESP: www.aesp.com.br
Agert: www.agert.org.br
Amirt: www.amirt.com.br
Asserpe: www.asserpe.org.br
ASSOCIADOS
www.jovempanfortaleza.com.br
www.somzoom.com.br
www.tvceara.ce.gov.br
www.costadosolfm.com.br
www.oifm.com.br
www.canalforro.com.br
www.tvjangadeiro.com.br
www.tempofm.com.br
www.verdesmares.com.br
www.fm93.com.br
www.mixfortaleza.com.br
www.calypsofm.com.br
www.opovo.com.br
www.cidade99.com
www.tvcidadefortaleza.com.br
www.jangadeiroonline.com.br
www.sistemamaior.com.br
www.radiooficialdoforro.com.br
www.radiopadrecicero.org.br
www.radioaquarela.com.br
www.radiocetama.com.br
www.educadora950.com
www.radioeducadora.com.br
domingo, 24 de maio de 2009
CONGRESSO DA ABERT
O 25° Congresso Brasileiro da Radiodifusão chegou ao fim na quinta-feira (21) com balanço positivo de participantes e organizadores. Mais de 1,5 mil pessoas participaram dos debates do congresso e do Seminário Técnico, além de visitarem a 22ª Feira Internacional de Equipamentos e Serviços.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Pimentel Slaviero, os negócios realizados na feira superaram os R$ 38 milhões, previstos pela entidade. O evento reuniu 94 empresas nacionais e multinacionais.
Para Slaviero, foram dias produtivos de debates e deliberações sobre o presente e o futuro da radiodifusão brasileira. Ele destaca como principal fato do congresso a assinatura da portaria para a escolha do padrão digital de rádio pelo ministro Hélio Costa dasComunicações. “Nossa expectativa é de que até 2010 teremos uma definição oficial do padrão para o país”, afirma. “O rádio não pode mais permanecer como único meio analógico num mundo digital.”
Também mobilizaram a atenção da maioria dos participantes a defesa da publicidade para a consolidação da democracia e do desenvolvimento do país e a realização da I Conferência Nacional da Comunicação, marcada para dezembro deste ano. “Temos certeza de que será uma oportunidade importante para discutir o modelo atual, mas desde que olhemos para o futuro”, disse. A Abert espera que o comitê organizador defina os eixos da conferência, para então concluir suas prioridades.
O Congresso teve seis plenárias, 11 painéis e 14 oficinas do 25° Congresso, além de 94 expositores na Internacional de Equipamentos e Serviços e do 28° Seminário Técnico Nacional de Radiodifusão.
ACONTECEU NO RÁDIO

O deputado federal Sérgio Moraes (PTB-RS) envolveu-se em novo bate-boca, desta vez com o apresentador da rádio Globo, Roberto Canázio, em entrevista na quinta-feira [14/05]. Moraes foi o deputado que disse a frase, que ele mesmo reconhece, ficou famosa: “Estou me lixando para a opinião pública”.
Ele disse a frase ao ser questionado sobre o trabalho que fazia como relator da Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, que julga o uso das verbas indenizatórias pelo deputado Edmar Moreira. A repercussão levou ao afastamento de Sérgio Moraes da relatoria.
O radialista abre a entrevista dizendo para o deputado: “Quero deixar bem clara a minha posição: fui a favor de seu afastamento”.
O deputado pede para explicar o contexto em que falou a frase. Disse que uma jornalista o pressionava para afirmar que o castelo ao estilo medieval, que o deputado Edmar Moreira tem em Minas Gerais, fora construído com dinheiro público.
Segundo Sérgio Moraes, ele tentava explicar à jornalista que o julgamento era sobre o uso que Edmar fizera da verba de representação. E que o castelo teria sido construído há mais de 20 anos. Ainda de acordo Moraes, a jornalista teria se irritado, ameaçando ”jogar na opinião pública”. Ele, então, teria pronunciado a frase, com o sentido, segundo disse, de preferir ficar com a verdade a se submeter à opinião pública.
”Você acha que eu ia dizer aquilo do nada? E emenda, dizendo que a imprensa tem como ”ferramentas” as luzes, os microfones e dos jornais para “intimidar os deputados”.
Canázio intervém: “Nós nos abastecemos dos escândalos do Congresso Nacional”. [O clima começa a esquentar, ambos se altercam] E pergunta se os escândalos são “invenção da imprensa”. Diz que Moraes acredita em “conto de fadas”, e pergunta se o deputado Edmar teria “condições de construir aquele castelo” [alterado].
O deputado responde que a investigação cabe ao Ministério Público e à Receita Federal, pois a denúncia no Conselho de Ética é sobre o uso da verba indenizatória.
O radialista: ”Ele foi expulso do partido [DEM]; me parece que o sr. acredia em conto de fadas.
- É o senhor [que acredita].
[Ambos começar a se estranhar]
- Eu, eu não? E continua perguntando se o deputado “acha pouco” o mau uso da verba indenizatória e do dinheiro que “rolava” nas empresas [de Edmar Moreira]. E ataca Moraes, dizendo que ele tem um posto de gasolina onde gasta R$ 4.500 da verba indenizatória. E arremata: “A imprensa reflete a insatisfação do povo!” [Enfático]
Deputado Sérgio: Entao deixa eu dizer 4.500 reais é uma migalha perto do vocês levam do dinheiro do povo. A imprensa leva muito mais em publicidade.
Canázio: Ora, deputado…
Deputado Sérgio: De progaganda da Petrobras, sem concorrência, aí vamos ver quem mete a mão [no dinheiro público]. Têm também a Caixa, o Banco do Brasil. Vocês [rádios e TVs] são concessão…
Canázio: Peraí, o sr. perdeu completamente a sintonia, o sr. está apelando.
Deputado Sérgio: Ah, eu estou apelando…[Os dois falam ao mesmo tempo]
Canázio: O sr. está sofismando [o deputado interrompe]. E o radialista: Eu posso falar? O sr. destrambelhou a falar, o sr. não deixa ninguém falar.
Deputado: Então baixa a bola, meu amigo.
Canázio: Deputado, vamos tentar retomar, senão não dá…
Deputado: O sr. está com medo.
Canázio: Eu não tenho nada a temer, meu amigo, o sr. é que está destemperado.
Deputado: O sr. me dá espaço…
Canázio: Eu estou dando espaço, o sr. está falando absurdo.
Deputado: Me dá espaço para falar quanto o grupo O Globo leva do governo federal. Dá ou não dá?
Canázio: Deputado, o sr. tem que entender uma coisa; quem está sendo julgado é o senhor. O sr. é que foi expulso [da Comissão de Ética]. Então não tenta devolver a bola para quem não tem nada a ver com as trapalhadas do Congresso Nacional. Quem está sendo julgado é o sr. e não as Organizações Globo, o sr. está entendendo?
Deputado: Pelo menos alguém está dizendo a verdade para o sr.
Canázio: Que verdade? E o sr. tem condições de dizer a verdade? As suas verdades são mentiras inteiras, entendeu? Estamos felicíssimos com o seu afastamento.
Deputado: Vou repetir uma coisa que ficou famosa: “Estou me lixando para a sua opinião”.
Canázio: [Batendo palmas] Atenção povo, ele está se lixando para a minha opinião, que reflete a opinião da maioria.
Deputado: Não vai me dar espaço…
Canázio: Presta atenção, o sr. está aqui sendo convidado; não é para questionar nada, tem que responder perguntas referente àquilo que aconteceu. Acho que o sr. não tem condição de levantar qualquer questionamento. [Alterado]
Deputado: A ditadura da imprensa é que não permite…
[Os dois falam ao mesmo tempo]
Canázio: Deixa eu falar, cala a boca para eu poder falar.
[A ligação cai ou alguém a corta]
O radialista coninua a falar: Com relação às verbas de propaganda, a exemplo das verbas indenizatórias são absolutamente normais [sic], é publicidade, acontece em qualquer lugar do mundo. E mais, propaganda oficial não cala a boca das Organizações Globo, muito pelo contrário, isso não cria vínculo de dependência.
Aos comentários: O deputado Sérgio Moraes pode estar totalmente errado, mas se, por um lado ele está se “lixando” para a opinião pública, esta não é propriedade da imprensa. Nem o fato de o deputado estar respondendo a duas ações penais* no STF autoriza que ele seja tratado da forma como o radialista Roberto Canázio, da rádio Globo, o tratou.
A entrevista é uma aula do antijornalismo, que deveria ser servir de exemplo a estudantes e profissionais. Jornalista não é palpiteiro e muito menos juiz, para iniciar uma entrevista condenando o entrevistado. Dizer que um entrevistado não pode “questionar nada”, aí já se chega às raias do absurdo.
Jornalista também não pode ser arrogante e muito menos ameaçar quem quer que seja com a sua condição, e muito menos com o peso da opinião pública, que não é um joguete em suas mãos.
Portanto, os erros de Sérgio Moraes não absolvem e nem autorizam os erros da imprensa, cujo o papel é de narrar o jogo e não de participar dele.
*O deputado é acusado no STF e usar indevidamente um telefone público para ligações particulares, inclusive internacionais. Na outra ação, de ter contratato indevidamente 75 funcionários. Ambas de quando era prefeito de Santa Cruz do Sul (RS).
Ouça a entrevista na íntegra, no Comunique-se: são 14 minutos, mas vale a pena.
ARY LOBO

Ary Lobo teve mais de 700 músicas gravadas[carece de fontes?], por ele e outros cantores, músicos e intérpretes. Era defensor da música nordestina de raiz.
De estilo semelhante ao de Jackson do Pandeiro, cantando derivativos do baião, entre cocos e rojões, Ary Lobo lançou vários sucessos nos anos 50 e 60 em seus nove LPs na RCA. Retratava a vida e os costumes nordestinos em números divertidos, como "Cheiro da Gasolina" e "Madame Paraíba".
Sua gravação mais conhecida é, provavelmente, "O Último Pau-de-Arara".
DEU NA COLUNA DO ABIDORAL DO JORNAL O POVO

Tudo pronto para a Rádio Tamoio AM, do Rio, que pertence ao Sistema Vedes Mares de Comunicação, transmitir, com estúdio a partir de Fortaleza, programação para nordestinos do Rio de Janeiro. Todos os locutores da TV Diário vão ter espaço. A ordem é recuperar o filé comercial que a emissora perdeu ao sair do satélite por obra e pressão da Rede Globo.
VEJA ESTA PESQUISA

sábado, 23 de maio de 2009
o poder das radionovelas - veja este trecho de um livro sobre o rádio
